Sinner arrasa De Minaur e encara americano na semifinal do Aberto da Austrália

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Depois de uma maratona nas oitavas de final, Jannik Sinner acelerou nesta quarta-feira e garantiu sua vaga na semifinal do Aberto da Austrália com uma vitória rápida sobre o local Alex de Minaur por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/2 e 6/1, em apenas 1h48min, em Melbourne. Sinner enfrentará agora o americano Ben Shelton, que eliminou Lorenzo Sonego, o algoz do brasileiro João Fonseca na segunda rodada.

O resultado marcou a 19ª vitória consecutiva de Sinner no circuito. O italiano de 23 anos não perde desde o início de outubro. E vem de três títulos seguidos, um deles com a equipe do seu país na Copa Davis. Na sexta-feira, disputará uma semifinal de Grand Slam pela quinta vez na carreira.

A partida desta quarta mais a mais rápida do número 1 do mundo nesta edição do primeiro Grand Slam da temporada. Quase impecável, Sinner dominou o tenista da casa desde os primeiros games e esbanjou qualidade e eficiência em seu arsenal de golpes. Com a vitória, ele ficou mais perto do bicampeonato.

O confronto das quartas de final contrastou com a batalha que fez com o dinamarquês Holger Rune nas oitavas. A partida, a mais longa de Sinner na competição, com 3h13min de duração, foi marcada por um atendimento médico e um momento de mal-estar do italiano, que sofreu com o calor e assustou os fãs ao exibir uma tremedeira em suas mãos. Ele evitou comentar sobre o assunto na entrevista coletiva pós-jogo.

Sem questões físicas, Sinner conquistou sua 10ª vitória sobre De Minaur - o número oito do mundo nunca venceu o italiano no circuito. Mesmo longe de exibir suas melhores performances no saque, o favorito não perdeu o serviço em nenhum momento do duelo e precisou salvar apenas um break point. Ao mesmo tempo, ele impôs pressão no mesmo fundamento do adversário. Foram cinco quebras em oito chances.

O líder do ranking registrou ainda 27 bolas vencedoras, contra 10 do australiano. E cometeu apenas 19 erros não forçados, diante de 26 do australiano, que fez sua melhor campanha em um Grand Slam na carreira.

Na semifinal, Sinner enfrentará Ben Shelton, número 20 do mundo. Em sua melhor campanha numa edição do Aberto da Austrália, o americano avançou na chave ao derrotar o italiano Lorenzo Sonego por 3 sets a 1, com parciais de 6/4, 7/5, 4/6 e 7/6 (7/4). Com a vitória, ele igualou sua melhor campanha num Grand Slam, já que havia alcançado a semifinal do US Open em 2023.

SWIATEK ARRASA AMERICANA

Atual número dois do mundo, a polonesa Iga Swiatek arrasou mais uma rival nesta quarta. Ainda em busca do seu primeiro título em Melbourne, a ex-líder do ranking superou a americana Emma Navarro, oitava colocada do ranking, por 2 a 0, com parciais de 6/1 e 6/2. Swiatek ainda não perdeu sets nesta edição do Aberto da Austrália.

Com o resultado, Swiatek igualou sua melhor campanha na competição. Em 2022, ela alcançou a semifinal pela primeira vez. Em busca da vaga na final, ela enfrentará a americana Madison Keys, 14ª do mundo, que superou nesta quarta a ucraniana Elina Svitolina por 3/6, 6/3 e 6/4.

Será o sexto confronto entre elas, com domínio da tenista polonesa. Swiatek venceu quatro das cinco partidas anteriores. Se vencer mais uma e alcançar a final, poderá vir a decidir o título e também a liderança do ranking com a atual número 1, a belarussa Aryna Sabalenka, já garantida na semifinal, contra a espanhola Paula Badosa.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.