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O vereador Rubinho Nunes (União Brasil) procurou o ex-presidente Michel Temer (MDB) em busca de conselhos para conseguir se eleger presidente da Câmara Municipal de São Paulo e de ajuda para retomar o diálogo com o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Rubinho rompeu com o chefe do Executivo municipal na eleição para apoiar a candidatura de Pablo Marçal (PRTB). Após ser reeleito, Nunes disse que apoiaria um candidato do União Brasil para suceder a Milton Leite (União) no comando do Legislativo a partir de 2025, mas vetou expressamente o nome de Rubinho em entrevista ao Estadão.
"A presidência da Câmara deve ser construída através de pacificação e diálogo. O presidente Temer é uma das pessoas mais experientes do Brasil, pacificador e um grande construtor de pontes. Justamente por isso busquei seus conselhos e sabedoria, pois acredito que São Paulo necessite de um ambiente estável, com diálogo amplo", disse Rubinho Nunes ao Estadão.
O encontro foi publicado pelo Metrópoles e confirmado pelo Estadão. Rubinho tem boa relação com Temer desde que o emedebista era presidente da República. Antes de se tornar vereador da capital paulista, Rubinho foi candidato a vice-prefeito de Vinhedo (SP) pelo MDB.
Temer relatou a Nunes em uma reunião na quarta-feira, 18, que o vereador lhe pediu ajuda para restabelecer a relação entre os dois, conforme pessoas próximas do ex-presidente e do prefeito disseram ao Estadão. Temer teria dito ainda que aconselhou Rubinho a dar mostras de que realmente deseja reconstruir pontes com o prefeito.
Após a conversa, Nunes declarou a aliados que o veto a Rubinho está mantido. Dessa forma, a 11 dias dos novos vereadores tomarem posse, permanece o impasse sobre quem comandará a Câmara Municipal a partir do próximo ano. Há um acordo para que seja um parlamentar do União Brasil. Os demais partidos concordam, mas querem que não seja um vereador de primeiro mandato.
Apenas Rubinho e Ricardo Teixeira (União) se enquadram na exigência. Rubinho tem o veto do prefeito, enquanto Teixeira enfrenta a oposição de Milton Leite, que nos bastidores trabalha para que Silvão Leite (União), seu ex-chefe de gabinete e recém-eleito pela primeira vez, assuma o posto. Publicamente, Milton não expressa preferência e tem dito que qualquer vereador do partido pode ser o próximo presidente da Casa.
Em entrevista coletiva após a última sessão de 2024 no Senado Federal, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez um balanço sobre os quatro anos em que esteve na presidência e negou que vai assumir um ministério no próximo ano, apesar de ter tido o nome cotado nos últimos meses.
O mandato dele como presidente vai até fevereiro de 2025, e, como senador, até 2026. Na volta do recesso do Congresso, em fevereiro, Pacheco presidirá sua última sessão do Senado, em que seu sucessor será escolhido. O nome de Davi Alcolumbre (União-AP) é o mais cotado para assumir a presidência pelos próximos dois anos.
Nesta sexta-feira, 20, os parlamentares concluíram a votação dos três projetos de cortes apresentados pelo governo. Sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA) ser votada no retorno do recesso legislativo, Pacheco disse que a confirmação caberá agora ao próximo presidente e à Mesa Diretora, e que o atraso se deu em decorrência das votações do pacote de corte de gastos, cujos efeitos são gerados para a lei orçamentária.
O senador também listou os projetos que pretende que avancem na Casa, citando a atualização do Código Civil e a reforma do Código Penal. Questionado sobre a possibilidade de comandar uma pasta no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após deixar a presidência, ele afirmou que "essa definição não existe".
"Por ora, a definição é a permanência aqui no Senado, lá no meu gabinete 24, para poder servir o meu Estado de Minas Gerais e servir o povo brasileiro através dessas medidas", disse.
Pacheco comentou ainda as reformas que o Congresso realizou nos últimos anos, citando a trabalhista e a política - essa última que reduziu o número de partidos no País. Questionado, o senador negou que tenha ficado devendo uma reforma administrativa, e que o Congresso é "plenamente capaz de fazer a qualificação do gasto público e não necessariamente com sacrifício de servidores públicos".
Como mostrou a jornalista Vera Rosa, do Estadão, em outubro, o tamanho do PSD na equipe de Lula já provocava queixas por parte de dirigentes, deputados, senadores e até ministros do PT, que não viam motivo para a sigla de Gilberto Kassab, à qual Pacheco é filiado, obter mais espaço.
O fato de Kassab, secretário de Governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo, estar no governo do possível adversário de Lula na disputa pelo Planalto em 2026, também é apontado como mais um fator para Lula não ceder mais ministérios ao PSD, que já ocupa três - Minas e Energia, Agricultura e Pesca.
O prefeito reeleito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), segue internado e deve ter alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neste domingo, 22, prevê o hospital Mater Dei. A unidade afirmou que Noman está em recuperação de uma quadro de diarreia e sangramento intestinal que o levou a ser internado na última quinta-feira, 19.
De acordo com a unidade hospitalar, o prefeito não teve novos sangramentos desde então. "(Ele) Segue em tratamento fisioterápico, respiratório e motor durante a internação. Está consciente e lúcido e tem previsão de alta da Unidade de Terapia Intensiva para amanhã (domingo)", disse o Mater Dei em comunicado à imprensa divulgado neste sábado, 21.
A nova internação ocorre quatro dias após Noman ter deixado a mesma unidade de saúde. Ele passou cinco dias internado para o tratamento de bronquite e sinusite e foi liberado no último domingo. Em meio aos problemas de saúde, o chefe do Executivo belo-horizontino faltou à própria diplomação na quarta-feira, 18.
É a terceira vez que Fuad Noman passa por uma internação desde o fim das eleições municipais. Ele também foi hospitalizado em novembro com dores nas pernas causadas pelo tratamento de um câncer no sistema linfático conhecido como linfoma não Hodgkin.
O prefeito anunciou a descoberta da doença em julho. Entre o primeiro e o segundo turno da eleição, em outubro, declarou que o tratamento havia chegado ao fim e ele estava curado.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contra um pedido de revogação da prisão preventiva do general Braga Netto apresentado pela defesa dele. O militar está preso desde o dia 14, por suspeita de tentar obstruir a Justiça na investigação sobre a trama de um golpe de Estado após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2022.
No parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, diz haver "permanência dos motivos que fundamentaram a decretação da prisão preventiva e a inexistência de fatos novos que alterem o quadro fático probatório que embasou a medida".
Quatro dias após a prisão, o advogado José Luís Oliveira Lima assumiu a defesa de Braga Netto. Em entrevista ao Estadão, o criminalista afirmou que "o general não praticou crime algum" e descartou interesse em um acordo de delação.
A PGR já havia se manifestado a favor da prisão preventiva por entender que a medida era necessária para evitar interferências nas apurações sobre o suposto plano golpista de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Gonet afirmou, na ocasião, que Braga Netto representa "risco concreto à aplicação da lei penal".
Em depoimento, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, relatou que o general tentou influenciar sua delação. A Polícia Federal pediu a prisão de Braga Netto por considerar que ele, em liberdade, representa risco à ordem pública pois teria condições de cometer atos que poderiam interferir na investigação.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou na segunda-feira, 16, a prorrogação do inquérito das fake news por mais 180 dias e indicou o fim da controversa investigação. O magistrado determinou a ampliação do prazo para que a Polícia Federal (PF) colha os depoimentos de mais 20 pessoas, finalize as diligências necessárias e analise as informações obtidas por meio de quebra de sigilo fiscal e bancário.
Em nota, o STF afirmou que o ministro determinou a prorrogação do prazo com "a finalidade de finalizar as investigações sobre a comprovação da existência, do financiamento e do modus operandi do 'gabinete do ódio', bem como de todos os seus participantes".
Instaurado para investigar a disseminação de notícias falsas contra ministros do Supremo Tribunal Federal, o inquérito das fake news tem gerado controvérsias desde seu início. O processo foi aberto de ofício - isto é, sem pedido do Ministério Público - pelo então presidente da Corte, Dias Toffoli, em março de 2019. Além disso, o ministro Alexandre de Moraes foi definido relator do caso sem sorteio. As práticas contrariam o rito convencional do Supremo. Moraes, por sua vez, diz que TSE tem "poder de polícia" e que relatórios solicitados foram "oficiais e regulares".
Como mostrou o Estadão, o inquérito já ultrapassa os cinco anos de tramitação sob sigilo. A investigação é atualmente uma dos processos com maior tempo de andamento no STF.
No último dia 9, o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, reconheceu que o inquérito das fake news "está demorando" para ser concluído, mas ponderou que os fatos que justificam a investigação "têm se multiplicado".
O inquérito duradouro deriva dos sucessivos pedidos de diligências feitos pelo ministro relator Alexandre de Moraes, que, por consequência, fazem com que os agentes da PF tenham mais prazo para cumprir as demandas.
A PF argumenta que "trata-se de um inquérito judicial conduzido pelo próprio magistrado, conforme previsto em lei" e que apenas cumpre "diligências específicas autorizadas ou requisitadas pelo ministro relator, para as quais eventualmente se solicita prazo para a conclusão, considerando sua complexidade".
"As investigações vêm sendo encerradas paulatinamente, à medida em que as diligências das distintas petições são concluídas. Não é atribuição da Polícia Federal encerrar inquérito judicial", diz a corporação.
Os argumentos da PF dão sustentação às críticas feitas por juristas de que Moraes concentra poderes e prerrogativas na condução do caso. As principais ressalvas são de que o ministro é ao mesmo tempo delegado de polícia, procurador e juiz do caso.
A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, publicou neste domingo, 22, nas redes sociais um vídeo em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece andando. "Bom diaaaaa! Caminhadinha matinal nesse domingo nublado em BSB [Brasília]", escreveu ela na ferramenta Stories do Instagram. O presidente aparece usando chapéu e está acompanhado por dois cachorros.
Lula retornou à capital federal na quinta-feira, 19. Ele passou quase uma semana no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, para onde foi levado às pressas para uma cirurgia de emergência para drenagem de um hematoma na cabeça. Após dois procedimentos, o presidente recebeu alta no último domingo, 15, e seguiu com acompanhamento médico domiciliar na capital paulista, antes de voltar à Brasília.
O presidente sofreu um acidente doméstico no Palácio do Alvorada em outubro, quando bateu a cabeça após cair no banheiro enquanto cortava as unhas. Semanas depois, Lula relatou que estava com dor de cabeça e indisposto. Após os exames, foi constatada uma hemorragia intracraniana e a necessidade de cirurgia.
A mediana do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2024 passou de R$ 5,99 para R$ 6,00. Um mês antes, estava em R$ 5,70. A estimativa intermediária para o fim de 2025 aumentou de R$ 5,85 para R$ 5,90, na oitava alta seguida. A projeção para o fim de 2026 subiu de R$ 5,80 para R$ 5,84 e, para o fim de 2027, de R$ 5,70 para R$ 5,80.
A moeda americana fechou a última sexta-feira, 20, em R$ 6,0721, em mais um dia de intervenção pesada do Banco Central no mercado de câmbio, com injeção de US$ 7 bilhões. O resultado do fechamento da semana representou um alívio ante o pico visto no fechamento da última quarta-feira, 18 (R$ 6,2657), mas ainda assim uma alta de 0,68% na semana.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
A entrada líquida de Investimentos Diretos no País (IDP) somou US$ 6,956 bilhões em novembro, informou o Banco Central nesta segunda-feira, 23. O resultado ficou acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de US$ 6,0 bilhões. As estimativas iam de US$ 4,30 bilhões a US$ 8,30 bilhões.
A entrada líquida de IDP atingiu US$ 68,305 bilhões no ano, entre janeiro e novembro. No acumulado dos últimos 12 meses, o montante é de US$ 66,313 bilhões, equivalente a 3,00% do Produto Interno Bruto (PIB). Em novembro de 2023, o IDP havia somado US$ 6,668 bilhões.
O Banco Central espera entrada total de US$ 70 bilhões em IDP em 2024, o equivalente a 3,2% do PIB, segundo o mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI). Para 2025, a projeção é de que o IDP também atinja US$ 70 bilhões.
O Banco Central (BC) estima que a dívida externa brasileira atingiu US$ 361,860 bilhões em novembro, segundo os números do balanço de pagamentos divulgados nesta segunda-feira. A dívida externa era de US$ 372,482 bilhões em outubro, segundo a estimativa.
A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 265,322 bilhões em novembro, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 96,538 bilhões.
Taxa de rolagem de empréstimos
A taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazo captados no exterior ficou em 83% em novembro, informou o Banco Central. Em novembro de 2023, ela era de 153%. Quando abaixo de 100%, a taxa demonstra que as captações de valores foram insuficientes para rolar os compromissos das empresas no período.
A taxa de rolagem dos títulos de longo prazo ficou em 57%, contra 32% no mesmo mês de 2023. A taxa dos empréstimos diretos atingiu 104%, contra 171% em novembro do ano passado.
De janeiro a novembro de 2024, a taxa de rolagem total ficou em 107%. A taxa dos títulos de longo prazo foi de 139% e a dos empréstimos diretos, de 101%.
A rubrica de lucros e dividendos no balanço de pagamentos teve déficit de US$ 3,395 bilhões em novembro, informou o Banco Central nesta segunda-feira, 23. Em novembro de 2023, os lucros e dividendos tiveram saldo negativo de US$ 3,324 bilhões.
As despesas com juros externos somaram US$ 1,621 bilhão em novembro, contra US$ 1,088 bilhão em igual mês de 2023.
O saldo da rubrica de lucros e dividendos é negativo em US$ 41,497 bilhões no acumulado de janeiro a novembro. As despesas com juros somam US$ 25,217 bilhões no mesmo período.
Investimento em ações
O investimento estrangeiro em ações brasileiras foi negativo em US$ 627 milhões em novembro, informou o Banco Central nesta segunda-feira. Em igual mês de 2023, o resultado havia sido positivo em US$ 1,738 bilhão.
O investimento líquido em fundos de investimento no Brasil foi positivo em US$ 96 milhões. Em novembro de 2023, havia sido negativo em US$ 139 milhões.
O saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou positivo em US$ 5,522 bilhões. No mesmo mês de 2023, havia somado US$ 833 milhões.
O investimento estrangeiro em ações brasileiras tem saldo negativo de 10,458 bilhões de janeiro a novembro, enquanto o investimento em fundos de investimento tem entrada líquida de US$ 2,033 bilhões. O saldo em títulos de renda fixa negociados no País é positivo em US$ 17,374 bilhões.
Os juros futuros acentuam alta na manhã desta segunda-feira, 23, após o Boletim Focus mostrar piora significativa nas projeções, em especial nas expectativas de inflação. O movimento se dá junto com o avanço do dólar ante o real e máximas dos rendimentos dos Treasuries.
Para um trader, há influência externa, mas o Focus responde por "boa parte" da cautela nos juros. "Medidas de inflação implícita todas próximas a 7%", comentou.
Às 9h34 desta segunda, a taxa do depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subia para 15,125%, de 14,914% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2027 avançava para 15,365%, de 14,998%, e o para janeiro de 2029 subia para 14,990%, de 14,563% no ajuste de sexta-feira.
O dólar sobe ante o real na manhã desta segunda-feira, 23, acompanhando a tendência da divisa no exterior bem como alta dos rendimentos dos Treasuries. Investidores precificam também aumentos projetados para inflação, déficit fiscal e dólar no Boletim Focus. E após aprovação do pacote fiscal na semana passada, o mercado considera necessário mais ações concretas de cortes de gastos e que apenas um discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurando responsabilidade fiscal e independência às decisões do Banco Central não dissipa o clima de cautela.
Para a Warren Investimentos, o pacote de ajuste fiscal não garante o cumprimento das metas fiscais de 2025 e 2026, estimando uma economia de R$ 45,4 bilhões, inferior aos R$ 70 bilhões previstos em dois anos pelo governo. O BTG Pactual projeta uma economia de R$ 46 bilhões até 2026 e R$ 242 bilhões até 2030, também abaixo das estimativas do governo. O banco alerta que o dólar pode ultrapassar R$ 7,00 se o governo aumentar gastos e comprometer a credibilidade fiscal, mas seu cenário base prevê o dólar a R$ 6,25 no fim de 2024 e R$ 6,35 em 2026.
Nos EUA, o Congresso aprovou um projeto de lei que evitou a paralisação do governo americano, mas há expectativas de um ritmo mais lento de relaxamento monetário do Federal Reserve em 2025. O euro e libra recuam ante o dólar. Para o BBH, o rali da moeda americana deve continuar em 2025, diante da divergência com a postura mais dovish de outros bancos centrais, como o Banco Central Europeu (BCE), o Banco do Japão (BoJ) e o Banco da Inglaterra (BoE).
No radar desta segunda-feira estão dados de atividade nos EUA, onde os mercados encerram mais cedo nesta terça, 24, véspera do feriado de Natal, que fechará os mercados ocidentais e alguns na Ásia.
A moeda americana sobe, após fechar aos R$ 6,0721 na sexta-feira, baixa diária de 0,84%, mas subida semanal de 0,68% e mensal de 1,18%. Além dos leilões do BC, o dólar reagiu a declarações do presidente Lula de que dará autonomia a Gabriel Galípolo e o BC, mesmo diante de possíveis novos aumentos de juros. O BC aumentou em 100 pontos-base a Selic, a 12,25% ao ano neste mês e sinalizou mais duas altas do mesmo tamanho nas próximas duas reuniões, em janeiro e março.
O BC informou nesta segunda-feira que o fluxo cambial total do Brasil está negativo em US$ 14,699 bilhões em dezembro, até a última quinta-feira, 19. O fluxo financeiro é negativo em US$ 14,903 bilhões e o comercial, positivo em US$ 204 milhões.
As medianas do relatório Focus para o IPCA mensal de dezembro a fevereiro indicam uma inflação acumulada de 1,90% no período, contra 1,86% de uma semana atrás e 1,61% de quatro semanas antes.
A mediana para o IPCA de dezembro passou de 0,58% para 0,60%, contra 0,51% um mês antes; para janeiro de 2025 passou de 0,02% para zero, contra 0,49% há quatro semanas; para fevereiro passou de 1,26% para 1,30%, de 0,68% um mês atrás.
A mediana do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2024 passou de R$ 5,99 para R$ 6,00, e para 2025 aumentou de R$ 5,85 para R$ 5,90. As projeções para 2026 e 2027 subiram para R$ 5,84 e R$ 5,80, respectivamente.
Em relação aos dados do setor externo, o déficit em conta corrente do País somou US$ 3,060 bilhões em novembro, maior para meses de novembro desde 2021. O investimento direto no país (IDP) somou US$ 6,956 bilhões em novembro, acima da mediana das estimativas do mercado (US$ 6 bilhões).
O ministro Flávio Dino, do STF, suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares de comissão, atendendo a um pedido do PSOL sobre irregularidades nos repasses. Dino também determinou que a Polícia Federal investigue os repasses e que a Câmara dos Deputados publique as atas das reuniões que aprovaram as emendas, seguindo critérios de transparência. A liberação dos valores dependerá do cumprimento dessas exigências, incluindo os pagamentos previstos para 2025.
Às 9h40 desta segunda, o dólar à vista subia 1,24%, a R$ 6,1476. O dólar futuro para janeiro ganhava 0,84%, a R$ 6,1515.
LeBron James voltou a fazer história na NBA na noite desta quinta-feira. O astro do Los Angeles Lakers bateu um recorde de 35 anos, que pertencia à lenda Kareem Abdul-Jabbar, ao alcançar a marca de 57.447 minutos em quadra em jogos da temporada regular ao longo de sua carreira. Foi o suficiente para ajudar os Lakers a vencerem o Sacramento Kings numa rodada quase cheia, com 13 jogos, depois de uma quarta sem jogos e da final da NBA Cup, na terça.
Ao permanecer em quadra por 34 minutos nesta quinta, LeBron derrubou o recorde de 57.446 minutos, que era de Abdul-Jabbar, seis vezes campeão da NBA e seis vezes eleito o MVP, o melhor jogador da temporada. A lenda, que também brilhou nos Lakers, encerrou sua carreira em 1989.
A marca se refere apenas ao tempo de jogo durante a temporada regular, sem incluir as partidas dos playoffs. Se incluídos estes jogos, o que alcançaria quase 12 mil minutos, LeBron se aproxima dos 70 mil minutos em quadra. O astro disputa sua 22ª temporada da carreira na NBA. No ano passado, ele já havia superado outro recorde de Abdul-Jabbar, de pontuação. Atualmente, o astro dos Lakers já supera os 41 mil pontos.
"É apenas um compromisso com a arte e com a paixão e amor que tenho pelo jogo. Eu não costumo perder ritmo durante as férias. Sempre tento manter meu corpo em ótima forma", comentou LeBron, que soma mais de 1.500 jogos em sua carreira.
Contra os Kings, fora de casa, o astro foi decisivo na vitória por 113 a 100 ao contribuiu com 19 pontos, seis rebotes e sete assistências. Anthony Davis obteve um "double-double" de 21 pontos e 20 rebotes. Pelos Kings, De'Aaron Fox marcou 26 pontos, enquanto Domantas Sabonis terminou a partida com dois dígitos em dois fundamentos: 18 pontos e 12 rebotes, além de nove assistências.
Os Lakers ocupam o sétimo lugar da Conferência Oeste, com 15 vitórias e 12 derrotas. Os Kings apresentam retrospecto quase invertido: 13 triunfos e 15 revezes, no 12º posto da tabela.
Líder do Oeste, o Oklahoma City Thunder reagiu após ser batido pelo Milwaukee Bucks na final da NBA Cup, na terça. Fora de casa, superou o Orlando Magic por 105 a 99. Shai Gilgeous-Alexander foi o nome do jogo, com 35 pontos. Isaiah Hartenstein ajudou com um "double-double" de 12 pontos e 12 rebotes.
O Thunder apresenta a segunda melhor campanha do campeonato, atrás apenas do Cleveland Cavaliers, líder do Leste. O time de Oklahoma City soma 21 vitórias e cinco derrotas. Já o Magic figura na quarta posição do Leste, com 17 triunfos e 12 revezes.
Dono da terceira melhor campanha da temporada regular, o Boston Celtics tropeçou diante de sua torcida. Perdeu por 117 a 108 para o Chicago Bulls, liderado por Zach LaVine, cestinha da partida, com 36 pontos. Ele teve a companhia de Nikola Vucevic, autor de 16 pontos e 14 rebotes.
Pelos Celtics, Jayson Tatum fez a sua parte, com um "double-double" de 31 pontos e 10 rebotes. Mas não foi o suficiente para evitar a sexta derrota dos Celtics na temporada. Com 21 triunfos, ocupa a vice-liderança do Leste. Já os Bulls acumularam a terceira vitória seguida e somam 13/15, no nono posto do Leste.
Confira os resultados da noite desta quinta-feira:
Washington Wizards 123 x 114 Charlotte Hornets
Orlando Magic 99 x 105 Oklahoma City Thunder
Detroit Pistons 119 x 126 Utah Jazz
Boston Celtics 108 x 117 Chicago Bulls
Toronto Raptors 94 x 101 Brooklyn Nets
Memphis Grizzlies 144 x 93 Golden State Warriors
Houston Rockets 133 x 113 New Orleans Pelicans
San Antonio Spurs 133 x 126 Atlanta Hawks
Dallas Mavericks 95 x 118 Los Angeles Clippers
Phoenix Suns 111 x 120 Indiana Pacers
Minnesota Timberwolves 107 x 133 New York Knicks
Sacramento Kings 100 x 113 Los Angeles Lakers
Portland Trail Blazers 126 x 124 Denver Nuggets
Acompanhe os jogos desta sexta-feira:
Philadelphia 76ers x Charlotte Hornets
Cleveland Cavaliers x Milwaukee Bucks
Miami Heat x Oklahoma City Thunder
A Ponte Preta não chegou a um acordo para renovar com a casa de apostas Estrela Bet, patrocinadora master do clube de Campinas nas duas últimas temporadas. Com isso, iniciou busca por uma nova marca para estampar a parte nobre da camisa alvinegra.
Sem a marca da casa de apostas, a Ponte não terá os R$ 3,2 milhões anuais que a patrocinadora depositava por estampar a camisa da equipe profissional e da sub-20.
Na negociação, a Ponte entendia que o valor estava abaixo do mercado. Entretanto, pesou também o fato do time ter sido rebaixado à Série C do Campeonato Brasileiro. Sem acerto, a decisão foi pela não renovação de contrato, que terminou agora em dezembro.
Além dos uniformes, a casa de apostas estampava sua marca nas placas de publicidade do estádio Moisés Lucarelli, nos vestiários e na área de coletiva e zona mista.
A Ponte Preta estreia no Campeonato Paulista diante do Novorizontino, no dia 15 de janeiro, no estádio Jorge Ismael de Biasi. O clube campineiro disputará também a Copa do Brasil e a Série C do Campeonato Brasileiro ao longo da próxima temporada.
O grid da temporada 2025 da Fórmula 1 está completo. O franco-argelino Isack Hadjar completou a lista de pilotos para o próximo campeonato ao ser anunciado como titular da equipe RB, nesta sexta-feira. Rival do brasileiro Gabriel Bortoleto na Fórmula 2, o piloto de 20 anos será parceiro do japonês Yuki Tsunoda.
Hadjar vai substituir o neozelandês Liam Lawson, anunciado como titular da Red Bull na quinta-feira. Lawson foi contratado pelo time principal do grupo austríaco conhecido pelas bebidas energéticas para ocupar o assento do mexicano Sergio Pérez, dispensado no dia anterior. O piloto da Nova Zelândia formará dupla com o tetracampeão mundial Max Verstappen.
A transferência de Lawson abriu caminho para a chegada de Hadjar, que corria por fora na disputa por uma vaga no grid da F-1. No fim das contas, ele só recebeu a oportunidade em razão da decisão, que seria considerada inesperada há alguns meses, de dispensar Pérez apesar de ter contrato com o mexicano até 2025.
A RB não revelou o tempo de contrato do seu novo piloto. Integrante da programa de jovens pilotos da Red Bull, Hadjar se destacou ao long de sua segunda temporada na F-1, neste ano, na qual foi vice-campeão, atrás apenas de Gabriel Bortoleto, contratado pela Kick Sauber (Audi), também para 2025.
Com o acerto, o piloto nascido na França, de ascendência argelina, se torna o 19º piloto do programa de jovens pilotos da Red Bull a receber uma chance na F-1. A academia do time austríaco foi criada em 2001. Ele segue, assim, os passos de campeões mundiais como o próprio Verstappen e o alemão Sebastian Vettel.
"Estou muito animado para assumir meu novo papel na RB. Isso é enorme para mim, minha família e todas as pessoas que acreditaram em mim desde o começo. A jornada do kart até os monopostos, e agora chegar à Fórmula 1 é o momento em que trabalhei durante toda a minha vida. É o sonho", celebrou o jovem piloto.
O chefe da RB, Laurent Mekies, também comemorou o acordo. "Estamos animados por ter Isack conosco no ano que vem, trazendo uma dinâmica nova e renovada para a equipe ao lado de Yuki em 2025. Sua jornada para a Fórmula 1 foi nada menos que extraordinária. Ele demonstrou um crescimento notável, com uma série de resultados impressionantes nas categorias júnior de monopostos", comentou.
Confira o grid completo para a temporada 2025:
McLaren: Lando Norris e Oscar Pistri
Ferrari: Lewis Hamilton e Charles Leclerc
Mercedes: George Russel e Andrea Kimi Antonelli
Red Bull: Max Verstappen e Liam Lawson
Aston Martin: Fernando Alonso e Lance Stroll
Alpine: Pierre Gasly e Jack Doohan
Williams: Alexander Albon e Carlos Sainz Jr.
Haas: Oliver Bearman e Esteban Ocon
Kick Sauber: Gabriel Bortoleto e Nico Hülkenberg
RB: Isack Hadjar e Yuki Tsunoda
O Palmeiras está muito próximo de encaminhar a contratação de Paulinho, atacante do Atlético-MG. O jogador pode ser uma peça importante no ataque do time de Abel Ferreira por causa de sua versatilidade. No clube mineiro, Paulinho já atuou como centroavante e como ponta, duas posições carentes no Palmeiras.
Nos dois últimos anos o jogador foi o artilheiro do Atlético-MG. Em 2023, ele marcou 31 gols e, em 2024, 19, assumindo o posto de goleador ao lado de Hulk. Paulinho também foi o vice-artilheiro da Copa Libertadores nas duas últimas temporadas.
No Atlético-MG, a posição que ele mais ocupou no ataque foi pelos lados do campo, formando um trio de ataque com Hulk na outra ponta e Deyverson, de centroavante. Ele, porém, já foi utilizado como referência no ataque e pode desempenhar essa função no Palmeiras.
É possível que a negociação por Paulinho possa evolver alguns jogadores palmeirenses, já que o clube mineiro pediu 25 milhões de euros (cerca de R$ 162,39 milhões) pelo atleta, valor considerado alto pelo clube paulista.
Caso a contratação seja concretizada, o Palmeiras teria de esperar para poder contar com um jogador. Após a final da Libertadores, Paulinho fez uma cirurgia e, nesse momento, se recupera de lesão. O foco do clube seria contar com o jogador no Mundial de Clubes, que vai ser disputado no meio de 2025.
O site Roja Directa, que transmite ilegalmente jogos de campeonatos europeus, deve pagar cerca de R$ 200 milhões ao Grupo Mediapro pelos danos e prejuízos causados por pirataria de conteúdos de futebol que pertencem a empresa. A informação foi divulgada pelo jornal espanhol Marca.
A Justiça determinou o valor de ressarcimento pelos prejuízos causados pela transmissão ilegal de partidas do Campeonato Espanhol da temporada de 2014/2015. Os direitos de transmissão e propriedade intelectual eram do Grupo Mediapro.
No ano de 2022, o Supremo Tribunal já tinha declarado a empresa Puerto 80 Projects e seu administrador, Igor Seoane, responsáveis pelas atividades ilícitas do site, distribuindo por meio do site Roja Directa os jogos do Espanhol, obtendo benefícios econômicos indevidos.
Agora foi definido o valor da indenização. Dos cerca de R$ 200 milhões, R$ 96 milhões são de responsabilidade do administrador Igor Seoane. O cálculo da quantia total foi feito baseado no que a Puerto 80 Projects deveria ter pago ao Grupo Mediapro para ter acesso ao sinal das partidas. Quase dez anos depois do início do processo judicial, o Grupo Mediapro conseguiu fechar o site pirata na Espanha e fixar a indenização pela violação dos direitos de transmissão.
O site Roja Directa dava acesso na Espanha a conteúdos ilegais, desrespeitando direitos de propriedade intelectual por meio de links que permitiam assistir partidas do Campeonato Espanhol e outros conteúdos esportivos transmitidos pela televisão paga.
Embora o acesso fosse gratuito para o internauta, a Puerto 80 Projects obtinha receitas milionárias com publicidade e cobrança de comissões pelo desvio de tráfego para sites de casas de apostas esportivas. Perícias judiciais em 2022 mostraram rendimentos superiores a 11 milhões de euros em apenas uma das contas da empresa condenada.
Paralelamente, Igor Seoane enfrenta um processo penal. O Grupo Mediapro e a LaLiga, que organiza o Espanhol, pediram seis anos de prisão para o administrador do site das atividades ilícitas. A Puerto 80 Projects continua operando fora do território espanhol.
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) rejeitou recurso do Corinthians e manteve a multa de R$ 60 mil ao clube paulista por causa do episódio em que um torcedor do time arremessou uma cabeça de porco no gramado da Neo Química Arena, durante clássico com o Palmeiras, pelo Brasileirão.
"Voto para manter o acórdão que enquadrou os fatos no artigo 191 pelo arremesso, mas também a entrada do torcedor com a cabeça", disse o auditor Marcelo Bellizze, relator do processo no STJD. "Não houve prejuízo ao espetáculo, mas é uma situação bem grave. A Constituição Federal protege os animais e usar o animal morto para alimento para debochar da torcida adversária é muito grave. R$ 60 mil é um valor que abarca essa questão."
O episódio inusitado e punido pelo STJD aconteceu no dia 4 de novembro, no estádio corintiano, pela 32ª rodada do Brasileirão - o time da casa venceu por 2 a 0. Aos 28 minutos do primeiro tempo, uma cabeça de porco foi lançado no gramado. Por se tratar de um clássico em São Paulo, havia apenas a torcida do Corinthians nas arquibancadas da arena.
"O arremesso da cabeça de porco no gramado não envolve apenas o lançamento de objeto. Para que o objeto fosse lançado, antes ele precisou entrar na arena e houve o descumprimento de regulamento, afastando a possibilidade do artigo 213 por não se ter um mero arremesso e desordem, mas uma série de descumprimento de uma série de protocolos previstas no regulamento, disse o procurador-geral Paulo Emílio Dantas.
"Uma cabeça de 8kg poderia atingir alguém e gerar uma consequência impensável. Além disso, se entrou uma cabeça de 8kg o que mais poderia ter entrado? Houve uma falha grave na segurança, além de toda repercussão midiática", completou.
Os auditores Marco Choy, Rodrigo Aiache, Antonieta Pinto, Mariana Barreiras, Sérgio Henrique Furtado e o presidente Luís Otávio Veríssimo votaram com relator para negar os recursos apresentados pela defesa do Corinthians.
Um dia antes de uma possível paralisação do governo, a Câmara rejeitou veementemente na quinta-feira (19) o novo plano do presidente eleito Donald Trump para financiar as operações e suspender o teto da dívida, enquanto democratas e dezenas de republicanos se recusaram a atender às suas demandas repentinas.
Em uma votação noturna acordada às pressas e pontuada por explosões de raiva sobre a crise, os parlamentares não conseguiram atingir o limite de dois terços necessário para a aprovação - mas o presidente da Câmara, Mike Johnson, parecia determinado a reavaliar, antes do prazo final da meia-noite de sexta-feira.
"Vamos nos reagrupar e encontrar outra solução, então fiquem atentos", disse Johnson após a votação. O plano improvisado nem sequer obteve maioria, com o projeto de lei sendo rejeitado por 174-235. Fonte: Associated Press.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou as exigências para o plano de financiamento do governo americano, após a Câmara dos Representantes rejeitar uma proposta apoiada pelo republicano que evitaria a paralisação das atividades governamentais.
Em publicação na rede social Truth Social, Trump defendeu que o projeto deve incluir uma prorrogação do teto da dívida até 2029 ou a eliminação do dispositivo. Ele acrescentou que a pressão para contornar uma paralisação recai sobre quem está na Casa Branca, em referência ao presidente Joe Biden.
Mais cedo na semana, democratas e republicanos haviam costurado um acordo bipartidário para estender o prazo da paralisação, mas Trump se opôs ao entendimento e impôs uma nova proposta. Trump quer atrelar o projeto a uma resolução para o teto da dívida.
Os primeiros diplomatas dos Estados Unidos a visitar a Síria desde a deposição do presidente Bashar Assad no início deste mês chegaram a Damasco para conversar com os novos líderes do país.
A secretária de Estado assistente para Assuntos do Oriente, Barbara Leaf, o ex-enviado especial para a Síria Daniel Rubinstein e o enviado-chefe do governo Biden para negociações de reféns, Roger Carstens, compõem o grupo enviado para conversar com os líderes interinos da Síria, informou o Departamento de Estado nesta sexta-feira, 20.
É a primeira equipe de diplomatas americanos a visitar formalmente a Síria em mais de uma década, desde que os EUA fecharam sua embaixada em Damasco em 2012.
"Eles se envolverão diretamente com o povo sírio, incluindo membros da sociedade civil, ativistas, membros de diferentes comunidades e outras vozes sírias sobre sua visão para o futuro de seu país e como os Estados Unidos podem ajudar a apoiá-los", disse o Departamento de Estado.
No topo da agenda está a busca por informações sobre o paradeiro do jornalista americano Austin Tice, que desapareceu na Síria em 2012.
O grupo rebelde que liderou o ataque a Damasco que forçou Assad a fugir - Hayat Tahrir al-Sham, ou HTS - é designado como uma organização terrorista estrangeira pelos Estados Unidos e outros. Embora essa designação venha com uma série de sanções, ela não proíbe autoridades dos EUA de falar com seus membros ou líderes.
A visita dos diplomatas a Damasco não resultará na reabertura imediata da embaixada dos EUA, que está sob a proteção do governo checo, de acordo com autoridades americanas, que disseram que as decisões sobre o reconhecimento diplomático serão tomadas quando as novas autoridades sírias deixarem suas intenções claras. -
Gastroenterologista do HSPE explica porque essa prática não é recomendada
2024 está com os dias contados. As festas de final de ano, como natal e ano novo, já estão chegando e com elas também uma fartura de bebidas e comidas. Porém, o excesso é o grande vilão. Muitas pessoas, a fim de evitar a ressaca ou a azia pela grande quantidade de ingestão de alimentos e bebidas, apostam em tomar remédios antes da ceia.
A gastroenterologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), Debora Poli, explica que, a prática de se automedicar antes de comer e beber, não é recomendada. “O corpo funciona em um equilíbrio e tudo deve ser ingerido com moderação. Além disso, todo remédio deve ser ingerido com orientação médica. Não existe remédio que previna os malefícios do álcool”, explica.
De acordo com a médica, a bebida alcoólica nunca é benéfica. O recomendado é que não se beba ou que seja em baixas doses. A ressaca acontece por sintomas neurológicos causados por uma intoxicação que o álcool causa no cérebro. A bebida agride o fígado e o estômago e ainda provoca sintomas como dor de cabeça, mal estar, dor de estômago e ânsia. Além disso, causa desidratação. Uma medida para ajudar a minimizar os efeitos deletérios do álcool é se hidratar durante as doses e optar por uma alimentação balanceada antes de brindar.
No caso dos alimentos, durante as festas e até mesmo as confraternizações no trabalho, amigos e familiares, as pessoas podem até apostar em medicamentos para evitar a queimação e a azia. Porém, a prática de tentar prevenir desconforto estomacal não é a mais indicada.
“Só é recomendado fazer o uso de protetor gástrico e antiácido se o paciente tem o diagnóstico e prescrição médica. As pessoas não devem abusar nas comidas ou então, balancear. Em um dia, ingerir maior quantidade de comida ou alimentos mais gordurosos. No outro dia, compensar comendo frutas, legumes, verduras e itens mais leves. Todos os produtos químicos como álcool e medicamentos devem ser utilizados com cautela”, finaliza a gastroenterologista do HSPE.
O fim do ano é sinônimo de comemorações, viagens, balanços pessoais e, para muitos, também de correria. É uma época marcada por celebrações como Natal e Ano-Novo, mas também por desafios à saúde física e mental. Entre excessos na alimentação, noites maldormidas e o estresse da organização das festividades, especialistas alertam para a importância de cuidar do corpo e da mente nesse período.
Exageros alimentares: um vilão clássico
As confraternizações de fim de ano são conhecidas pelas mesas fartas, repletas de pratos calóricos e bebidas alcoólicas. Embora seja natural aproveitar o momento, o consumo exagerado pode trazer consequências como indigestão, aumento de peso, e até picos de glicose e colesterol.
“Manter o equilíbrio é essencial. Uma dica é começar as refeições com saladas e optar por proteínas magras, como peixe ou frango, para equilibrar o consumo de gorduras”, explica a nutricionista Fernanda Santos. Ela também sugere que sobremesas sejam consumidas em pequenas porções e que a hidratação seja priorizada ao longo do dia.
Além disso, o consumo de álcool deve ser moderado. “Bebidas alcoólicas podem desidratar e sobrecarregar o fígado. O ideal é alternar cada dose de álcool com um copo de água para reduzir os efeitos nocivos”, completa Fernanda.
Falta de sono e a saúde mental
Com a agenda lotada de eventos, muitas pessoas acabam negligenciando o sono. Segundo o neurologista Rafael Mendes, noites maldormidas podem causar irritabilidade, dificuldade de concentração e até prejudicar o sistema imunológico.
“Dormir pelo menos 7 a 8 horas por noite deve ser uma prioridade. Caso isso não seja possível em dias de festas, tente compensar em outras noites para evitar a fadiga acumulada”, recomenda.
A saúde mental também merece atenção no fim do ano. Muitas pessoas lidam com sentimentos de frustração ao avaliar metas não atingidas ou enfrentam a solidão durante as festividades. A psicóloga Marina Carvalho reforça que é importante ajustar as expectativas e focar no que foi positivo.
“Encare o fim do ano como um momento de recomeço, não de cobrança. E, se a solidão for um problema, busque estar próximo de amigos ou grupos que promovam atividades sociais”, aconselha.
Atividade física como aliada
Mesmo em meio à correria, manter-se ativo pode fazer toda a diferença. “Caminhadas, danças ou brincadeiras ao ar livre são formas leves de se exercitar durante as festas”, sugere o educador físico Pedro Oliveira.
Além de ajudar na digestão, as atividades físicas contribuem para liberar endorfina, o hormônio do bem-estar, que ajuda a lidar com o estresse típico do período.
Dicas práticas para cuidar da saúde no fim do ano
- Planeje as refeições: Evite comer por impulso. Escolha com atenção o que colocar no prato.
- Hidrate-se: Consuma pelo menos 2 litros de água por dia, especialmente em dias quentes ou com consumo de álcool.
- Não pule refeições: Comer de forma equilibrada ao longo do dia ajuda a evitar exageros durante as ceias.
- Reserve momentos para relaxar: Meditação, leitura ou um banho relaxante podem aliviar o estresse.
- Priorize o sono: Tente manter uma rotina de descanso mesmo com os compromissos.
Saúde como prioridade o ano todo
Cuidar da saúde no fim do ano vai além de evitar exageros nas festas. É um momento de refletir sobre os hábitos e se preparar para iniciar o próximo ano com mais equilíbrio e disposição.
“A saúde é o maior presente que podemos dar a nós mesmos. Aproveitar as festas com moderação e cuidado é a melhor forma de fechar o ano com chave de ouro”, conclui o médico Rafael Mendes.
Desde 2017, o mês de dezembro é marcado pela campanha do Dezembro Vermelho, uma iniciativa nacional de conscientização sobre a prevenção ao HIV, a importância do diagnóstico precoce e o combate ao preconceito contra pessoas vivendo com o vírus. A ação reforça o alerta para um tema que, embora tenha avançado nos últimos anos, ainda enfrenta desafios significativos.
HIV no Brasil: Um retrato atual
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 900 mil casos de HIV/AIDS desde o início da epidemia nos anos 1980. Apesar da redução no número de óbitos em função dos avanços no tratamento, estima-se que cerca de 150 mil pessoas vivem com o vírus e não sabem, o que reforça a necessidade do diagnóstico precoce.
A infectologista Carla Medeiros explica que o diagnóstico tardio ainda é um problema. "Muitas pessoas só descobrem o HIV em estágios avançados, quando já desenvolveram AIDS. Isso reduz as chances de tratamento eficaz e aumenta os riscos de transmissão", alerta.
Prevenção como prioridade
O Dezembro Vermelho também tem como foco a disseminação de informações sobre métodos de prevenção ao HIV, que vão muito além do preservativo. Atualmente, as estratégias incluem:
- PrEP (Profilaxia Pré-Exposição): Medicamento diário que reduz significativamente o risco de infecção pelo HIV.
- PEP (Profilaxia Pós-Exposição): Tratamento emergencial para pessoas que tiveram exposição ao vírus, se iniciado até 72 horas após o contato.
- Testagem rápida: Disponível gratuitamente no SUS, permite o diagnóstico em poucos minutos, facilitando o início do tratamento.
Além disso, campanhas têm destacado a importância de práticas sexuais seguras e do diálogo aberto sobre saúde sexual.
Combate ao preconceito
Apesar das campanhas de conscientização, o estigma ainda é uma barreira significativa para pessoas vivendo com HIV. Segundo uma pesquisa da Unaids, cerca de 64% dos brasileiros têm medo ou evitam interagir com pessoas soropositivas.
Para João Henrique, que vive com HIV há cinco anos, o preconceito é mais difícil do que lidar com o tratamento. "Hoje, os remédios permitem uma vida normal. O problema é o olhar das pessoas, o julgamento, como se eu fosse perigoso", relata.
Nesse sentido, o Dezembro Vermelho também promove a empatia e a informação, desmistificando conceitos ultrapassados e mostrando que pessoas com HIV podem viver de forma saudável e sem transmitir o vírus, desde que sigam o tratamento adequado.
Acesso ao tratamento
O Brasil é referência mundial no tratamento do HIV, com distribuição gratuita de medicamentos antirretrovirais pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esses medicamentos permitem que pessoas vivendo com HIV atinjam a carga viral indetectável, o que significa que o vírus não é transmissível sexualmente.
Entretanto, desafios ainda persistem, como a necessidade de ampliação da cobertura e acesso à saúde em comunidades vulneráveis.
Dezembro Vermelho: Uma causa coletiva
Mais do que uma campanha, o Dezembro Vermelho é um chamado para toda a sociedade. A luta contra o HIV é coletiva, e passa por ações de prevenção, políticas públicas efetivas e, principalmente, pela quebra de preconceitos.
“Informação é a principal arma contra o HIV e contra o estigma. Falar sobre o tema salva vidas”, conclui a infectologista Carla Medeiros.
Serviços disponíveis:
Durante o mês de dezembro, unidades de saúde em todo o Brasil intensificam as ações de testagem e conscientização. Consulte o posto de saúde mais próximo para mais informações.
Nesta quinta-feira (19), a ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou do programa Bom Dia, Ministra, transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em Brasília. Durante a entrevista, ela fez um balanço das principais iniciativas do Ministério da Cultura (MinC) ao longo de 2024.
Entre os destaques, estão a reforma tributária relacionada à cultura, o recorde de inscrições de propostas culturais por meio da Lei Rouanet, as ações implementadas através da Política Nacional Cultura Viva e os investimentos voltados à nacionalização das atividades audiovisuais brasileiras.
A entrevista começou com a jornalista questionando a ministra sobre a execução dos cerca de R$ 4,8 bilhões empenhados no setor audiovisual entre 2023 e 2024, por meio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e leis de incentivo geridas pela Agenfua Nacional do Cinema (Ancine) .
“Esses recursos foram injetados no setor porque, desde que chegamos em 2023, havia uma demanda reprimida. Tivemos nosso primeiro plano de investimento trazido pelo gestor, organizamos toda a governança, colocamos um novo Conselho Superior do Cinema e um Comitê Gestor. Lançamos nosso plano anual deste ano, tivemos investimentos nas zonas das empresas regionais. Nunca houve um investimento dessa monta. Estamos buscando dar atenção ao setor audiovisual brasileiro porque entendemos a força e a necessidade de fomentar esse setor, que leva a cultura brasileira para dentro e fora do país”, afirmou a ministra.
Jornalistas de diferentes estados participaram também do bate-papo ao vivo. Gabriel Brum, da Rádio Nacional de Brasília, Amazônia, Alto Solimões, destacou o sucesso do filme Ainda Estou Aqui, pré-indicado ao Oscar de 2025, com mais de 2 milhões de espectadores. Ele perguntou como o Ministério da Cultura pretende aproveitar esse momento para atrair novos investimentos e impulsionar o cinema brasileiro.
“Temos buscado auxiliar o setor para o crescimento em várias frentes. Assinamos acordos bilaterais importantes, com a China e a França. Teremos oportunidades de produtos do audiovisual brasileiro sendo dirigidos para o mercado internacional, assim como trocas de experiências por meio de intercâmbios. Além disso, abrimos mais salas de cinema e estamos dialogando com universidades para criar cine-teatros e outras salas. Nosso objetivo é trabalhar na difusão e no fortalecimento do audiovisual brasileiro”, pontuou a ministra.
Já Lorena Lemos, da Rádio Centrominas de Minas, elogiou o trabalho da ministra e ressaltou que o Brasil nunca esteve tão bem assistido culturalmente. Ela questionou quais são as principais políticas públicas sendo implantadas para fortalecer o setor, especialmente em contextos regionais.
“Tivemos duas conquistas importantes no ano passado: a Lei Paulo Gustavo, que beneficiou 98% dos municípios e todos os estados com R$ 3,8 bilhões, e a Lei Aldir Blanc, que garante repasses contínuos para um período de 5 anos, no valor total de 15 bilhões. Essas políticas dão oportunidade às comunidades e cidades de mostrar sua força cultural, gerando retorno econômico e fortalecendo a economia criativa”, comentou a ministra.
Margareth Menezes também mencionou o impacto da Política Nacional Cultura Viva, que completou 20 anos, e as iniciativas para fortalecer os pontos e pontões de cultura. Além disso, destacou os avanços da Lei Rouanet e seus desdobramentos, para alcançar cidades e localidades sem acesso a fomentos culturais. Como exemplo, citou a Rouanet Nordeste, que injetara 50 milhões.
Rodolfo Sousa, da Rádio Liberal, no Pará, falou sobre o esforço do Ministério em descentralizar as ações culturais, tirando-as do eixo Sudeste, e perguntou sobre o apoio aos artistas locais e manifestações culturais, sobretudo da região Norte.
“A gente identificou que a região Norte foi a menos atendida pelos mecanismos de fomento cultural. Por isso, lançamos o programa Rouanet Norte, com um montante de R$ 24 milhões para serem captados por agentes culturais da região, corrigindo essas lacunas”, respondeu a ministra.
Sobre o mercado de trabalho na área cultural, a titular destacou a importância de compreender a cadeia produtiva do setor e anunciou iniciativas como a Escola Solano Trindade de Formação e Qualificação Artística, Técnica e Cultura (Escult), voltada para a formação de agentes culturais e qualificação de mão de obra técnica.
Legados e planejamento foram temas apontados pela jornalista Patrícia Gonçalves, do Rio de Janeiro, ela questionou sobre os desafios enfrentados e os planos para 2025.
"Foram dois anos de muito trabalho e dedicação para religar e fortalecer o Sistema Nacional de Cultura. Queremos elaborar ações voltadas para a cultura digital e fortalecer o modelo da Cultura Viva, que inspira outros países. Além disso, realizamos a 4ª Conferência Nacional de Cultura, com mais de mil delegados”, elencou.
Margareth Menezes concluiu reforçando que ouvir as demandas dos setores é fundamental para formular políticas culturais eficazes. Ela também destacou a atuação do Ministério na condução do Grupo de Trabalho de Cultura do G20 e na realização da Aliança Global Festival contra a Fome e a Pobreza.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, assinou junto aos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Esther Dweck (Gestão e Inovação), a portaria que oficializa a recriação do Comitê Nacional do Brasil para o Programa Memória do Mundo da Unesco. A cerimônia foi realizada no Palácio Itamaraty, em Brasília, nesta quarta-feira (18).
“A recriação do Comitê Nacional é um passo fundamental para afirmarmos a necessidade da preservação do nosso patrimônio cultural. Um exemplo do compromisso do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em valorizar e promover a memória e o nosso patrimônio documental, que são fundamentais para a construção de um país verdadeiramente democrático e justo para todas as pessoas”, declarou.
Consolidando o esforço interministerial, a assinatura do documento reafirma a preocupação das Pastas na defesa da história e identidade do povo brasileiro.
“Os objetivos principais do programa são claros e ambiciosos ao assegurar a preservação do patrimônio documental de significância mundial por meio de técnicas apropriadas e facilitar o acesso universal a esses acervos e ampliar o conhecimento sobre sua existência e relevância”, relatou o ministro Mauro Vieira.
O compromisso com a memória e o futuro, colocando o Brasil em papel de destaque no mundo, foi defendido por Esther Dweck.
“Quero parabenizar a diretora do Arquivo Nacional pela condução deste projeto e pela determinação em reposicionar o Brasil no cenário internacional, reafirmando o nosso protagonismo nas ações de memória e histórias promovidas pela Unesco. Essa presença representou a conexão do Brasil com as discussões globais sobre a preservação documental e o compromisso com a troca de experiências internacionais”, disse.
Sessões Temáticas
Durante o evento foram realizadas ainda duas sessões temáticas relacionadas ao Programa Memória do Mundo com representantes de instituições do estado brasileiro.
O diretor do Museu Imperial de Petrópolis, Maurício Vicente Ferreira Jr., falou da satisfação da entidade diante dessa retomada, na Sessão Memória: histórias do Programa Memória do Mundo no Brasil.
“O Brasil hoje soma 44 inscrições no Registro Regional e 11 no Registro Internacional. Entendemos que o momento representa não apenas a retomada do nosso desafio de tornar o patrimônio documental brasileiro mais divulgado, melhor preservado e acessível a todos, mas também o aprofundamento da nossa tarefa, contribuindo para sensibilizar a sociedade brasileira em favor do alcance de uma verdadeira consciência preservacionista, capaz de identificar, conhecer, salvaguardar e divulgar o patrimônio documental que expressa a memória coletiva de todos os brasileiros”.
Durante a Sessão Presente: reconstrução do Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo, o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass considerou promover a popularização da memória apresentando o Brasil aos próprios brasileiros.
“Com base nessa diretriz de reparação histórica, de flexibilização dos nossos métodos de generosidade e acolhimento, que toda essa proposta da memória do mundo e que o Brasil tem muito a dizer sobre isso, porque o mundo está aqui, possamos somar esforços, reunindo mais capacidade e mais inteligência para poder operacionalizar e traduzir isso para algo popular”, defendeu Grass.
“Somos um país que possui uma história rica, diversa e plural, expressa em documentos e arquivos que nos conectam ao nosso passado, nos enraízam no presente, e são faróis de esperança para um futuro mais justo e inclusivo”, acrescentou a titular da Cultura.
Também estiveram presentes, o diretor do Instituto Guimarães Rosa, embaixador Marco Antonio Nakata; a diretora-geral do Arquivo Nacional, Ana Flávia Magalhães Pinto e o servidor, Carlos Augusto Silva Ditadi; além dos representantes do Acervo Educador Paulo Freire, Angela Biz Antunes e do Acervo Documental e Iconográfico de Abdias Nascimento, Elisa Larkin Nascimento.
Programa Memória do Mundo da Unesco
O Programa Memória do Mundo da Unesco foi criado em 1992, com o objetivo de assegurar a preservação do patrimônio documental de significância mundial. O Comitê Nacional do programa, encerrado em 2019 e agora recriado, tem a função de selecionar documentos e coleções para que sejam encaminhados aos registros do Programa Memória do Mundo em seus três níveis: nacional, regional e mundial.
O Comitê será composto por 19 representantes de órgãos do Executivo, Legislativo e Judiciário, além de governos estaduais, municipais e da sociedade civil. A secretaria-executiva do Comitê ficará a cargo do Arquivo Nacional do Ministério da Gestão e Inovação, atualmente sob direção da historiadora Ana Flávia Magalhães Pinto. A gestora pediu que todos possam fazer uma reflexão acerca do que pode ser feito com a recomposição do Comitê Nacional do Brasil.
“É importante que nós entendamos o papel da memória para a edificação de um mundo em que a vida possa ser vivida com dignidade, respeito, livre de perspectivas de silenciamento e esquecimento criminoso. Porque sabemos que é da natureza humana não só lembrar, mas também esquecer. Mas que o esquecimento não seja produto de projetos de genocídio, suicídio e necromemória”, ponderou.
O Conselho Superior do Cinema (CSC) promoveu, nesta quarta-feira (18), sua última reunião do ano. Participaram da atividade, realizada no formato híbrido, a ministra da Cultura, Margareth Menezes; o secretário-Executivo do Ministério da Cultura (MinC), Márcio Tavares; a secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga; o diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Alex Braga; e o diretor Vinicius Clay, também da Ancine.
Na pauta do encontro, os avanços do audiovisual em 2024 e o que está por vir no próximo ano. Entre os temas abordados esteve construção do novo Plano de Diretrizes e Metas (PDM) do audiovisual brasileiro, que tem previsão de conclusão no primeiro trimestre de 2025. “Vamos explicar o processo, mostrar o caminho percorrido até aqui, falar da expectativa em relação à publicação e ouvir a opinião de vocês”, adiantou Joelma Gonzaga.
“Nós estamos muito comprometidos com essa reconstrução das políticas do audiovisual. O Conselho é o canal para recebermos as necessidades do setor e que nos auxilia trazendo as pautas para a gente conseguir refiná-las”, declarou a ministra.
O secretário Márcio Tavares salientou a composição do colegiado. “Nós nunca tivemos um conselho tão diverso, tão amplo, tão representativo quanto esse. Para nós, isso é uma conquista que diz muito a respeito da forma como a gente considera que a gestão pública e as políticas públicas devem ser construídas, com escuta e participação”.
“Nesses últimos dois anos, nós tivemos o maior investimento público feito pelo governo federal no audiovisual brasileiro da história. Isso está acontecendo num ambiente de restrição fiscal, então isso deve ser ainda mais valorizado e pontuado como um esforço e uma valorização da cultura e da área por parte do governo”, completou o secretário ao se referir aos investimentos realizados desde 2023.
Durante a Reunião Ordinária do Biênio 2023-2025 do CSC, a ministra deu as boas-vindas aos novos conselheiros: a secretária-adjunta de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Carolina Tokarski; a consultora federal em Políticas Públicas da Advocacia-Geral da União (AGU), Ana Salett Marques Gulli; e a coordenadora-Geral de Saúde e Comunicações do Ministério da Fazenda (MFAZ), Maria Picoli Lins Cavalcanti, que passaram a integrar o Conselho.
Margareth Menezes enfatizou a questão do fomento. “Em nenhum momento existe uma política de desconstrução, de descentralização do fomento. Nós vamos fazer uma política de nacionalização das oportunidades, considerado o status de cada um, de cada lugar, de cada região”, frisou.
“Nós precisamos de parceria, de proximidade, de colaboração, é com esse signo que nós temos trabalhado. Espero que finalizado esse 2024 com grandes conquistas, a gente abra caminho para que 2025 seja um ano de resultados muito importantes, que consigamos organizar o conjunto de políticas que vão permitir que o audiovisual do Brasil possa responder nossa expectativa de desenvolvimento da indústria, geração de empregos, de oportunidades, mas sobretudo a nossa expectativa que o povo brasileiro possa ver suas histórias nas telas e o que o mundo possa conhecer o que o Brasil tem de melhor, que é a nossa criatividade”, completou Márcio Tavares.
O diretor-presidente da Ancine, Alex Braga, fez um balanço de 2024 e das mudanças em curso. “Desse ano fica muito evidente a nossa preocupação com o aperfeiçoamento, a consolidação e o fortalecimento dos pilares das políticas públicas para o audiovisual. Nós estamos destacando aqui a atividade audiovisual e o seu papel importante na inovação, para a economia criativa. Ao mesmo tempo que nós estamos fortalecendo esses pilares, estamos cuidando também da transformação digital. Nós estamos migrando do analógico para o digital”.
A regulação do Vídeo Sob Demanda (VoD) também foi tratada na reunião pela secretária Joelma Gonzaga, enfatizando que o Ministério está dialogando com diferentes setores a respeito do assunto.
Também participaram do encontro a presidente da SPcine, Lyara Oliveira; a diretora de Preservação e Difusão Audiovisual da SAV, Daniela Fernandes; e conselheiros e conselheiras do colegiado.