A expansão de 4,1% da indústria em junho ante maio foi a maior desde julho de 2020, quando a produção aumentou 9,1% na comparação mensal, disse o gerente da Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo. Para os meses de junho, o crescimento da indústria aferido pelo IBGE é o maior desde 2020.Com dois meses consecutivos - abril e maio - em retração, a produção da indústria estava em base depreciada. Além disso, a retomada em diversas atividades produtivas, que foram direta ou indiretamente afetadas pelas chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul, contribuiu para impulsionar o resultado da indústria em junho.
"A expansão de junho deriva de base baixa e da volta da produção de plantas industriais paralisadas em maio", disse Macedo, destacando que o impacto das chuvas no Rio Grande do Sul não se limitou às fábricas instaladas no Estado.
Conforme o especialistas, unidades em outras regiões do País reduziram ou paralisaram as atividades - muitas vezes dando férias coletivas aos funcionários - por falta de peças produzidas no Rio Grande do Sul.
Após queda em maio, devido às chuvas, o setor automotivo contribuiu para avanço da produção industrial em junho, enfatizou Macedo. O ramo de veículos automotores, reboques e carrocerias apresentou expansão de 3,1%, e o de metalurgia, de 5%.
Os resultados de junho levaram a indústria a ultrapassar o patamar pré-pandemia - o índice está 2,8% acima de fevereiro de 2020. Porém, a atividade industrial ainda se encontra distante do resultado de maio de 2011, quando foi registrado o nível recorde.
"Embora tenha suplantado patamar pré-pandemia, a indústria ainda está 14,3% abaixo de maio de 2011, maior patamar da série histórica", disse. "Ainda há espaço para ser percorrido para zerar perdas do passado recente."
Para IBGE, alta industrial deriva de base baixa e da volta da produção de plantas paralisadas
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