Trump assina ordem para combater fraudes e garantir transparência em gastos federais

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A Casa Branca publicou a ordem executiva assinada nesta terça-feira, 25, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o objetivo de "proteger a conta bancária dos EUA contra fraudes, desperdícios e abusos". O texto estabelece medidas para aumentar o controle sobre pagamentos feitos pelo governo federal, que movimentou US$ 33,9 trilhões em receitas e US$ 33,6 trilhões em despesas no ano fiscal de 2024.

A ordem destaca que o Departamento do Tesouro, responsável por gerenciar os pagamentos federais, "carece de controles suficientes para rastrear transações" e identificar irregularidades. Segundo o documento, estimativas do Government Accountability Office (GAO) apontam que o governo perde entre US$ 233 bilhões e US$ 521 bilhões por ano devido a fraudes.

Uma das principais medidas determina a redução dos Non-Treasury Disbursing Offices (NTDOs), órgãos que hoje emitem pagamentos sem passar pelo Tesouro. Essas entidades foram responsáveis por US$ 1,5 trilhão em repasses em 2024, cerca de 22% do total federal. A ordem exige que agências como o Departamento de Defesa e o de Segurança Nacional deleguem ao Tesouro a função de realizar pagamentos, exceto em casos "classificados".

Além disso, o texto prevê a consolidação de sistemas financeiros em um modelo único dentro de 180 dias, visando reduzir "relatórios duplicados, falta de rastreabilidade e riscos operacionais".

A ordem estabelece critérios para evitar pagamentos indevidos, como a confirmação de que os fundos estão disponíveis antes da liberação, a validação de dados do recebedor, a checagem de contas bancárias ativas e não vinculadas a falecidos, e a referência a contratos ou auxílios governamentais no pedido de pagamento.

As agências terão 90 dias para se adequar às novas regras e enviar um plano de conformidade. O Tesouro também deverá apresentar um relatório de progresso em 180 dias. "Promover integridade financeira é essencial para a eficiência do governo e a confiança dos contribuintes", afirma o texto. A ordem ressalta, porém, que as mudanças estão sujeitas à disponibilidade orçamentária e não criam "direitos ou benefícios" judiciais.

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O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou considerar "natural" a margem apertada dada pelo Senado à recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e que o resultado não influenciará na indicação da vaga aberta ao Supremo Tribunal Federal (STF). Pacheco é tido como o nome favorito do Senado para a Corte, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tende a indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias.

"São coisas independentes, são indicações independentes. Uma indicação não depende da outra", declarou Pacheco a jornalistas.

Gonet obteve 45 dos 81 votos na votação feita ontem, 12, para sua recondução. Foram 20 a menos do que conseguiu em 2023, quando obteve 65 votos na aprovação de seu primeiro mandato de PGR. "Nessa questão de margem de votos, é sempre natural que na recondução você tenha menos votos do que na condução original. É algo natural", disse o senador.

Segundo Pacheco, o resultado de Gonet não pode ser visto como um recado ao Palácio do Planalto para a indicação do STF, porque o governo tem tido dificuldades em outros temas, não só indicações. "Essas dificuldades do governo já existem há algum tempo".

Em relação a diversos temas, não só a indicações propriamente. Tivemos sempre margens muito apertadas."

Pacheco ainda aguarda uma conversa com Lula sobre STF. Segundo ele, porém, não há data para a reunião.

Como mostrou a Coluna do Estadão, senadores mandaram um recado a Lula com a votação de Gonet, o de que Messias não seria avalizado. O Planalto, porém, minimizou o placar e insiste no nome do Advogado-Geral da União.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro alfinetou a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) nesta quinta-feira, 13, após a parlamentar comentar sobre os presos do dia 8 de janeiro.

Michelle usou as redes sociais para compartilhar um conteúdo criticando o caso. "Soraya Thronicke, senadora surfista da onda Bolsonaro e atual defensora dos advogados dos investigados na CPMI do INSS, do roubo de aposentados... Agora, na sabatina do Gonet, pede investigação contra os advogados das vítimas do 8 de janeiro. Surreal!!! Sério, não tô acreditando!!!", escreveu Michelle.

Na quarta-feira, 12, durante a sabatina que reconduziu o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao cargo, a senadora sugeriu que os advogados que defendem as pessoas investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de participar de uma tentativa de golpe também deveriam ser investigados.

"Todo mundo que pegou o primeiro ônibus, estava tendo uma excursão de graça, pegou o primeiro ônibus sozinho, não conhecia ninguém. A narrativa se repete com réus de Norte a Sul do país, assistidos por advogados de todos os lugares do Brasil. Parece-me que há alguém ou um conluio por trás deste tipo de comportamento", disse Soraya durante a sabatina.

A parlamentar ainda lamentou o envolvimento de pessoas próximas no caso: "Mas, do jeito que defendo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na CPMI, aqui preciso destacar os profissionais que, na minha observação técnica, impõem um ponto de interrogação enorme".

Na comissão, Paulo Gonet foi aprovado com 45 votos a favor e 26 contra para permanecer à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR) por mais dois anos. Gonet é o responsável por assinar a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) aparece à frente em todos os cenários avaliados para o cargo de governador do Paraná nas eleições de 2026. Os dados do Instituto Paraná Pesquisas, divulgados nesta quinta-feira, 13, mostram que Moro mantém ampla vantagem sobre os demais possíveis candidatos em todos os cenários simulados.

No primeiro cenário, o senador tem 47,5% das intenções de voto, seguido por Requião Filho (PDT-PR), com 28,8%, e Guto Silva (PSD-PR), com 1,8%. Entre os entrevistados, 7,2% não souberam ou não opinaram, enquanto 8,8% declararam voto em branco, nulo ou em nenhum candidato.

Em um segundo cenário, Moro segue na liderança, com 44,2% das intenções de voto. Na sequência aparecem Requião Filho, com 27,5%, e Alexandre Curi (PSD-PR), com 13,8%. Nesse caso, 6,1% dos eleitores não souberam ou não quiseram opinar, e 8,4% afirmaram que votariam em branco, nulo ou em nenhum candidato.

Conforme o levantamento, em eventuais disputas de segundo turno, o senador Sérgio Moro venceria todos os adversários com mais de 50% das intenções de voto.

A pesquisa também avaliou a popularidade do atual governador Ratinho Junior (PSD). Segundo o levantamento, 84,3% dos entrevistados aprovam sua gestão, enquanto 12,5% a desaprovam. Outros 3,2% não souberam ou não opinaram.

Além disso, 38,5% dos eleitores paranaenses afirmaram que o atual governador deveria apoiar Sérgio Moro nas próximas eleições.

O levantamento ouviu 1.508 eleitores em 65 municípios do Paraná, entre os dias 7 e 11 de novembro de 2025. A amostra tem nível de confiança de 95% e margem de erro de aproximadamente 2,6 pontos percentuais, segundo o instituto.