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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira, 16, que a aprovação do projeto que isentou os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil do pagamento do Imposto de Renda "foi um milagre" dada a correlação de forças no Congresso, que, segundo ele, "é muito desfavorável".
"Quando aprovamos o (projeto de isenção do) Imposto de Renda, isso foi um milagre. É importante não perder de vista que a correlação de forças no Congresso Nacional é muito desfavorável. Nós da esquerda não temos 140 deputados em 513, não temos 15 senadores em 81. É tudo muito complicado, muito conversado e difícil. Temos muita sorte, porque conseguimos aprovar 99% de tudo que era necessário aprovar, inclusive a reforma tributária que há 40 anos era esperada no País", disse, durante reunião do Conselho de Participação Social, no Palácio do Planalto.
Lula disse que "temos muito para avançar" internamente, mas que "depois da experiência do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e do retrocesso que a democracia sofreu, é importante que a gente coloque na balança as conquistas que tivemos". Afirmou que "se quisermos melhorar mais, vamos ter que votar melhor, eleger gente mais compromissada para que a gente possa fazer isso".
O presidente declarou que a esquerda "não pode ficar alheia" nas discussões eleitorais do ano que vem e que é preciso dialogar com quem não vota em candidatos progressistas.
"A gente não pode ficar alheio e ficar conversando com nós mesmos. É preciso conversar com os outros", afirmou.
Lula voltou a repetir seu mantra sobre economia, de que muito dinheiro na mão de poucos significa pobreza e pouco dinheiro na mão de muitos significa distribuição de renda e "desenvolvimento das camadas sociais". Também defendeu o combate à violência contra a mulher. Disse que essa "é uma questão mais nossa, dos homens, do que das mulheres", que "é preciso purificar a cabeça do homem".
Lula tem uma reunião neste momento no Planalto para discutir a violência de gênero. Disse ter convidado autoridades da República, mas que os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), não irão por causa das sessões legislativas nas duas Casas.
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