Golpe do falso advogado: OAB-RJ aciona Meta na Justiça e aponta falha de segurança no WhatsApp

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A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ) entrou com uma ação civil pública na Justiça Federal contra a Meta, empresa proprietária do WhatsApp. Segundo a OAB-RJ, falha na sincronização entre operadoras telefônicas e a plataforma tem possibilitado fraudes como o "golpe do advogado falso".

No esquema, que rendeu desde o ano passado 14.604 denúncias à OAB nacional, segundo dados do programa Fantástico, da TV Globo, um golpista acessa dados da conta do WhatsApp de um número que já foi desativado pela operadora e se passa por advogado em mensagens trocadas com objetivo de extorquir as vítimas.

Procurada pelo Estadão, a Meta informou por meio de assessoria de imprensa que não vai comentar.

A ação ajuizada destaca que o período entre o cancelamento da linha telefônica e a desativação da conta no WhatsApp cria uma "janela de vulnerabilidade". Enquanto o número só pode ser reatribuído pela operadora a outro usuário depois de 180 dias, a conta do ex-titular no aplicativo continua ativa e pode ser usada em fraudes, clonagem de identidade e acesso indevido a dados.

No processo, a OAB-RJ pede à Justiça medidas como a desativação automática em até 48 horas úteis das contas do WhatsApp vinculadas a números cancelados; a implementação em até 90 dias de um mecanismo de sincronização com as operadoras telefônicas; a proibição de manter contas ativas associadas a números desativados; e a notificação de usuários sobre os riscos e procedimentos de segurança.

Segundo a presidente da OAB-RJ, Ana Tereza Basilio, práticas como o golpe do advogado falso provocam prejuízos financeiros e abalam a confiança da sociedade nas instituições de Justiça. A advogada ressalta que a falha de segurança no aplicativo de mensagens dificulta a investigação pelas autoridades competentes, uma vez que as linhas a serem investigadas já foram oficialmente canceladas.

De acordo com informações do Ministério da Justiça, investigados poderão responder por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas, somadas, podem ultrapassar 15 anos de prisão, além de multas.

Como funciona o golpe do falso advogado

No esquema, criminosos acessam dados públicos dos processos judiciais por meio dos sites dos tribunais e coletam informações verdadeiras da vítima, como nome completo, RG, CPF, número de processo, nome e dados do advogado e possíveis valores a receber.

O golpista, então, entra em contato por ligação ou aplicativo de mensagens, passando-se por advogado e exigindo o pagamento de falsas taxas judiciais. Eles insistem que é necessário realizar o pagamento para a liberação de valores a que a vítima teria direito, como indenizações, por exemplo.

Nesta segunda-feira, 3, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anunciou que advogados, partes e demais interessados deverão passar por autenticação em dois fatores para acessar sistema do Processo Judicial eletrônico (PJe). A dupla verificação também será obrigatória para usuários do Jus.Br e da Plataforma Digital do Poder Judiciário Brasileiro (PDPJ).

Segundo o órgão, a iniciativa atende a um pedido da OAB e busca mitigar riscos de fraude, especialmente a do "falso advogado".

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A apresentadora Fátima Bernardes recebeu Kim Kardashian, Naomi Watts, Niecy Nash-Betts e Sarah Paulson para um brunch. O encontro é uma publicidade para divulgar o lançamento de Tudo é Justo, nova série do Disney+ produzida pelo selo Hulu.

Criada por Ryan Murphy, a série que foi detonada pela crítica norte-americana conta a história de um grupo de advogadas especializadas em divórcio. Elas deixam um grande escritório dominado por homens para fundar seu próprio e poderoso escritório. Kim baseou sua personagem, Allura Grant, em sua própria advogada, Laura Wasser.

As quatro atrizes vieram ao Brasil nesta semana para evento de divulgação da série, realizado no Rio de Janeiro.

A prévia do encontro, divulgada no Instagram, mostra um papo descontraído, com Fátima ensinando as atrizes a "bater" um leque. Além disso, elas adiantam pequenos spoilers da temporada da série. O encontro completo será divulgado no YouTube.

Tudo é Justo está disponível para streaming no Disney+.

Recontado na série documental 50 Segundos: O Caso Fernando Báez Sosa, da Netflix, o brutal assassinato de um jovem de 18 anos, espancado por oito jogadores de rugby de idade semelhante, parou a Argentina. Mais do que a crueldade do crime, as várias filmagens do ocorrido e o comportamento dos assassinos após o espancamento chocou o país, veiculado como "o crime dos rugbiers" pela mídia local.

Com o desenrolar da investigação - facilitada por testemunhos de pessoas próximas e filmagens feitas pelos próprios criminosos -, o assassinato se tornou ainda mais chocante pela banalidade da discussão que deu origem ao espancamento. Além disso, as imagens e relatos também abriram caminho para uma discussão nacional de xenofobia, classismo e racismo na Argentina.

Quem era Fernando Báez Sosa

A vítima, Fernando Báez Sosa, tinha 18 anos. Filho único de imigrantes paraguaios, ele havia recentemente se formado no ensino médio e estudava direito na Universidade de Buenos Aires. À época, seu pai trabalhava como porteiro e sua mãe como cuidadora.

Em janeiro de 2020, Báez Sosa estava de férias na cidade de Villa Gesell, conhecido destino de férias na província de Buenos Aires, acompanhado de amigos e da namorada. O grupo se hospedava em um albergue na região e, na madrugada do dia 18, foi a uma boate, onde se desentendeu com um outro grupo de jovens após um esbarrão.

O crime de menos de um minuto

Após um de seus amigos esbarrar em outros jovens, uma discussão acalorada teve início ainda dentro da boate. Antes que a briga verbal partisse para as vias físicas, um segurança da casa expulsou os homens que eventualmente assassinariam Fernando.

Após deixar a boate, Báez Sosa e seus amigos foram tomar sorvete, permanecendo nos arredores do local. Foi então que o grupo que havia sido expulso pela segurança, formado por jogadores de rugby, se aproximou e começou a espancar o rapaz. Ao todo, eram 10 homens, com oito participando do espancamento enquanto os outros dois impediam outros de intervir e proteger o rapaz.

O crime foi claramente capturado não só pelas câmeras de segurança dos arredores, mas também por celulares de testemunhas. Um dos assassinos, Lucas Pertossi, também gravou parte da agressão antes de desferir os próprios golpes na vítima.

Nas filmagens, é possível ouvir os criminosos insultando Fernando com xingamentos xenofóbicos e racistas, incluindo "negro de merda".

A agressão começou às 4h44 da manhã e durou apenas 50 segundos, como aponta o título da série da Netflix. Chamada pela funcionária de um hotel próximo, a polícia chegou minutos após os criminosos partirem, mas Fernando já estava morto.

A frieza dos assassinos

Além das falas preconceituosas direcionadas a Báez Sosa durante o crime, seus assassinos mostraram outro comportamento perturbador após o espancamento. De acordo com o que foi divulgado pela polícia na época, o grupo, que incluía ainda um menor de idade, foi a um restaurante da rede McDonald's. Na mesma noite, eles compartilharam uma foto reunidos em torno de uma mesa na casa que haviam alugado em Villa Gesell.

Outras testemunhas próximas relataram que os jogadores de rugby ainda se gabaram do crime. De acordo com uma das pessoas que teria ouvido os criminosos dizendo que Fernando havia "expirado".

Ainda na manhã do dia 18, os 10 jovens foram presos pela polícia local, que os havia identificado através das imagens de segurança. Eles permaneceram em prisão preventiva por quase três anos, sendo condenados após julgamento feito em 2023.

Para se defender das acusações, os atletas tentaram convencer as autoridades que o crime havia sido perpetuado por outro esportista, o remador Pablo Ventura, que também estava hospedado com a família em Villa Gesell na época. A tentativa caiu por terra, no entanto, quando foi comprovado que Ventura havia deixado a cidade dois dias antes do crime.

Choque nacional

As várias imagens disponibilizadas do crime foram amplamente compartilhadas nas redes sociais e em veículos jornalísticos. Em questão de horas, a população argentina já começava a se manifestar pedindo justiça por Báez Sosa.

Além da discussão sobre preconceito que dominou a cobertura do crime, muitos começaram também a debater o ambiente machista e agressivo do rugby, vendo a violência do campo de jogo transbordar para as ruas. A mídia e o público lembraram, à época, de outros dois homicídios brutais perpetuados por rugbiers, que aconteceram em 2006 e 2018, também supostamente motivados por preconceito étnico e de gênero.

Historicamente, o rugby, especialmente o rugby amador, é considerado um esporte de elite, basicamente restrito às classes média e alta. A situação econômica da família Sosa fez com que o crime fosse visto como um ato classista.

O julgamento

Os atletas assassinos foram parar no banco dos réus em 2 janeiro de 2023. Em 19 de fevereiro daquele ano, Máximo Thomsen, Ciro Pertossi, Matías Benicelli, Luciano Pertossi e Enzo Comelli foram condenados à prisão perpétua - pena mais rigorosa do país - por homicídio duplamente qualificado pela corte argentina.

Outros três jovens, considerados participantes secundários do assassinato, Blas Cinalli, Lucas Pertossi e Ayrton Viollaz foram condenados a 15 anos. Os criminosos chegaram a apelar contra a decisão judicial.

'50 Segundos: O Caso Fernando Báez Sosa'

Dirigido por Martín Rocca, 50 Segundos: O Caso Fernando Báez Sosa recria o momento do assassinato do jovem e a investigação usando gravações inéditas obtidas junto à polícia local. Além disso, amigos e familiares de Báez Sosa dão entrevistas exclusivas para o documentário.

Dividido em três episódios, a minissérie separa o crime, a investigação e o julgamento entre seus capítulos, cada um mostrando cada fase da luta da família Sosa em busca de justiça.

50 Segundos: O Caso Fernando Báez Sosa está disponível na Netflix.

As vendas de ingressos para o Monsters of Rock 2026 começaram nesta sexta-feira, 14. O festival está marcado para o dia 4 de abril, no Allianz Parque, em São Paulo.

Esta será a nona edição do evento no Brasil e reúne nomes consagrados do rock. O line-up traz Guns N' Roses, formado pelos veteranos Axl Rose, Slash e Duff McKagan, além de Isaac Carpenter, Dizzy Reed e Melissa Reese.

Lynyrd Skynyrd, atualmente liderado por Johnny Van Zant e Rickey Medlocke, estreia no festival. Completa a programação o Halestorm, banda de rock moderno vencedora do Grammy, formada por Lzzy Hale, Arejay Hale, Joe Hottinger e Josh Smith.

O primeiro Monsters of Rock aconteceu em 1994, no Estádio Pacaembu, em São Paulo, e tinha o Kiss como a principal atração. A edição mais recente, que aconteceu em abril de 2025, teve Scorpions e Judas Priest em seu line-up.

Venda de ingressos Monsters of Rock 2026

Os ingressos estão à venda no site da Eventim, com preços a partir de R$ 300. Há também venda presencial, sem taxa, na bilheteria do Allianz Parque.

Nesta sexta-feira, a compra presencial ocorre no portão B (Av. Francisco Matarazzo, 1.705). Depois disso, as entradas estarão sujeitas à disponibilidade no portão A (Rua Palestra Itália, 200, Água Branca), de terça a sábado, das 10h às 17h. A bilheteria não funciona em feriados, emendas e dias de jogos ou eventos no estádio.

Preços

Pista Premium

R$ 1,35 mil (inteira)

R$ 675 (meia-entrada)

Pista

R$ 750 (inteira)

R$ 375 (meia-entrada)

Cadeira Inferior

R$ 950 (inteira)

R$ 475 (meia-entrada)

Cadeira Superior

R$ 600 (inteira)

R$ 300 (meia-entrada)

Vip - Mirante Backstage

R$ 3,09 mil (valor do ingresso inteira + pack mirante)

R$ 2,4 mil (valor do ingresso meia-entrada + pack Mirante)

Vip - Fanzone Pista Premium

R$ 2,85 mil (valor do ingresso inteira Pista Premium + pack Fanzone)

R$ 2,17 mil (valor do ingresso meia-entrada Pista Premium + pack Fanzone)

Vip - Fanzone Cadeira Inferior

R$ 2,45 mil (valor do ingresso inteira Cadeira Inferior + pack Fanzone)

R$ 1,97 mil (valor do ingresso meia-entrada Cadeira Inferior + pack Fanzone)