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A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta terça-feira, 29, mandados de busca e apreensão contra um suposto esquema de desvios de R$ 15 milhões em emendas parlamentares por associação de eventos estudantis de esportes digitais. Por ordem do Supremo Tribunal Federal, a Operação Korbann realizou buscas em 16 endereços no Acre, Paraná, Goiás e Distrito Federal, resultando no bloqueio patrimonial de R$ 25 milhões.

 

A PF apura uma associação do Distrito Federal que teve acesso a financiamentos por meio de editais de fomento do Ministério do Esporte, financiado por emendas parlamentares, para a realização de jogos estudantis de esportes digitais entre 2023 e 2024.

 

Segundo os investigadores, há indícios de irregularidades no repasse de R$ 15 milhões por meio de editais de fomento do Ministério do Esporte, financiados por emendas. A Operação Korbann tem o apoio da Controladoria-Geral da União.

 

A ordem judicial prevê o sequestro de bens, como veículos e imóveis, além do bloqueio de contas bancárias das empresas investigadas. A associação também está impedida de receber novos repasses federais e está proibida de transferir valores às empresas subcontratadas no âmbito dos termos de fomento analisados.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu, em discurso proferido nesta segunda-feira, 28, defendeu a decisão do Supremo de ampliar as responsabilidades das plataformas digitais sobre o conteúdo produzido por terceiros. No discurso, que ocorreu no International Society of Public Law (Icon.S), em Brasília, o ministro também afirmou que "mentir não pode ser uma estratégia política". A declaração ocorre em meio a escalada de atritos entre o STF e o governo dos EUA.

 

Para o magistrado, a regulação adotada pelo STF foi "equilibrada, moderna não prejudica o modelo de negócios das plataformas digitais". Ele reconhece que há questionamentos sobre o papel da Corte em estabelecer as diretrizes, mas se defende: "esperamos bastante tempo para ver se o Congresso legislaria sobre o tema, o que nunca aconteceu. Então tivemos que decidir".

 

O julgamento, que foi finalizado no STF em 27 de junho, definiu que as big techs têm responsabilidade pelo conteúdo publicado por usuários na internet. Ficou definido, como regra geral, que as empresas respondem por crimes ou atos ilícitos e por contas falsas se não removerem esses conteúdos após notificação privada (extrajudicial).

 

Provocação com slogan de Trump

 

Durante o evento, Barroso afirmou que "devemos fazer mentir ser errado de novo". A fala, enunciada em inglês (we should make lying wrong again), é uma referência ao lema do presidente estadunidense Donald Trump: "Make America Great Again (Faça América Grande de Novo)".

 

Após a Corte impor medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), oito dos 11 ministros tiveram seus vistos revogados pelo governo americano, o que os impede de acessar os Estados Unidos.

 

Antes de aplicar sanções individuais contra os ministros, o líder dos EUA já tinha demonstrado descontentamento com decisões do STF. Na carta que comunicou a taxação de 50% sobre os produtos nacionais, Donald Trump definiu como "ordens de censura secretas e ilegais" os pedidos da Corte para remoção de conteúdo em redes sociais.

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid deve apresentar nesta terça-feira, 29, suas alegações finais na ação penal do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Cid é réu do "núcleo crucial" da trama golpista. O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou um acordo de colaboração com a Justiça e, por essa razão, será o primeiro a apresentar suas alegações finais. O militar é representado pelo criminalista Cezar Bitencourt.

 

Após a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) em 14 de julho, Moraes deu um prazo de 15 dias para que a defesa do tenente-coronel se manifestasse. Após a apresentação das alegações finais de Cid, o mesmo prazo será aberto para as defesas dos outros sete réus do "núcleo crucial" da tentativa de golpe, entre os quais Jair Bolsonaro.

 

Após a apresentação das alegações finais de todas as partes, o processo está pronto para ir a julgamento, embora não haja prazo específico para essa remessa, que cabe ao relator da ação penal, Alexandre de Moraes.

 

Segundo a acusação, Mauro Cid intermediou contatos e ações entre os núcleos da organização criminosa. Em suas alegações finais, a PGR afirmou que, embora a colaboração do militar tenha sido útil à investigação, a Polícia Federal elucidou de forma "espontânea" boa parte dos fatos narrados na denúncia.

 

Além disso, Cid descumpriu os termos de seu acordo com a Justiça, omitindo fatos e informando terceiros sobre as diligências. A Procuradoria defendeu que, ao invés do perdão judicial pleiteado pela defesa do militar, o "prêmio" de Cid seja a redução em 1/3 da pena dosada pelos magistrados.

 

"Ao lado dos benefícios trazidos à instrução processual, o comportamento do colaborador igualmente ensejou prejuízos relevantes ao interesse público e à higidez da jurisdição penal, exigindo criteriosa ponderação quanto à concessão das benesses previstas em lei", defendeu o parecer assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.

 

Com a incidência do "prêmio" pelo acordo de colaboração, a PGR pede a condenação de Cid por organização criminosa armada, abolição do Estado de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

 

A denúncia da PGR sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 foi fatiada em núcleos. Dos 31 réus no STF pela tentativa de ruptura institucional, oito integram o "núcleo crucial". Segundo a PGR, "deles partiram as principais decisões" da trama golpista. Os réus do núcleo detinham posições de comando na época dos fatos investigados.

 

Além de Bolsonaro e Mauro Cid, são réus do "núcleo crucial" Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional), Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa).

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta segunda-feira, 28, que a comitiva do Senado que viajou rumo aos EUA para negociar a sobretaxa de 50% imposta aos produtos nacionais não terá sucesso em sua empreitada e que ele irá atrapalhar o processo. "Eu trabalho para que eles não encontrem diálogo", disse em entrevista ao SBT News.

 

Composta por oito senadores de diferentes partidos, a delegação começou nesta segunda seus trabalhos nos EUA e se reuniu com representantes do setor privado na capital do país. O grupo também tenta se encontrar com autoridades do governo americano com o objetivo de atrasar ou reverter a taxação de produtos nacionais.

 

Eduardo, no entanto, disse que o grupo não deve encontrar nenhum representante de alto escalão da Casa Branca e que a missão "está fadada ao fracasso".

 

Para o deputado, as negociações para evitar o tarifaço não podem ser apenas econômicas. "O problema é uma crise institucional, é um problema dentro do Judiciário, é um problema político e não meramente econômico. Se o Brasil der um primeiro passo para mostrar que está disposto a resolver essa situação, o Trump abre uma mesa de negociação", afirmou.

 

"Eles (comitiva de senadores), vindo com essa visão estritamente comercial da coisa (tarifaço) - quando o Trump já deixou claro em declarações, post nas redes sociais e até mesmo em uma carta que o problema não é estritamente comercial, mas sim institucional - dão esperança a essas autoridades, principalmente do Judiciário, de que existe meio termo", disse o deputado.

 

O deputado defende o uso taxas como ferramenta para pressionar o Congresso Nacional a conceder anistia pelos condenados por tentativa de golpe de Estado, incluindo seu pai.

 

Na carta que comunicou o tarifaço, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que "o modo como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado no mundo, é uma desgraça internacional" e pediu o fim do julgamento que investiga a participação de Bolsonaro na trama golpista. O filho do ex-presidente teria participado da reunião em que o tarifaço foi debatido.

 

Para Eduardo, a missão do Senado deve "prolongar o sacrifício dos brasileiros" ao não oferecer proposta de anistia. O deputado também disse que as tarifas não devem ser adiada, uma vez que "o Brasil tem sido ineficiente em dar a resposta" exigida pelo presidente dos Estados Unidos.

A maioria dos brasileiros não acredita que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, será capaz de reverter a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em 7 de julho, Trump criticou os processos na Justiça brasileira contra Bolsonaro, chamando-os de "caça às bruxas". Dois dias depois, citando a situação jurídica do aliado, anunciou uma tarifa de 50% aos produtos do Brasil nos Estados Unidos.

 

Para 59% dos entrevistados pela Genial/Quaest, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira, 28, a investida do republicano não reverterá o quadro jurídico de Bolsonaro, enquanto 31%, acreditam que sim. São 10% os que não sabem ou não responderam.

 

A Genial/Quaest realizou 2.004 entrevistas entre os dias 10 e 13 de julho. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%.

 

Bolsonaro acumula duas penas de inelegibilidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e não pode concorrer a cargos eletivos até 2030. Além disso, é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentar um golpe de Estado após as eleições de 2022.

 

A avaliação do impacto de Trump no quadro jurídico de Bolsonaro acompanha o voto do entrevistado no segundo turno da eleição presidencial de 2022. Entre os que votaram em Lula, 69% acham que Trump não reverterá a inelegibilidade do aliado, enquanto 23% dizem que sim e 8% não responderam.

 

Entre os que votaram em Bolsonaro, 46% acreditam que a investida do americano surtirá efeito, enquanto 45% dizem que não e 9% não responderam.

 

Já entre os que votaram branco ou nulo ou não foram votar, 59% descreditam a investida de Trump, enquanto 27% avaliam que o tarifaço pode mudar a situação de Bolsonaro e 14% não responderam.

 

A avaliação do tarifaço de Trump também muda conforme os recortes de posicionamento político do entrevistado. Entre os que se consideram petistas, 67% dizem que o tarifaço não ajudará Bolsonaro; entre quem se considera de esquerda, o índice chega a 80%.

 

Entre bolsonaristas, 52% acreditam que as tarifas de Trump ajudarão o ex-presidente; entre os que se consideram de direita, o índice é de 40%.

 

Bolsonaro está inelegível até quando?

 

Em junho de 2023, o TSE condenou Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação pela reunião com embaixadores em julho de 2022. Na ocasião, o então presidente atacou, sem apresentar provas, as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral do País.

 

Três meses depois, em outubro de 2023, o ex-chefe do Executivo foi condenado pelo TSE mais uma vez, por abuso de poder político durante o feriado de Dia da Independência em 2022. Os ministros da Corte eleitoral concluíram que ele usou a data cívica para fazer campanha.

 

No mês seguinte, o ministro Benedito Gonçalves, do TSE, impôs mais uma condenação a Bolsonaro por abuso de poder durante o Sete de Setembro. Em junho de 2024, o ministro Raul Araújo anulou essa decisão, permanecendo as demais condenações.

 

Bolsonaro acumula duas penas por inelegibilidade, mas não há soma no tempo das condenações. O prazo da inelegibilidade do presidente segue até 2030, oito anos após 2022.

 

Além das condenações na esfera eleitoral, o ex-presidente é réu no STF por tentar um golpe de Estado após as eleições de 2022. Bolsonaro aguarda a abertura do prazo para apresentar as alegações finais no processo. Segundo a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro foi "o principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito".

 

"No exercício do cargo mais elevado da República, instrumentalizou o aparato estatal e operou, de forma dolosa, esquema persistente de ataque às instituições públicas e ao processo sucessório", afirma o procurador Paulo Gonet no parecer que pediu a condenação de Bolsonaro e outros sete réus do "núcleo crucial" da trama golpista. O ex-presidente nega.

O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou na última sexta-feira, 25, que o ex-procurador da República Deltan Dallagnol, que foi coordenador da extinta Operação Lava Jato, pague em até 15 dias a indenização de R$ 135,4 mil ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por danos morais pela divulgação do PowerPoint para ilustrar a denúncia do tríplex no Guarujá, em 2016.

 

O valor havia sido fixado em R$ 75 mil pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2022, mas foi atualizado com a correção monetária e a aplicação de juros. Segundo a ordem de cumprimento da sentença, expedida pelo juiz Carlo Brito Melfi, caso Dallagnol não cumpra o prazo de pagamento, pode receber uma multa de 10%, além de honorários advocatícios de 10%.

 

O caso não cabe mais recurso, já que o último apresentado foi rejeitado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em junho do ano passado. No entanto, Dallagnol pode ainda questionar a correção do valor da indenização. O Estadão procurou o ex-procurador para comentar sobre o caso, mas ainda não obteve retorno.

 

Na época, Dallagnol afirmou que o STF está em "lua de mel" com o governo. "Não há nada mais tirânico e perigoso para o Estado de Direito e para a democracia do que um Judiciário que decide politicamente, punindo inimigos e beneficiando aliados", disse em nota.

 

Ao decidir pela condenação, concluíram que houve "excesso" no detalhamento da denúncia à imprensa e que o ex-procurador ofendeu a honra e a reputação do petista.

 

Em 2016, Deltan Dallagnol participou de uma entrevista coletiva para o esclarecimento da denúncia relativa ao caso do tríplex do Guarujá. Na coletiva, o ex-procurador utilizou uma imagem criada no PowerPoint para apontar Lula como "maestro" e "comandante" do esquema criminoso investigado na Lava Jato.

 

De acordo com os advogados de Lula, Dallagnol feriu direitos de personalidade do petista em rede nacional de televisão, exercendo um juízo de culpa mesmo antes do início da ação penal, além de trazer acusações que nem sequer faziam parte da denúncia. Ainda segundo eles, a entrevista coletiva foi replicada na mídia brasileira e internacional, ampliando a dimensão do dano à imagem do presidente.

 

O caso do tríplex levou à primeira condenação de Lula na Operação Lava Jato, imposta pelo então juiz Sérgio Moro, com pena inicial de nove anos e seis meses de prisão, pena reduzida para 8 anos, 10 meses e 20 dias. Após ficar 580 dias preso, o petista foi beneficiado por uma decisão do Supremo que reconheceu nulidades e extinguiu as ações contra ele.

 

Em abril de 2021, o STF declarou a suspeição do ex-juiz federal Sérgio Moro ao condenar Lula na ação do triplex do Guarujá. Os ministros votaram pelo entendimento de que Moro foi parcial no caso enquanto atuava como juiz na 13.ª Vara Federal de Curitiba.

O mercado financeiro voltou a revisar para baixo a projeção da inflação em 2025, segundo boletim Focus divulgado pelo Banco Central em 25 de julho. A expectativa para o IPCA — Índice de Preços ao Consumidor Amplo — passou de 5,10% para 5,09%, marcando a quinta queda consecutiva. Para 2026, a estimativa também cedeu levemente, ficando em 4,44%.

A redução gradual no índice indica maior confiança no controle inflacionário, ainda que a taxa projetada para este ano continue acima do centro da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em contrapartida, as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 se mantêm estáveis em 2,23% nas últimas quatro semanas, sugerindo uma expectativa de continuidade no ritmo moderado de crescimento econômico. Para 2026, o mercado também projeta um avanço tímido, com crescimento de 1,89%.

Os dados reforçam o cenário de desaceleração da inflação, embora ainda pressionada por fatores como preços administrados e serviços, enquanto o PIB aponta para uma expansão comedida diante das incertezas fiscais e do ambiente global.

O Boletim Focus é publicado semanalmente pelo Banco Central com base nas projeções de mais de 100 instituições financeiras.

A intenção de consumo das famílias brasileiras registrou um leve crescimento em julho de 2025, alcançando 103,2 pontos, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O avanço de 0,6% em relação ao mês anterior representa uma reversão da tendência de estabilidade observada nos últimos meses e recoloca o índice acima da linha de satisfação, que é de 100 pontos.

De acordo com a CNC, o aumento foi impulsionado principalmente pelas mulheres, que demonstraram maior otimismo com o cenário atual e as perspectivas para os próximos meses. Entre os componentes do Índice de Confiança do Consumidor (ICF), os indicadores que mais contribuíram para o resultado foram “Emprego Atual” (125,4 pontos), “Renda Atual” (122,7) e “Perspectiva Profissional” (116,2), todos situados acima da linha de satisfação.

No entanto, nem todos os subitens seguem essa trajetória positiva. “Acesso ao Crédito” (97,7), “Consumo Atual” (91,7) e, principalmente, “Momento para Duráveis” (64,6) ainda refletem um sentimento de cautela por parte dos consumidores, especialmente em relação a compras de maior valor.

A recuperação, embora modesta, é significativa diante do contexto macroeconômico, marcado por juros elevados e incertezas sobre o comportamento do consumo. Segundo a CNC, manter o mercado de trabalho aquecido e o controle da inflação são fatores cruciais para que o índice continue em trajetória de alta.

O ICF vai de 0 a 200 pontos. Acima de 100, indica uma percepção positiva; abaixo disso, reflete insatisfação com o momento econômico. O levantamento é mensal e serve como termômetro do humor das famílias em relação às condições de consumo no país.

A Boeing teve prejuízo líquido de US$ 612 milhões no segundo trimestre de 2025, representando menos da metade da perda de US$ 1,44 bilhão apurada em igual período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta terça-feira, 29. Com ajustes, a fabricante de aviões americana apresentou prejuízo por ação de US$ 1,24 entre abril e junho, menor do que perda de US$ 1,40 prevista por analistas consultados pela FactSet.

 

A receita da Boeing mostrou expansão anual de 35% no trimestre, a US$ 22,75 bilhões, ficando um pouco acima do consenso da FactSet, de US$ 22,12 bilhões.

 

Já o fluxo de caixa livre (FCL) da empresa estava negativo em US$ 200 milhões no fim de junho, enquanto as encomendas acumuladas somavam US$ 619 bilhões, incluindo mais de 5.900 aviões comerciais.

 

Às 8h45 (de Brasília), a ação da Boeing subia 2,4% no pré-mercado de Nova York.

O real segue pressionado na manhã desta terça-feira, 29, pela valorização quase generalizada do dólar no exterior. Isso ocorre em meio à retomada das negociações comerciais entre EUA e China e sem avanços nas tratativas com o Brasil sobre a imposição de uma tarifa de 50% sobre as importações americanas a partir desta sexta-feira, 1º de agosto.

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou mais cedo que a data de entrada em vigor das tarifas de 50% impostas pelos EUA não é o ponto central e destacou que o prazo pode ser alterado ou revertido por meio de negociação.

 

O governo brasileiro tenta negociar a exclusão de itens sensíveis, como alimentos e aeronaves da Embraer, que utiliza peças americanas e tem forte presença no mercado dos EUA. O vice-presidente Geraldo Alckmin lidera as conversas com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick.

 

Com receio de inadimplência de exportadores devido ao tarifaço dos EUA, bancos brasileiros solicitaram ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, mais leilões de reservas internacionais em 2025. A medida visa garantir acesso a dólares e oferecer fôlego para renegociações de crédito. O BC e a Febraban não comentaram, enquanto o Ministério da Fazenda expressou preocupação com os impactos cambiais de possíveis leilões, apurou a Folha de S.Paulo.

 

Sem indicadores locais relevantes, as atenções ficam em outra entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, às 15 horas à CNN Brasil. Há expectativas também pelas divulgações na quarta-feira (30) das decisões de juros do Copom e do Federal Reserve, cujas reuniões começam nesta terça-feira. O consenso dos analistas aponta para possível manutenção dos juros pelos dois bancos centrais em meio a incertezas sobre o impacto das tarifas na inflação e economia global.

 

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 2 pontos na passagem de junho para julho, a 94,8 pontos, a maior queda do ano, segundo a FGV. Na média móvel trimestral, o índice recuou 1,1 ponto, atingindo 96,8 pontos.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta segunda-feira, 28, que houve determinação para que 22 distribuidoras de energia de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul mantenham plano de contingência atualizado para atendimento emergencial.

 

O regulador cita, como motivo, o alerta climático previsto para os próximos dias nesses Estados. "O objetivo é mobilizar a infraestrutura e evitar eventuais interrupções no fornecimento de energia", disse a agência em nota. Os planos para eventuais casos de emergências devem conter, no mínimo, esquemas de mobilização adicionais de equipes treinadas e "procedimentos de interlocução" com órgãos como Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.

 

O diretor-geral do órgão, Sandoval Feitosa, lembra que, nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado eventos climáticos cada vez mais extremos, "que colocam à prova a resiliência do sistema elétrico".

 

Sobre os planos de contingências, caso as distribuidoras e permissionárias ignorem o pedido, haverá possibilidade de processo de fiscalização e eventuais sanções.

 

Leilão

 

A diretoria da Aneel incluiu na pauta da reunião desta terça, 29, do órgão um processo que trata dos efeitos do leilão dos passivos do risco hidrológico (GSF, na sigla em inglês), marcado para sexta-feira, 1º.

 

De acordo com a pauta do encontro, o processo relatado pela diretora Agnes da Costa tratará do direito aos descontos das tarifas de transmissão e distribuição (TUST/TUSD) das usinas que obtiverem extensão de outorgas e do período limite para a prorrogação.

 

A proposta do leilão é que Pequenas Centrais Hidrelétrica (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) com débitos em aberto no Mercado de Curto Prazo (MCP) de energia, em função de liminares - e que chegam a R$ 1,1 bilhão -, possam negociar esses títulos com grandes hidrelétricas. Para isso, porém, deverão desistir de ações judiciais. Já as grandes hidrelétricas poderão trocar os títulos adquiridos em extensão da concessão das usinas.

 

Para a sócia do FAS Advogados especializada em energia, Elise Calixto, a deliberação da Aneel "é digna de reconhecimento e será decisiva para conferir segurança jurídica aos agentes interessados no certame". (COLABOROU LUDMYLLA ROCHA)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), ficou em 0,33% no mês de julho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma leve aceleração em relação a junho (0,26%) e também supera o índice de julho de 2024 (0,30%). No acumulado de 12 meses, a alta de preços soma 5,30%.

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco registraram alta em julho, com destaque para habitação, que subiu 0,98%, e transportes, com variação positiva de 0,67%. Esses dois grupos foram os principais responsáveis por impulsionar o índice no mês.

Também apresentaram avanço os grupos despesas pessoais (0,25%), saúde e cuidados pessoais (0,21%) e comunicação (0,11%). Já os preços de educação se mantiveram estáveis, com variação zero.

Por outro lado, quatro grupos registraram deflação: vestuário (-0,10%), alimentação e bebidas (-0,06%) e artigos de residência (-0,02%). A queda no grupo alimentação, embora modesta, contribui para aliviar parte da pressão inflacionária sobre o consumo das famílias.

Apesar da alta na prévia de julho, o índice segue dentro da faixa de tolerância da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% com intervalo de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

O resultado de julho reforça a leitura de que a inflação continua sob controle, embora com pressões setoriais específicas. O Banco Central deve observar os dados com atenção em suas próximas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.

 
 
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A Copa do Brasil 2025 entra em sua fase decisiva com os jogos de ida das oitavas de final a partir desta segunda-feira (29). Ao todo, oito confrontos movimentam o meio da semana, com destaque para o clássico paulista entre Corinthians e Palmeiras, na quarta-feira (30), às 21h30, na Neo Química Arena.

A rodada começa com Botafogo x Bragantino, que se enfrentam no Engenhão às 19h desta segunda-feira. Já na quarta, a agenda está recheada: CSA recebe o Vasco no Rei Pelé às 19h; o Bahia encara o Retrô às 19h30 na Arena Fonte Nova; o Cruzeiro enfrenta o CRB no Mineirão no mesmo horário; e dois duelos fecham a noite às 21h30 — além do dérbi paulista, o Internacional recebe o Fluminense no Beira-Rio.

Na quinta-feira (31), outros dois jogos encerram a rodada de ida. O São Paulo enfrenta o Athletico-PR às 19h30, no Morumbis, enquanto o Flamengo encara o Atlético-MG no Maracanã, às 21h30, em mais um grande duelo entre campeões nacionais.

A competição, uma das mais democráticas e valiosas do calendário brasileiro, oferece vaga direta na próxima edição da Copa Libertadores da América e premiações milionárias a cada fase avançada.

Com confrontos equilibrados e presença de clubes das Séries A, B e C, as oitavas de final prometem emoção e surpresas. Os jogos de volta estão previstos para acontecer a partir da segunda semana de agosto.

O diário As, da Espanha, publicou uma reportagem dizendo que os times brasileiros que disputaram o Mundial de Clubes da Fifa estão pagando um "custo esportivo" após o torneio. Ou seja, para o jornal, jogadores de Flamengo, Palmeiras, Botafogo e Fluminense entraram em uma vitrine internacional, chamando a atenção de clubes do exterior.

 

O jornal espanhol menciona as mudanças que essas equipes brasileiras sofreram nos elencos, destacando as saídas de atletas, como a ida de Richard Ríos para o Benfica e a transferência de John Arias para o Wolverhampton.

 

"O mundo descobriu que também há estrelas competindo fora da Europa. Os clubes europeus notaram isso, identificando um mercado atraente para seus interesses entre os jogadores brasileiros. Desde a Copa do Mundo de Clubes, nenhum dos times mencionados conseguiu manter todas as suas estrelas", afirma o periódico.

 

O Estadão mostra os valores de vendas e contratações dos times brasileiros após a disputa do Mundial de Clubes, comparando os números envolvidos nas chegadas e saídas dos atletas das equipes.

 

O Palmeiras acertou a venda de Richard Ríos ao Benfica por R$ 194 milhões, sendo que R$ 135,8 milhões ficaram com o clube paulista. Após o Mundial, o Palmeiras também teve a chegada de um jogador. Ramón Sosa, do Nottingham Forest, foi contratado por cerca de R$ 89,5 milhões.

 

Já o Flamengo teve mais mudanças no plantel. O Zenit pagou a multa rescisória de Gerson e levou o meio-campista por R$ 160 milhões. O lateral Wesley foi contratado pela Roma por R$ 161,4 milhões fixos, além de R$ 32,2 milhões em bônus.

 

Por outro lado, o clube carioca tem investido pesado nesta janela de transferências. O Flamengo pagou ao Milan R$ 58 milhões por parte dos direitos econômicos de Emerson Royal. Já a negociação de Saúl Ñíguez foi fechada por aproximadamente R$ 57 milhões. Samuel Lino, por sua vez, tornou-se a contratação mais cara da história do Flamengo, que desembolsou R$ 143 milhões pelo atleta, mais bônus por metas. O clube ainda pagará R$ 77 milhões ao Dínamo de Moscou por Jorge Carrascal.

 

Com os quatro reforços, o Flamengo pode investir aproximadamente R$ 335 milhões, encorpando o elenco comandado por Filipe Luís.

 

Quem também teve mudanças na equipe foi o Botafogo. Depois do Mundial, o clube acertou as saídas de Igor Jesus e Jair para o Nottingham Forest. O atacante foi negociado por R$ 128,8 milhões, enquanto o valor do zagueiro foi de R$ 76,6 milhões. O meio-campista Gregore se transferiu para o Al-Rayyan, que pagou a multa rescisória de R$ 38,9 milhões.

 

Para repor a saída do volante, o Botafogo fechou com Danilo, do Nottingham Forest. O time carioca pagou R$ 142,7 milhões, na contratação mais cara da história do clube.

 

Já o Fluminense perdeu o grande destaque da equipe no Mundial. John Arias foi vendido para o Wolverhampton, com a operação total na casa de R$ 142 milhões. O Fluminense busca no mercado um substituto para o colombiano.

A 17ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025 foi marcada por equilíbrio, gols decisivos e mudanças importantes na parte de cima da tabela. O Flamengo confirmou o favoritismo diante do Atlético-MG e venceu por 1 a 0 no Maracanã, chegando aos 36 pontos e mantendo a liderança da Série A. A equipe carioca soma agora 11 vitórias em 16 jogos e tem o melhor ataque da competição, com 30 gols marcados.

Na vice-liderança, o Cruzeiro também fez seu dever de casa ao bater o Ceará por 1 a 0 no Mineirão, chegando a 34 pontos e mantendo a perseguição ao líder. O Palmeiras, por sua vez, venceu o Grêmio por 1 a 0 no Allianz Parque e aparece em terceiro lugar, com 32 pontos.

A grande surpresa da rodada foi o Bahia, que goleou o Juventude por 3 a 0 na Arena Fonte Nova e entrou no G-4, ultrapassando o Bragantino, que foi derrotado pelo Fortaleza por 3 a 1 fora de casa. O time baiano soma 28 pontos, mesma pontuação do Mirassol, mas com melhor saldo de gols.

Na parte inferior da tabela, o Sport segue em situação crítica: empatou por 2 a 2 com o Santos na Ilha do Retiro e permanece na lanterna com apenas 5 pontos. Juventude, Fortaleza e Santos completam a zona de rebaixamento. O Juventude, com 11 pontos, tem a pior defesa do campeonato, com 32 gols sofridos.

Outros destaques da rodada incluem o empate entre Internacional e Vasco no Beira-Rio (1 a 1) e a vitória do São Paulo por 3 a 1 sobre o Fluminense no Morumbi, resultado que recoloca o tricolor paulista na parte superior da tabela.

Com apenas duas rodadas restantes para o fim do primeiro turno, a disputa pela liderança e pela fuga do Z-4 promete fortes emoções nas próximas semanas.

Ausente do treino do Liverpool desta terça-feira, o goleiro Alisson pediu dispensa da pré-temporada que o clube inglês vem realizando na Ásia. O jogador alegou "problemas pessoais" e foi liberado pela diretoria.

 

O atleta deve retornar à Inglaterra imediatamente e ficou acertado que ele será reintegrado ao elenco quando o conjunto vermelho iniciar as competições oficiais. As informações são do jornal The Athletic.

 

O time comandado pelo treinador Arne Slot entra em campo para enfrentar o Yokohama Marinos nesta quarta-feira. A partida serve como parte da preparação programada pela comissão técnica do Liverpool.

 

Diante do inesperado desfalque, Giorgi Mamardashvili, de 24 anos, vai ser o titular no gol para o confronto diante dos japoneses. O treino desta terça-feira foi realizado no Dream Field, em Tóquio.

 

Alison foi a terceira baixa do elenco nesta pré-temporada. Com lesão no tendão de Aquiles, o zagueiro Joe Gomez retornou para dar sequência ao tratamento. Prestes a ser contratado pelo Bayern de Munique, o atacante Luís Diaz também não seguiu com o grupo.

A Ásia se consolidou como um destino estratégico para os grandes clubes europeus que buscam expandir sua presença global e fortalecer suas marcas. Mesmo sem a participação no Mundial de Clubes em 2025, times como Liverpool, Arsenal, Milan e Barcelona intensificam suas turnês de pré-temporada na região.

 

O continente asiático representa um mercado em franca expansão para o futebol do velho continente, com milhões de torcedores acompanhando as tradicionais agremiações pelas redes sociais, comprando produtos oficiais e assistindo aos jogos pela TV e plataformas digitais. Os amistosos permitem que os times se conectem diretamente com esse público, ampliando o reconhecimento da marca e gerando receita.

 

Um estudo publicado em 2025 na revista Humanities and Social Sciences Communications analisou o comportamento do público da liga chinesa em plataformas como Tencent Sports e Weibo. A pesquisa indicou que vídeos com momentos emocionantes e imprevisíveis, como jogos com cartões vermelhos, placares elásticos ou resultados surpreendentes, geram picos de audiência. O levantamento reforça a importância da produção de conteúdo esportivo sob demanda e do investimento em experiências digitais no futebol profissional.

 

Em entrevistas recentes, o CEO do Liverpool FC, Billy Hogan, enfatizou a importância da região asiática para o clube, destacando o engajamento de milhões de fãs nas redes sociais e a realização de atividades comerciais e comunitárias durante a turnê de pré-temporada de 2025.

 

Ele mencionou que a Ásia é uma região crucial para o clube, não apenas comercialmente, mas também devido à base de fãs leal na região. Hogan afirmou. "Estamos aqui para construir conexões significativas, especialmente para os fãs que talvez nunca tenham a chance de visitar Anfield".

 

Segundo o Arsenal, a presença de patrocinadores asiáticos, como Emirates e empresas locais de tecnologia, viabiliza toda a logística da viagem.

 

De acordo com portal do Barcelona do Japão (FC Barcelona Japan), a equipe catalã desembarcou no Japão com expectativa de consolidar uma base ainda maior de torcedores. A mídia japonesa tem dado ampla cobertura à passagem do clube, com destaque para o entusiasmo dos fãs locais, estádios cheios e o carisma de jovens jogadores que estão sendo testados pelo técnico Hansi Flick.

 

O jornal AS, da Espanha, também enfatiza a recepção calorosa no Japão, apontando que a visibilidade gerada pela turnê é benéfica tanto do ponto de vista esportivo quanto comercial.

 

Além dos ganhos financeiros e comerciais, as turnês asiáticas funcionam como laboratórios técnicos. Os clubes aproveitam para testar jogadores, experimentar formações táticas e adaptar o elenco em ambientes com estilos de jogo diferentes dos europeus, além de analisar os atletas em campo.

 

O Barça inaugurou sua turnê asiática com vitória sobre o Vissel Kobe, marcando presença no cenário japonês. O Arsenal ganhou suas duas partidas que fez até aqui, contra Milan e Newcastle, e o Liverpool foi derrotado pelo time italiano.

 

VEJA O CALENDÁRIO DE AMISTOSOS NA ÁSIA

23 de julho - Arsenal 1 x 0 Milan (Singapura)

26 de julho - Liverpool 2 x 4 Milan (Hong Kong)

27 de julho - Arsenal 3 x 2 Newcastle United (Singapura)

27 de julho - Vissel Kobe 1 x 3 Barcelona (Kobe, Japão)

30 de julho - Yokohama Marinos x Liverpool (Yokohama, Japão)

31 de julho - FC Seoul x Barcelona (Seul, Coreia do Sul)

31 de julho - Arsenal x Tottenham (Hong Kong)

4 de agosto - Daegu FC x Barcelona (Daegu, Coreia do Sul).

Grêmio e Fortaleza entram em campo nesta terça-feira, às 20h30, na Arena, em Porto Alegre, em jogo atrasado da 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida foi adiada por conta do calendário apertado e marca um confronto direto entre dois times que lutam para se afastar da zona de rebaixamento.

 

O Grêmio vive um momento delicado na competição. Com 17 pontos e ocupando a 14ª colocação, vem de quatro jogos sem vitória e acumula dificuldades para apresentar um desempenho consistente. No sábado, perdeu por 1 a 0 para o Palmeiras, em São Paulo, resultado que ampliou a pressão sobre o trabalho do técnico Mano Menezes.

 

Embora tenha dois jogos a menos que a maioria dos adversários, o Grêmio já não conta com margem confortável para tropeços. O desafio de equilibrar o calendário com a necessidade urgente de pontuar deixa o time em alerta, especialmente diante de adversários que vivem situação semelhante na tabela.

 

Mano Menezes terá novamente de lidar com uma série de desfalques. Permanecem fora por lesão André Henrique, Monsalve, Cuéllar, João Pedro e Rodrigo Ely. Além disso, Cristaldo e Villasanti, dois nomes fundamentais na construção do meio-campo, são dúvidas. A limitação no elenco tem impactado diretamente o rendimento do time, que alterna momentos de posse com pouca efetividade ofensiva.

 

"É um jogo na nossa casa que temos que voltar a vencer", afirmou Mano Menezes após a última rodada. A Arena, que já foi trunfo, agora se torna de cobrança: o torcedor exige resposta.

 

Do lado visitante, o Fortaleza tenta transformar em ponto de virada a vitória por 3 a 1 sobre o Red Bull Bragantino, no fim de semana. O resultado encerrou uma sequência de oito partidas sem vencer no Brasileirão. Com 14 pontos, o clube cearense ocupa a 18ª posição e precisa vencer para deixar o Z-4, ainda que dependa de combinações de resultados paralelos.

 

O técnico Renato Paiva também sofre com baixas importantes. Estão fora João Ricardo, Brenno, David Luiz, Moisés e Gustavo Mancha. A principal ausência é de Pochettino, que se lesionou diante do Red Bull Bragantino. Lucca Prior deve ser o escolhido para assumir a função no meio-campo. Em contrapartida, o retorno de Lucero e Martínez - que cumpriram suspensão na rodada passada - dá mais profundidade ao setor ofensivo.

 

Paiva reconhece que o momento ainda é de construção, mas vê sinais positivos. "Foi um bom sinal, mas não é definitivo", afirmou o treinador, destacando que a equipe começa a apresentar o que ele considera um padrão mais claro, especialmente em termos de organização ofensiva e defensiva. "Ter tempo para treinar é fundamental", reforçou.

 

O histórico do confronto, no entanto, não favorece o Fortaleza. Em dez partidas com mando do Grêmio - oito pelo Brasileiro e duas pela Copa do Brasil - o clube cearense nunca venceu. Foram sete vitórias gaúchas e três empates. O último duelo entre as equipes foi pelo Brasileirão de 2024, quando o time gaúcho venceu por 3 a 1, tirando os visitantes da liderança naquela ocasião.

 

FICHA TÉCNICA

 

GRÊMIO X FORTALEZA

 

GRÊMIO - Tiago Volpi; Igor Serrote, Wagner Leonardo, Gustavo Martins e Marlon; Dodi, Alex Santana e Riquelme (Villasanti); Cristian Olivera, Braitwaite e Pavón. Técnico: Mano Menezes.

 

FORTALEZA - Magrão; Tinga, Kuscevic, Gastón Ávila, Diogo Barbosa; Lucas Sasha (Martínez), Matheus Pereira, Lucca Prior; Breno Lopes, Marinho e Lucero (Deyverson). Técnico: Renato Paiva.

 

ÁRBITRO - Alex Gomes Stefano (RJ).

 

HORÁRIO - 20h30.

 

LOCAL - Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS).

Finanças

As Melhores

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O ativista palestino Odeh Hadalin, conhecido por sua atuação contra demolições promovidas por Israel e por sua participação no documentário vencedor do Oscar Sem Chão, foi morto nessa segunda-feira, 28, após ser baleado por um colono israelense na vila de Umm al-Kheir, na Cisjordânia. A informação foi confirmada por Yuval Abraham, um dos diretores do filme.

 

Segundo Abraham, moradores identificaram o autor do disparo como Yinon Levi, colono israelense que já havia sido sancionado pela União Europeia e pelos Estados Unidos. A morte de Hadalin, que era também professor e pai de três filhos, reacende a atenção internacional para a crescente violência entre colonos e palestinos em território ocupado.

 

A cidade de Hebron, próxima à vila onde ocorreu o ataque, é uma das áreas mais tensas da Cisjordânia, onde mais de 140 assentamentos israelenses continuam se expandindo, abrigando atualmente cerca de 450 mil colonos. A comunidade internacional considera essas construções ilegais, uma vez que são erguidas em território palestino ocupado.

 

Repercussão e denúncias

 

A morte de Hadalin provocou forte repercussão entre ativistas e políticos. O deputado israelense Ofer Cassif, opositor do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, lamentou publicamente o ocorrido e destacou o papel de Hadalin como uma voz da resistência local.

 

Pouco após o ataque, Yuval Abraham usou as redes sociais para relatar o crime. "Um colono israelense acaba de atirar nos pulmões de Odeh Hadalin, um ativista notável que nos ajudou a filmar Sem Chão em Masafer Yatta", escreveu. Horas depois, anunciou a morte: "Odeh acabou de morrer. Assassinado."

 

Violência recorrente contra envolvidos no filme

 

Não é o primeiro caso de violência contra integrantes da equipe por trás de Sem Chão. Em março, o codiretor palestino Hamdan Ballal foi linchado por colonos israelenses e detido por militares das Forças de Defesa de Israel, que atuam na Cisjordânia.

 

Testemunhas relataram que Ballal foi agredido fisicamente, algemado e mantido vendado em uma base militar, onde dois soldados o espancaram enquanto ele permanecia no chão. A agressão teria começado após colonos judeus tentarem roubar ovelhas de moradores palestinos da cidade de Susiya.

 

Ballal foi libertado no dia seguinte, mas o caso gerou indignação entre defensores dos direitos humanos e reforçou a denúncia de abusos cometidos por colonos sob a proteção do Exército.

 

'Sem Chão'

 

O documentário Sem Chão retrata o cotidiano dos moradores de Masafer Yatta, região que o Exército israelense designou como zona de treinamento militar com fogo real desde os anos 1980. A obra é dirigida por quatro cineastas: os palestinos Hamdan Ballal e Basel Adra, e os israelenses Yuval Abraham e Rachel Szor.

 

O filme documenta a luta contra a expulsão de cerca de mil palestinos, a maioria árabes beduínos, que vivem sob constante ameaça de remoção forçada. Casas, plantações, reservatórios de água e tendas frequentemente são demolidos pelos militares, e os moradores temem uma expulsão total iminente.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na segunda-feira, 28, que encerrou sua amizade com Jeffrey Epstein e expulsou o agora desacreditado financista de seu clube privado na Flórida depois que Epstein o traiu mais de uma vez ao contratar pessoas que trabalhavam para ele. Trump não disse o que seus funcionários faziam ou onde trabalhavam, e a Casa Branca se recusou a comentar o assunto.

 

Mas a Casa Branca havia oferecido anteriormente uma explicação diferente para o rompimento. Steven Cheung, diretor de comunicações da Casa Branca, disse em um comunicado na semana passada: "O fato é que o presidente o expulsou de seu clube por ser um cretino".

 

Epstein se matou, segundo as autoridades, em uma cela de prisão em Nova York em 2019, enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual. Trump e seus principais aliados alimentaram teorias da conspiração sobre a morte de Epstein antes de Trump retornar ao poder. Agora, eles estão lutando para lidar com as consequências depois que o Departamento de Justiça afirmou que Epstein realmente morreu por suicídio e que não divulgaria documentos adicionais sobre o caso. O presidente e seus aliados, alguns dos quais agora fazem parte do governo, haviam prometido divulgar os arquivos.

 

Na Escócia

 

O presidente republicano falou em sua propriedade de golfe em Turnberry, na Escócia, enquanto estava sentado com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, após os líderes se reunirem e responderem a perguntas de jornalistas dos EUA e do Reino Unido.

 

Questionado sobre o motivo do enfraquecimento do relacionamento, Trump disse: "Isso é história antiga, muito fácil de explicar, mas não quero desperdiçar seu tempo explicando". Ele então explicou, dizendo que parou de falar com Epstein depois que "ele fez algo inadequado". "Ele roubou pessoas que trabalhavam para mim. Eu disse: 'Nunca mais faça isso'. Ele fez isso de novo e eu o expulsei do lugar, persona non grata". "Eu o expulsei e foi isso. Estou feliz por ter feito isso, se você quer saber a verdade", acrescentou Trump.

 

Trump recentemente instruiu a procuradora-geral Pam Bondi a solicitar a divulgação pública das transcrições seladas do grande júri no caso. Um juiz federal negou esse pedido; um segundo juiz ainda não se pronunciou.

 

JD Vance

 

O caso tem perseguido Trump no país e no exterior e até mesmo acompanhou o vice-presidente JD Vance durante uma aparição em seu Estado natal, Ohio, na segunda-feira. Um pequeno grupo de manifestantes se reuniu do lado de fora de uma fábrica em Canton que Vance visitou, segurando cartazes com os dizeres "JD protege pedófilos" e indicando que "GOP" (sigla associada ao Partido Republicano dos EUA) significa "Guardians Of Pedophiles" ("Guardiões dos Pedófilos").

 

Vance visitou a fábrica na segunda-feira para promover o corte de impostos e o projeto de lei de fronteira de Trump, mas também abordou o assunto Epstein, dizendo que o presidente quer "total transparência" no caso. "O presidente foi muito claro. Não estamos escondendo nada", disse Vance em resposta à pergunta de um repórter.

 

"O presidente instruiu a procuradora-geral a divulgar todas as informações confiáveis e, francamente, a procurar informações adicionais confiáveis relacionadas ao caso Jeffrey Epstein." "Algumas dessas coisas levam tempo", disse Vance, acrescentando que Trump foi "muito claro. Ele quer total transparência".

 

"Não faço desenhos de mulheres"

 

Trump havia dito em 2019 que Epstein era uma figura conhecida em Palm Beach, mas que os dois haviam se desentendido há muito tempo e ele não falava com Epstein havia 15 anos. O presidente também negou na segunda-feira ter contribuído para uma compilação de cartas e desenhos para marcar o 50º aniversário de Epstein, noticiada pela primeira vez pelo Wall Street Journal. O jornal disse que a carta, que se acredita ser de Trump, incluía um desenho do corpo de uma mulher.

 

Trump também disse que recusou o convite de Epstein para visitar uma ilha particular de propriedade do financista. "Nunca tive o privilégio de ir à ilha dele e recusei o convite, mas muitas pessoas em Palm Beach foram convidadas para ir à ilha dele", disse Trump. "Em um dos meus melhores momentos, recusei o convite. Não queria ir à ilha dele." (Com informações da Associated Press)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alegou que é "fake news" a notícia de que estaria buscando uma cúpula para se encontrar o presidente da China, Xi Jinping, em publicação na Truth Social feita no fim da noite de segunda-feira, 28.

 

"Isso não é verdade, não estou PROCURANDO nada!", escreveu na postagem. No entanto, o republicano deixou em aberto a possibilidade de visitar o país: "Posso ir à China, mas apenas a convite do presidente Xi, que já foi estendido. Caso contrário, não tenho interesse!".

 

Há pouco mais de uma semana, o jornal chinês South China Morning Post noticiou a possibilidade de Trump encontrar Xi na Cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês), na Coreia do Sul, entre outubro e novembro.

A partir de agosto, os pacientes da rede pública poderão ser atendidos também por planos de saúde em todo o Brasil. A expectativa é que, neste primeiro momento, R$ 750 milhões em dívidas de ressarcimento ao SUS adquiridas pelas operadoras sejam convertidas em mais consultas, exames e cirurgias com foco em áreas estratégicas e conforme a demanda apresentada pelos estados. A medida, que faz parte do programa Agora Tem Especialistas, visa ampliar o atendimento e reduzir o tempo de espera na atenção especializada.  

A portaria que viabiliza a troca de dívida de ressarcimento ao SUS por atendimento foi apresentada, nesta segunda-feira (28/7), pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, e pela presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Carla de Figueiredo Soares.  São ações do Agora Tem Especialistas voltadas à mobilização da estrutura de saúde privada para aumentar a capacidade de atendimento da rede pública. Para isso, o governo federal possibilitará aos planos de saúde converterem em serviços especializados as dívidas que têm com o SUS. Elas ocorrem quando não são ressarcidos valores referentes a procedimentos realizados pela rede pública e não pelos planos contratados.  

O ministro da Saúde ressaltou a criação de um modelo no SUS, que transforma dívidas de ressarcimento dos planos de saúde em mais exames, cirurgias e consultas especializadas, levando os pacientes do sistema público de saúde até onde estão os especialistas e os equipamentos, inclusive na rede privada, sem que paguem nada. “É a primeira vez na história do SUS que implementamos um mecanismo como esse. As dívidas que antes iam para o Fundo Nacional de Saúde, mas não se convertiam em atendimento, agora viraram ações concretas para reduzir tempo de espera por atendimento e dar dignidade a quem mais precisa”, disse Alexandre Padilha.

Para o ministro da AGU, essa iniciativa é o resultado de um trabalho técnico intenso e colaborativo entre a AGU e o Ministério da Saúde, com o objetivo de oferecer à sociedade brasileira um programa eficiente, capaz de enfrentar um desafio real e complexo: ampliar o acesso a especialistas no SUS. “Essa mobilização abre uma oportunidade de ouro para darmos um salto extraordinário na qualidade do atendimento prestado à população brasileira”, afirmou Jorge Messias.

Já a diretora-presidente da ANS ressaltou que a inovação trazida pelo Agora Tem Especialistas vem acompanhada de mecanismos sólidos de fiscalização, controle e monitoramento. “Todos os instrumentos da ANS permanecem ativos — com multas e penalidades, se necessário. Não há qualquer espaço para que operadoras deixem de atender sua carteira de clientes para priorizar o SUS. Pelo contrário: é do interesse das operadoras que aderirem ao programa ampliar sua capacidade de atendimento, beneficiando tanto os usuários dos planos quanto os pacientes do SUS”, esclareceu.

Mais atendimentos para a população e vantagens para as operadoras 

Viabilizada por uma portaria conjunta do Ministério da Saúde e da Advocacia-Geral da União (AGU), a oferta de assistência aos pacientes do SUS pelos planos de saúde atenderá ao rol de procedimentos do programa Agora Tem Especialistas, que prioriza seis áreas em que há maior carência por serviços especializados:  oncologia, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia, cardiologia e ginecologia. Também será considerada a demanda dos estados e municípios, que vão apresentar as suas necessidades. Para participar, os planos de saúde devem aderir ao edital conjunto do Ministério da Saúde e da ANS.  

Para usufruírem do benefício de converter a obrigação do ressarcimento em prestação de serviços, as operadoras de planos de saúde precisam aderir de forma voluntária ao programa. Para isso, devem comprovar capacidade técnica e operacional, além de disponibilizar uma matriz de oferta que atenda às necessidades do SUS. 

Entre as vantagens da adesão estão: regularidade fiscal, uso da total capacidade dos hospitais conveniados e redução de litígios administrativos e judiciais.  

Da adesão dos planos de saúde à prestação dos serviços especializados 

O primeiro passo é solicitar ao Ministério da Saúde, via plataforma InvestSUS, a possibilidade de participação. Em seguida, a pasta consultará a regularidade da operadora. Posteriormente, avaliará se os serviços de média e alta complexidade ofertados pelos planos de saúde atendem às demandas do SUS. Caso esses atendimentos supram as necessidades da rede pública, a adesão é aprovada. Os valores a serem convertidos em atendimento deverão ser negociados  com a ANS ou com a Procuradoria-Geral Federal; nesse último caso, para dívidas ativas. 

Ao SUS será, então, disponibilizado um rol dos serviços ofertados conforme a demanda existente no complexo regulatório local e regional. Funcionará como uma prateleira de atendimentos especializados com os quais os estados, o Distrito Federal e os municípios poderão contar. A partir de então, os hospitais conveniados aos planos de saúde já poderão iniciar os atendimentos. 

Definição de critérios por transparência e equidade 

O programa Agora Tem Especialistas definiu vários critérios por transparência e equidade. A distribuição do serviço a ser prestado pelas operadoras, por exemplo, seguirá percentuais de atendimento para cada região do país. Isso para garantir mais serviços de saúde nas localidades que mais precisam. 

Contudo, para evitar a pulverização do atendimento, para receberem pelo programa, os planos de saúde precisam realizar mais de 100 mil atendimentos/mês. De forma excepcional, será considerado valor mínimo de 50 mil/mês para planos de saúde de menor porte. Isso no caso de atendimentos de média e baixa complexidade realizados em regiões cuja demanda por esse tipo de serviço não seja plenamente atendida.  

Critérios clínicos e de prioridade serão utilizados para regular o atendimento, que, com apoio técnico do Ministério da Saúde, será monitorado pelos estados, Distrito Federal e municípios.  

Atendimento mais ágil e resolutivo 

Uma das principais inovações do Agora Tem Especialistas vai garantir que os serviços sejam mais ágeis, resolutivos e centrados no paciente. Com base em uma tabela própria, o programa vai remunerar o prestador do serviço somente após a finalização de combos de cuidado do SUS para atendimentos especializados.  

Isso significa que os combos de cuidados, ou seja, as Ofertas de Cuidados Integrados (OCIs)  – pacote de serviços que inclui consultas, exames e tratamentos, inclusive cirurgias – deverão ser realizados em prazos definidos. A operadora só será remunerada após a conclusão do conjunto de atendimentos.  Atualmente, o SUS oferece OCIs em ginecologia, cardiologia, oncologia, ortopedia, otorrinolaringologia e oftalmologia, especialidades priorizadas pelo programa. 

As hepatites virais continuam a representar uma preocupação significativa para a saúde pública no Brasil e no mundo. Causadas por diferentes tipos de vírus, essas infecções afetam diretamente o fígado e podem ter consequências graves se não forem diagnosticadas e tratadas adequadamente. Segundo o Ministério da Saúde, os tipos mais comuns no país são as hepatites A, B e C, cada uma com formas distintas de transmissão, sintomas e tratamento.

A hepatite A é geralmente transmitida pela ingestão de água ou alimentos contaminados, ou ainda pelo contato direto com uma pessoa infectada. Comum em áreas com saneamento básico precário, a doença pode ser evitada com medidas simples de higiene e vacinação. Os sintomas incluem febre, fadiga, perda de apetite, náusea, dor abdominal, dor articular e icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos).

Já as hepatites B e C compartilham a via de transmissão por meio do sangue ou de outros fluidos corporais. São infecções que podem ocorrer durante relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas, objetos perfurocortantes ou em procedimentos médicos sem esterilização adequada. Por isso, o uso de preservativos e a vacinação (disponível para o tipo B) são essenciais na prevenção.

Entre os sintomas das três formas da doença estão mal-estar geral, dor abdominal, náuseas e cansaço extremo. Contudo, muitas pessoas podem não apresentar sintomas nas fases iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce.

O Ministério da Saúde reforça que a testagem gratuita está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e incentiva a população a buscar informações e realizar o diagnóstico de forma preventiva. Com o avanço dos tratamentos e a disponibilidade de vacinas, especialmente contra as hepatites A e B, é possível controlar e até eliminar a transmissão dos vírus, desde que haja conscientização e adesão às medidas de prevenção.

Estudos científicos recentes revelam uma correlação significativa entre a exposição a poluentes atmosféricos e o aumento da incidência de otite média aguda (OMA) em crianças, com destaque para os meses de inverno. Um levantamento publicado na International Journal of Environmental Research and Public Health aponta que poluentes encontrados no ar aumentam em até 42% o risco de OMA em crianças menores de 2 anos de idade. 

Em 2023, por exemplo, pesquisadores chineses publicaram o estudo “Efeitos da poluição do ar nas visitas de emergência por otite média aguda em crianças”, no qual analisaram mais de 13 mil crianças chinesas, mostrando que o ar poluído aumentam as chances de OMA, intensificando-se no inverno. E em 2024, uma investigação publicada na revista BMC Environmental Science, a partir de dados de 22 anos de atendimento hospitalar, também constatou a relação entre a poluição, as gripes sazonais e a otite média aguda em crianças.

Os estudos demonstram que a exposição a poluentes como dióxido de enxofre (SO₂), dióxido de nitrogênio (NO₂) e a fumaça fina (PM2.5) deixa o sistema respiratório das crianças mais vulnerável. Durante o frio, a situação se agrava por causa da inversão térmica, um fenômeno que concentra esses poluentes perto do solo, justamente onde circulamos. O estudo realizado na China com quase 14 mil crianças mostrou que um pequeno aumento na concentração desses poluentes já eleva o risco de os pequenos precisarem de atendimento médico por conta da otite. 

Mas como isso acontece? A poluição inflama as vias respiratórias, incluindo a tuba auditiva, um canal que liga o nariz ao ouvido. Com a inflamação, a tuba auditiva não consegue mais fazer a “limpeza” da região, o que gera um acúmulo de líquido no ouvido médio. Esse ambiente úmido e sem ventilação é perfeito para a proliferação de vírus e bactérias, causando a dor e o desconforto da otite.

Essas descobertas são um alerta para a importância de políticas públicas que visem a redução da poluição do ar. Cuidar do meio ambiente é também uma forma de proteger a saúde das nossas crianças.

Como prevenir e cuidar da saúde auditiva dos pequenos:

  • Evite a exposição à fumaça: Mantenha as crianças longe de ambientes com fumaça de cigarro ou poluição excessiva.
  • Lave as mãos: Incentive a lavagem frequente das mãos para evitar a propagação de germes que podem causar infecções respiratórias.
  • Amamentação: O aleitamento materno pode fortalecer o sistema imunológico do bebê, reduzindo o risco de infecções.
  • Vacinação em dia: Mantenha o calendário de vacinação atualizado, especialmente as vacinas contra gripe e pneumonia.
  • Evite o uso excessivo de cotonetes: A limpeza do ouvido deve ser feita apenas na parte externa. O uso de cotonetes pode empurrar a cera para dentro, causando problemas.
  • Atenção aos sintomas: Fique atento a sinais como dor de ouvido, febre, irritabilidade, dificuldade para dormir ou para ouvir. Procure um médico ao notar qualquer um desses sintomas.
  • Consulte o pediatra regularmente: O acompanhamento médico é fundamental para a saúde geral da criança, incluindo a auditiva.

Grupos vulneráveis — como refugiados, moradores de periferias, pessoas com deficiência e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas — têm encontrado na música não apenas expressão artística, mas também oportunidades reais de transformação pessoal e social.

Estudo da USP aponta que, em contextos de escassez, a música oferece às crianças e jovens um espaço de pertencimento, representatividade e desenvolvimento de talentos. As apresentações musicais geram conscientização coletiva, promovendo valores como empatia e respeito às diferenças.

Segundo Gerson Tomanari, professor de Psicologia da USP, “os diversos efeitos da música atuam sobre as pessoas individualmente e sobre os grupos sociais a que pertencem”. Ele destaca as relações entre música, cognição, emoções e identidade social.

Exemplo dessa transformação pode ser visto no projeto Musicou, iniciativa da Sustenidos presente em quatro regiões do país. Com foco em desenvolvimento humano e formação cidadã, o programa atende públicos historicamente excluídos por meio de parcerias com instituições como a APAE e o CREAS.

Em Andirá e Porecatu (PR), por exemplo, 30 pessoas com deficiência intelectual participam das aulas. Em Santa Mariana (PR), crianças em situação de extrema vulnerabilidade são encaminhadas pelo Ministério Público. Já no núcleo de Arinos (MG), o projeto atende crianças que vivem em abrigos. Em São Paulo, o Musicou FUNSAI acolhe alunos refugiados e crianças autistas.

“Ele tem dificuldade de fala, mas insiste em fazer aula de canto. A música o faz se sentir incluído em um ambiente acolhedor e diverso”, conta Ana Moreno, mãe de Rafael, aluno com síndrome de down no Musicou FUNSAI.

No Conservatório de Tatuí, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, considerado o maior conservatório de música e artes cênicas da América Latina e também gerido pela Sustenidos, a inclusão passa pela musicografia Braille, um curso gratuito com duração de dois anos que ensina leitura e escrita de partituras em Braille, além de dar suporte para aulas de canto, teoria e instrumento.

“Atualmente, cinco alunos cegos, entre 8 e 12 anos, frequentam as aulas com total autonomia, graças ao uso de tecnologias assistivas e materiais pedagógicos adaptados”, explica a professora Karla Cremonez

A Prefeitura de São Paulo, por meio das Secretarias Municipais de Cultura e Economia Criativa e das Subprefeituras, traz a segunda edição do Fomento SP, um projeto de formação básica e gratuito voltado a artistas, coletivos e fazedores de cultura em geral que desejam acessar os editais de fomento cultural da cidade.

 

O segundo encontro será na Casa de Cultura Butantã, no Jardim Peri Peri, em 5 de agosto (terça), às 19h e faz parte do circuito formativo que percorrerá todas as regiões da cidade. O lançamento do projeto contou com a presença de mais de 220 pessoas e foi realizado no Centro Cultural Penha, na Zona Leste.
 

O objetivo é democratizar o acesso aos recursos públicos da cultura, oferecendo oficinas presenciais em todas as subprefeituras, com linguagem acessível, orientação prática e materiais de apoio. A formação cobre todo o processo, desde a ideia até o envio da proposta e é voltada para iniciantes, jovens das periferias, produtores locais e novos fazedores de cultura que atuam nos bairros.

 

As próximas datas e locais serão divulgados em breve nos canais oficiais da Prefeitura.

 

Acompanhe as redes sociais da secretaria e o site oficial para mais informações sobre editais da prefeitura.

 

Serviço:

Atração: 2° encontro do projeto Fomento SP

Quando: 05 de agosto (terça-feira), às 19h

Local: Casa de Cultura do Butantã | Av. Junta Mizumoto, 13 - Jardim Peri Peri, São Paulo

Entrada: Grátis

Finalmente, chegou a vez do Rio de Janeiro (terra da escola de samba do coração de Clara Nunes) receber o musical sobre a artista, que foi sucesso em São Paulo e Fortaleza – arrebatando um público superior a 54 mil pessoas.

 

Outra grande novidade é que nesta nova temporada, Vanessa da Mata (uma das idealizadoras do projeto), abre alas e passa o bastão para que Emanuelle Araújo possa ter a honra de interpretar e homenagear esta grandiosa musicista brasileira. 

 

"Minha admiração por Clara Nunes é imensa. Todas as vezes que estive próxima a sua energia em outros trabalhos me emocionei muito. Receber esse convite me trouxe muita alegria. Protagonizar este lindo musical absolutamente brasileiro que reverencia uma das maiores cantoras de todos os tempos é um chamado e tanto. Agora é dedicação total", declara Emanuelle. 

 

O musical passou por Belo Horizonte, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, de 18 a 20 de julho, e agora segue para o Rio de Janeiro, onde fica em cartaz na Cidade das Artes, de 08 a 31 de agosto

 

Com direção e encenação de Jorge Farjalla, texto de André Magalhães e Jorge FarjallaClara Nunes - A Tal Guerreira traz aos palcos aspectos da vida da artista que passam por suas raízes em Minas Gerais; seu encontro com o sincretismo religioso do Brasil (o candomblé, a umbanda e o catolicismo); seus amores; e sua música, que flutua por diversos ritmos brasileiros, inclusive, o samba de sua amada Portela. Tudo costurado por intermédio de sua parceira, e amiga confidente, Bibi Ferreira (Carol Costa).

 

"Construir e dirigir esse espetáculo é um dos maiores orgulhos de minha carreira. Eu, junto de meu parceiro André Magalhães, fizemos uma vasta pesquisa em toda a carreira de Clara Nunes. Sua carreira fonográfica e cênica são, sem dúvida alguma, riquíssimas. Durante esse processo, tivemos a ideia de compor suas letras e músicas geniais de uma forma diferente da tradicional do teatro musical. No espetáculo, elas são inseridas de duas maneiras: como momentos solos e únicos, mais tradicionais do gênero teatral, mas também como trechos específicos, compondo diálogos e cenas", contou Jorge Farjalla

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