Sandoval Feitosa: Sem modernização tarifária, há grande risco de colapso no sistema elétrico

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O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, voltou a fazer alertas sobre os riscos para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN). Ele disse que sem a modernização tarifária, com sinal de preço para os consumidores, há um "grande risco" no funcionamento do sistema elétrico.

Ele participou do evento organizado pela empresa global WEG com o tema "BESS - Elo Principal para a Transição Energética", às margens da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Sandoval informou que "nos próximos dias" haverá abertura de consulta pública sobre modernização tarifária.

A Aneel está testando nove projetos de diferentes tarifas, incluindo a tarifa-horária, tarifa dinâmica, tarifa para mobilidade elétrica, pré-pagamento, em diversas regiões do país. Em comum, essas diferentes modalidades buscam mais dinamismo nos valores tarifários e, em última análise, redução no valor.

"A modernização trará grandes oportunidades, trará eficiência econômica e, principalmente, segurança operacional", avaliou Sandoval Feitosa. Com a mudança, no primeiro momento, será possível modular a carga de 30% dos consumidores do Brasil, na baixa tensão, dando o sinal de preço para no horário que tem excedente de geração a tarifa seja mais baixa e no momento há carência de geração a tarifa seja mais alta.

O cerne da questão é o usuário ter condições de ajustar seu consumo de acordo com essas informações. "Nós temos uma transferência de renda absurda no Brasil, absurda no setor elétrico. Quem tem muito dinheiro paga pouca tarifa, quem tem pouco dinheiro paga muita tarifa. Mas, além disso, nós agora estamos falando da sustentabilidade operacional do sistema. Se nós não fizermos essa mudança da tarifa, e dermos um sinal de preço, nós temos um grande risco de termos colapso do funcionamento, do que é a nossa joia", declarou.

A operação segura do sistema elétrico nacional depende, essencialmente, do fornecimento de energia estável para todos os consumidores brasileiros. A entrada e aumento da participação de fontes de geração intermitentes representam um risco do ponto de vista de segurança para a sinalização de energia ininterruptamente. A modernização tarifária poderia ajudar pelo lado do consumo, aliviando a pressão sobre o sistema nos horários de pico e de menor geração.

"Se nós não cuidarmos do orgulho nacional, que é o funcionamento eficiente de uma rede muito maior que toda a Europa, nós poderemos cair em um grande problema. Então, o momento agora é nós trazermos o centro do debate, a segurança operacional do sistema elétrico", disse Sandoval Feitosa. Ele cumpre agenda em Belém (PA) também nesta sexta-feira.

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Dirigida por Emerald Fennell (Saltburn), a nova adaptação de O Morro dos Ventos Uivantes teve seu primeiro trailer divulgado nesta quinta-feira, 13 (veja acima). O longa traz Margot Robbie no papel de Cathy, filha de um homem rico, e Jacob Elordi como seu irmão adotivo Heathcliff, e acompanha a paixão arrebatadora e proibida que despertou nos dois ao longo dos anos.

Escrito por Emily Brontë e publicado originalmente em 1847, O Morro dos Ventos Uivantes acompanha Catherine e Heathcliff, dois jovens criados por um homem rico que se apaixonam, mas as normas sociais da época impedem que eles fiquem juntos. Anos após deixar o lado da amada, Heathcliff retorna, agora rico e respeitado, para se vingar daqueles que o excluíram.

Lançada em setembro deste ano, a primeira prévia do filme rendeu diversas críticas online. Além de a produção ser acusada de apagamento étnico ao escalar Elordi no papel de um personagem descrito como romani, o tom erótico trazido por Fennell também foi rechaçado por fãs da obra original.

Esta será a 16ª adaptação de O Morro dos Ventos Uivantes para os cinemas, com o livro rendendo também filmes produzidos na França, Índia, Japão e Paquistão ao longo das décadas.

Além de dirigir, Fennell também assina o roteiro do longa. Owen Cooper, Hong Chau, Shazad Latif, Alison Oliver, Martin Clunes e Ewan Mitchell completam o elenco principal.

O Morro dos Ventos Uivantes estreia em 12 de fevereiro nos cinemas.

O músico Hamilton de Holanda foi um dos vencedores do prêmio de Melhor Álbum de Jazz Latino no Grammy Latino 2025 nesta quinta-feira, 13. O brasileiro dividiu a categoria, que teve empate, com o cubano Chucho Valdés.

Hamilton recebeu o gramofone pelo álbum Hamilton de Holanda Trio Live in NYC, enquanto Valdés ganhou pelo disco Cuba And Beyond, gravado com o Royal Quartet. O anúncio foi feito durante a Première, que ocorre no Mandalay Bay South Convention Center antes da cerimônia principal.

Os demais indicados à categoria eram La Fleur de Cayenne, de Paquito D'Rivera & Madrid-New York Connection Band, Luces y Sombras, de Iván Melon Lewis Trio, e Golden City, de Miguel Zenón.

A 26ª edição do Grammy Latino ocorre na quinta, diretamente da MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas, nos Estados Unidos. O evento, que celebra os maiores nomes da música latina, será transmitido a partir das 22h ao vivo no Brasil com cobertura especial no Multishow, Canal Bis e Globoplay.

Entre os brasileiros, há presença expressiva em várias categorias. Liniker aparece como principal destaque, somando sete indicações, incluindo Álbum do Ano, Canção do Ano e Gravação do Ano.

Outros nomes nacionais também marcam presença, entre eles: Marina Sena, Milton Nascimento, Zeca Pagodinho, Alcione, Carol Biazin, BaianaSystem, Gilberto Gil, Djonga e João Gomes.

Em plena divulgação de Lux, seu novo e elogiado disco, Rosalía declarou recentemente estar vivendo uma abstinência sexual voluntária. A prática, que recebeu o apelido de 'volcel', diz respeito a uma escolha pessoal de não ter relações sexuais.

A cantora e compositora espanhola de 33 anos concedeu a declaração em entrevista ao podcast Radio Noia, da Radio Primavera Sound, e disse estar solteira e sem espaço em sua vida para paixões platônicas. "Quero deixar claro que não dou mais espaço a paixões platônicas, essa fantasia, essa ilusão que não leva a lugar nenhum. Acabou. Eu, neste momento, estou solteira", afirmou, dizendo também que pratica o celibato voluntário.

O termo volcel, usado para designar a prática descrita por Rosalía, é a abreviação em inglês das palavras voluntary (voluntário) e celibate (celibatário), e significa literalmente ser celibatário por escolha; tratam-se de pessoas que decidem, voluntariamente, não fazer sexo ou ter envolvimento romântico por um período da vida.

Nos últimos anos, o volcel tem ganhado destaque em redes sociais. Em uma reportagem de 2021, a rádio australiana ABC afirma que a tendência atinge principalmente millennials. Vale destacar que é algo diferente do incel - cuja sigla significa celibato involuntário, e está associado a grupos masculinos que perpetuam práticas misóginas.

Geralmente, a prática do volcel está ligada a uma busca mais profunda por autoconhecimento. Em um artigo publicado em 2023, o jornal britânico The Guardian afirma que, embora seja uma escolha particular, o volcel também pode ser compreendido como uma reação à atual cultura do sexo, e uma rejeição a comportamentos considerados tóxicos ou nocivos.

"[Isso] pode fazer o sexo e os relacionamentos serem estressantes e de alto risco. Algumas pessoas podem achar que dar um tempo disso é bom para a saúde mental", declarou ao jornal o Dr. Justin Lehmiller, pesquisador, escritor e apresentador do podcast Sex and Psychology.