Brasil e Japão anunciam acordos bilaterais após reunião de Lula com Fumio Kishida

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, assinaram acordos bilaterais nesta sexta-feira, 3, para aumentar a cooperação em economia verde e transição energética. Os dois se reuniram no Palácio do Planalto mais cedo, onde discutiram o aumento do comércio entre os dois países e temas relacionados a tecnologia limpa e reformas de governança global.

Os acordos englobam áreas de agricultura sustentável, recuperação do solo, segurança cibernética e comércio exterior. O Brasil trabalha para a abertura do mercado japonês para a carne bovina brasileira.

Após a reunião, os dois líderes falaram com a imprensa e destacaram a cooperação e agenda em comum entre Brasil e Japão. O premiê Fumio Kishida declarou que vai continuar trabalhando pela reforma do Conselho de Segurança da ONU, assim como o Brasil, e disse que o País é uma liderança na agenda climática global. "Durante a reunião de hoje, reconhecemos a liderança do presidente Lula (na agenda climática) e saudamos a realização da COP", disse Kishida.

A reforma do Conselho de Segurança, afirmou o premiê japonês, é algo que vai ser trabalhado em conjunto no G4, aliança formada em 2005 entre Brasil, Japão, Alemanha e Índia que demanda o ingresso em lugares permanentes no órgão. "Vamos trabalhar em conjunto para tomar medidas concretas", acrescentou.

Na sua declaração, o presidente Lula convidou os empresários japoneses a aumentar os investimentos no País em novas áreas, como a inteligência artificial, e ressaltou que a balança comercial entre os dois países chegou a um patamar de US$ 18 bilhões no passado, mas hoje é de US$ 11 bilhões. "Nós podemos fazer mais. Quando vocês (empresários) estiverem olhando para o mapa do mundo para fazer investimento, olhem para o Brasil", declarou.

Lula ressaltou o tamanho da comunidad nikkei (descendentes nascidos fora do Japão) no Brasil, estimada em mais de dois milhões de pessoas e a maior do mundo, para defender o aumento das relações entre as duas nações. "Pensem: 'Vou investir no Brasil porque é lá que o japonês ficou'", acrescentou.

O presidente também acredita que a isenção de visto para brasileiros visitarem o Japão também deve aumentar a cooperação e o intercâmbio entre os povos dos dois países.

A viagem de Fumio Kishida a América do Sul é a primeira dele como primeiro-ministro desde o início do seu governo, em outubro de 2021, e também acaba com um hiato de uma década sem visitas de um líder japonês ao Brasil. Kishida segue para Assunção, capital do Paraguai, mas retorna ao Brasil na manhã deste sábado (4) para uma série de atividades em São Paulo.

O primeiro-ministro fará uma visita ao memorial em homenagem aos imigrantes japoneses e, em seguida, almoçará com representantes da comunidade nipo-brasileira. Ele deve fazer uma palestra na USP à tarde e se reunir com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

Em tom descontraído, Lula pediu para que Alckmin leve o premiê ao "melhor restaurante da Liberdade (bairro de São Paulo com grande presença da comunidade nipo-brasileira)" para convencê-lo a abrir o mercado japonês para a carne brasileira. "Você vai ver que a nossa carne é a melhor e mais barata do que a que vocês compram hoje. Eu não sei nem o preço da que vocês compram, mas sei que a nossa é mais barata", declarou o presidente.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou já ter escolhido a pessoa que irá comandar o Ministério das Relações Institucionais. O petista ponderou, porém, que ainda não falou com a pessoa sobre a decisão, e só irá comunicar à imprensa após fazê-lo.

"Já está escolhido o nome para a SRI, mas eu não contei para vocês ainda. Eu vou contar quando eu falar com a pessoa primeiro, senão eu vou indicar a pessoa sem ter falado. Tudo vai acontecer no tempo certo", disse o presidente, em fala a jornalistas nesta quarta-feira, 26. Em seguida, Lula pediu paciência para os jornalistas.

O chefe do Executivo e o ministro da Educação, Camilo Santana, foram nesta tarde em uma agência da Caixa localizada no Palácio do Planalto para fazer o saque do pagamento do Pé-de-Meia, acompanhados de uma estudante que se formou no terceiro ano do colegial e passou em medicina.

O petista foi perguntado se o programa será a marca da gestão Lula 3. "Tem muita coisa que pode ser a marca. O que eu acho é que pode ser o Pé de Meia e outras coisas que a gente ainda vai fazer na educação", afirmou. "Nós acreditamos que a educação é a única fórmula, a mais rápida para a gente tirar o País desse empobrecimento escolar, desse empobrecimento na formação profissional das pessoas, e para o Brasil se transformar em um pai's competitivo em qualidade", comentou. "Espero que muitos jovens se dediquem a estudar."

Segundo Lula, para ser um País "grande e rico", não se pode ficar exportando apenas commodities. "É bom exportar porque a gente faz uma reserva em dólares. Mas um país precisa exportar inteligência, conhecimento", completou.

O presidente demitiu na terça-feira, 25, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e escolheu o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para substituí-la. Com as mudanças, que continuarão nos próximos dias, o presidente tenta impor um freio de arrumação na segunda metade de seu mandato para estancar o desgaste e se preparar para 2026, quando ele pretende disputar a reeleição.

Um dos principais cotados para a SRI é o deputado federal José Guimarães (PT-CE), atual líder do governo na Câmara. Também é cotada a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

O ministro da Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França (PSB), afirmou nesta quarta, 26, que se sente apto para disputar as eleições ao governo do Estado de São Paulo em 2026. Ele disse ter falado com Fernando Haddad, mas o ministro da Fazenda não teria interesse de concorrer ao cargo. A declaração ocorreu em entrevista à CNN Brasil.

"Na eleição passada, o presidente Lula me pediu e eu então abri para que Haddad fosse o candidato", lembrou França. "Dessa vez, como Haddad me disse que não gostaria de disputar, eu me sinto apto", acrescentou, porém, destacando que "2 anos em política é muito tempo".

O ministro afirmou que não tem receio de concorrer à cadeira mais alta do Palácio dos Bandeirantes contra o atual governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). "Acho que ele pode ter seus méritos, mas ele representa um tipo de pensamento e eu represento outro tipo de pensamento."

França disse ainda não ter certeza se o atual chefe do Executivo paulista vai disputar as eleições em São Paulo, dado a incerteza de Jair Bolsonaro (PL), inelegível, ser o nome da direita para o pleito presidencial de 2026. "Vai haver uma pressão muito grande agora no Bolsonaro para que ele decida antecipadamente e decida pelo Tarcísio, que é o candidato evidentemente mais forte do campo adversário para uma eleição presidencial", avaliou França.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, organizaram uma missa para rezar pela saúde do Papa Francisco, internado há 12 dias com pneumonia em ambos os pulmões. A cerimônia será realizada nesta quarta-feira, 26, às 18h, no Palácio da Alvorada.

A celebração foi coordenada por Gilberto Carvalho, ex-secretário-geral da Presidência no primeiro mandato de Lula e amigo próximo do petista. A missa será conduzida por três padres jesuítas e contará com a presença de Dom Raymundo Damasceno, cardeal e arcebispo emérito de Aparecida.

Em nota, o Planalto destacou o "imenso carinho, respeito e admiração" que Lula e Janja têm pelo pontífice.

No início do mês, Janja esteve em Roma, onde participou de compromissos da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e encontrou o Papa Francisco. Em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, ela aparece cumprimentando o pontífice e conversando com ele em um escritório.

A primeira-dama contou ter agradecido ao Papa pelas orações direcionadas à recuperação de Lula, que, após um acidente doméstico em outubro do ano passado, precisou passar por uma cirurgia de emergência em dezembro para drenar um hematoma intracraniano. "Ele perguntou muito sobre isso", disse Janja.

Lula e Janja já haviam se encontrado com Francisco em junho de 2023, durante uma visita oficial ao Vaticano. Na ocasião, o casal trocou presentes com o líder da Igreja Católica em uma reunião de cerca de 45 minutos. "Toda vez que encontro com ele, é sempre muita emoção", afirmou a primeira-dama no início do mês.

O Papa Francisco apresentou leve melhora nesta quarta-feira, 26. No fim de semana, ele teve crises respiratórias, anemia, queda de plaquetas e precisou de oxigênio e transfusões de sangue.

Mesmo no hospital, Francisco se reuniu na terça-feira, 25, com o secretário de Estado do Vaticano para aprovar decretos sobre possíveis santos. Na segunda-feira, centenas de fiéis, incluindo cardeais e bispos, se reuniram na Praça de São Pedro para rezar pelo pontífice, e as orações continuarão diariamente.