Rosalía revela ser adepta do celibato voluntário; saiba o que é 'volcel'

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Em plena divulgação de Lux, seu novo e elogiado disco, Rosalía declarou recentemente estar vivendo uma abstinência sexual voluntária. A prática, que recebeu o apelido de 'volcel', diz respeito a uma escolha pessoal de não ter relações sexuais.

A cantora e compositora espanhola de 33 anos concedeu a declaração em entrevista ao podcast Radio Noia, da Radio Primavera Sound, e disse estar solteira e sem espaço em sua vida para paixões platônicas. "Quero deixar claro que não dou mais espaço a paixões platônicas, essa fantasia, essa ilusão que não leva a lugar nenhum. Acabou. Eu, neste momento, estou solteira", afirmou, dizendo também que pratica o celibato voluntário.

O termo volcel, usado para designar a prática descrita por Rosalía, é a abreviação em inglês das palavras voluntary (voluntário) e celibate (celibatário), e significa literalmente ser celibatário por escolha; tratam-se de pessoas que decidem, voluntariamente, não fazer sexo ou ter envolvimento romântico por um período da vida.

Nos últimos anos, o volcel tem ganhado destaque em redes sociais. Em uma reportagem de 2021, a rádio australiana ABC afirma que a tendência atinge principalmente millennials. Vale destacar que é algo diferente do incel - cuja sigla significa celibato involuntário, e está associado a grupos masculinos que perpetuam práticas misóginas.

Geralmente, a prática do volcel está ligada a uma busca mais profunda por autoconhecimento. Em um artigo publicado em 2023, o jornal britânico The Guardian afirma que, embora seja uma escolha particular, o volcel também pode ser compreendido como uma reação à atual cultura do sexo, e uma rejeição a comportamentos considerados tóxicos ou nocivos.

"[Isso] pode fazer o sexo e os relacionamentos serem estressantes e de alto risco. Algumas pessoas podem achar que dar um tempo disso é bom para a saúde mental", declarou ao jornal o Dr. Justin Lehmiller, pesquisador, escritor e apresentador do podcast Sex and Psychology.

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A Polícia Civil do Paraná prendeu nesta quinta-feira, 13, em Curitiba, um homem de 51 anos suspeito de comercializar ilegalmente armas de fogo com traficantes do Rio de Janeiro. A prisão foi realizada durante o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão expedidos no âmbito de uma investigação feita com a Polícia Civil do Rio contra o tráfico de armas.

O suspeito, um ex-militar da Aeronáutica, foi autuado em flagrante por estar em posse irregular de armas e munições de uso restrito. Apesar de o homem possuir registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), o armamento e as munições não possuíam documentação, segundo a Polícia Civil do Paraná. Como a identidade dele não foi revelada, o Estadão não conseguiu localizar a defesa.

No local, os policiais apreenderam 83 armas de fogo (incluindo pistolas, carabinas, espingardas e revólveres), mais de 3 mil munições intactas de diversos calibres, incluindo restritos, e 12 mil estojos de munição que seriam recarregados no local ou vendidos para outros fabricantes de munições.

Conforme as investigações, o suspeito era morador do bairro Guaíra, em Curitiba, e negociava armas e munições com traficantes do Rio, além de fornecer orientações sobre a fabricação de armamentos.

"Durante o cumprimento das ordens judiciais, os policiais civis localizaram aproximadamente 80 armas de fogo, além de grande quantidade de munições, estojos, pólvora, pontas e máquinas utilizadas para recarga", disse Rodrigo Brown, delegado da Polícia Civil do Paraná. "A suspeita é que ele produzisse munições". O material vai passar por perícia.

A polícia apura ainda se o homem também forneceria munições para os grupos criminosos de Curitiba e de outras cidades do Paraná. As investigações seguem para identificar os destinatários das armas e a origem dos insumos apreendidos, informou a polícia civil paranaense.

De acordo com informações da Polícia Civil do Rio, a investigação que deu origem à operação partiu da análise dos dados extraídos de dispositivos eletrônicos apreendidos em outras ações policiais.

A polícia afirma que o conteúdo analisado revelou comunicações, trocas de arquivos e registros audiovisuais, que demonstraram as negociações das armas, munições, e insumos destinados à recarga e montagem de munições entre criminosos do Rio e do Paraná.

No decorrer da apuração, os investigadores encontraram "relações estáveis de colaboração" entre fabricantes, intermediários e compradores, que atuavam na produção de munições de calibres diversos e na comercialização de fuzis e metralhadoras de fabricação artesanal.

A polícia afirma que os criminosos obtinham lucros elevados (entre 100% e 150%) e utilizavam transportadoras privadas para o envio clandestino de armamentos. Esses terceiros eram orientados a esconder o material e ocultar a identidade do remetente.

Os agentes descobriram, ainda, a existência de pontos de fabricação e armazenamento, onde eram mantidos ferramentas, peças de reposição, insumos e equipamentos de recarga. "Parte das armas produzidas ou adquiridas irregularmente foi distribuída a terceiros, sem controle legal", informou a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, voltou a fazer alertas sobre os riscos para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN). Ele disse que sem a modernização tarifária, com sinal de preço para os consumidores, há um "grande risco" no funcionamento do sistema elétrico.

Ele participou do evento organizado pela empresa global WEG com o tema "BESS - Elo Principal para a Transição Energética", às margens da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Sandoval informou que "nos próximos dias" haverá abertura de consulta pública sobre modernização tarifária.

A Aneel está testando nove projetos de diferentes tarifas, incluindo a tarifa-horária, tarifa dinâmica, tarifa para mobilidade elétrica, pré-pagamento, em diversas regiões do país. Em comum, essas diferentes modalidades buscam mais dinamismo nos valores tarifários e, em última análise, redução no valor.

"A modernização trará grandes oportunidades, trará eficiência econômica e, principalmente, segurança operacional", avaliou Sandoval Feitosa. Com a mudança, no primeiro momento, será possível modular a carga de 30% dos consumidores do Brasil, na baixa tensão, dando o sinal de preço para no horário que tem excedente de geração a tarifa seja mais baixa e no momento há carência de geração a tarifa seja mais alta.

O cerne da questão é o usuário ter condições de ajustar seu consumo de acordo com essas informações. "Nós temos uma transferência de renda absurda no Brasil, absurda no setor elétrico. Quem tem muito dinheiro paga pouca tarifa, quem tem pouco dinheiro paga muita tarifa. Mas, além disso, nós agora estamos falando da sustentabilidade operacional do sistema. Se nós não fizermos essa mudança da tarifa, e dermos um sinal de preço, nós temos um grande risco de termos colapso do funcionamento, do que é a nossa joia", declarou.

A operação segura do sistema elétrico nacional depende, essencialmente, do fornecimento de energia estável para todos os consumidores brasileiros. A entrada e aumento da participação de fontes de geração intermitentes representam um risco do ponto de vista de segurança para a sinalização de energia ininterruptamente. A modernização tarifária poderia ajudar pelo lado do consumo, aliviando a pressão sobre o sistema nos horários de pico e de menor geração.

"Se nós não cuidarmos do orgulho nacional, que é o funcionamento eficiente de uma rede muito maior que toda a Europa, nós poderemos cair em um grande problema. Então, o momento agora é nós trazermos o centro do debate, a segurança operacional do sistema elétrico", disse Sandoval Feitosa. Ele cumpre agenda em Belém (PA) também nesta sexta-feira.

O ministro das Florestas, da Pesca e do Meio Ambiente da África do Sul, Dion George, foi demitido pelo presidente de seu país, Cyril Ramaphosa, enquanto participava da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30), em Belém. O presidente não explicou o motivo da decisão abrupta; apenas anunciou que George estava sendo substituído por Willem Aucamp, porta-voz do partido Aliança Democrática.

De acordo com a imprensa da África do Sul, a demissão teria ocorrido a pedido do Aliança Democrática, que tem 12 ministérios no governo de Ramaphosa.

George assumiu o cargo em julho do ano passado. Em outubro, ele presidiu o encontro de ministros de meio ambiente e sustentabilidade climática do G-20, que rendeu um documento final (Declarações Ministeriais de Cidade do Cabo) sobre crimes ambientais e poluição do ar.

Um dos principais desafios da África do Sul é a transição do sistema energético para fontes renováveis, como energia solar, eólica e hidrogênio verde. O país tem buscado principalmente descarbonizar a produção de aço e alumínio com combustíveis sustentáveis.

Em Belém, George estava co-presidindo os debates sobre adaptação às mudanças climáticas, um dos temas que mais avançou nesses primeiros dias da conferência. Ele chegou a discursar no último dia 7, durante a Cúpula de Líderes. "As expectativas da África do Sul para a COP-30 são claras. O Objetivo Global de Adaptação deve gerar indicadores mensuráveis ??e o financiamento necessário para alcançá-los", disse na ocasião, em referência ao compromisso do Acordo de Paris para fortalecer a resiliência e reduzir a vulnerabilidade à mudança climática em todo o mundo.

Como o Estadão mostrou, um dos principais itens na agenda da COP-30, a adaptação (políticas para diminuir o impacto das catástrofes e outros danos do aquecimento global) tem enfrentado um impasse na conferência.

Nas salas de negociação, os países discutem parâmetros para medir a adaptação à crise do clima, que compõem a Meta Global de Adaptação (GGA, na sigla em inglês). Reuniões tensas tiveram divergências quanto aos indicadores e ao prazo para definir a meta global ainda nesta COP. As discordâncias põem no centro do tabuleiro países árabes, africanos e latino-americanos, e têm como pano de fundo o embate recorrente sobre financiamento que opõe países pobres e desenvolvidos.