Exportação de conteúdo cresce 200% e rende US$ 13 mi às editoras brasileiras

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A exportação de conteúdo editorial brasileiro teve um crescimento significativo em 2024. As mais de 70 editoras participantes do Brazilian Publishers, projeto criado em 2008 para a internacionalização do mercado de livros nacional, geraram cerca de US$ 13 milhões em negócios - ou seja, venda de direitos autorais para publicação no exterior e venda de livros.

 

O número representa um crescimento de quase 200% com relação ao ano anterior, quando o valor movimentado foi de US$ 3,67 milhões, e é visto como um marco pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), que realizam o Brazilian Publishers com apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

 

"Os números de 2024 reafirmam o poder da literatura brasileira no exterior e o reconhecimento da qualidade editorial do País. Cada evento é uma oportunidade de fortalecer essa imagem e abrir novas portas para o mercado internacional", disse Sevani Matos, presidente da CBL, em comunicado à imprensa.

 

No ano passado, o Brasil foi à Feira do Livro de Frankfurt, um dos principais eventos onde ocorrem negociações de direitos autorais no mundo, com uma delegação de 28 empresas, resultando em US$ 6,8 milhões em negócios.

 

Outros eventos internacionais importantes foram a Feira do Livro de Gotemburgo e a Feira Internacional do Livro de Sharjah, onde os resultados somados foram de US$ 189.500 em negócios. Já na Feira Internacional do Livro de Guadalajara, os acordos das empresas participantes do Brazilian Publishers geraram US$ 1.701.300.

 

A 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em setembro, também foi importante espaço de negociações. A Jornada Profissional, que ocorreu nos dias anteriores à feira reunindo 70 editoras brasileiras e internacionais, rendeu cerca de US$ 800 mil em negócios fechados para o ano seguinte.

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Um passageiro de um voo da Voepass que seguiria para Florianópolis (SC) agrediu fisicamente um funcionário da companhia aérea e vandalizou o Aeroporto de Pelotas (RS). Segundo a CCR, concessionária que administra o aeroporto, os ataques ocorreram no domingo, após o homem chegar atrasado e ser impedido de embarcar. Ele fugiu antes da polícia chegar.

"Diante da situação, ele reagiu de forma agressiva, atacando fisicamente um colaborador da companhia e causando danos materiais à estrutura do aeroporto", relata a empresa.

O funcionário agredido recebeu atendimento médico e passa bem.

"A equipe do Aeroporto de Pelotas se solidariza com o colaborador da Voepass, e já se colocou à disposição para apoiá-lo no que for necessário, repudiando qualquer tipo de ação violenta, especialmente em situações nas quais os protocolos de segurança estão sendo aplicados", afirma.

A Prefeitura de São Paulo deu início no último sábado, 8, a uma campanha contra o serviço de mototáxi. A peça publicitária tem o depoimento do motoboy Renato Dantas dos Santos, que sofreu um acidente de trânsito e hoje é cadeirante.

"A gente sabe que moto é perigoso", diz ele logo no início. A fala funciona como uma espécie de legenda para as inúmeras imagens de acidentes graves envolvendo motociclistas. Logo depois, matérias publicadas pela imprensa são usadas para ilustrar o argumento.

"O número de mortes por acidentes está crescendo em São Paulo. No ano passado, foi o maior da história: 483 mortes. Por isso a Prefeitura não permite mototáxi por aplicativo. Para não acontecer com você o que aconteceu comigo, ou até mesmo pior", afirma Santos.

A campanha foi ao ar semanas após a Justiça suspender as operações do serviço na cidade e foi mais um dos capítulos da batalha trava desde que a 99 começou operar fora do centro expandido, medida que foi também anunciada logo depois pela Uber. A decisão, publicada no final de janeiro, atendeu ao pedido da Prefeitura, que alegava descumprimento do decreto municipal de 2023 que veda a modalidade, e solicitava aplicação de multa às companhias por desobediência à lei.

As empresas, por sua vez, têm afirmado que a legislação federal e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) amparam o serviço e decidiram iniciar a oferta neste mês, apesar das reclamações e ameaças de fiscalização da gestão Ricardo Nunes (MDB).

Em nota, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa as empresas do setor, contesta o que chama de "análises infundadas" que atribuem aos aplicativos a responsabilidade por eventuais aumentos de acidentes de trânsito por motos.

No texto, a Associação afirma que os cerca de 800 mil motociclistas cadastrados no Brasil nas três maiores empresas do setor (99, iFood e Uber) representam apenas 2,3% da frota nacional de 34,2 milhões de motocicletas, motonetas e ciclomotores, segundo dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatram/2024).

"Diante do baixo percentual de participação dos motociclistas por aplicativos na frota nacional, é equivocado atribuir a este segmento a causalidade pelo eventual aumento de acidentes de trânsito. Vale ressaltar que 53,8% dos motociclistas no Brasil não têm habilitação, totalizando 17,5 milhões de condutores irregulares no país, segundo a Senatran. No caso das associadas da Amobitec, 100% dos condutores têm obrigatoriamente a CNH e a documentação regular de seus veículos."

A Amobitec diz ainda defender políticas públicas aliadas às ações das plataformas para trazer mais segurança ao trânsito. "Um bom exemplo é o caso de Fortaleza (CE), onde houve a expansão da frota de motos em 46% entre 2014 e 2023, enquanto o número de mortes com motos no período caiu 41,8%. A melhoria nos indicadores é resultado de políticas públicas de fiscalização e redução de velocidade, segundo informações da prefeitura municipal."

Demanda do serviço x Risco de acidentes

Especialistas ouvidos pelo Estadão acreditam que a consolidação do mototáxi deve causar mais acidentes. Além disso, veem risco de fuga de passageiros do transporte público, que já enfrenta redução de demanda, e de piora nos congestionamentos, pois parte dos usuários de ônibus vai migrar para as motos.

Por outro lado, os analistas reconhecem a demanda por esse tipo de serviço, sobretudo nas periferias, onde há queixas relativas à cobertura das linhas de ônibus - a Prefeitura diz atender todas as regiões. Uber e 99 decidiram iniciar a oferta do mototáxi fora do centro expandido, justamente a área de maior demanda e onde já existem serviços similares clandestinos.

Um avião de pequeno porte apresentou problemas na manhã desta segunda-feira, 10, e fez um pouso arrastando a "barriga" na pista do Aeroporto de Sorocaba, interior paulista. Não houve feridos e a aeronave será rebocada.

De acordo com a Rede VOA, que administra o aeroporto, a aeronave modelo AC-90, prefixo PT OQY, registrou falha nos trens de pouso, parando na pista de pousos e decolagens. As causas do incidente, no entanto, ainda estão sendo investigadas.

Os bombeiros da empresa, assim como do município, foram acionados e prestaram assistência imediatamente.

Fabricada em 1985 pela fabricante Twin Commander, a aeronave está em nome de propriedade de João Noma. Tem categoria para a realização privada de serviços aéreos privados. Não podendo apenas realizar operações de táxi aéreo. A situação de aeronavegabilidade está normal. Sua capacidade é de até 9 passageiros.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) foi informado para realizar a inspeção e autorizou a remoção cerca de meia hora após o pouso. Não houve pousos e decolagens afetados.

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