Notícias do Dia
O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou nesta terça-feira, 18, a o acórdão do julgamento dos recursos do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros seis réus no caso da trama golpista. Os quatro integrantes da Primeira Turma votaram pela rejeição dos embargos de declaração. O documento reúne o relatório do processo, as fundamentações dos ministros e oficializa a decisão. É somente após a publicação do acórdão que as defesas podem recorrer novamente.
O julgamento dos primeiros recursos terminou na última sexta-feira, 14, no plenário virtual. Os ministros rejeitaram os requerimentos das defesas por unanimidade.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União. Outros sete réus também foram condenados pelos mesmos crimes.
Próximos passos
A partir do dia seguinte da publicação do acórdão, é contado prazo de cinco dias para as defesas dos sete réus apresentarem novos recursos. Se algum réu não recorrer novamente, será decretado o trânsito em julgado, ou seja, o fim oficial do processo, com a determinação do início do cumprimento da pena. Ao menos no caso de Bolsonaro, deve haver novo recurso.
Quando deve ocorrer a prisão?
Conforme mostrou o Estadão, o cenário mais provável é que o réu seja levado para a Penitenciária da Papuda, em Brasília. Isso deve ocorrer entre o fim deste mês e o início de dezembro.
Embora o relator, Alexandre de Moraes, tenha adotado um ritmo acelerado na tramitação dos processos, é necessário obedecer a prazos processuais previstos em lei.
A defesa de Bolsonaro tem o direito de apresentar um novo recurso e deve fazer isso. Os chamados embargos infringentes dariam direito a um novo julgamento ao réu.No entanto, para os advogados conseguirem esse benefício, seria necessário que o placar da Primeira Turma tivesse registrado dois votos pela absolvição no julgamento da ação penal, segundo a jurisprudência do STF.
Como apenas Luiz Fux votou a favor de Bolsonaro, o recurso deve ser rejeitado. O efeito prático será apenas adiar o início do cumprimento da pena.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, afirmou nesta segunda-feira, 17, que, segundo o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), o texto do projeto de lei antifacção "avançou em muitos pontos". A ministra indicou ainda que será realizada uma nova rodada de conversa com técnicos nesta terça, 18, para "fazer as observações no texto e ver se tem condições de avançar".
"Ele falou que o relator está preparando (um novo texto), que quantos textos forem necessários, ele vai subir. E se dispôs a fazer uma conversa conosco já com base nesse texto antes de publicá-lo", indicou a ministra após reunião com o presidente da Câmara. De outro lado, Gleisi sinalizou que não há acordo sobre a quarta versão do parecer publicado pelo relator, Guilherme Derrite (PP-SP) na semana passada.
Sobre um eventual pedido de adiamento da discussão, Gleisi afirmou que a votação é uma "decisão do presidente da Casa". "Ele já decidiu que vai colocar. O que nós dissemos é o seguinte, é óbvio que é uma matéria complexa, talvez requeresse mais tempo, mas o governo está preparado para fazer essa discussão", indicou.
A ministra ainda voltou a reiterar os pontos de preocupação, no texto, para o governo: "tipo penal, o perdimento extraordinário e a questão dos fundos federais".
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta segunda-feira, 17, pelas redes sociais, que se sente orgulhoso por ter sido transformado em réu pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na última semana, a Primeira Turma do STF decidiu, por unanimidade, receber a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado por obstrução no processo da trama golpista.
Relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes foi o primeiro a votar e defendeu a abertura de ação penal contra Eduardo. Ele foi acompanhado pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Carmem Lúcia.
"Ser chamado de réu num país onde esta mesma Suprema Corte, que me processa, solta bandidos é motivo de orgulho", escreveu o deputado.
Ele acrescentou: "E os que celebram esta notícia são pobres de espírito, frutos de sua própria ignorância. Que Deus tenha piedade".
Segundo a denúncia da PGR, Eduardo Bolsonaro e o blogueiro Paulo Figueiredo articularam, nos Estados Unidos, sanções contra ministros do STF.
No ofício, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que a campanha buscava pressionar a Corte a não condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro no processo sobre a tentativa de golpe. Bolsonaro foi sentenciado pela primeira turma da corte a 27 anos e 3 meses de prisão.
Para Gonet, ficou comprovado que Eduardo e Figueiredo recorreram a contatos com o presidente dos EUA, Donald Trump, para "constranger a atuação jurisdicional" do STF.
Com a abertura da ação penal, o Supremo passa a ter a possibilidade de pedir a extradição do deputado antes mesmo do julgamento do mérito. A extradição pode ser solicitada não apenas para o cumprimento de pena, mas também para a própria instrução do processo.
Os trâmites, dependeriam da cooperação do governo Trump, que chegou a sancionar ministros do STF, com cancelamento de vistos e imposição de restrições financeiras com base na Lei Magnitsky.
A CPI do INSS cancelou a sessão marcada para esta segunda-feira, 17, após os dois depoentes do dia apresentarem justificativas para a ausência. O empresário Thiago Schettini conseguiu um habeas corpus cedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça desobrigando o comparecimento, e o ex-coordenador de Pagamentos e Benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social Jucimar Fonseca da Silva tem um atestado médico.
A junta médica do Senado analisou que Jucimar tem condições de prestar depoimento e, por isso, a CPI deverá novamente convocar uma sessão para ouvi-lo. Schettini é apontado por parlamentares membros da CPI como um dos operacionalizadores do esquema fraudulento de descontos não autorizados em aposentadorias. O deputado Rogério Correia (PT-MG), um dos autores do requerimento de convocação, aponta que Schettini tinha relações com uma das entidades beneficiárias do esquema e com Antônio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS".
Jucimar também é citado como uma parte envolvida no esquema. "Jucimar é apontado pelas investigações como uma peça central na engrenagem que permitiu o desvio sistemático de recursos dos aposentados e pensionistas. As apurações indicam que o então coordenador assinou uma nota técnica que autorizou o desbloqueio em lote de descontos associativos a pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), uma das entidades centrais no escândalo", argumentou Izalci Lucas (PL-DF), autor do requerimento de convocação. Ele foi alvo de pedido de prisão pela CPI em setembro. Também foi o primeiro a pedir habeas corpus no STF contra o pedido de prisão.
O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou nesta segunda-feira, 17, a ata do julgamento dos recursos do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros seis réus no caso da trama golpista. Os quatro integrantes da Primeira Turma votaram pela rejeição dos embargos de declaração. Nos próximos dias, deve ser publicado o acórdão.
A ata é diferente do acórdão. Ela formaliza o resultado dos votos dos ministros. Já o acórdão, reúne o relatório do processo, as fundamentações dos ministros e oficializa a decisão. É somente após a publicação do acórdão que as defesas podem recorrer novamente.
O julgamento dos primeiros recursos terminou na última sexta-feira, 14, no plenário virtual. Os ministros rejeitaram os requerimentos das defesas por unanimidade. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União. Outros sete réus também foram condenados pelos mesmos crimes.
Próximos passos
A partir do dia seguinte da publicação do acórdão, é contado prazo de cinco dias para as defesas dos sete réus apresentarem novos recursos. Se algum réu não recorrer novamente, será decretado o trânsito em julgado, ou seja, o fim oficial do processo, com a determinação do início do cumprimento da pena. Ao menos no caso de Bolsonaro, deve haver novo recurso.
Quando deve ocorrer a prisão?
Conforme mostrou o Estadão, o cenário mais provável é que o réu seja levado para a Penitenciária da Papuda, em Brasília. Isso deve ocorrer entre o fim deste mês e o início de dezembro.
Embora o relator, Alexandre de Moraes, tenha adotado um ritmo acelerado na tramitação dos processos, é necessário obedecer a prazos processuais previstos em lei. A defesa de Bolsonaro tem o direito de apresentar um novo recurso e deve fazer isso. Os chamados embargos infringentes dariam direito a um novo julgamento ao réu.
No entanto, para os advogados conseguirem esse benefício, seria necessário que o placar da Primeira Turma tivesse registrado dois votos pela absolvição no julgamento da ação penal, segundo a jurisprudência do STF. Como apenas Luiz Fux votou a favor de Bolsonaro, o recurso deve ser rejeitado. O efeito prático será apenas adiar o início do cumprimento da pena.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse neste domingo, 16, que o relatório do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) sobre o projeto antifacção é tão fraco que conseguiu unir vários setores da sociedade. "O relatório de Derrite era tão ruim que uniu governo, governadores, sociedade e imprensa", disse Filho, durante participação no programa Canal Livre, da Band.
Para ele, com tantas versões apresentadas até o momento - são quatro - fica difícil prever se projeto antifacção terá condições de ser votado na próxima terça-feira, 18, na Câmara dos Deputados, como está previsto. "Em dois dias, apresentou quatro relatores diferentes, de maneira que ninguém sabe direito qual o texto que vai a voto se for na próxima terça", afirmou. "É tudo muito estranho, né?", questionou.
O deputado começou a falar do tema lembrando da reunião chamada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com atores de sua equipe que já foram governadores para avaliar a tramitação do projeto. "Quem tem interesse em blindar a investigação? Quem quer afetar a Polícia Federal?", perguntou, acrescentando que a grande operação que aconteceu em São Paulo - Carbono Oculto - demonstrou as vinculações do PCC em setores produtivos, no mercado de capitais. "Isso tudo foi avaliado e eu lembro de vários projetos para a segurança pública que estão no Congresso que precisam ser votados. E os que lá estão não podem ter substitutivos que alteram a própria lógica."
O ministro defendeu que é preciso ter um projeto antifacção com um texto que amplia o combate à violência e às facções criminosas que estão "aterrorizando as pessoas". É preciso, de acordo com ele, votar o projeto de devedor contumaz. Filho disse que a quarta versão do relator não é de conhecimento total dos envolvidos ainda, mas que o governo já recebeu o texto, mas que não sabe se será esse o texto a ser apreciado.
PEC da Segurança
Na mesma participação no programa da Band, o ministro dos Transportes disse que a intenção do governo é a de discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança porque é preciso dar "papel novo a todo mundo". "Não precisa ser a PEC que o governo mandou. PEC é PEC. O Congresso pode discutir, aperfeiçoar, melhorar "
Durante participação no programa, ele foi questionado sobre qual a solução para o setor, depois da operação feita no Rio de Janeiro que deixou mais de 100 mortos. "Podem ser muitas, mas o fundamental é que precisa ter um endurecimento da legislação", disse.
Renan Filho defendeu que o País precisa não apenas de leis mais rápidas, mas principalmente de um combate à impunidade. "O que retroalimenta a violência é a impunidade. E o bandido anda com um fuzil na rua porque ele tem completa sensação de impunidade, sobretudo em alguns estados brasileiros", defendeu.
Segundo ele, os governadores mais no campo da direita reclamaram. Ele citou diretamente o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como um dos que argumentaram pela autonomia do Estado e avaliou que a autonomia reivindicada por governadores não trouxe a solução para segurança pública. "Foi até um exagero ali."
Por outro lado, ele salientou que a ADPF das favelas, como um momento divisor os governos estaduais, falhou.
O ministro disse ainda que há uma negação dos fatos sobre segurança pública por parte dos governadores, visando à eleição do ano que vem.
O Banco de Brasília (BRB) enviou nota à Broadcast informando que nenhuma prisão foi realizada na manhã desta terça-feira, 18, envolvendo funcionários da instituição. "A decisão judicial que orienta a atuação da Polícia Federal nas dependências do Banco determina, exclusivamente, o afastamento temporário do presidente e do diretor financeiro pelo prazo de 60 dias", trouxe o comunicado.
Mais cedo, a Coluna do Estadão trouxe que o presidente afastado do BRB, Paulo Henrique Costa, está nos Estados Unidos.
Na nota, o BRB reforçou que sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando regularmente informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central do Brasil sobre todas as operações relacionadas ao Banco Master. "A Instituição reafirma seu compromisso com a ética, a responsabilidade e a integridade na condução de suas atividades", enfatizou.
O Banco informou também que segue operando normalmente, garantindo a continuidade integral dos serviços e preservando a segurança das operações, dos clientes, dos parceiros e de toda a sua estrutura operacional.
O BRB estava em processo de compra de parte do Banco Master, operação que foi rejeitada pelo Banco Central. Ontem, o dono do Master, Daniel Vorcaro, informou que um outro negócio seria feito para salvar a instituição, com o Grupo Ficto e investidores árabes. Vorcaro foi preso pela Polícia Federal ao tentar fugir do País na noite de ontem.
A Cloudflare informou nesta terça-feira, 18, que sua rede global enfrenta uma instabilidade que pode afetar múltiplos clientes ao redor do mundo. Em comunicado no painel de status, a empresa afirmou estar "ciente e investigando um problema que potencialmente impacta vários clientes".
A ocorrência foi registrada inicialmente às 8h48 (de Brasília), e atualizada às 9h03 (de Brasília), quando a companhia reiterou que segue analisando as causas da falha.
Até o momento, não há detalhes sobre a origem do incidente nem previsão de normalização.
A Cloudflare é responsável por serviços de segurança e infraestrutura de tráfego para milhares de sites e aplicações globais.
A rede social X exibia mensagem de erro ao tentar recarregar o feed de publicações, enquanto o ChatGPT, da OpenAI, também apresentava instabilidades.
O site DownDetector, em que usuários reportam problemas de acesso a serviços digitais globais, apontava falhas também na Amazon Web Services (AWS) e no site de design Canva.
Usuários também informavam dificuldades de acesso em serviços do Banco do Brasil.
Com a decisão do Banco Central de liquidar o Master, o banco se junta a nomes que tiveram destino semelhante no passado, como o Bamerindus, Banco Santos, Cruzeiro do Sul e BVA, em processos que se arrastaram por anos. Com ativos de R$ 87 bilhões e passivos de R$ 83 bilhões, segundo dados de março do BC, é uma das maiores intervenções bancárias da história do sistema financeiro brasileiro.
Para fontes de grandes bancos, o Master tentou costurar às pressas o acordo com o grupo Fictor, que surpreendeu o mercado ontem ao ser anunciado, justamente para evitar a intervenção do BC, que vinha sendo cogitada pelo mercado desde que o regulador negou a compra de parte do banco pelo Banco de Brasília (BRB). Não deu certo e o banco agora se juntou a outros casos históricos.
No caso do Bamerindus, a intervenção do BC no banco foi decretada em 1997, com o banco apresentando R$ 4,2 bilhões em patrimônio negativo. A liquidação extrajudicial iniciada no ano seguinte e só foi encerrada em 2014. A parte boa do banco foi vendida na época para o HSBC. Em 2013, o BTG comprou parte do espólio do Bamerindus.
Já o Cruzeiro do Sul teve a liquidação extrajudicial anunciada em setembro de 2012, por causa de um rombo de R$ 1,3 bilhão. O processo foi encerrado pelo próprio BC em setembro de 2015, quando a instituição teve sua falência oficialmente decretada pela Justiça.
No caso do Banco Santos, do empresário Edemar Cid Ferreira, a intervenção veio em novembro de 2004, que foi transformada em liquidação extrajudicial em março do ano seguinte. Em setembro de 2004, a falência do banco foi decretada pela Justiça.
A liquidação extrajudicial de uma instituição financeira acontece quando o BC vê o caso como irrecuperável, seja por uma fraude no banco ou por outro motivo, como dificuldade de honrar compromissos financeiros. Com a ação, o funcionamento do banco é interrompido e a diretoria é afastada.
Vorcaro vinha desde o começo do ano buscando uma solução para o banco, que tinha dívidas de R$ 16 bilhões a vencer em 2025, de acordo com seu balanço mais recente, de 2024. O banqueiro fez duas tentativas para se desfazer do banco, primeiro para o Banco de Brasília, em operação negada pelo Banco Central, e ontem para o Grupo Fictor.
Ao longo do ano, o Master fez dois aportes de R$ 1 bilhão cada e ainda tomou R$ 4 bilhões de recursos no Fundo Garantidor de Crédito (FGC), empréstimo que vencia, após ser rolado, no final deste mês. O banco cresceu captando com o lançamento de CDB garantido pelo FGC.
As dificuldades de levantar recursos para fazer frente aos compromissos de pagamento de CDBs levou o Master a procurar financiamento nos fundos de pensão de Estados e municípios. Ao todo, foram as entidades de previdência públicas investiram quase R$ 2 bilhões em títulos do banco, aplicações que viraram alvo de questionamentos e auditorias em tribunais de contas por todo o País.
As polêmicas envolvendo a captação de recursos pelo Master levaram a uma pressão para as mudanças das regras do FGC. Em agosto, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou regras mais duras para o uso das garantias do Fundo. O comunicado do BC naquele momento fez uma clara alusão ao banco de Vorcaro, ressaltando que as mudanças "objetivam desincentivar financeiramente as instituições associadas ao FGC de usar as captações garantidas de forma desproporcional."
A Polícia Federal monitorou os passos do dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, antes de deflagrar a operação desta terça-feira, 18, para apurar crimes envolvendo a gestão do banco. Na véspera da operação, porém, os investigadores detectaram que Vorcaro organizava uma tentativa de fuga ao exterior por meio do Aeroporto de Guarulhos. A suspeita é que a informação do mandado de prisão já tinha vazado para o dono do banco e ele buscava escapar do cumprimento da ordem. Procurada, a defesa do empresário ainda não se manifestou.
Os investigadores, então, tiveram que antecipar o cumprimento da prisão de Vorcaro, antes mesmo de deflagrar a operação. Na noite de segunda-feira, 17, o dono do Banco Master tentou embarcar em um jatinho particular com destino ao exterior. Porém, foi interceptado pela Polícia Federal no aeroporto, onde recebeu a ordem de prisão, por volta das 22h.
Vorcaro foi levado para a Superintendência da PF em São Paulo. Na manhã desta terça, a PF foi às ruas para deflagrar o restante da operação. Estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, dois de temporária e 25 mandados de busca e apreensão. Outro alvo de prisão, Augusto Lima, sócio de Vorcaro no Master, também não foi encontrado em sua casa pela PF no momento da deflagração, mas foi preso pouco depois.
A suspeita da investigação é que o banco Master fabricou carteiras falsas de crédito para vendê-las ao BRB. São investigados crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa, dentre outros.
O Banco Central decretou nesta terça-feira, 18, a liquidação extrajudicial do Banco Master, menos de um dia depois de o Grupo Fictor ter indicado o interesse em comprar a instituição.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 18, que para o Banco Central ter liquidado extrajudicialmente o Banco Master, o processo contra a instituição financeira deve ser robusto. Ele não quis fazer mais comentários por ser um assunto do BC, mas declarou que a Fazenda dará suporte às consequências se houver.
"O BC é o órgão regulador do sistema financeiro. Eu tenho certeza que, para ter chegado a esse ponto, todo esse processo deve estar muito robusto. Mas, enfim, o que eu acompanhei foi mais em relação à CVM. Já falei para vocês que tivemos problema na CVM também. O BC é o órgão regulador e ele que se manifesta", declarou a jornalistas na chegada ao ministério, ao referir-se ainda à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Segundo Haddad, é preciso aguardar os desdobramentos, mas que a Fazenda estaria à disposição do BC. O ministério poderia dar suporte com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) caso seja necessário.
"O que cabe à Fazenda é dar suporte às consequências desse ato. Se houver, nós estamos aqui prontos para colaborar. Ele perguntou sobre o FGC, que é uma coisa que diz respeito ao sistema financeiro como um todo. Vamos ver os desdobramentos disso. O impacto disso. No que diz respeito à Fazenda, nós estamos à disposição do BC", completou.
O Banco Central anunciou nesta terça-feira, 18, a liquidação do Banco Master, menos de um dia depois de o Grupo Fictor ter indicado o interesse em comprar a instituição. A autarquia também já tinha vetado a oferta de compra de uma fatia da instituição pelo Banco de Brasília (BRB).
A medida anunciada nesta terça dá fim a um processo acelerado de crescimento da instituição financeira, que foi baseado em dois pilares: a captação de recursos pagando a investidores juros muito acima da média do mercado e a compra de ativos com baixa liquidez, como empresas com problemas financeiros, precatórios e direitos creditórios.
Com a oferta de compra fora da mesa e diante da falta de recursos do banco para honrar seus compromissos com os credores, o BC tinha à disposição os seguintes caminhos: a liquidação extrajudicial, que foi a alternativa escolhida, e a intervenção. Ambos são regimes de resolução à disposição do BC para lidar com problemas graves em instituições financeiras, a fim de manter a estabilidade do sistema.
Entenda a diferença entre eles:
Liquidação
A liquidação extrajudicial é uma medida mais extrema, que interrompe o funcionamento de uma instituição, retirando-a do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Isso significa que o banco fecha, deixa de funcionar.
Esse regime é adotado quando a situação de insolvência - ou seja, de endividamento - é irrecuperável ou quando forem cometidas graves infrações às normas que regulam sua atividade.
O BC nomeia um liquidante - um nome do setor privado, por exemplo -, que buscará a venda dos ativos existentes para viabilizar o pagamento, que for possível, aos credores.
Também é acionado o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), uma espécie de "seguro" aos investidores e correntistas contra calotes. O FGC garante o pagamento de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e por instituição bancária.
Não há prazo determinado para o encerramento da liquidação: ela termina por decisão do Banco Central ou pela decretação da falência da instituição.
Intervenção
A intervenção é vista como um caminho intermediário, menos extremo do que a liquidação. Ela é adotada quando, apesar da crise, se vislumbra alguma possibilidade de recuperação da instituição financeira.
O objetivo é evitar o agravamento da situação de risco patrimonial da empresa ou cessar eventuais práticas irregulares.
De qualquer forma, a intervenção também pode levar a uma liquidação, caso o processo de recuperação do banco não tenha sucesso.
O BC nomeia um interventor, que assume a gestão direta da instituição, suspendendo temporariamente suas atividades normais e os mandatos dos dirigentes. Também pode ser acionado o FGC para garantir o ressarcimento de recursos de investidores e correntistas.
A intervenção tem duração de até seis meses, prorrogável por, no máximo, outros seis meses. Conforme o caso, a intervenção termina se houver a retomada da normalidade ou, não havendo, com a decretação da liquidação extrajudicial ou da falência.
Carlos Alcaraz, número um do mundo, anunciou nesta terça-feira que não jogará as finais da Copa Davis com a Espanha na Itália devido a uma lesão na coxa. Segundo ele, a decisão foi tomada após uma conversa com os médicos, que aconselharam a sua desistência da competição por equipes.
"Sinto muitíssimo em anunciar que não poderei jogar com a Espanha na Copa Davis em Bolonha", disse ele na rede social X. "Estou com edema na coxa direita e a recomendação médica é não competir", afirmou o jogador que vem reclamando de dores na coxa.
Ele lamentou a sua ausência forçada e externou o prazer que tem em defender a Espanha. "Sempre disse que jogar pela Espanha é a melhor coisa que existe, e estava muito animado para poder ajudar a lutar pela Copa Davis", acrescentou, referindo-se ao troféu do torneio.
Alcaraz lideraria a Espanha em Bolonha contra a República Checa, quarta cabeça de chave, nas quartas de final da Copa Davis na quinta-feira, na esperança de conquistar seu primeiro título da competição. Na temporada passada, ele e a Espanha foram eliminados na primeira rodada da final em Málaga, ofuscando a última partida da brilhante carreira de Rafael Nadal.
O tenista de 22 anos afirmou que deseja "ganhar a Copa Davis um dia... porque para mim, é um torneio muito importante". A Real Federação Espanhola de Tênis confirmou a ausência de Alcaraz e anunciou que o país disputará a fase final da Copa Davis com Jaume Munar, Pedro Martínez, Pablo Carreño e Marcel Granollers.
Alcaraz finaliza uma temporada brilhante, quando mostrou um desempenho excelente. O tenista de 22 anos conquistou oito títulos, incluindo dois Grand Slams (Roland Garros e US Open), além de ter retornado ao topo do ranking.
A sete meses da Copa do Mundo, Carlo Ancelotti tem respondido muito sobre sua lista final para o Mundial, a ser anunciada em maio do ano que vem, e mais ainda se Neymar estará ou não entre os convocados da seleção brasileira que tentará o hexa no Canadá, Estados Unidos e México.
O treinador italiano tem repetido que precisa "de atletas top fisicamente" e que só chamará o astro do Santos caso ele esteja na sua melhor condição física possível.
"O Neymar está na lista dos jogadores que podem estar no Mundial. Agora ele tem seis meses para chegar na lista final. Nós só temos que observar ele e outros jogadores para não cometer erros na lista definitiva", afirmou Ancelotti em sua última declaração sobre a chance de Neymar jogar a Copa.
Aos 33 anos, o maior artilheiro do Brasil na história (de acordo com a contagem da Fifa) não veste a camisa da seleção brasileira há mais de dois anos, desde outubro de 2023.
Neymar passou 48 dias sem jogar devido a uma lesão no músculo reto femoral da coxa direita. Voltou a defender o Santos no início deste mês no empate com o Fortaleza, contra o qual jogou 23 minutos. Depois, esteve em campo 85 minutos na derrota para o Flamengo e atuou todo o tempo no clássico com o Palmeiras, vencido por 1 a 0.
"Felizmente ele se recuperou da lesão que teve. Agora tem seis meses para jogar. O Brasileiro para em 7 de dezembro, depois pode tirar férias, mas depois terá novamente o Brasileiro para mostrar sua qualidade e, obviamente, sua condição física", afirmou Carlo Ancelotti sobre Neymar
Ele não fez gols nem deu assistências desde que se recuperou de sua terceira lesão no ano. E seus números na temporada são discretos: seis gols e três assistências em 24 jogos.
Comparado a alguns dos maiores jogadores da história da seleção na época em que tinham 33 anos, a idade de Neymar hoje, o desempenho é desanimador para alguém que é há 15 anos o jogador mais talentoso do País.
Romário, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho ainda eram protagonistas quando tinham 33 anos. Mesmo assim, não foram convocados para nenhuma Copa do Mundo com essa idade ou anos depois.
Em 1999, Romário, aos 33, defendia o Flamengo e fez 46 gols em 54 partidas. Foi campeão da Copa Mercosul. No ano seguinte, voltou ao Vasco e seus números foram ainda mais impressionantes: 72 gols em 66 jogos e o título do Brasileirão de 2000, torneio em que foi o goleador e o mais importante protagonista. Mesmo assim, não foi à Copa de 2002 por uma série de atitudes que, no entender de Felipão, não fariam bem ao grupo que seria pentacampeão.
Em 2009, Ronaldo Fenômeno decidiu retornar ao Brasil para encerrar sua carreira. Aos 33 anos, estava acima do peso, mas ainda sobrava. O nível técnico era tão superior ao dos adversários que o sobrepeso não o impediu de fazer 23 gols em 38 duelos e conduzir o Corinthians ao título da Copa do Brasil. Seu ciclo em Copas estava encerrado. Dunga não o levou para o Mundial de 2010.
Em 2013, Ronaldinho Gaúcho levou o Atlético Mineiro ao título mais importante da história do time mineiro: a Libertadores. O meia foi o líder técnico daquela equipe e terminou a temporada com 17 gols e 14 assistências em 38 jogos. Felipão não o convocou para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Quem também tem 33 anos, mas está em boas condições físicas e retornou à seleção é Casemiro. O experiente volante, um dos líderes do grupo comandado por Ancelotti, acredita que Neymar segue sendo indispensável à seleção.
"A gente não pode dispensar se esse cara está bem. Se esse cara está bem fisicamente, mentalmente, esse cara é o melhor disparado. Eu sou um grande fã dele como jogador", disse o meia do Manchester United em entrevista ao GE.
Neymar só não estava disponível em uma das quatro convocações de Ancelotti. Nas outras três ocasiões, não foi chamado por opção do italiano.
O Botafogo abre a 34ª rodada do Brasileirão nesta terça-feira, às 20h30, no Estádio Nilton Santos, em um confronto que cruza objetivos completamente distintos. O time carioca tenta se manter vivo na disputa por uma vaga direta à fase de grupos da Copa Libertadores, enquanto o Sport, já rebaixado, cumpre tabela após uma campanha traumática.
Com 52 pontos e ocupando a sexta posição, o Botafogo busca ultrapassar momentaneamente o Bahia, quinto com 53, e pressionar os rivais na parte de cima. O empate sem gols com o Vitória na rodada anterior manteve a equipe estável, mas reforçou a necessidade de maior contundência ofensiva para seguir no páreo.
O Sport chega ao Rio após a goleada sofrida diante do Flamengo por 5 a 1, que sacramentou o rebaixamento à Série B em 2026. Lanterna com apenas 17 pontos, o time pernambucano soma 11 partidas sem vencer e acumula seis derrotas consecutivas, cenário que explica a queda precoce. Ainda assim, abre a rodada com a chance de quebrar um tabu que dura desde 2018, ano da última derrota fora de casa diante do Botafogo.
Davide Ancelotti terá reforços à disposição. Artur retorna após cumprir suspensão, enquanto Álvaro Montoro e Jordan Barrera podem voltar a ser relacionados após lesões sofridas no Mundial Sub-20.
Em contrapartida, Neto, Bastos e Kaio, todos em recuperação de cirurgias, não atuam mais em 2025. Nathan Fernandes e Matheus Martins seguem fora por problemas musculares.
No Sport, os estragos do jogo contra o Flamengo vão além do placar. Expulsos na Arena Pernambuco, o zagueiro Ramon Menezes e o lateral Matheus Alexandre são desfalques.
Para a defesa, Riquelme - que tem negociação avançada para defender o Botafogo em 2026 - e o português João Silva surgem como opções naturais, com Lucas Kal e Luan Cândido podendo atuar improvisados. Na lateral direita, Aderlan será o titular, numa tentativa de reorganizar um sistema defensivo que sofreu 14 gols nos últimos quatro jogos. A missão do Sport é frear a instabilidade e competir com dignidade, mesmo sem perspectivas matemáticas na tabela.
FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO X SPORT
BOTAFOGO - Léo Linck; Vitinho, David Ricardo, Alexander Barboza e Alex Telles; Danilo, Marlon Freitas e Santi Rodríguez; Savarino, Joaquín Correa e Arthur Cabral (Chris Ramos). Técnico: Davide Ancelotti.
SPORT - Gabriel; Aderlan, Rafael Thyere, Lucas Kal e Luan Cândido; Rivera, Sérgio Oliveira e Lucas Lima; Léo Pereira, Matheusinho e Pablo. Técnico: César Lucena.
ÁRBITRO - Bruno Pereira Vasconcelos (BA).
HORÁRIO - 20h30.
LOCAL - Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ).
O Brasil vai encerrar 2025 com mais certezas que dúvidas. O amistoso com a Tunísia, nesta terça-feira, às 16h30 (de Brasília) em Lille, na França, pode ser importante para Carlo Ancelotti eliminar mais algumas incertezas a sete meses da Copa do Mundo.
A comissão técnica brasileira escolheu confrontos com seleções africanas para concluir a temporada. Antes da Tunísia, o Brasil fez 2 a 0 em Senegal em Londres naquela que foi uma das melhores apresentações sob Ancelotti.
Terminada esta Data Fifa, a equipe nacional só entrará em campo em 2026. Em março, os adversários serão França e Croácia. Em maio, o treinador vai anunciar os 26 que disputarão a Copa.
O italiano tem sua espinha dorsal formada, como ele mesmo confirmou. Trata-se da definição dos zagueiros (Marquinhos e Gabriel Magalhães), a dupla de volantes e homens de confiança do treinador (Casemiro e Bruno Guimarães) e uma linha ofensiva com quatro atacantes que também ajudam na marcação no meio.
Três deles dificilmente sairão do time: Rodrygo, Vini Jr e Estevâo. Matheus Cunha foi titular diante dos senegaleses, mas Raphinha, ausente dessa Data Fifa, é forte candidato a completar o quarteto.
A vitória sobre Senegal foi importante para o Brasil mostrar ter encontrado uma base e uma maneira de jogar. Faltam, porém, algumas questões a resolver. Os laterais, dos dois lados, ainda não estão definidos.
O quarteto com quatro atacantes móveis é talentoso e funcionou em alguns jogos, mas o Brasil ainda carece de um confiável camisa 9. Quem será esse atleta? Richarlison? João Pedro? Vitor Roque? Ou até Endrick, que não tem sido chamado?
Como Ancelotti vai compor o meio de campo contra adversários mais fortes? Com poucos jogos até a Copa, o treinador vai fazer mais variações táticas ou consolidar o esquema 4-4-2??
O plano, ao menos para o duelo com a Tunísia, é manter essa formação, tão elogiada pelo comandante. "Temos que ter uma ideia clara do que fazer. Deu certo o sistema com muitos (jogadores) na frente, mas também temos de pensar em uma formação mais defensiva como plano B."
O técnico confirmou que jogará Wesley na lateral direita. O ex-jogador do Flamengo entra na vaga de Gabriel Magalhães, zagueiro desconvocado por lesão. Éder Militão, assim, compõe a zaga com Marquinhos. Deve ser esta a única mudança na escalação em relação ao time que começou o confronto com os senegaleses.
"Queremos fazer um bom jogo e seguir na mesma dinâmica contra Senegal, que foi bonito na atitude, intensidade e qualidade", afirmou o técnico. No comando desde maio, Ancelotti vai completar nesta terça o seu oitavo jogo à frente da seleção brasileira. São quatro vitórias, um empate e duas derrotas.
FICHA TÉCNICA
BRASIL X TUNÍSIA
BRASIL - Ederson, Wesley, Éder Militão, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro e Bruno Guimarães; Estêvão, Matheus Cunha, Vini Jr e Rodrygo. Técnico: Carlo Ancelotti.
TUNÍSIA - Aymen Dahmen; Valery, Talbi, Bronn e Ali Abdi; Ellyes Skhiri; Amor Layouni, Mejbri; Gharbi e Saad; Hazem Mastouri. Técnico: Sami Trabelsi.
ÁRBITRO: Jerome Brisard (FRA).
HORÁRIO - 16h30 (de Brasília).
LOCAL - Decathlon Arena, em Lille, na França.
A Série B do Campeonato Brasileiro é mais bem avaliada pelos torcedores brasileiros do que as principais ligas europeias. Segundo pesquisa da Nexus, em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a segunda divisão nacional é vista como ótima ou boa por 45% dos espectadores. Outros 23% veem como regular, 8% ruim e 24% não opinaram.
Avaliação parecida é feita quando o assunto são os campeonatos estaduais, cuja taxa de classificação como bom ou ótimo é de 46% (24% regular, 8% ruim ou péssimo e 22% não opinaram).
A liga europeia que mais se aproxima do índice de aprovação da Série B e dos Estaduais é o Campeonato Espanhol: 41% de bom e ótimo, 15% de regular, 6% de ruim ou péssimo - 38% não avaliaram. O Inglês, por sua vez, tem 40% de ótimo ou bom, 14% de regular, 6% de ruim ou péssimo e 40% que não opinaram. Já o Italiano foi avaliado com apenas 35% de ótimo ou bom, 19% de regular, 6% de ruim ou péssimo e os mesmos 40% que não responderam sobre a Premier League.
"Isso demonstra a força do futebol nacional. Mais que bairrismo, é uma demonstração da popularidade do nosso Campeonato Brasileiro. Basta dizer que nos últimos 25 anos, tivemos 11 campeões diferentes", afirma o presidente da CBF, Samir Xaud.
"Nenhum outro campeonato sul-americano ou europeu tem essa variedade de vencedores todos são concentrados em dois, três ou quatro times. Essa variedade e pujança expressam uma tradição brasileira, que produz grandes jogadores e elencos, que não se perpetuam nas conquistas, porque todo ano há desafios gigantes para quem quer se manter no topo", conclui.
A pesquisa também mostra que há maior interesse pelo Brasileirão e pela Copa do Brasil, ambas com 66% de avaliação ótima ou boa, do que pela Champions League, com 54%. A Copa Libertadores da América é a competição internacional melhor avaliada, com 63%.
A Série A do Campeonato Brasileirão tem alta aprovação especialmente entre jovens de 16 a 24 anos (77%), homens (79%), pessoas com ensino superior (72%) e quem ganha mais de cinco salários mínimos (74%). A avaliação positiva também é forte entre brasileiros pretos (69%) e pardos (68%), além de moradores do Norte/Centro-Oeste e do Sudeste, ambos com 70%.
Para a realização do estudo, foram entrevistados 2.006 cidadãos com idade a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação, entre os dias 15 e 24 de agosto. A margem de erro da amostra é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
A falta de controle no estoque de materiais esportivos do Corinthians, que deu brecha para desvios de camisas e vendas ilegais de materiais da Nike, chegou a deixar o clube sem provisão de uniformes, conforme relatado pela auditoria contratada para averiguar o caso.
No dia 13 de setembro, quando venceu o Fluminense por 1 a 0 no Maracanã, o time jogou com o segundo conjunto, na cor preta, porque não havia quantidade suficiente de peças do primeiro, branco, para vestir todos os jogadores.
De acordo com a auditoria, estava definido que as duas equipes usariam os respectivos uniformes principais, mas funcionários notaram que havia falta de camisetas brancas. O gerente administrativo Rafael Salomão pediu o material à Nike, com caráter de urgência. Não havia, contudo, tempo hábil para a entrega por causa de prazos logísticos.
"Como alternativa, o Corinthians entrou em contato com a Diretoria do Fluminense, solicitando autorização para que a partida ocorresse com ambas as equipes utilizando seus segundos uniformes. O Fluminense gentilmente atendeu o pedido", explica o texto da averiguação.
O documento diz que foi constatada "ausência de critérios técnicos e de planejamento do Clube" nos pedidos feitos à Nike e destaca como "paradoxal" a falta de estoque, uma vez que foi realizado um pedido de grande quantidade no início do ano.
"Em janeiro de 2025, o Clube realizou uma solicitação excessiva, próxima a 20 mil itens de uma só vez, enquanto, paradoxalmente, faltam materiais essenciais, como camisas principais de jogo, evidenciando desequilíbrio na gestão de demandas e falhas de planejamento."
A falta de material para o jogo contra o Fluminense é apontada como uma consequência desses problemas. "A ocorrência registrada decorre da inexistência de um processo de controle no giro de estoque, como também no estoque de segurança devidamente estruturado."
O relatório da auditoria foi entregue pela presidência do Corinthians a Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, que, por sua vez, encaminhou o documento à Comissão de Justiça. Agora, as partes citadas serão ouvidas para a elaboração de um parecer.
ENTENDA O CASO
Uma auditoria interna realizada pelo Corinthians, por determinação do presidente Osmar Stábile, apontou desvios de camisas e venda ilegal de materiais da Nike dentro do próprio clube. Um relatório de 94 páginas demonstrou que os times das categorias de base ficaram sem receber uniformes ou estavam utilizando roupas em mau estado de conservação apesar de o clube ter excedido em quase 300% a cota anual de itens solicitados à Nike.
O caso chegou ao conhecimento do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e o promotor Cássio Roberto Conserino, responsável pela investigação relacionada ao uso irregular dos cartões corporativos por ex-dirigentes, pediu a instauração de um inquérito na Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) para apurar o caso.
Segundo documento obtido pelo Estadão, a auditoria apontou a retirada irregular de 131 itens registrados em nome do vice-presidente Armando Mendonça e a comercialização ilegal de camisas oficiais do clube por um funcionário, que recebeu pagamento via Pix de R$ 300,00 em sua conta pessoal pela venda de três peças originais do estoque.
O caso foi confirmado após denúncia anônima e compra controlada realizada pelos auditores em 11 e 13 de outubro de 2025, resultando na confissão do funcionário envolvido. A auditoria classificou Mendonça como responsável pela administração dos materiais Nike e apontou o vice como principal suspeito por desvios processuais e retiradas indevidas de camisas.
O vice-presidente corintiano Armando Mendonça afirmou ser "falsa" a informação de que é o responsável pelas diretrizes de distribuição dos materiais da Nike no Corinthians e administração dos almoxarifados.
Ele diz que a gestão do impichado Augusto Melo não fazia o controle necessário e resolveu ajudar pessoalmente no sistema de cadeia de aprovações de retirada de material para dar maior transparência e controle à destinação do patrimônio do clube e evitar prejuízos.
"É preciso salientar que não é nem nunca foi de minha responsabilidade a definição de política de distribuição interna por departamento, o que normalmente é feito a cada ano. Minha função é a de analisar os pedidos extras e autorizá-los de acordo com as necessidades, juntamente com o departamento administrativo. Lamento profundamente informações desconectadas da verdade e desamparada de qualquer material probatório", respondeu o vice, em nota enviada à reportagem.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na noite desta segunda-feira, 17, que venderá caças F-35 à Arábia Saudita. O anúncio foi feito na véspera da visita do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman aos Estados Unidos, a primeira em mais de sete anos.
A venda integra um pacote maior de acordos que deve incluir um investimento bilionário saudita em infraestrutura de inteligência artificial nos EUA e novas parcerias em energia nuclear civil, segundo autoridades do governo. A negociação ocorre apesar de preocupações internas de que a tecnologia do F-35 possa chegar à China. Há também receios sobre o impacto na superioridade militar de Israel, enquanto Trump tenta avançar a normalização entre sauditas e israelenses.
A visita de Mohammed bin Salman também reacende críticas ao histórico de direitos humanos da Arábia Saudita, incluindo o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi. Agências de inteligência dos EUA afirmam que o príncipe provavelmente ordenou o crime, mas ele nega essa acusação. (Com informações da Associated Press)
Embora a comunista Jeannette Jara tenha sido a candidata mais votada no primeiro turno das eleições no Chile, a disputa do domingo, 16, indica dois grandes protagonistas. Um deles é o conservador José Antonio Kast, que desponta como favorito para o segundo turno. O outro é a grande surpresa da noite, Franco Parisi, o terceiro candidato mais votado, com 19,7% da preferência popular.
O resultado do primeiro turno não foi surpreendente, mas a vantagem de apenas três pontos porcentuais de Jara para Kast, bem como a possível união dos candidatos de direita em torno do conservador, indicam um cenário complicado para a candidata governista.
Os demais candidatos da esquerda - Marco Enríquez-Ominami, Eduardo Artés e talvez Harold Mayne-Nicholls - juntos, tiveram pouco mais de 3% dos votos, o que agregará pouco a Jeannette Jara.
Sua maior chance de ser competitiva no segundo turno são os mais de 2,5 milhões de eleitores que votaram em Parisi, um populista que se coloca como outsider no cenário político chileno. Obter esse apoio, no entanto, será um trabalho árduo.
Direita favorita
Para Kast o cenário é amplamente favorável. Mal havia terminado a contagem de votos, a candidata da direita tradicional Evelyn Matthei já estava em cima do palco do Partido Republicano, declarando total apoio a Kast. O libertário Johannes Kaiser também foi rápido para declarar seu apoio.
Kaiser obteve 13,9% e Matthei 12,5%. Se a maioria dos eleitores da dupla migrarem para o conservador, ele chegará perto dos 50% dos votos que precisa para vencer o segundo turno.
Quase todo o eleitorado de Kaiser e Matthei vai votar por Kast porque jamais votariam em uma candidata do Partido Comunista como a Jara. Não só por ela ser de esquerda, mas também porque dão muita importância ao fato de ela ser do Partido Comunista", explica a cientista política pela Pontifícia Universidade Católica do Chile Federica Sanchez Staniak.
"Esta eleição serviu para medir a força de cada uma das divisões da direita dentro da própria direita", observa Daniela Campo Letelier, professora da Universidade Andrés Bello e membro da Red de Politólogas. "A direita não realizou uma eleição primária, ao contrário da coalizão governista, então não se sabia como seriam seus resultados."
Apesar disso, a posição de Jara não é inédita à esquerda chilena. O mesmo aconteceu com o atual presidente Gabriel Boric em 2021, quando ele chegou até a perder o primeiro turno para Kast, tinha pouco espaço de crescimento, mas venceu no segundo turno. O problema de Jara agora é o forte anticomunismo que existe no país.
"Apesar de pertencer à ala mais moderada do Partido Comunista e de suas tentativas de se distanciar do rótulo de membro do Partido Comunista ao longo da campanha, a candidata à vaga permanece, até hoje, uma militante do partido", sinaliza Federica Sanchez Staniak.
A ex-presidente Michelle Bachelet também chegou a ir ao segundo turno em 2013 em um contexto em que a esquerda estava unida em torno de sua candidatura, enquanto a direita aparecia mais fragmentada. Porém, a ex-presidente vinha de um espectro político moderado dentro esquerda, o que facilitou seu crescimento eleitoral posterior.
Daniela Campo Letelier aponta que sem dúvidas Jeannette Jara crescerá em votos no segundo turno, a dúvida é se isso será suficiente para superar os votos praticamente já garantidos que Kast tem até o momento. "Temos que ver o que vai acontecer com os votos de Parisi".
A surpresa Parisi
Franco Parisi repetiu o terceiro lugar que obteve nas últimas duas eleições, mas com uma quantidade de votos muito maior que nas disputas anteriores. Antes da abertura das urnas, as pesquisas de intenção de votos o colocavam em quinto lugar.
Parisi é o candidato "antissistema" e captura o voto de "cansaço" dos chilenos, o que é um voto muito menos ideológico e mais imprevisível.
O próprio candidato se define como "Ni facho ni comunacho" (Nem facho nem comuna, na tradução livre) e não declarou ainda voto a nenhum dos dois candidatos vencedores. Disse que seus eleitores são livres e ele aguarda os acenos de ambos neste segundo turno.
"Tenho más notícias para o candidato Kast e para a candidata Jara: conquistem os votos, conquistem as ruas", declarou Parisi.
Nas eleições de 2021, ele só declarou apoio a Kast um dia antes do segundo turno e só após fazer um plebiscito interno em seu partido.
"Meu chute é que os votos dele vão pro Kast porque é muito difícil que um voto anti-establishment vá para candidata do governo, por mais que ela diga que não é candidata do governo", pontua a professora da PUC-Rio Talita Tanscheit.
Outro fator que pode equilibrar a disputa é o fato de esta ter sido foi a primeira eleição presidencial em mais de uma década que contou com voto obrigatório. Um estudo conduzido pela Universidade do Desenvolvimento analisou que mais de 5 milhões de chilenos deixavam de votar quando o voto não era obrigatório.
Esse eleitor costumava ser jovem, a maioria homens, de classe média baixa e que não confia nas instituições públicas. Parisi pode ter abocanhado muito desse eleitor.
"Os 19% do Parisi são votos muito mais orgânicos, fluídos e imprevisíveis", define a professora da Universidade Andrés Bello. "Ele não faz parte da divisão direita-esquerda e não faz parte do establishment."
Já em seu discurso pós-resultados, Jeannette Jara fez fortes acenos a Franco Parisi, prometendo incorporar parte de suas promessas em sua agenda de governo, como a proposta de reembolso de impostos sobre medicamentos. Ela também fez sinais semelhantes a outros candidatos.
"É o que ela pode fazer no momento. Achei uma estratégia inteligente, mas em termos matemáticos, a não ser que aconteça algo muito excepcional, ela não tem muito além disso que fazer para ganhar os votos", completa Tanscheit.
O novo Congresso
A direita também ganhou as eleições legislativas, que ontem renovaram todas as 155 vagas da Câmara de Deputados e 23 dos 50 assentos no Senado.
Na Câmara, caso o cenário que se configura para o segundo turno seja mantido, a direita ficará a dois deputados da maioria simples.
Os partidos de Kast e Kaiser, que disputaram a eleição legislativa coligados, terão 42 deputados. Caso se aliem à coalizão de Matthei, que elegeu 34, formarão a maior bancada da Câmara, com 76 assentos.
Parisi elegeu 14 deputados, mas ainda não se comprometeu com nenhum dos dois candidatos e será decisiva na maioria das votações, estando no governo ou na oposição.
Já no Senado, o cenário é mais complexo. O desempenho da coalizão de Kast e Kaiser foi inferior ao da Câmara. Com apenas sete cadeiras, chegará à metade dos assentos, caso se alie a Matthei, que tem 18 senadores. A esquerda, com 20, é a maior bancada de oposição, seguida por três senadores verdes e dois independentes.
Se contar com o apoio de Parisi, Kast, deve avançar com sua agenda de reformas na Câmara, mas deve enfrentar mais dificuldades no Senado.
O candidato da direita planeja avançar com mudanças na previdência, na área fiscal, trabalhista, mas sua prioridade com certeza será a área de segurança, o grande tema dessas eleições.
Caso Jara seja eleita, sua vida no Congresso seria mais difícil até do que foi para Gabriel Boric. "O Congresso se deslocou ainda mais para a direita, porque há mais representação da direita radical, enquanto antes era mais concentrada na direita tradicional. Então, acho que seria uma batalha muito árdua para Jara governar", analisa Federica Sanchez Staniak
O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta segunda-feira, 17, um plano dos EUA para Gaza que autoriza uma força internacional de estabilização para fornecer segurança no território devastado e vislumbra um possível caminho futuro para um estado palestino independente.
A Rússia, que havia circulado uma resolução rival, absteve-se junto com a China na votação de 13-0.
A resolução endossa o plano de cessar-fogo de 20 pontos do presidente os EUA, Donald Trump, que prevê um Conselho de Paz a ser estabelecido como uma autoridade transitória que Trump lideraria. Também autoriza a força de estabilização e lhe dá um amplo mandato, incluindo supervisionar as fronteiras, fornecer segurança e desmilitarizar o território.
O embaixador dos EUA, Mike Waltz, chamou a resolução de "histórica e construtiva", dizendo que ela inicia um novo curso no Oriente Médio. "A resolução de hoje representa outro passo significativo em direção a uma Gaza estável que poderá prosperar e a um ambiente que permitirá que Israel viva em segurança", afirmou ele, enfatizando que a resolução "é apenas o começo".
(* Fonte: Associated Press).
*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Uma breve caminhada de casa até a Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Manicoré, no Amazonas, é o suficiente para que o trabalhador rural Delson do Nascimento receba o acolhimento necessário ao acompanhamento do diabetes, condição com a qual vive há cinco anos. Ele é atendido pela Estratégia de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR), que garante o cuidado contínuo e próximo à sua realidade no território amazônico.
"Descobri que tinha diabetes quando trabalhava na roça e passei a sentir tonturas, fraqueza no corpo, não conseguia enxergar direito. Fui ao médico, fiz os exames e entendi o que era diabetes. Hoje eu tomo o medicamento certinho, também faço uso dos chás que os mais antigos ensinaram, me alimento bem do jeito que a nutricionista recomenda e sou muito bem atendido sempre que venho à UBS”, afirma Delson, 65anos, que é acompanhado pela equipe multidisciplinar da UBS Manoel Vaz Vieira.

Foto: arquivo pessoal
O trabalhador rural que mora na comunidade ribeirinha amazônica é uma das 12,3 milhões de pessoas no Brasil com mais de 18 anos diagnosticada com diabetes mellitus, o que representa cerca de 7,7% da população, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.
No Dia Mundial do Diabetes, celebrado nesta sexta-feira (14), o Ministério da Saúde reforça a importância não só do diagnóstico, mas também da prevenção e do cuidado integral. É na UBS que essas pessoas encontram acolhimento e o acompanhamento de saúde adequado, incluindo exames, consultas, tratamento e ações de prevenção e promoção da saúde, conduzido por equipes multidisciplinares de saúde.
Diagnóstico e cuidados
O Diabetes Mellitus é uma doença crônica não-transmissível provocada pela incapacidade do organismo em produzir insulina ou de utilizá-la adequadamente. A insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, controla a quantidade de glicose no sangue. Ela é essencial para que o corpo consiga metabolizar a glicose obtida por meio dos alimentos ingeridos diariamente e que são a principal fonte de energia.
O diagnóstico é feito por meio de exame que mede a quantidade de glicemia no sangue e começa com o acolhimento na UBS, a porta de entrada do usuário no SUS para a prevenção, o diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento contínuo, controle dos fatores de risco associados e prevenção de complicações, bem como ações de vigilância e promoção da saúde.
Mais de 12,6 milhões de atendimentos a pessoas com diabetes foram registrados na Atenção Primária à Saúde (APS) entre os meses de janeiro a maio deste ano, de acordo com dados do Sistema de Informação da Atenção Primária à Saúde (Siaps).
Além do monitoramento nas UBS, o Sistema Único de Saúde (SUS) fornece gratuitamente quatro tipos de insulinas: insulinas humanas NPH e regular e insulinas análogas de ação rápida e prolongada, além de medicamentos orais e injetável para diabetes. Para o monitoramento do índice glicêmico, as UBS também disponibilizam tiras/fitas reagentes, lancetas e seringas, conforme indicação para cada caso, tanto para os medicamentos quanto para os insumos.
Desde fevereiro de 2025, o Programa Farmácia Popular passou a disponibilizar gratuitamente 100% dos medicamentos e insumos, incluindo medicamentos para diabetes.
Entre os atendimentos realizados, estão os de monitoramento do jornalista aposentado João Batista da Silva, morador de Brasília, no Distrito Federal. Há 12 anos, ele adota cuidados específicos, com o acompanhamento de equipe multidisciplinar de saúde na UBS próxima à sua casa.
“Desde que fui diagnosticado, faço todo o tratamento pelo SUS. A equipe de saúde é maravilhosa, me orienta e me ajuda a pegar os medicamentos. Tem também o agente de saúde, que vai sempre à minha casa saber como estou e encaminha as solicitações de exames periódicos que preciso fazer. Me sinto bastante acolhido”, afirma João Batista.
Entre as medidas preventivas para as condições crônicas, como o diabetes, estão a prática regular de atividade física, seguindo as orientações do Guia da Atividade Física para a População Brasileira, e a adoção de uma alimentação adequada e saudável, conforme o Guia Alimentar para a População Brasileira.
Priscila Viana
Ministério da Saúde
Engolir é um ato reflexo que mobiliza mais de 50 pares de músculos e nervos em uma coordenação milimétrica. Quando essa sincronia falha, surge a disfagia, uma condição que, além do desconforto, pode levar a complicações pulmonares graves.
A disfagia não é uma doença, mas um sintoma caracterizado pela dificuldade ou desconforto para mover alimentos e líquidos da boca para o estômago. Para quem sofre, a sensação pode variar desde um "travamento" da comida na garganta até a necessidade de um esforço excessivo para completar o processo.
O Que Está Acontecendo no Corpo?
O ato de engolir possui três fases complexas: oral, faríngea e esofágica. A disfagia ocorre quando há um problema em qualquer uma dessas etapas, sendo classificada em dois tipos principais:
-
Disfagia Orofaringeana: A dificuldade ocorre no início, na boca ou na garganta (faringe). Geralmente causada por problemas neurológicos, como sequelas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), Doença de Parkinson ou Esclerose Múltipla, que afetam a coordenação muscular.
-
Disfagia Esofágica: Ocorre um problema no esôfago (o tubo que leva a comida ao estômago). É comum estar associada a obstruções (como tumores) ou a problemas de motilidade (como o refluxo gastroesofágico crônico).
Riscos Ocultos: A Pneumonia por Aspiração
O maior perigo da disfagia é a aspiração pulmonar. Quando a coordenação dos músculos da garganta falha, o alimento, líquido ou saliva pode, inadvertidamente, seguir pelo caminho errado e entrar nas vias respiratórias e nos pulmões.
A aspiração repetida de partículas de comida ou líquidos pode levar a quadros graves de Pneumonia Aspirativa, uma infecção que exige atenção médica imediata.
Sinais de Alerta a Serem Observados
É fundamental procurar avaliação médica e fonoaudiológica se os seguintes sinais forem notados durante ou após as refeições:
-
Tosse ou engasgo frequente ao comer ou beber.
-
Sensação de alimento preso na garganta ou no peito.
-
Voz molhada ou rouca logo após beber líquidos.
-
Perda de peso não intencional devido ao medo de comer.
-
Necessidade de mastigar muito lentamente ou cortar alimentos em pedaços muito pequenos.
O diagnóstico precoce e a intervenção, que pode incluir exercícios de reabilitação e modificação da dieta, são cruciais para garantir a nutrição, a hidratação e, acima de tudo, a segurança respiratória do paciente.
A síncope vasovagal é um evento comum, caracterizado por um desmaio repentino, mas geralmente inofensivo. Trata-se de uma resposta exagerada do sistema nervoso a determinados estímulos, que faz o corpo "desligar" para se proteger.
O fenômeno, também conhecido como desmaio comum, é classificado como uma consequência de um problema circulatório. O Ministério da Saúde aponta que a síncope ocorre quando o controle da pressão sanguínea e dos batimentos cardíacos pelo sistema nervoso é inadequado. A falha resulta em uma demora na chegada de sangue ao coração e ao cérebro, levando à perda momentânea da consciência.
Fatores Desencadeadores
Embora seja um problema do sistema nervoso, a síncope vasovagal é quase sempre provocada por fatores externos ou internos específicos. Conhecer esses gatilhos é essencial para a prevenção.
Os principais determinantes para desencadear o problema incluem:
-
Ambientes fechados ou aglomerados;
-
Ficar em jejum por um longo período;
-
Passar horas em pé sem se movimentar;
-
Um estado de ansiedade ou grande estresse emocional.
Identificação dos Sinais de Alerta
Antes da perda de consciência (síncope), o corpo costuma manifestar sintomas de alerta (pré-síncope) que devem ser rapidamente reconhecidos para que a pessoa possa tomar providências e evitar o desmaio ou uma queda perigosa.
Os primeiros sinais de um episódio vasovagal iminente são:
-
Fraqueza súbita;
-
Transpiração intensa;
-
Palidez da pele;
-
Sensação de calor;
-
Náusea;
-
Tontura;
-
Borramento visual;
-
Dor de cabeça ou palpitações.
Caso uma pessoa experimente esses sinais, a recomendação imediata é deitar-se com as pernas elevadas, se possível, ou sentar-se e colocar a cabeça entre os joelhos. Essa postura ajuda a restabelecer o fluxo sanguíneo adequado ao cérebro e pode interromper o processo do desmaio.
O Presidente Lula enviou ao Congresso Nacional, na manhã desta segunda-feira (17), o novo Plano Nacional de Cultura (PNC), que deve reger as políticas da área no Brasil pelos próximos 10 anos. A ocasião foi marcada por uma cerimônia no Palácio do Planalto com a presença de Agentes Territoriais de todo o Brasil, que ficam reunidos na capital federal até a próxima quarta (19) para o I Encontro do Programa Nacional dos Comitês de Cultura.
O PNC foi elaborado a partir das propostas aprovadas durante a Conferência Nacional de Cultura, em março de 2024, com forte participação da sociedade civil.
“Essa é a arte de bem governar um país: aceitar que a sociedade diga o que o governo deve fazer, mas não sabe que deve fazer”, definiu. “Todo mundo tem um potencial cultural extraordinário, desde o dia que nasce. O que o governo tem que fazer é apenas dar condições pra que esse potencial seja explorado.”
No discurso, o Presidente citou uma vontade antiga, de “transformar a cultura num movimento efetivamente de base, popular, uma guerrilha democrática cultural”. Esse desejo, segundo ele, se materializa no Programa Nacional dos Comitês de Cultura, que tem sob seu guarda-chuva mais de 600 agentes espalhados pelo território nacional, responsáveis por promover ações de mapeamento, comunicação e mobilização em suas regiões e comunidades.
“Há muitos anos eu sonho em fazer a cultura desse país ser revolucionária”, contou. “Vocês representam a alma e a mente do povo brasileiro. Estou convocando vocês para serem mais do que agentes culturais. Vocês têm que ser a base da conscientização, da politização da nova sociedade que precisamos criar”, incentivou.
“Em qualquer lugar desse país, não importa onde, a gente pode ter um núcleo cultural. Tem que parar com essa ideia de que todo mundo precisa receber cultura comercial, feita no Rio de Janeiro e em São Paulo”, aconselhou. “A nossa revolução cultural está em pegar a cultura do mais longínquo lugar e permitir que o Brasil inteiro conheça. Porque o Brasil, hoje, não conhece o Brasil.”
Nesta segunda-feira, o Presidente também assinou o decreto que cria a comissão que vai definir as diretrizes e os aspectos operacionais do Sistema Nacional de Cultura (SNC), regulamentado no ano passado e que pretende estabelecer um modelo de gestão cultural que envolve União, estados e municípios, com controle da sociedade civil.
O Itaú Cultural recebe de 20 de novembro a 14 de dezembro (sempre de quinta-feira a domingo) a temporada de Black Machine, espetáculo com dramaturgia de Dione Carlos e dirigido por Eugênio Lima. Entrando em cartaz no Dia da Consciência Negra, essa peça pop coloca em cena os atores Fernando Lufer e Marina Esteves nos papeis de Hamlet e Ofélia, personagens clássicos do teatro mundial, que aqui vivem um embate radical, confrontando raça, necropolítica, masculinidade tóxica, dor e desejo, enquanto expõem as ruínas de um mundo e a reconstrução de suas identidades.
As sessões são realizadas sempre de quinta-feira a sábado, às 20h, e nos domingos e feriados, às 19h. Como toda a programação do Itaú Cultural, as apresentações são gratuitas, e os ingressos devem ser reservados a partir das 12h da terça-feira da semana de apresentação, pela plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural.
Com um limite tênue entre delírio, manifesto e performance, Black Machine é um experimento polifônico em que o clássico é atravessado pelo presente, indo da colonização à globalização, das dores íntimas à violência sistêmica. Nesse cenário, repleto de fragmentos poéticos, provocações filosóficas e camadas de referências políticas, Hamlet e Ofélia se enfrentam, se provocam, se reinventam — e, ao fazer isso, expõem o mundo em que vivem.
Hamlet, príncipe da Dinamarca, é o personagem de William Shakespeare que vive o confronto entre a consciência e a razão. Ofélia, na peça, refere-se à personagem do dramaturgo alemão Heiner Muller em Hamlet Machine (1972), peça que reinterpreta o texto shakespeariano, sendo uma mulher crítica da estrutura social e da violência.
"A grande brincadeira de Black Machine é que, na verdade, os personagens clássicos estão tentando ser atores. Só que eles 'incorporam' em corpos negros em pleno século 21 e nós estamos investigando quais seriam as implicações disso", comenta o diretor Eugênio Lima.
A peça, dividida em duas partes, propõe um encontro e embate entre os dois. E, para garantir o caráter atemporal da obra, os personagens são pós-coloniais, sendo ele atravessado por vozes como a do psiquiatra da Martinica Frantz Fanon, que repensou o racismo; a do artista visual estadunidense Jean-Michel Basquiat; do também martinicano Aimé Césaire, poeta, dramaturgo, ensaísta e político da negritude; e a do rapper brasileiro Mano Brown. Ela, por sua vez, é inspirada por nomes como os das filósofas e ativistas brasileiras Lélia Gonzalez e Sueli Carneiro, e da cantora e compositora estadunidense Erykah Badu.
Palco
Durante a encenação, Ofélia desafia Hamlet a assumir outro papel. Nesse embate contemporâneo, os personagens têm como questão central a dúvida se todos podem realmente se identificar com o dilema existencialista de Hamlet sobre a dor de estar vivo.
"Fato é que a população negra nem sempre é vista como 'ser' e, talvez, tudo que a gente mais queira seja poder não ser mesmo. Assim, abre-se um mundo de possibilidades. Não queremos nos limitar: por que uma mulher branca pode dizer que é apenas uma mulher e uma mulher negra sempre deve se definir como mulher negra? Da mesma forma, não quero fazer teatro negro, quero fazer teatro. O que quero? Parafraseando Sueli Carneiro, quero ser negro, sem ser somente negro, e tornar-me um ser humano pleno de possibilidades e oportunidades", defende o diretor Eugênio Lima.
Em cena, a estética do audiovisual expandindo conta com a presença constante da música e de uma projeção videográfica dividida em três telas em frequente diálogo com as dramaturgias sonora e textual. O spoken word, a palavra falada, também é trazida ao palco pelos atores Fernando Lufer e Marina Esteves em diferentes momentos do texto.
E essa mescla entre passado, presente e futuro vem com um o visual afro-surrealista, no qual todos os tempos acontecem simultaneamente. Juntos, eles expõem as feridas, evocando ancestralidades e construindo uma nova realidade.
Diretor, dramaturga e elenco
Eugênio Lima é DJ, ator-MC, diretor de teatro e cinema, pesquisador da cultura afro diaspórica, membro fundador do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, da Frente 3 de Fevereiro e do Coletivo Legítima Defesa. Ganhador de inúmeros prêmios, dentre eles: Prêmio Shell de Teatro de Melhor Música 2020, por Terror e Miséria no Terceiro Milênio; Prêmio Governador do Estado 2014, por Antígona Recortada: Contos Que Cantam Sobre Pousos Pássaros; Prêmio Shell de Teatro de melhor Música 2006, por Frátria Amada Brasil: Pequeno Compêndio de Lendas Urbanas; e Prêmio Coca Cola/FEMSA 2004 de Melhor Música, pela peça Acordei que Sonhava.
Dione Carlos Cursou Jornalismo na Universidade Metodista de São Paulo. Formada pela SP Escola de Teatro. Como atriz, trabalhou na Cia do Teatro Promíscuo, com Renato Borghi, e como dramaturga, assina textos como Sete, da Cia Club Noir com direção de Juliana Galdino; e Oriki, Titio e Baquaqua, com a Cia do Pássaro e direção de Dawton Abranches. Publicou Dramaturgias do Front, com a Editora Primata. É artista orientadora do Núcleo de Dramaturgia da Escola Livre de Teatro e dramaturga convidada do Projeto Espetáculo, da Fábrica de Cultura da Brasilândia, com direção de Antonia Mattos.
Fernando Lufer é ator, performer formado pela Escola Livre de Teatro (ELT) e com passagem pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), e Cinema na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Desde 2015, integra o Coletivo Legítima Defesa, com quem encenou peças como Black Brecht – E se Brecht fosse Negro, de 2019, e performances como Em Legítima Defesa, Racismo é Golpe? e Um Rosto à Procura de um Nome, todas dirigidas por Eugênio Lima. No cinema, atuou em produções como o o média-metragem Menarka, por May Manão. Na TV, participou da série da Globoplay As Five, dirigida por José Eduardo Belmonte.
Marina Esteves é atriz, diretora e bailarina, co-fundadora do coletivo O Bonde. Formada pela ELT - Escola Livre de Teatro de Santo André, pesquisa a performatividade dentro das intersecções e recepções de gênero e raça na cena. Entre seus trabalhos recentes, destacam-se Magnólia, solo autoral indicado ao prêmio Shell 2024 na categoria Música; Bom dia, eternidade, dirigido por Luiz Fernando Marques Lubi; Desfazenda - Me enterrem fora desse lugar, por Roberta Estrela d'Alva; e Gota d'água Preta, direção Jé Oliveira. Integra o elenco de A Divina Farsa, da Cia La Mínima com direção de Sandra Corveloni, e a concepção e direção geral de Zebra sem nome, no qual foi indicada ao prêmio de melhor espetáculo infantil pela APCA em 2023.
Ficha técnica:
Idealização: Fernando Lufer
Direção Geral: Eugênio Lima
Concepção: Fernando Lufer e Eugênio Lima
Intérpretes: Fernando Lufer e Marina Esteves
Dramaturgia: Dione Carlos
Intervenção Dramatúrgica: Eugênio Lima e Fernando Lufer
Produção: Umbabarauma Produções Artísticas
Coordenação de Produção: Iramaia Gongora
Assistente de Produção: Thaís Cris
Assistente de Direção: Rafa Penteado
Direção Musical: Eugênio Lima
Figurino: Claudia Schapira
Videografia: Vic Von Poser
Iluminação: Matheus Brant
Direção de Movimento e Preparação Corporal: Luaa Gabanini
Spoken Word: Roberta Estrela D'Alva
Dramaturgismo: Luz Ribeiro
Engenharia de Som: João Souza Neto e Clevinho Souza
Operadora de Iluminação: Letícia Nanni
Operadora de Vídeo: Júlia Fávero
Fotos: Sérgio Silva
Redes Sociais: Jorge Ferreira
Assessoria de Imprensa: Canal Aberto - Marcia Marques, Daniele Valério e Carina Bordalo
Contador: Glauco Zocoler
Costureira: Cleusa Amaro da Silva Barbosa
Apoio: Casa do Povo e Casa Farofa
Realização: Umbabarauma Produções Artísticas
SERVIÇO:
Espetáculo Black Machine
Com: Fernando Lufer e Marina Esteves. Direção Geral: Eugênio Lima. Dramaturgia: Dione Carlos
De 20 de novembro a 14 de dezembro
Quinta-feira a sábados, às 20h, e domingos e feriados às 19h
**No feriado de 20 de novembro (quinta-feira), a sessão é às 19h.
Sala Itaú Cultural (piso térreo)
Capacidade: 224 lugares
Duração: 80 minutos
Classificação Indicativa: Não recomendado para menores de 12 anos
Entrada gratuita. Reservas de ingressos a partir da terça-feira da semana da apresentação, a partir das 12h, na plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br
A GoodStorage, maior empresa de self storage do Brasil, destinou mais de R$1,3 milhão a projetos culturais da cidade de São Paulo por meio do PROMAC – Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais. É a primeira vez que a companhia utiliza o mecanismo de incentivo fiscal, em um esforço para impulsionar o desenvolvimento cultural e social da capital.
Os recursos foram direcionados a três instituições de referência na cena artística paulistana: o Instituto Tomie Ohtake, o Museu da Imagem e do Som – MIS-SP e o Museu de Arte Moderna – MAM-SP. A iniciativa amplia o envolvimento da empresa com ações que estimulam o acesso à arte, à educação e à criatividade como instrumentos de transformação urbana.
"O apoio da GoodStorage a instituições culturais paulistanas também reflete sua visão de cidade. A empresa acredita no fortalecimento dos bairros e na valorização dos espaços de convivência e aprendizado, princípios alinhados ao conceito de cidades de 15 minutos, em que serviços, cultura e lazer estão perto das pessoas. Ao incentivar museus e centros de arte que integram essa rede de vida urbana, a companhia reafirma seu papel no desenvolvimento equilibrado e acessível de São Paulo.", afirma Thiago Cordeiro, CEO e fundador da GoodStorage.
Com a utilização do PROMAC, a GoodStorage passa a integrar o grupo de empresas que direcionam parte de seus impostos para o fomento da cultura paulistana. A iniciativa reforça a presença da companhia em São Paulo e consolida seu compromisso de contribuir de forma estruturada com projetos que geram valor público e fortalecem instituições culturais da cidade.