Dilma chama condenação de Cristina Kirchner por corrupção de 'perseguição política'

Internacional
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A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) manifestou solidariedade a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, condenada a seis anos de prisão por corrupção e que teve o recurso contra a pena negado nesta terça-feira, 10, pela Suprema Corte argentina.

Dilma afirmou que a condenação de Cristina Kirchner é "mais um exemplo de perseguição política e lawfare contra lideranças progressistas na América Latina". "Trata-se de um ataque inaceitável à democracia", disse.

Dilma também afirmou que o objetivo da perseguição é "sempre o mesmo: manchar reputações e afastar essas lideranças da legítima disputa pelo voto popular".

Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco do Brics, Dilma mora na China desde 2023. Nesta quarta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também manifestou apoio à Kirchner, afirmando que ligou para ela e falou da "importância de que se mantenha firme neste momento difícil".

Nesta terça-feira, 10, a Corte Suprema da Argentina manteve uma condenação por corrupção contra a peronista e determinou que ela seja presa. A prisão pode ocorrer a qualquer momento, uma vez que os recursos foram esgotados.

A ex-presidente foi considerada culpada por contratar obras públicas superfaturadas e fraudes em licitações na província de Santa Cruz, durante o período em que presidiu o país. Ela afirma ser inocente e vítima de uma perseguição judicial.

Na última semana, a ex-presidente de 72 anos anunciou que concorreria a uma vaga como deputada na província de Buenos Aires, a mais populosa do país, nas eleições legislativas de 7 de setembro.

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A maioria dos brasileiros avaliou positivamente o desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 12. Para 45% dos entrevistados, o petista saiu mais forte politicamente da reunião com o ex-presidente norte-americano, enquanto 30% acreditam que ele ficou mais fraco. Para outros 10%, o presidente saiu igual e 15% não souberam ou preferiram não opinar.

O levantamento também mostrou otimismo quanto às relações comerciais entre os dois países. Questionados sobre a possibilidade de um acordo para reduzir tarifas, 51% afirmaram acreditar que Lula e Trump chegarão a um entendimento, ante 39% que consideram improvável uma convergência entre os dois líderes. A reunião ocorreu no último dia 26, no horário de Brasília, em Kuala Lumpur, na Malásia, onde ambos participaram como convidados da 47ª Cúpula de Líderes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).

A pesquisa Genial/Quaest foi realizada entre os dias 6 e 9 de novembro, por meio de entrevistas presenciais. O levantamento ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais em todas as regiões do País. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, dentro de um nível de confiança de 95%.

As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre segurança pública foram desaprovadas pela maioria dos eleitores, inclusive entre seus próprios apoiadores. De acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 12, cerca de sete em cada dez eleitores lulistas (66%) discordam da frase do petista segundo a qual "os traficantes também são vítimas dos usuários".

A declaração foi feita durante viagem à Malásia, quando Lula se encontrou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No total, 81% dos brasileiros discordam da afirmação, 14% concordam e 5% não souberam responder. A rejeição é expressiva até entre segmentos próximos ao governo: 78% entre eleitores de esquerda não lulistas e 81% entre independentes.

A Quaest entrevistou presencialmente 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais entre os dias 6 e 9 de novembro. O levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%. A pesquisa foi realizada em meio à repercussão da megaoperação no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos, tornando-se a mais letal da história do Estado, e reacendeu o debate sobre a política de segurança pública. A ação contou com ampla aprovação popular: segundo a Quaest, 67% dos brasileiros disseram aprovar a operação, enquanto 25% a desaprovam e 8% não opinaram.

Na última terça-feira, 4, o presidente voltou a tratar do assunto e classificou como "desastrosa" a ação da polícia no Rio. A nova fala também foi mal recebida pela maioria da população, mas encontrou respaldo entre seus eleitores. De acordo com a Genial/Quaest, 57% dos brasileiros discordam da avaliação de Lula, enquanto 38% concordam e 5% não souberam responder.

Entre os lulistas, porém, 57% concordam com o presidente, e 38% discordam. O apoio à declaração também é majoritário entre eleitores de esquerda não lulistas (67%), mas minoritário entre independentes (38%) e quase inexistente entre eleitores da direita (15%) e bolsonaristas (19%).

A reação às falas e o avanço do debate sobre segurança pública se refletem nos índices gerais de aprovação do governo. A nova rodada da pesquisa Genial/Quaest mostra que o tema freou a recuperação de Lula. A desaprovação ao governo oscilou negativamente de 49% para 50%, enquanto a aprovação recuou de 48% para 47%, registrando a primeira oscilação negativa nas avaliações desde maio.

Na análise da gestão, a parcela que considera o governo positivo caiu de 33% para 31%, enquanto a avaliação negativa oscilou de 37% para 38%. Outros 28% avaliam o governo como regular. O desgaste ocorre em um momento em que a segurança pública voltou a ocupar o centro das preocupações dos brasileiros. A violência é citada por 38% dos entrevistados como o principal problema do País, uma alta em relação a outubro, quando o índice era de 30%. O resultado reforça a dificuldade do governo em manter apoio estável num tema historicamente dominado pela oposição.

A percepção dos brasileiros sobre a economia segue predominantemente negativa, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 12. Para 43% dos entrevistados, a economia piorou no último ano, enquanto 32% afirmam que permanece igual e 24% avaliam que melhorou. Em relação aos próximos 12 meses, há um leve otimismo: 42% acreditam que o cenário econômico vai melhorar, 35% preveem piora e 18% esperam estabilidade.

A pesquisa também apontou as percepções do brasileiro sobre inflação e emprego. São 58% os que acham que os preços dos alimentos no mercado subiram no último mês, contra 63% do levantamento de outubro. Agora, são 23% os que acham que ficou igual (eram 21%) e 17% os que apontam que caiu (eram 15%).

Quanto ao mercado de trabalho, são 50% os que acham que está mais difícil conseguir emprego hoje do que há um ano. Enquanto isso, 39% apontam que está mais fácil e 5% acham que ficou igual.

O levantamento foi realizado entre os dias 6 e 9 de novembro, por meio de entrevistas presenciais. Foram ouvidos 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais, em todas as regiões do País. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.