Idosos e adolescentes dormiam na fábrica quando fogo começou, relatam vítimas de incêndio no RJ

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Pelo menos 30 pessoas, entre elas adolescentes e idosos, dormiam na fábrica de fantasias de carnaval, em Ramos, na zona norte do Rio de Janeiro, quando o incêndio começou, no início da manhã desta quarta-feira, 12, de acordo com relatos de vítimas. Cenas de desespero marcaram o resgate das pessoas, com muitas gritando por socorro e saindo pelas janelas.

"Estávamos dentro do ateliê trabalhando e comecei a ouvir os gritos de fogo", contou uma funcionária identificada como Roberta. "Quando eu abri a porta, o fogo veio e só deu tempo da gente correr, se jogar pela escada e sair. Mas tinha mais gente lá em cima. Pegou fogo em tudo, tudo, nas máquinas. Está desesperador, foi horrível."

"Fui o primeiro a sair. Não sei quem ficou lá dentro. Não sei quantas pessoas estão bem ou mal. Tinha senhora de idade, tinha adolescente", relatou um funcionário, que também estava trabalhando quando o fogo começou. "Foi muito rápido, porque tinha muita espuma, tecido. Foi muito rápido."

Não está claro, porém, qual era a jornada e se todas pessoas que estavam no local eram funcionários da empresa. O Ministério Público do Trabalho abriu uma investigação para apurar o caso.

Moradores dos prédios vizinhos acordaram com os pedidos de socorro e tentaram ajudar no resgate das vítimas. Muitos prédios foram evacuados por risco de que o fogo se alastrasse pela vizinhança.

"A gente foi jogando toalha molhada, tentando manter a calma com eles, e ligou pros bombeiros. Quando eu cheguei, já estava todo mundo na janela. Era muita gente na janela gritando e um cheiro de fumaça muito forte. (...) Elas estavam pedindo ajuda, com medo de morrer", contou.

Um bombeiro civil, também morador da região, foi o primeiro a entrar no prédio para ajudar no resgate das vítimas. Segundo ele, uma mulher, em desespero, pulou da janela e pode ter quebrado uma perna.

Wesley da Cruz Ricardo, de 27 anos, é o rapaz que aparece preso em uma janela da fábrica de fantasias de carnaval que foi completamente destruída na manhã desta quarta-feira, 12. Nas imagens divulgadas pela TV, ele está sem camisa e de bermuda amarela, usando uma toalha molhada para ajudar a respirar. Ele e outras três pessoas foram resgatadas pelo Corpo de Bombeiros por meio de uma escada.

O jovem chegou a dar entrevista à TV Globo logo depois de ser resgatado. Ele estava chorando e muito abalado, dizendo que precisava ligar para a mãe para acalmá-la. A mãe viu o filho preso na fábrica pela televisão. Wesley foi levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, por conta da inalação de fumaça e de cortes em um dos braços.

Em outra categoria

Dirigida por Emerald Fennell (Saltburn), a nova adaptação de O Morro dos Ventos Uivantes teve seu primeiro trailer divulgado nesta quinta-feira, 13 (veja acima). O longa traz Margot Robbie no papel de Cathy, filha de um homem rico, e Jacob Elordi como seu irmão adotivo Heathcliff, e acompanha a paixão arrebatadora e proibida que despertou nos dois ao longo dos anos.

Escrito por Emily Brontë e publicado originalmente em 1847, O Morro dos Ventos Uivantes acompanha Catherine e Heathcliff, dois jovens criados por um homem rico que se apaixonam, mas as normas sociais da época impedem que eles fiquem juntos. Anos após deixar o lado da amada, Heathcliff retorna, agora rico e respeitado, para se vingar daqueles que o excluíram.

Lançada em setembro deste ano, a primeira prévia do filme rendeu diversas críticas online. Além de a produção ser acusada de apagamento étnico ao escalar Elordi no papel de um personagem descrito como romani, o tom erótico trazido por Fennell também foi rechaçado por fãs da obra original.

Esta será a 16ª adaptação de O Morro dos Ventos Uivantes para os cinemas, com o livro rendendo também filmes produzidos na França, Índia, Japão e Paquistão ao longo das décadas.

Além de dirigir, Fennell também assina o roteiro do longa. Owen Cooper, Hong Chau, Shazad Latif, Alison Oliver, Martin Clunes e Ewan Mitchell completam o elenco principal.

O Morro dos Ventos Uivantes estreia em 12 de fevereiro nos cinemas.

O músico Hamilton de Holanda foi um dos vencedores do prêmio de Melhor Álbum de Jazz Latino no Grammy Latino 2025 nesta quinta-feira, 13. O brasileiro dividiu a categoria, que teve empate, com o cubano Chucho Valdés.

Hamilton recebeu o gramofone pelo álbum Hamilton de Holanda Trio Live in NYC, enquanto Valdés ganhou pelo disco Cuba And Beyond, gravado com o Royal Quartet. O anúncio foi feito durante a Première, que ocorre no Mandalay Bay South Convention Center antes da cerimônia principal.

Os demais indicados à categoria eram La Fleur de Cayenne, de Paquito D'Rivera & Madrid-New York Connection Band, Luces y Sombras, de Iván Melon Lewis Trio, e Golden City, de Miguel Zenón.

A 26ª edição do Grammy Latino ocorre na quinta, diretamente da MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas, nos Estados Unidos. O evento, que celebra os maiores nomes da música latina, será transmitido a partir das 22h ao vivo no Brasil com cobertura especial no Multishow, Canal Bis e Globoplay.

Entre os brasileiros, há presença expressiva em várias categorias. Liniker aparece como principal destaque, somando sete indicações, incluindo Álbum do Ano, Canção do Ano e Gravação do Ano.

Outros nomes nacionais também marcam presença, entre eles: Marina Sena, Milton Nascimento, Zeca Pagodinho, Alcione, Carol Biazin, BaianaSystem, Gilberto Gil, Djonga e João Gomes.

Em plena divulgação de Lux, seu novo e elogiado disco, Rosalía declarou recentemente estar vivendo uma abstinência sexual voluntária. A prática, que recebeu o apelido de 'volcel', diz respeito a uma escolha pessoal de não ter relações sexuais.

A cantora e compositora espanhola de 33 anos concedeu a declaração em entrevista ao podcast Radio Noia, da Radio Primavera Sound, e disse estar solteira e sem espaço em sua vida para paixões platônicas. "Quero deixar claro que não dou mais espaço a paixões platônicas, essa fantasia, essa ilusão que não leva a lugar nenhum. Acabou. Eu, neste momento, estou solteira", afirmou, dizendo também que pratica o celibato voluntário.

O termo volcel, usado para designar a prática descrita por Rosalía, é a abreviação em inglês das palavras voluntary (voluntário) e celibate (celibatário), e significa literalmente ser celibatário por escolha; tratam-se de pessoas que decidem, voluntariamente, não fazer sexo ou ter envolvimento romântico por um período da vida.

Nos últimos anos, o volcel tem ganhado destaque em redes sociais. Em uma reportagem de 2021, a rádio australiana ABC afirma que a tendência atinge principalmente millennials. Vale destacar que é algo diferente do incel - cuja sigla significa celibato involuntário, e está associado a grupos masculinos que perpetuam práticas misóginas.

Geralmente, a prática do volcel está ligada a uma busca mais profunda por autoconhecimento. Em um artigo publicado em 2023, o jornal britânico The Guardian afirma que, embora seja uma escolha particular, o volcel também pode ser compreendido como uma reação à atual cultura do sexo, e uma rejeição a comportamentos considerados tóxicos ou nocivos.

"[Isso] pode fazer o sexo e os relacionamentos serem estressantes e de alto risco. Algumas pessoas podem achar que dar um tempo disso é bom para a saúde mental", declarou ao jornal o Dr. Justin Lehmiller, pesquisador, escritor e apresentador do podcast Sex and Psychology.