Damares recorre contra decisão sobre aborto em menores

Política
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A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a extinção de uma ação judicial sobre aborto legal. A medida visa questionar uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) para agilizar o acesso de menores de idade ao aborto em casos permitidos pela lei brasileira. O órgão é ligado ao Ministério dos Direitos Humanos e traz em sua composição representantes do governo e da sociedade civil.

A resolução, aprovada em 23 de dezembro de 2024, estabelece diretrizes para que crianças e adolescentes vítimas de violência sexual possam realizar o procedimento sem a necessidade de autorização dos responsáveis ou abertura de boletim de ocorrência. A medida provocou reações divididas tanto no Conanda quanto fora dele, com acusações de que sua tramitação foi irregular.

A medida foi aprovada no conselho por uma diferença de dois votos, com 15 favoráveis e 13 contrários. Representantes do governo federal votaram contra a resolução. Apesar disso, a proposta avançou com apoio de outros segmentos do colegiado. A controvérsia inclui também críticas de representantes da sociedade civil que afirmaram que o governo tentava atrasar a aprovação.

No dia 27 de dezembro, após Damares entrar com uma ação, a 20.ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, durante o recesso do Judiciário, suspendeu provisoriamente a resolução do Conanda sobre o fluxo de atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual que buscam o aborto legal. A decisão foi tomada pelo juiz plantonista Leonardo Tocchetto Pauperio, que apontou riscos à proteção de menores gestantes vítimas de abuso sexual.

Em seguida, no dia 7 de janeiro, o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1), autorizou a publicação da norma, afirmando que o Conanda agiu de forma regular ao editar a medida. Ele destacou que a resolução está em conformidade com a legislação e oferece orientações importantes para garantir o atendimento a vítimas de violência sexual.

Após o recesso, a juíza titular da 20.ª Vara, Liviane Kelly Soares Vasconcelos, entendeu por não ratificar a decisão do colega plantonista e extinguiu a ação movida por Damares. A magistrada argumentou que a senadora não possui legitimidade para contestar atos do Conanda, por não integrar o colegiado. Além disso, afirmou que o controle de medidas do Executivo cabe exclusivamente ao Congresso Nacional. O parecer seguiu entendimento do STF, que restringe a legitimidade de parlamentares em casos semelhantes.

Damares contesta essa decisão com base em um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR). O documento, usado em outra ação envolvendo a nomeação de Alexandre Ramagem para a Polícia Federal (PF), reconhece a legitimidade de parlamentares para impetrar ações individuais contra atos do Executivo. A defesa da senadora argumenta que o mesmo princípio deve ser aplicado à sua ação.

O Conanda defende que a resolução atende a um público vulnerável e prioriza o desejo da vítima em situações de conflito com os responsáveis legais. Segundo o órgão, o suporte da Defensoria Pública e do Ministério Público é garantido nesses casos.

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O Des Cars reconhece que, embora os alarmes e os vídeos tenham funcionado, eles não conseguiram detectar a chegada dos criminosos "com antecedência".

Ele alerta sobre as "deficiências" no sistema de vigilância externa do edifício e afirma que muitas das câmeras são "obsoletas".

MADRID, 22 out. (EUROPA PRESS) -

A ministra da Cultura da França, Rachida Dati, rejeitou na quarta-feira a renúncia do presidente e diretor do Museu do Louvre, Laurence des Cars, após o roubo de joias da galeria de arte da capital parisiense no domingo, sem que nenhuma prisão tenha sido feita no caso até o momento.

"Estamos vivenciando um terrível fracasso no Louvre hoje, pelo qual assumo minha parcela de responsabilidade", disse Des Cars, que compartilhou sua "imensa dor" e "choque" com os senadores durante uma sessão da Comissão de Cultura do Senado.

Des Cars elogiou o "profissionalismo" da equipe do Louvre, que "seguiu diligentemente o protocolo de segurança", embora tenha reconhecido que, embora os alarmes e vídeos tenham funcionado, eles não conseguiram detectar a chegada dos criminosos "com antecedência suficiente".

Nesse sentido, ele se referiu às "deficiências" no sistema de vigilância externa do edifício e detalhou que, no momento do roubo, a única câmera instalada na lateral da galeria Apollo - que abriga a coleção real de joias da coroa - estava voltada para o oeste e, portanto, não cobria a varanda por onde os criminosos passaram.

A equipe só tomou conhecimento do arrombamento quando eles chegaram à varanda e atacaram a janela da galeria. "Os protocolos de segurança foram seguidos à risca", enfatizou, reiterando que muitas das câmeras de vigilância são "obsoletas".

"Desde que assumi o cargo em setembro de 2021, continuei a chamar a atenção para o estado geral de degradação do Louvre", explicou, acrescentando que o museu tem uma "infraestrutura envelhecida" que não permite que "equipamentos modernos" para vigilância por vídeo "de última geração" sejam "incorporados".

Ele também lembrou que, há dois anos, a principal preocupação era se antecipar às ações de ativistas climáticos que jogavam tinta e sopa nas pinturas, embora o objetivo agora deva ser "adaptar os sistemas de segurança a novos tipos de ataque", à luz do roubo registrado no último domingo, que "coincide completamente em seu modus operandi com o crime organizado".

"Gostaria de pedir ao Ministério do Interior que considerasse a possibilidade de instalar uma delegacia de polícia dentro do museu", disse ele, observando que o Louvre é "imensamente grande" e que "o trabalho de renovação exige políticas de longo prazo".

A administração do Louvre defendeu as vitrines instaladas em 2019, das quais foram roubadas oito peças de joalheria e que, de acordo com as estimativas do museu, estão avaliadas em 88 milhões de euros. As autoridades ainda não divulgaram nenhuma pista sobre os possíveis autores do crime, que tiveram acesso ao prédio por meio de uma empilhadeira em plena luz do dia.

O Louvre reabriu suas portas aos visitantes na quarta-feira, depois de ordenar uma evacuação apressada das instalações na madrugada de domingo em resposta ao assalto, que ocorreu logo após a abertura das portas.

O presidente dos EUA, Donald Trump, negou que o seu governo tenha autorizado o uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia para atacar alvos em território da Rússia, como revelado por reportagem do The Wall Street Journal com base em relatos de autoridades americanas.

"É FAKE NEWS! Os EUA não tem nada a ver com esses mísseis, de onde quer que venham, ou com o que a Ucrânia faz com eles!", escreveu, em publicação na Truth Social no fim da tarde desta quarta-feira, 22.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, se recusou a detalhar quais serão as novas sanções contra a Rússia, mas reafirmou que serão "substanciais e potentes", em entrevista para a Fox Business, nesta quarta-feira, 22. "Uma das maiores sanções dos EUA à Rússia", disse.

Segundo o secretário, o presidente norte-americano, Donald Trump, está "desapontado" com o presidente russo, Vladimir Putin, e com o andamento das negociações para acabar com a guerra na Ucrânia. "Os EUA pedem aos aliados europeus e do G7, além do Canadá e da Austrália, que se juntem à pressão das sanções russas", acrescentou.

Na ocasião, Bessent também mencionou que viajará para Malásia para se encontrar com representantes chineses, em meio às tensões comerciais entre EUA e China.