Expulsão de Tuta, líder do PCC, pela Bolívia foi motivada por risco de fuga, diz Lewandowski

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que as autoridades brasileiras e bolivianas decidiram conjuntamente pela expulsão do criminoso Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, da Bolívia por causa do risco de fuga que havia, caso aguardassem para prosseguir com a extradição.

O país vizinho decidiu expulsá-lo em vez de fazer a extradição, procedimento que seria mais demorado e dependeria de trâmites formais entre os sistemas judiciários.

"Dada a periculosidade deste delinquente e a possibilidade real de fuga, ainda que estivesse sob custódia das autoridades bolivianas, optou-se pela expulsão, instituto [instrumento jurídico] que permite ao país, por meio de uma ação soberana, expulsar aquelas pessoas que possam ter cometido crime ou possam representar perigo à sociedade local", afirmou Lewandowski.

Tuta é uma das lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC). O criminoso estava foragido desde 2020 e chegou a ser considerado o "número 1" da facção entre os líderes que não estavam presos.

Ele foi entregue à Polícia Federal (PF) no domingo, 18. A sua captura foi efetuada pelas autoridades da Bolívia na sexta-feira, 16, em Santa Cruz de la Sierra após identificarem que ele portava documentos falsos.

O diretor da Polícia Federal (PF), Andrei Passos, e o secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza, participaram da coletiva de imprensa nesta segunda-feira com Lewandowski. As duas instituições estiveram diretamente envolvidas no processos de identificação e transferência do criminoso.

Hierarquia do PCC

Passos foi questionado a respeito o grau de influência de Tuta na hierarquia do PCC atualmente, mas não respondeu.

"Eu não quero glamourizar organização criminosa. É assim que deve ser tratada, facção criminosa, e o mesmo com seus líderes. O que posso asseverar é o trabalho que temos feito. Se um é mais líder, manda mais ou manda menos, é algo que devemos saber, mas devemos atuar independente da posição", argumentou o diretor-geral da PF.

O líder do PCC foi capturado pela Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen quando tentava renovar sua Cédula de Identidade de Estrangeiro em um centro comercial de Santa Cruz de la Sierra. Na ocasião, Tuta se apresentou falsamente como Maycon Gonçalves da Silva, nascido em 25 de março de 1971.

A inconsistência nos documentos, segundo Passos, foi identificada pelas autoridades bolivianas, mas coube à PF conferir os dados biométricos e registros faciais de Tuta nas bases de informações do Brasil e da Interpol.

O líder do PCC foi condenado pela Justiça de São Paulo no ano passado a 12 anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa. A condenação ocorreu no âmbito da Operação Sharks, que investiga como o PCC lava o dinheiro obtido com o tráfico de drogas e outras atividades criminosas - cerca de R$ 1,2 bilhão foram enviados para o exterior com a ajuda de Tuta.

Tuta foi entregue ao governo brasileiro na cidade fronteiriça de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e posteriormente transportado para Brasília em aeronave da Polícia Federal.

O criminoso foi encaminhado diretamente para a Penitenciária Federal em Brasília (PFBRA), onde ficará custodiado junto com outros líderes de facções criminosas na unidade de segurança máxima.

Lewandowski afirmou que Penitenciária de Brasília foi escolhida para manter Tuta porque, na avaliação das autoridades envolvidas, é a mais segura e próxima de Corumbá.

A expulsão de Tuta da Bolívia e a sua posterior transferência para a Penitenciária de Brasília mobilizou um efetivo de 50 policiais federais, incluindo 12 operadores do Comando de Operações Táticas (COT), responsáveis pela segurança durante o transporte.

A operação foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e pelo Ministério das Relações Exteriores. Lewandowski, Passos e Urquiza destacaram a importância da cooperação entre diversas instituições para garantir a transferência do líder do PCC com êxito. Esse aspecto foi lembrado pelo ministro da Justiça para defender a aprovação da Proposta de Emenda (PEC) da Segurança Pública, que tramita no Congresso, mas ainda sem previsão de ir a votação.

"Isso (expulsão e transferência de Tuta) revela o entrosamento das forças locais de segurança, que integram o poder judiciário, com o governo federal. É o que almejamos com a PEC da segurança. Não há combate ao crime, que deixou de ser local e virou global, sem que haja cooperação entre todas as forças de segurança", afirmou Lewandowski.

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Sabrina Carpenter está a caminho das telonas. A estrela do pop foi anunciada nesta terça-feira, 11, como a protagonista e produtora de um novo filme musical de Alice no País das Maravilhas.

O projeto, inspirado no livro surrealista de Lewis Carroll, está sendo produzido pela Universal Pictures. De acordo com a Variety, Lorene Scafaria (As Golpistas) será a diretora e roteirista. O livro encontra-se em domínio público.

Ainda sem título definido ou detalhes adicionais anunciados, o filme também terá entre os produtores Marc Platt, referência do cinema musical, e é o retorno da cantora de Manchild e Espresso ao mundo da atuação. Além de estrelar seus próprios clipes musicais, Sabrina Carpenter também atuou em projetos como Crush à Altura (2019) e Crush à Altura 2 (2022), Dançarina Imperfeita (2020) e O Ódio que Você Semeia (2018). Anteriormente, de 2014 a 2017, deu vida à rebelde Maya no seriado Girl Meets World, da Disney. O novo filme, no entanto, é seu primeiro grande projeto cinematográfico desde o sucesso comercial do disco Short n' Sweet (2024).

Alice no País das Maravilhas, eternizado nas telas com a animação de 1951 da Disney, ganhou uma versão live-action para os cinemas em 2010, em longa dirigido por Tim Burton e estrelado por Mia Wasikowska e Johnny Depp. Na história, Alice navega em um mundo novo que desafia sua identidade, seu amadurecimento e as regras da vida adulta.

Condenado a um ano de prisão em suspensão em março por assédio sexual, Oh Yeong-su, o Oh Il-nam/Jogador 001 de Round 6, teve sua condenação anulada por uma corte da Coreia do Sul nesta terça-feira, 11. O tribunal admitiu que o ator de 81 anos pode ter cometido o crime, uma vez que se desculpou com a vítima, mas colocou o incidente em dúvida, afirmando que "há a possibilidade de a memória da vítima ter se distorcido com o tempo".

De acordo com a BBC, a vítima afirmou à Womenlink que "apesar da decisão de hoje, continuarei a falar a verdade até o fim". Feita em 2021, a acusação de assédio sexual contra Oh se refere a um incidente de 2017, quando o ator teria abraçado e beijado a vítima sem seu consentimento duas vezes. O caso foi fechado no mesmo ano, mas reaberto em 2022. Em 2023, o ator admitiu ter se "comportado mal".

Em 2024, Oh foi condenado a uma pena suspensa - que permite que o condenado permaneça em liberdade mediante a algumas regras - de oito meses de prisão. Oh celebrou a decisão judicial em entrevista a veículos coreanos, afirmando que a corte teve "um julgamento sábio".

Vencedor do Globo de Ouro por Round 6, Oh é um celebrado ator na Coreia do Sul, trabalhando na TV e no cinema do país desde a década de 1960. Seu último trabalho foi justamente a série da Netflix, que chegou à sua terceira e última temporada em 2025. Um dos principais personagens dos episódios de estreia, ele voltou a aparecer em flashbacks no último ano.

Salve Jorge vai voltar ao ar pela primeira vez desde sua exibição original, em 2012. A novela de Gloria Perez, será a próxima na grade de programação do Globoplay Novelas a partir de 8 de dezembro, substituindo Celebridade.

A reprise será transmitida de segunda a sábado, às 23h30, com reapresentação no dia seguinte, às 12h50. Aos domingos, o canal exibirá uma maratona a partir de 15h25. Para quem prefere acompanhar em outro ritmo, Salve Jorge também estará disponível na íntegra no catálogo do Globoplay.

Sobre 'Salve Jorge'

Na história, Morena (Nanda Costa), jovem moradora do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, recebe a proposta de um emprego na Turquia e parte acreditando estar diante de uma oportunidade para mudar de vida. O que encontra, porém, é uma rede de aliciamento de mulheres.

A trama acompanha o esforço da personagem para escapar da exploração e denunciar o esquema, que tem no Brasil uma articuladora sofisticada e influente: Lívia Marine (Claudia Raia).

Além da luta contra a quadrilha, a novela traz o relacionamento conturbado entre Morena e Theo (Rodrigo Lombardi), capitão da cavalaria do Exército. O militar se declara disposto a assumir o romance e a criação do filho dela, Júnior (Luis Felipe Lima), enfrentando barreiras emocionais e familiares ao longo da trama.

Com direção de núcleo de Marcos Schechtman, o elenco reúne nomes como Giovanna Antonelli, Alexandre Nero, Dira Paes, Carolina Dieckmann, Tania Khalill, Totia Meireles e Domingos Montagner.