O melhor caminho do grão ao café coado ideal

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O moedor de café é item de primeira necessidade para quem entrou para a seita dos apreciadores de grãos especiais. O ritual do preparo de um bom coado inclui o equipamento: as diferenças entre modelos pode ser sutil, mas influenciam no resultado da bebida.

O critério central de avaliação de algumas das principais marcas disponíveis no mercado foi o melhor resultado da moagem dos grãos. Paralelamente, foram avaliados o tempo de moagem, a facilidade de limpeza do equipamento e a usabilidade do produto. O critério "beleza" não foi avaliado. Cada um, afinal, tem seus gostos pessoais - e sabe o que melhor combina com a sua cozinha.

Para o teste, o Paladar convidou um time de baristas composto por Renan Dantas, que ministra cursos em todo o Brasil; Antonia Silva, do Coffee Lab, em Pinheiros; e Nilo Takei, do Aizomê Café, que funciona dentro da Japan House. Juntos, eles avaliaram sete marcas de moedores portáteis, que são mais simples e indicados para quem quer se aventurar pelo universo da moagem caseira de grãos.

Os jurados observaram o tempo de moagem de cada equipamento (de 10 a 20 segundos), a quantidade de "fine" (pó fino resultante da moagem) gerada por cada equipamento e o sabor da bebida resultante da moagem. O grão escolhido para o teste foi o do produtor Rodrigo Mazzoco, um catuaí vermelho da região do Espírito Santo.

LÂMINAS

Nilo Takei considerou a experiência produtiva: "O formato das lâminas dos moedores resulta em moagens diferentes, algumas mais consistentes, o que interfere diretamente no sabor do café", diz.

"A moagem, ao extrair o melhor que um grão pode oferecer, representa 50% do resultado final de um bom café coado", avalia Antonia Silva. Segundo a especialista, a principal diferença entre as marcas aparece no posicionamento e na velocidade das lâminas.

Renan Dantas, por sua vez, aponta a grande surpresa do teste: foi justamente o moedor mais simples a apresentar a maior consistência na moagem, resultando, consequentemente, no melhor café coado entre os provados.

O teste foi realizado em uma das salas de aula do Coffee Lab, capitaneado pela barista Isabela Raposeiras.

As três melhores

1ª CADENCE

O equipamento campeão do teste Paladar na opinião do júri é também o mais barato do mercado. Moeu os grãos em 10 segundos, tempo considerado ideal pelos especialistas para o preparo do café

coado. Os grãos moídos apresentaram consistência e o resultado da moagem potencializou a doçura da bebida.

(R$ 98,90)

2º BLACK + DECKER

Foi o modelo que apresentou menos "fines" (pó extra fino resultante da moagem), fator considerado positivo pelos jurados. Foi também o que levou mais tempo para chegar ao resultado ideal para o preparo do café. O resultado final foi uma moagem consistente, que valorizou a bebida. O copo removível facilita a limpeza.

(R$ 215)

3º OSTER

A máquina escolhida para o terceiro lugar pelo Paladar moeu os grãos em 10 segundos, fez pouco barulho e o resultado da moagem, consistente, rendeu um café considerado ótimo pelo time de jurados. O fato de o equipamento ser fácil de limpar também agradou

na hora da votação.

(R$ 279,90)

Outras marcas avaliadas:

Bialetti

O modelo da marca é silencioso e moeu o café mais rapidamente que os outros. O resultado final da moagem, no entanto, mostrou um pouco de inconsistência. Para quem começou agora a moer café em casa, essa questão pode ser irrelevante, mas pode incomodar consumidores de café mais exigentes. A bebida resultante da moagem foi considerada boa.

(R$ 249,90)

Hamilton Beach

Um equipamento com copo removível, pá de limpeza e variações de grau de moagem. Na opinião do júri do Paladar, o que deveria ser um adicional de valor acabou gerando dúvidas na hora de colocar o moedor em ação. A máquina não seria indicada para um estreante nesse território, por exemplo. O excesso de "fine" (pó extrafino resultante da moagem)

resultou em um café levemente mais amargo quando comparado ao das outras marcas.

(R$ 229,58)

Philco

Durante os testes realizados pelo Paladar, o equipamento se revelou um moedor simples, silencioso e prático. Foi essa, em geral, a opinião do júri. A máquina moeu os grãos rapidamente, em 12 segundos. O excesso de "fine", contudo, deu um certo amargor ao café.

(R$ 109,90)

Tramontina

O equipamento foi considerado eficaz. Moeu os grãos em 10 segundos e tem copo removível, que facilita a limpeza. O resultado final da moagem, contudo, foi considerado um pouco inconsistente. O café foi avaliado positivamente por conta do sabor complexo.

(R$ 409)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O Conselho de Administração da Itaipu Binacional aprovou nesta quinta-feira, 27, um acordo judicial para a compra, em caráter emergencial, de 3 mil hectares de terras destinadas a comunidades indígenas Avá-Guarani, na região oeste do Paraná. O valor da aquisição será de até R$ 240 milhões, pagos com recursos da hidrelétrica. O acordo será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para homologação.

A medida faz parte de um processo de conciliação no STF relacionado à Ação Civil Originária (ACO) 3.555, movida pela Advocacia-Geral da União (AGU), que busca reparar danos causados às comunidades indígenas afetadas pela formação do reservatório da usina em 1982. A negociação envolve o Ministério Público Federal (MPF), a União, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a Comissão Nacional de Soluções Fundiárias do Conselho Nacional de Justiça e a própria Itaipu.

Segundo nota da Itaipu, a escolha das terras que serão adquiridas caberá à Funai, em acordo com os próprios indígenas e seus representantes legais. O Incra será responsável pela avaliação dos imóveis, com apoio de servidores da Justiça Estadual e Federal, enquanto à Itaipu caberá apenas o pagamento.

"A Itaipu Binacional mantém um compromisso histórico com as comunidades indígenas do oeste do Paraná, e a decisão do Conselho de Administração é um passo para garantir a essas populações mais segurança, dignidade e qualidade de vida", afirmou em nota o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri. Ele disse esperar que a aquisição das terras ajude a pacificar a região, que tem sido palco de conflitos recentes entre indígenas e produtores rurais.

O diretor jurídico da Itaipu, Luiz Fernando Delazari, afirmou que a conciliação passou por um longo processo de negociação. "Foram mais de 20 reuniões, com a participação ativa da Itaipu, que sempre concordou com a necessidade da reparação histórica às comunidades dos povos originários da região da Usina de Itaipu", declarou em nota. "Esperamos que o STF homologue este acordo, que tem como um dos objetivos pacificar a região e evitar que mais atos de violência ocorram", acrescentou.

As terras adquiridas serão destinadas a 31 comunidades situadas nas terras indígenas Tekoha Guasu Guavira e Tekoha Guasu Okoy Jakutinga, distribuídas nos municípios de São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia, Santa Helena, Terra Roxa e Guaíra. Essas comunidades somam aproximadamente 5,8 mil pessoas.

O acordo também estabelece que a Itaipu deverá promover a restauração ambiental das áreas adquiridas e implementar infraestrutura essencial, como fornecimento de água potável, energia elétrica, saneamento básico, saúde e educação.

Outro ponto do acordo prevê que a União, a Funai, o Incra e a Itaipu publiquem um pedido de desculpas aos Avá-Guarani pelos impactos da construção da usina, reconhecendo a responsabilidade da empresa. Essa manifestação deverá ser publicada na internet e em jornais de circulação local e nacional.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 2,4 bilhões para a primeira fase da expansão da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo, que hoje liga Vila Madalena a Vila Prudente, com investimentos totais em obras civis de R$ 7,8 bilhões.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 27, em Santos (SP), em evento com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da diretora de Infraestrutura e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, conforme o banco de fomento.

A primeira fase da expansão corresponde ao trecho de extensão entre as estações Vila Prudente e Penha, permitindo a integração da Linha 2-Verde com a Linha 3-Vermelha, do Metrô, e a Linha 11-Coral, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

A operação comercial até a Penha está prevista para iniciar em dezembro de 2028, quando se espera um aumento na demanda de 320 mil passageiros por dia útil, de acordo com o BNDES. Neste projeto, que já se encontra em execução, serão construídos 8,3 km de vias e 8 novas estações, além de uma base de manutenção e estacionamento.

O BNDES informa ainda que, além da primeira fase da expansão, o Metrô-SP conta com outro financiamento do banco de fomento, no âmbito do PAC, de R$ 3,6 bilhões. Contratado em novembro do ano passado, o crédito é destinado à aquisição de 44 trens, ao custo total de R$ 4 bilhões. São 22 composições para operação da Linha 2 e outras 22 para as demais linhas impactadas pela obra.

Após a sua implantação total, a expansão deverá encurtar o tempo médio de viagem de Vila Prudente à Penha em 35%, disse o BNDES, em nota, citando o Metrô-SP. O tempo médio de espera para embarque na Linha 2-Verde tem redução estimada em 22%. Já nas estações Sé, Brás e Luz, a expectativa é que as transferências sejam poupadas em 120 mil passageiros por dia.

A obra deverá aumentar em 30% os pontos comerciais nas dependências da Linha 2-Verde, reduzir a ocupação de passageiros por metro quadrado na Linha 3-vermelha em 38% e evitar a emissão de 41,6 mil toneladas de CO2-equivalente por ano, diz o BNDES.

"Esta obra, incluída no Novo PAC do governo do presidente Lula, reforça o compromisso do BNDES com o apoio à mobilidade urbana", afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. "Além de financiar a expansão da Linha 2 e a aquisição de novas composições, estamos apoiando o Estado de São Paulo com R$ 6,4 bilhões em aportes na PPP da primeira etapa do Trem Intercidades, dos quais R$ 3,2 bilhões já estão contratados, e financiando a capital paulista com R$ 2,5 bilhões para aquisição de 1,3 mil ônibus elétricos".

Em um trote estudantil realizado na segunda-feira, 24, por alunos do curso de Veterinária da Universidade de Araraquara (Uniara) com estudantes recém aprovados, os calouros tiveram de beijar a cabeça de um porco decepada. Um vídeo mostrando o momento foi postado nas redes sociais da Atlética de Veterinária e apagado posteriormente.

Em nota, a Uniara afirmou que o evento estudantil ocorreu fora das dependências da faculdade e não era de conhecimento da instituição. Afirmou ainda que a cabeça do animal não era da universidade e que a instituição não tem conhecimento de onde veio a peça, uma vez que a prática foi realizada fora do campus. Ressaltou também que a situação oferece riscos sanitários e epidemiológicos.

A universidade diz repudiar esse tipo de situação e que irá averiguar os fatos para identificar os envolvidos.

"Tais atividades são proibidas nas dependências da universidade, onde estes fatos ocorreram extramuro. Os eventos ocorridos não eram de nosso conhecimento até o momento de sua publicação nas redes sociais, os quais veementemente repudiamos, tendo em vista não só o bem estar animal, mas também questões de respeito à vida e saúde animal e humana também", afirma o professor Douglas Augusto Franciscato, coordenador do curso de Medicina Veterinária da Uniara, em nota.

A Associação Atlética Acadêmica de Medicina Veterinária da Uniara, cujo perfil foi usado para publicar o vídeo do ocorrido, disse repudiar o ocorrido e não compactuar "com práticas que possam causar constrangimento, humilhação ou qualquer forma de desrespeito aos estudantes".

"Defendemos uma recepção acolhedora, baseada no respeito, na ética e na valorização dos novos alunos, sem a necessidade de rituais que exponham qualquer indivíduo a situações desconfortáveis", disse a entidade estudantil.

"A Medicina Veterinária é uma profissão fundamentada na ética e no bem-estar animal, e atitudes como essa vão contra os princípios que buscamos preservar e ensinar. Repudiamos qualquer forma de trote abusivo e reforçamos nosso compromisso com uma integração responsável e respeitosa dentro do ambiente acadêmico", completou.

Bebidas alcoólicas em festa da Faculdade de Direito da USP

Na quarta-feira, 26, o Estadão mostrou calouros da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) ajoelhados engolindo uísque despejado diretamente na boca deles por estudantes veteranos. As cenas ocorreram durante trote na sexta-feira, 21, na primeira festa da recepção de calouros da tradicional instituição no Largo São Francisco, região central de São Paulo. A direção da faculdade afirmou que não tinha conhecimento dos vídeos e que vai investigar o caso.