Líder do PCC é expulso da Bolívia e entregue à Polícia Federal brasileira

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A Bolívia entregou Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, à Polícia Federal brasileira neste domingo, 18. Ele, que foi expulso do país vizinho, é considerado uma das principais lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O criminoso, que estava foragido havia cinco anos, foi detido na sexta-feira, 16, em Santa Cruz de la Sierra portando documentos falsos.

Tuta foi entregue às autoridades brasileiras na cidade fronteiriça de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e posteriormente transportado para Brasília em aeronave da Polícia Federal.

Ele foi encaminhado diretamente para a Penitenciária Federal em Brasília (PFBRA), uma das unidades de segurança máxima do Sistema Penitenciário Federal, onde ficará custodiado junto com outros líderes de facções criminosas.

Durante audiência realizada neste domingo, as autoridades bolivianas optaram pela expulsão em vez da extradição, procedimento que seria mais demorado e dependeria de trâmites formais entre os sistemas judiciários dos dois países.

A decisão acelera o processo de transferência do criminoso para cumprir sua pena no Brasil.

Operação envolveu 50 policiais federais

A complexa operação de transferência contou com a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Ministério das Relações Exteriores. Participaram 50 integrantes da Polícia Federal, incluindo 12 operadores do Comando de Operações Táticas (COT), responsáveis pela segurança durante o transporte.

A escolta final até a Penitenciária Federal em Brasília foi realizada por 18 agentes da Polícia Penal Federal, com apoio adicional das polícias Militar e Civil do Distrito Federal.

O alto número de efetivos empregados demonstra a importância da operação e o nível de periculosidade atribuído ao criminoso.

O líder do PCC foi capturado pela Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen quando tentava renovar sua Cédula de Identidade de Estrangeiro em um centro comercial de Santa Cruz de la Sierra. Na ocasião, apresentou-se falsamente como Maycon Gonçalves da Silva, nascido em 25 de março de 1971.

A operação contou com cooperação internacional entre as polícias brasileira e boliviana. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, informou em coletiva no sábado, 17, que comunicou imediatamente a prisão ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que por sua vez relatou o fato ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao chanceler brasileiro, Mauro Vieira.

Quem é Marcos Roberto de Almeida

Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, é uma das lideranças do PCC. Ele estava foragido desde 2020 e chegou a ser considerado o "número 1" da facção entre os líderes que não estavam presos.

Apesar de ter perdido esse status, ele ainda mantém influência na cúpula do PCC.

Ele foi condenado pela Justiça de São Paulo no ano passado a 12 anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa, resultado da Operação Sharks, que investiga como o PCC lava o dinheiro obtido com o tráfico de drogas e outras atividades criminosas - cerca de R$ 1,2 bilhão foram enviados para o exterior com a ajuda de Tuta.

Tuta também foi alvo de mandados de prisão em 2020 e em 2023 na mesma operação, mas nunca foi encontrado.

Segundo uma apuração da Corregedoria da PM paulista, ele foi uma das pessoas que recebiam informações privilegiadas de policiais da Rota sobre operações que ainda seriam deflagradas. Os detalhes do esquema foram revelados após a morte do delator Antônio Vinícius Gritzbach no ano passado

Tuta já foi adido comercial do consulado de Moçambique em Belo Horizonte (MG). O país africano se tornou uma alternativa de rota do tráfico nos últimos anos. Em 2021, a PF apreendeu 5 toneladas de cocaína no Porto do Rio. A droga faria escala em Moçambique e teria a Espanha como destino final.

De acordo com o promotor Lincoln Gakiya, especialista no enfrentamento ao PCC, a facção espalhou a informação falsa nos últimos anos de que Tuta estava morto. Tudo não passava de um estratagema para que o Ministério Público e a Justiça não o incomodassem durante a elaboração de um plano de fuga para tirar da cadeia Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que está preso desde 1999 e é a liderança máxima do PCC.

"Ele (Tuta) inclusive chegou a ser dado como morto pelo próprio PCC por ter tido má conduta na gestão da facção. Depois, descobrimos que era uma contrainformação dada pelo próprio PCC para que as autoridades policiais e o Ministério Público não incomodassem mais o Tuta, uma vez que ele estava incumbido do plano de resgate do Marcola", disse Gakiya ao Estadão.

Ainda segundo o promotor, o criminoso também foi um dos principais nomes do PCC que estavam em liberdade durante os ataques de maio de 2006 em São Paulo. À época, insatisfeita com transferências de seus líderes para penitenciárias mais rígidas, a facção atacou delegacias, prédios públicos e ateou fogo em ônibus. No total, 564 pessoas foram mortas no Estado, entre elas 59 agentes públicos.

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Após Kanye West (agora chamado de Ye) ter sua apresentação marcada para 29 de novembro, no Autódromo de Interlagos, vetada pela Prefeitura de São Paulo, o rapper agora procura um novo palco na cidade. Em contato com o Estadão por meio de sua assessoria, a Q2 Ingressos, que vende entradas para o show, afirmou que o artista ainda se apresentará na capital e que um novo local deve ser anunciado em breve.

"O show de Ye continua confirmado e vai acontecer", disse a companhia. "Mesmo após a revogação do local originalmente previsto, a produção do evento já está definindo um novo espaço para a realização do show."

"Pedimos a todos que fiquem tranquilos e aguardem um pouco mais - em breve divulgaremos pelas redes sociais o novo local. Também reforçamos que não procede a informação veiculada por alguns canais de fofoca sobre o cancelamento do evento ou sua transferência para o CENA2K."

Embora os organizadores ainda busquem um novo local, a empresa garantiu que, em caso de cancelamento, divulgará informações para reembolso.

O discurso antissemita de Ye

Em diversas postagens no X (antigo Twitter), West fez diversas postagens ofensivas, incluindo "Eu sou nazista", "Eu amo Hitler, e agora, vadias?", "Eu nunca vou me desculpar por meus comentários sobre judeus", "judeus na verdade odeiam pessoas brancas e usam pessoas negras" e "Eu sou racista, estereótipos existem por uma razão e todos eles são verdade".

Ele também foi processado por um ex-funcionário, Trevor Phillips, que alegou ter sido discriminado pelo rapper, atribuindo a ele frases como "os judeus querem acabar comigo" e "os judeus roubam todo o meu dinheiro" e "Hitler foi genial". Outro antigo empregado de West, Murphy Aficionado, o acusou de assédio, citando um incidente em que o antigo chefe o forçou a ouvir ele e sua parceira, Bianca Censori, fazendo sexo.

West chegou a se desculpar por suas falas antissemitas em 2023, mas voltou atrás e reforçou as falas preconceituosas no começo de 2025, mesma época em que afirmou ter descoberto que está no espectro autista. Ele voltou a pedir desculpas meses depois, dizendo estar "farto de antissemitismo".

Sabrina Carpenter está a caminho das telonas. A estrela do pop foi anunciada nesta terça-feira, 11, como a protagonista e produtora de um novo filme musical de Alice no País das Maravilhas.

O projeto, inspirado no livro surrealista de Lewis Carroll, está sendo produzido pela Universal Pictures. De acordo com a Variety, Lorene Scafaria (As Golpistas) será a diretora e roteirista. O livro encontra-se em domínio público.

Ainda sem título definido ou detalhes adicionais anunciados, o filme também terá entre os produtores Marc Platt, referência do cinema musical, e é o retorno da cantora de Manchild e Espresso ao mundo da atuação. Além de estrelar seus próprios clipes musicais, Sabrina Carpenter também atuou em projetos como Crush à Altura (2019) e Crush à Altura 2 (2022), Dançarina Imperfeita (2020) e O Ódio que Você Semeia (2018). Anteriormente, de 2014 a 2017, deu vida à rebelde Maya no seriado Girl Meets World, da Disney. O novo filme, no entanto, é seu primeiro grande projeto cinematográfico desde o sucesso comercial do disco Short n' Sweet (2024).

Alice no País das Maravilhas, eternizado nas telas com a animação de 1951 da Disney, ganhou uma versão live-action para os cinemas em 2010, em longa dirigido por Tim Burton e estrelado por Mia Wasikowska e Johnny Depp. Na história, Alice navega em um mundo novo que desafia sua identidade, seu amadurecimento e as regras da vida adulta.

Condenado a um ano de prisão em suspensão em março por assédio sexual, Oh Yeong-su, o Oh Il-nam/Jogador 001 de Round 6, teve sua condenação anulada por uma corte da Coreia do Sul nesta terça-feira, 11. O tribunal admitiu que o ator de 81 anos pode ter cometido o crime, uma vez que se desculpou com a vítima, mas colocou o incidente em dúvida, afirmando que "há a possibilidade de a memória da vítima ter se distorcido com o tempo".

De acordo com a BBC, a vítima afirmou à Womenlink que "apesar da decisão de hoje, continuarei a falar a verdade até o fim". Feita em 2021, a acusação de assédio sexual contra Oh se refere a um incidente de 2017, quando o ator teria abraçado e beijado a vítima sem seu consentimento duas vezes. O caso foi fechado no mesmo ano, mas reaberto em 2022. Em 2023, o ator admitiu ter se "comportado mal".

Em 2024, Oh foi condenado a uma pena suspensa - que permite que o condenado permaneça em liberdade mediante a algumas regras - de oito meses de prisão. Oh celebrou a decisão judicial em entrevista a veículos coreanos, afirmando que a corte teve "um julgamento sábio".

Vencedor do Globo de Ouro por Round 6, Oh é um celebrado ator na Coreia do Sul, trabalhando na TV e no cinema do país desde a década de 1960. Seu último trabalho foi justamente a série da Netflix, que chegou à sua terceira e última temporada em 2025. Um dos principais personagens dos episódios de estreia, ele voltou a aparecer em flashbacks no último ano.