Red Bull Bragantino vence Vasco em São Januário e assume a liderança do Brasileirão

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Após boa partida e classificação na Copa Sul-Americana, o Vasco voltou a oscilar. Neste sábado, o time recebeu o Red Bull Bragantino em São Januário, no Rio, e foi dominado pelo adversário, perdendo por 2 a 0, com direito ao gol mais rápido do Campeonato Brasileiro. O duelo foi válido pela 11ª rodada da competição e terminou com muitas vaias dos mais de 14 mil torcedores.

Esta foi a segunda derrota seguida do Vasco no Brasileirão, que tinha perdido para o Fluminense, por 2 a 1, na rodada anterior. Com sete derrotas, é o time que mais perdeu, ao lado do lanterna Sport. Os cariocas seguem com dez pontos, bem perto da zona de rebaixamento.

A derrota também foi a primeira do Vasco em São Januário. O time não perdia em seu 'Caldeirão' desde novembro de 2024, quando sofreu 1 a 0 para o Internacional. Também foi a primeira vez que o Red Bull Bragantino conseguiu vencer no local.

O time paulista, que já vinha de vitória por 1 a 0 diante do Juventude, venceu a segunda seguida. O time alcançou 23 pontos e assumiu provisoriamente a liderança, ultrapassando Palmeiras (22), Flamengo (21) e Cruzeiro (20), que jogam no domingo.

Conhecido por sua força em São Januária, o Vasco sofreu um gol relâmpago. Com um minuto e 33 segundos, o Red Bull Bragantino abriu o placar. Jhon Jhon cobrou escanteio, Pitta desviou e Guilherme Lopes apareceu na pequena área para completar.

Ele não seria titular, mas entrou no lugar de Pedro Henrique, que sentiu a coxa no aquecimento. Outra curiosidade é que foi o gol mais rápido do Brasileirão até gora, ultrapassando Nuno Moreira, do próprio Vasco, que marcou com 2 minutos e 24 segundos diante do Fortaleza.

O Vasco tentou equilibrar o jogo e chegou com perigo com Rayan, que recebeu na meia-lua e chutou muito forte, mas em cima do goleiro Cleiton. Quem marcou, porém, foi novamente o Red Bull Bragantino. Vinicinho fez boa jogada na direita e cruzou para Isidro Pitaa. Ele dominou com o peito e chutou de primeira, no cantinho, para ampliar aos 33 minutos.

Nos minutos finais, o Vasco exerceu pressão. Após cobrança de falta de Coutinho, João Victor finalizou no travessão. Depois, Vegetti recebeu na marca do pênalti, dominou e chutou forte, mas a bola explodiu no marcador.

Na volta para o segundo tempo, o Vasco tentou buscar o ataque, mas encontrava poucas opções criativas, além de uma sólida marcação do Red Bull Bragantino. Rayan tentava chute forte de fora da área, um deles com muito perigo, mas para fora. Vegetti também era acionado dentro da área com cruzamentos, mas sem tanto perigo. Já o time paulista se mantinha tranquilo e apostava nos contra-ataques para tentar definir o placar.

O time cruzmaltino seguiu no abafa na reta final da partida. Alex Teixeira cabeceou bem no cantinho e Tchê Tchê chutou colocado dentro da área, mas ambas foram bem defendidas por Cleiton. Apesar da pressão vascaína, o placar não se alterou mais.

Os dois times terão um bom tempo de preparação para a 12ª rodada, última antes da paralisação para o Mundial de Clubes. Na quinta-feira (dia 12), às 19h, o Red Bull Bragantino recebe o Bahia no Cícero de Souza Marques, em Bragança Paulista (SP). Um pouco depois, às 21h30, o Vasco visita o São Paulo no MorumBIS, em São Paulo (SP).

FICHA TÉCNICA

VASCO 0 X 2 RED BULL BRAGANTINO

VASCO - Léo Jardim; Paulo Henrique (Puma Rodríguez), João Victor, Lucas Freitas (Adson) e Lucas Piton; Jair (Mateus Carvalho), Tchê Tchê e Philippe Coutinho (Alex Teixeira); Rayan, Vegetti e Nuno Moreira (Loide Augusto). Técnico: Fernando Diniz.

RED BULL BRAGANTINO - Cleiton; Andrés Hurtado, Eduardo Santos, Guilherme Lopes (Nathan Mendes) e Juninho Capixaba; Gabriel, Eric Ramires (Matheus Fernandes) e Jhon Jhon; Eduardo Sasha (Fabinho), Isidro Pitta (Thiago Borbas) e Vinicinho (Palacios). Técnico: Fernando Seabra.

GOLS - Guilherme Lopes, ao um, e Isidro Pitta, aos 33 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Paulo Henrique (Vasco). Cleiton e Palacios (Red Bull Bragantino).

ÁRBITRO - Paulo César Zanovelli (MG).

RENDA - R$ 1.046.382,00.

PÚBLICO - 14.507 pagantes (14.945 presentes).

LOCAL - São Januário, no Rio de Janeiro (RJ).

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.