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As emendas parlamentares vão consumir cada vez mais o orçamento livre da União e deixar o governo sem dinheiro para gastar em outras despesas como o funcionamento da máquina pública e os investimentos em obras públicas controladas pelo Poder Executivo. De acordo com as estimativas do governo apresentadas no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, na noite desta terça-feira, 15, as emendas vão ocupar quase metade do orçamento das despesas não obrigatórias em 2027, atingir quase 100% do espaço em 2028 e deixar o governo no "negativo" em 2029 - um cenário insustentável.

 

Hoje, as emendas representam cerca de 25% das despesas livres. O chamado orçamento discricionário, que representa cerca de 7% do Orçamento, é a parcela de recursos que o governo pode administrar livremente, por meio dos ministérios, para investimentos como a construção de rodovias, ações na área de segurança pública e projetos estruturantes nos Estados.

 

Como mostrou o Estadão no último domingo, 13, o valor das emendas parlamentares aprovado para 2025, de R$ 50,4 bilhões, ultrapassa a soma dos recursos livres para investimentos de 30 dos 39 ministérios do governo federal.

 

No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o pagamento de emendas apontando falta de transparência e desrespeito às regras fiscais. O governo propôs um limite para o crescimento dos repasses nos próximos anos, mas acabou aprovando regras que garantem um aumento real para as transferências de interesse dos deputados e senadores. Resultado: com um Orçamento cada vez mais restrito, as emendas vão tirar recursos de outras áreas.

 

Aumentos

 

As emendas vão somar R$ 53 bilhões em 2026, R$ 56,5 bilhões em 2027, R$ 58 bilhões em 2028 e R$ 61,7 bilhões em 2029. As emendas individuais (indicadas por cada deputado e senador) e de bancada (carimbadas pelo conjunto de parlamentares de cada Estado) terão um aumento real de até 2,5% ao ano, de acordo com as regras aprovadas em 2024, na esteira das decisões do Supremo. As emendas de comissão, herdeiras do orçamento secreto - revelado pelo Estadão em maio de 2021 -, terão reajuste pela inflação.

 

Na prática, as emendas ganharam uma garantia de crescimento que outras despesas não possuem no Orçamento. Ao apresentar o projeto da LDO, o governo admitiu que as contas públicas entrarão em colapso em 2027 se nada for feito. Ao mesmo tempo, não apresentou medidas para resolver esse cenário. Para analistas, ou o Executivo federal faz um ajuste forte nos gastos após as eleições do ano que vem ou terá que rever a regra fiscal.

 

'Novas medidas'

 

"A partir de 2027, há um comprometimento que precisa ser endereçado e, neste momento, com as projeções apresentadas, não foi endereçado", afirmou o secretário de Orçamento Federal, Clayton Luiz Montes, durante a coletiva de imprensa para anunciar o projeto da LDO. "Precisamos discutir novas medidas e vamos discutir novas medidas no encaminhando do PLOA (Orçamento, em agosto deste ano). O valor não comporta todas as necessidades do Poder Executivo."

 

As emendas parlamentares são recursos indicados por deputados e senadores no Orçamento da União. Diferente de outras despesas, o dinheiro vai para onde os congressistas mandam, sem distribuição equilibrada entre os diferentes Estados e municípios do País. Além disso, na configuração atual, acabam tirando recursos de áreas planejadas pelo governo federal e de investimentos estruturantes, priorizando repasses menores e pulverizados.

 

Na mensagem do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias enviada ao Congresso, o governo afirma que, a partir desses números, é possível destacar a compressão das despesas discricionárias em nível relevante, cenário que exige medidas para aumentar receita e revisar gastos obrigatórios. Segundo o Executivo, essas ações são fundamentais para manter políticas públicas relevantes e alcançar as metas fiscais.

 

Os técnicos da equipe econômica reconheceram o cenário "desafiador" diante dos números que mostram saldo negativo nas despesas discricionárias a partir de 2027.

 

Na última segunda-feira, 14, o Estadão mostrou também que parlamentares destinaram nos últimos quatro anos mais de R$ 550 milhões em emendas para Estados diferentes daqueles pelos quais foram eleitos. A prática, na avaliação de especialistas, contraria o argumento frequentemente usado pelos próprios parlamentares de que o crescimento dessas verbas se justificaria pelo vínculo com suas bases eleitorais e pelo conhecimento das demandas locais - e também levanta dúvidas sobre a transparência dos recursos, o controle dos repasses e a efetividade do uso do dinheiro.

 

Embora não seja ilegal, o repasse interestadual entrou no radar do STF. Em agosto de 2024, a Corte proibiu esse tipo de destinação para as emendas individuais do tipo Pix. (COLABORARAM GIORDANNA NEVES, FERNANDA TRISOTTO E AMANDA PUPO)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reiterou ser contra o projeto da anistia e disse que, se couber alguma revisão das penas aplicadas contra os envolvidos no 8 de Janeiro, a tarefa é do Judiciário.

 

"O Congresso não pode nem colocar o projeto em discussão", disse Gleisi, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, veiculada pela GloboNews na noite desta quarta-feira, dia 16.

 

Ao ser questionada sobre deputados da base aliada que apoiam a proposta, a ministra disse que acredita que tais parlamentares não tomaram ciência do teor do texto. "É uma verdadeira barbaridade o projeto", afirmou Gleisi.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) decidiu trocar o comando da Polícia Militar de São Paulo. O comandante-geral Cássio Araújo de Freitas será substituído por José Augusto Coutinho, atual subcomandante. O Estadão apurou com interlocutores do governador que a mudança será oficializada nos próximos dias.

 

Coutinho é nome da confiança do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, e anteriormente ocupava o Comando de Policiamento de Choque (CPChoq), ao qual a Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) é subordinada. Como subcomandante, Coutinho também se tornou o chefe do Estado-Maior da PM.

 

Pesquisa recente da Quaest aponta que a violência é a principal preocupação dos brasileiros. No último ano, o número de roubos até caiu no Estado - menor patamar da série histórica. Mas especialistas apontam que, pela possibilidade de transferências pelo Pix, o prejuízo ao ter um celular roubado passou a ser maior do que antes.

 

Outro problema tem sido a escalada de crimes violentos, como a morte do ciclista Vitor Medrado, baleado perto do Parque do Povo, na zona oeste, ou do arquiteto Jefferson Dias, assassinado após intervir em um assalto no Butantã, também na zona oeste. A sensação de impunidade também piora o cenário.

 

No ano passado, Tarcísio já havia substituído os principais comandantes da Polícia Militar de São Paulo, ato que causou indignação e revolta nos oficiais e inaugurou uma crise na instituição. A mudança mais significativa foi a saída do número 2 da corporação, coronel José Alexander de Albuquerque Freixo, que assim como outros coronéis da cúpula foram rebaixados para cargos de segundo escalão. À época, a Secretaria de Segurança Pública disse que promoções por mérito já haviam sido realizadas anteriormente, inclusive em outros órgãos policiais.

 

Tarcísio realizou 34 transferências dos coronéis. As mudanças foram encaradas pelo grupo descontente como uma tentativa de interferência política do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL-SP), na corporação. Os coronéis que ascenderam seriam ligados ao secretário, que foi capitão da PM e integrante da Rota.

A bancada do Novo na Câmara protocolou um requerimento de informação nesta quarta-feira, 16, cobrando um posicionamento do Ministério das Relações Exteriores sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que suspendeu o processo de extradição de um traficante para a Espanha.

 

Moraes tomou a decisão após o governo espanhol negar extraditar o blogueiro Oswaldo Eustáquio que, para o magistrado, feriu o princípio de reciprocidade vigente entre os dois países.

 

Além de travar a extradição do traficante búlgaro Vasil Georgiev Vasilev, Moraes oficiou o Ministério da Justiça e das Relações Exteriores para dar ciÊncia à representação diplomática do governo da Espanha. O ministro também intimou os advogados do caso e o embaixador espanhol no Brasil. O último terá cinco dias para prestar informações comprovando o requisito da reciprocidade, sob pena de recusa do pedido de extradição do cidadão búlgaro.

 

O Novo quer que o Itamaraty explique se houve ou não uma interlocução prévia entre o STF e o Itamaraty sobre a exigência de esclarecimentos por parte do embaixador e a avaliação da pasta sobre um possível "excesso" por parte de Moraes em demandar explicações formais por parte do representante do governo espanhol.

 

A bancada também quer que o ministério se posicione acerca das negativas de extradição de Oswaldo Eustáquio que, segundo o governo espanhol ao negar o pedido brasileiro, se deu por razões políticas, além de um posicionamento do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a "aplicação do princípio da reciprocidade nesse caso específico". Por fim, o Novo quer um retorno sobre "os impactos diplomáticos já percebidos e o risco de retaliações por parte da Espanha".

 

"Dada a gravidade dos fatos e o potencial de danos à imagem internacional do país, é dever desta Casa exercer seu papel fiscalizador sobre a condução da política externa brasileira e garantir que os atos do Poder Judiciário não extrapolem seus limites institucionais", diz a bancada do Novo na justificativa do requerimento de informações.

 

O pedido de informações ainda precisa ser despachado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Colocado em votação no plenário, é necessário ser aprovado pela maioria simples da Casa.

 

Nesta segunda, 14, a Justiça espanhola negou o pedido do governo brasileiro para extraditar Oswaldo Eustáquio. A decisão, da 3ª Seção Penal da Audiência Nacional, diz que os fatos atribuídos a Eustáquio teriam "evidente ligação e motivação política", o que impediria sua entrega ao Brasil com base no tratado entre os países.

 

A Justiça da Espanha negou o pedido do governo brasileiro para extraditar Oswaldo Eustáquio, de 46 anos, na última segunda-feira, 14. A decisão, da 3ª Seção Penal da Audiência Nacional, diz que os fatos atribuídos a Eustáquio teriam "evidente ligação e motivação política", o que impediria sua entrega ao Brasil com base no tratado entre os países.

 

Blogueiro bolsonarista, Eustáquio é investigado no Brasil pelos crimes como ameaça, perseguição, incitação ao crime, associação criminosa e tentativa de abolir, por meios violentos, o Estado Democrático de Direito.

 

"A extradição deve ser declarada improcedente, por nos deparamos com condutas com evidente ligação e motivação política, uma vez que são realizadas no quadro de uma série de ações coletivas de grupos que apoiam o Sr. Bolsonaro, ex-presidente da República Federativa do Brasil e oposição ao atual presidente, Sr. Lula da Silva", diz um trecho da decisão espanhola.

 

Já Vasilev foi preso em 18 de fevereiro de 2025, no Mato Grosso do Sul. Em 7 de abril, o ministro do STF solicitou a abertura de prazo de dez dias para a apresentação de defesa escrita por parte da defesa do extraditando. Com a recente decisão de Moraes, o processo fica travado.

 

"Em matéria extradicional, é pacífico o entendimento do Supremo Tribunal Federal no sentido da exigibilidade da reciprocidade pelo país requerente, sendo que, a ausência deste requisito obsta o próprio seguimento do pedido", escreveu Moraes, citando a negativa da extradição de Eustáquio.

 

A decisão do ministro do STF cita a exigência de reciprocidade prevista na Lei de Migração (13.445/2017) e no Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e o Reino da Espanha (Decreto nº 99.340, de 1990).

 

No artigo primeiro do Tratado de Extradição, está definido: "Os Estados obrigam-se reciprocamente à entrega, de acordo com as condições estabelecidas no presente Tratado, e de conformidade com as formalidades legais vigentes no Estado requerente e no Estado requerido, dos indivíduos que respondam a processo penal ou tenham sido condenados pelas autoridades judiciárias de um deles e se encontrem no território do outro".

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou nesta quarta-feira, 16, que o aumento dos investimentos em defesa no cenário internacional sugere que o Brasil tenha "atenção redobrada" em relação à proteção dos brasileiros. Segundo ele, a defesa nacional precisa estar preparada para enfrentar "ameaças híbridas, difusas e multidimensionais". Em sua avaliação, o mundo passa por uma "transformação rápida e profunda" em suas estruturas geopolíticas tradicionais.

 

"Voltando nossos olhares para o cenário internacional, podemos verificar que o mundo passa por uma transformação rápida e, ao mesmo tempo, profunda em suas estruturas geopolíticas tradicionais. Os investimentos em defesa vêm crescendo exponencialmente em todas as regiões do globo, uma realidade que sugere ao nosso País atenção redobrada em relação à proteção dos brasileiros e dos ativos consagrados pela Constituição", disse o general, em discurso durante cerimônia em alusão ao Dia do Exército, nesta quarta-feira, 16, no Quartel-General em Brasília, que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A data é comemorada no sábado, 19.

 

"A defesa nacional precisa estar preparada para enfrentar ameaças híbridas, difusas e multidimensionais, que não se manifestam claramente como os conflitos convencionais do passado", completou.

 

O general afirmou ainda que a diplomacia ativa e as Forças Armadas devem caminhar "lado a lado" para garantir a independência nacional, promover a igualdade soberana entre as nações e contribuir para a solução pacífica dos conflitos internacionais

 

A declaração de Tomás Paiva ocorre em meio aos investimentos de líderes europeus para reerguer seus exércitos. Os gastos são vistos como necessários para preparar a Europa para os perigos de um mundo em que os Estados Unidos, sob comando de Donald Trump, não garantem mais sua segurança.

 

Tomás Paiva citou alguns exemplos de aquisições recentes das Forças Armadas, como radares de vigilância terrestre, sensores imprescindíveis ao controle de setores territoriais, incluindo a faixa de fronteira, novos fuzis e rádios portáteis e veiculares.

 

"Dessa forma, o Exército, brasileiro igual a você, reforça diuturnamente sua conexão com a sociedade. Somos parte do povo brasileiro, compartilhamos dos mesmos valores, sonhos e desafios", disse. O general afirmou que os integrantes das Forças "não estão apartados da população: são homens e mulheres que vivem, trabalham e se dedicam ao Brasil com o mesmo amor e comprometimento de cada cidadão".

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve no evento. Dentre os ministros, participaram o da Defesa, José Múcio, do Gabinete da Segurança Institucional (GSI), Marcos Antonio Amaro dos Santos, das Cidades, Jader Filho, das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo. Também compareceu o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). No evento, autoridades e instituições civis e militares foram condecoradas com a "Ordem do Mérito Militar", a "Medalha Exército Brasileiro" e a "Medalha Tributo à Força Expedicionária Brasileira".

 

Desde que assumiu seu terceiro mandato, Lula tem marcado presença na cerimônia. Em 2023, o fato ocorreu em meio à revelação de um novo episódio envolvendo os ataques golpistas do 8 de Janeiro que culminou no pedido de demissão do então ministro do GSI, Gonçalves Dias.

 

Já em 2024, o contexto da participação do chefe do Executivo era mais moderado, mas no contexto de receio quanto a corte de gastos do governo. Dias antes da cerimônia, comandantes das Forças Armadas haviam participado de audiência na Câmara dos Deputados para reclamar de cortes no orçamento.

 

Esta é a primeira vez em que o general comenta publicamente sobre os gastos com Defesa no País, mesmo que de forma indireta. Em um dos maiores eventos recentes da arma, o Dia do Soldado, comemorado em 22 de agosto de 2024, não houve qualquer comentário sobre o financiamento da corporação por parte de Paiva.

 

Qual é o orçamento para as Forças Armadas do Brasil?

 

O orçamento de 2025 traz um aumento real de 0,8% nos recursos destinados ao Ministério da Defesa em relação a 2024, passando de R$ 135,29 bilhões para R$ 136,45 bilhões.

 

Em 2024, os com Defesa cresceram apenas 0,05% em relação a 2023 (R$ 135,21 bilhões, em valores atualizados). Mas os recursos orçamentários para investimentos no ano passado receberam um acréscimo de 6,3% em comparação com 2023, passando de R$ 13,8 bilhões para R$ 14,7 bilhões.

Quatro pessoas foram conduzidas a uma delegacia na segunda-feira, 14, após ofender o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Campos dos Goytacazes (RJ). Lula passava em um comboio para participar da inauguração do novo prédio da Universidade Federal Fluminense (UFF).

 

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, a comitiva de veículos foi emparelhada por um carro no acostamento. O veículo levava quatro pessoas, que proferiram ofensas contra o presidente Lula e gravaram o momento. A segurança do presidente considerou a atitude temerária e as conduziu até a delegacia para registrar a ocorrência.

 

A Secom não tem informações sobre se alguma das pessoas a bordo do carro ficou detida. Nesta terça-feira, 15, Lula cumpriu duas agendas oficiais no interior do estado do Rio de Janeiro. Ele visitou a fábrica de carros da Nissan, em Resende, e as obras da rodovia Presidente Dutra, na Serra das Araras.

 

Ao discursar durante cerimônia alusiva às obras da rodovia, ele foi interrompido na reta final da fala por um policial ferroviário na plateia, que cobrou o presidente pela regulamentação da Polícia Ferroviária Federal, promessa feita em 2009, durante o segundo mandato do chefe do Executivo federal.

 

Ao continuar o discurso, Lula disse que "esse companheiro levantou um tema fundamental" e que irá "pegar com ele" vídeo em que fala que regulamentação da força estava a "apenas alguns detalhes de se concretizar".

A taxa de desemprego média nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) permaneceu na mínima recorde de 4,8% em fevereiro, mesmo nível do mês anterior, segundo relatório divulgado pela OCDE nesta quinta-feira, 17. A taxa vem se mantendo em ou abaixo de 5% desde abril de 2022. Em relação a janeiro, os níveis de desemprego ficaram inalterados em fevereiro em 22 países da OCDE, recuaram em sete e aumentaram em dois, detalhou a entidade, que tem sede em Paris.

A Cargill anunciou, em nota, ter concluído a compra dos 50% restantes da SJC Bioenergia e passou a deter o controle total da companhia, agora rebatizada como Cargill Bioenergia. A operação foi finalizada após o aval dos órgãos reguladores e marca um novo passo na estratégia da multinacional de expandir sua presença no setor de biocombustíveis no Brasil.

 

Com a aquisição, a Cargill reforça sua atuação em um segmento considerado estratégico para a transição energética e passa a controlar duas unidades agroindustriais localizadas em Quirinópolis e Cachoeira Dourada, em Goiás. Juntas, as plantas empregam cerca de 4,5 mil pessoas e produzem etanol hidratado e anidro, açúcar bruto, óleo de milho e DDGs, além de gerarem eletricidade a partir do processamento de cana e milho.

 

"Desde 2011 temos participado como sócios da SJC Bioenergia. Consolidar o controle da companhia é um reconhecimento ao potencial e os resultados alcançados pelo negócio, assim como uma oportunidade de alavancar todo seu potencial, aproveitando sinergias com as operações já existentes no portfólio da Cargill", afirmou o presidente da Cargill no Brasil e do Negócio Agrícola na América Latina, Paulo Sousa.

 

A produção de biocombustíveis da empresa, até então focada principalmente na soja, ganha novo fôlego com a entrada do etanol feito a partir da cana-de-açúcar e do milho. Segundo a companhia, o avanço está alinhado à meta de desenvolver soluções de baixo carbono e operar de forma segura, responsável e sustentável, contribuindo para a cadeia alimentar e logística global.

O presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a pedir para que o Federal Reserve (Fed) reduza as taxas de juros no país, em publicação na Truth Social nesta quinta-feira, 17. O republicano citou a decisão do Banco Central Europeu (BCE), a ser divulgada nesta manhã, apontando que as expectativas são de novo relaxamento monetário pela autoridade europeia enquanto o BC americano mantém postura cautelosa.

 

"Espera-se que o BCE corte taxas de juros pela sétima vez e o atrasado Jerome Powell do Fed, sempre atrasado e errado, emitiu uma mensagem errada ontem que foi uma completa bagunça", escreveu Trump, em referência a participação do presidente do BC americano em evento do Clube Econômico de Chicago na quarta-feira, 16.

 

O republicano argumentou que os preços do petróleo e de alimentos, incluindo ovos, estão "baixos" e que os "EUA estão ficando ricos com as tarifas". Trump defendeu que o Fed deveria ter começado a baixar juros "muito tempo atrás" e que "com certeza deveria reduzir agora".

 

"O término do mandato de Powell não pode vir rápido o suficiente", disse, sinalizando expectativa de substituir o presidente do BC americano. Nesta semana, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, revelou que pretende entrevistar candidatos para o cargo de Powell dentro de seis meses e que discute o assunto com Trump "a todo momento".

O ministro de Política Econômica e Fiscal e principal negociador do Japão, Ryosei Akazawa, afirmou que entende que os Estados Unidos esperam fechar um acordo sobre as tarifas em 90 dias, mas não tem certeza da rapidez com que as discussões progredirão, após reunião com o presidente americano, Donald Trump, em Washington. No entanto, o representante japonês disse que os países querem chegar a conclusões "o mais breve possível".

 

Segundo Akazawa, em reunião, o republicano falou sobre as medidas tarifárias americanas e que as negociações com o Japão são "uma prioridade máxima". "Os dois países concordaram em realizar outra conversa até o final deste mês", acrescentou, sem divulgar detalhes das medidas discutidas. O ministro afirmou que solicitou aos EUA a revisão de todas as suas tarifas, incluindo as sobre carros, aço e alumínio. Fonte: Dow Jones Newswires.

A American Express teve lucro líquido de US$ 2,58 bilhões no primeiro trimestre de 2025, 6% maior do que o ganho de US$ 2,44 bilhões apurado em igual período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira, 17. Entre janeiro e março, a companhia americana de cartões de crédito registrou lucro por ação de US$ 3,64, superando a previsão de analistas compilados pela FactSet, de US$ 3,48 por ação.

 

A receita antes de despesas com juros da Amex, como a empresa também é conhecida, teve expansão anual de 7% no trimestre, a US$ 16,97 bilhões, superando levemente o consenso da FactSet, de US$ 16,94 bilhões.

 

Para 2025, a Amex reiterou expectativas de que o lucro por ação fique entre US$ 15 e US$ 15,50 e de que a receita cresça entre 8% e 10%.

 

Às 8h25 (de Brasília), a ação da Amex caía 1,6% no pré-mercado de Nova York.

A Eletrobras divulgou no fim da tarde desta quarta-feira, 16, a segunda "Carta aos Acionistas" em menos de uma semana, enquanto esquenta a disputa pelos assentos no conselho de administração para o biênio 2025-2027, a ser eleito em assembleia-geral de acionistas no próximo dia 29.

 

O novo documento, assinado pelo presidente do conselho, Vicente Falconi, detalha mais um pouco do processo sucessório do colegiado e reforça o pedido para que os acionistas votem favoravelmente à lista de candidatos recomendada pela administração.

 

"Os nomes que constam da lista proposta pela administração foram cuidadosa e meticulosamente pensados e estudados e levaram em conta o atual estágio de desenvolvimento da Eletrobras", diz.

 

O texto também afirma que a renovação proposta para o Conselho visa à ampliação de competências e experiências "sem perder o conhecimento específico acumulado em áreas essenciais aos desafios empresariais e do setor elétrico". Cita também um equilíbrio entre experiência setorial, diversidade de gênero e representatividade de populações historicamente sub-representadas, como o grupo LGBTQI+.

 

Processo desde novembro

 

Segundo o documento, a empresa vem conduzindo um processo "estruturado e transparente de sucessão" desde novembro de 2024, por meio do Comitê de Pessoas e Governança e do conselho de administração. O texto destaca que o trabalho é ancorado na atuação das consultorias externas independentes Spencer Stuart e Korn Ferry.

 

Lembra também que a sucessão leva em conta a perspectiva de conclusão do processo judicial com a União - que culminou na assinatura de um termo de conciliação que também deve ser aprovado pelos acionistas no dia 29 - e a superação dos principais desafios e reformas estruturantes pós-privatização, o que coloca a Eletrobras no desafio de avançar na implantação de seu novo modelo de negócios e gestão.

 

Na carta, Falconi indica que o processo seguiu suas "diretrizes diretas", numa resposta indireta a críticas de que não estaria envolvido no processo desde o início. Também reafirma que foram feitas interações do Comitê de Pessoas e Governança com inúmeros acionistas para obter perspectivas, opiniões e expectativas a respeito do direcionamento estratégico da companhia e do processo sucessório. Reitera, ainda, a construção de uma Matriz de Competências e a realização de avaliações de desempenho dos atuais conselheiros, feitas no modelo 360°.

 

"Além de considerarmos nossos acionistas no planejamento sucessório, igualmente capturamos os inputs individuais de cada um dos membros atuais do CA. Considerando a importância da dinâmica e dos comportamentos para o funcionamento saudável e eficiente de um órgão colegiado, ouvimos cada um dos conselheiros sobre suas percepções a respeito da relevância do papel desempenhado por seus pares, de sua dedicação de tempo à agenda e aos temas da companhia, e de suas efetivas contribuições à qualidade das discussões estratégicas e ao processo decisório", afirma. "E a Proposta de Administração apresentada aos acionistas traduz justamente o resultado deste intrincado e complexo processo", acrescenta.

 

A carta destaca a indicação, feita por acionistas, de Pedro Batista e Carlos Ferreira, e afirma que a incorporação desses nomes à lista final de indicados pela administração foi feita após plena avaliação, por demonstrarem aderência ao perfil buscado na matriz de competências.

 

"Esse diálogo aberto, construtivo e transparente comprova nosso comprometimento com a inclusão de perspectivas diversas e com o fortalecimento da confiança entre a companhia e seus investidores", disse.

 

Outras indicações

 

Numa segunda parte da carta, o presidente do conselho da Eletrobras afirma que as indicações formuladas por acionistas para concorrer a cargos não foram motivadas por interações prévias destes com o conselho de administração e alerta que nenhum desses candidatos deve ser considerado como representante dos minoritários, uma vez que a companhia não dispõe de um acionista majoritário ou grupo de acionistas controladores.

 

Falconi também diz lamentar "certos pronunciamentos públicos". A carta não faz menção ao advogado e atual conselheiro, Marcelo Gasparino, que tem reclamado publicamente sobre o processo de seleção da lista indicada pela administração. Mas o texto diz que "nunca seremos coniventes com a falta da verdade e com a distorção de fatos, especialmente quando denotam pronunciamentos absolutamente contraditórios aos posicionamentos adotados oficialmente na mesa e nas atas das reuniões, e absolutamente oportunísticos, midiáticos e intempestivos, que denotam uma preocupação com a candidatura eleitoral, e não com os reais interesses da Companhia.

 

Gasparino não está nessa lista e busca se eleger por fora, com o apoio de quatro fundos que controlam pouco mais de 0,5% das ações. Ele obteve a recomendação de voto da consultoria de voto ISS, que influencia investidores estrangeiros, que têm quase 60% das ações.

 

Em resumo, em entrevista ao Estadão/Broadcast, Gasparino disse que a lista da administração seria resultado de uma "dominância" nociva de um grupo de acionistas privados sobre os demais, o que ameaçaria o conceito de "corporation" (capital pulverizado) buscado desde a privatização. Ele também rebate a posição de que não teria todas as competências técnicas adequadas para atuar no setor elétrico, citando longa lista de participações em empresas do setor nos últimos anos.

 

"A despeito de reconhecer a legitimidade, do ponto de vista societário, das indicações formuladas pelos acionistas sem alinhamento prévio com o conselho de administração, entendemos que os candidatos propostos pela administração traduzem os melhores interesses dos acionistas e da própria companhia, especialmente porque as mudanças necessárias já foram cuidadosamente analisadas e estão incorporadas na lista proposta para esse ciclo, buscando exatamente evitar grandes rupturas que possam eventualmente comprometer o objetivo da Eletrobras de se tornar uma das maiores provedoras de soluções energéticas mundiais", conclui.


Depois de 42 dias afastado, Neymar retornou à equipe titular do Santos nesta quarta-feira, 16, mas apenas 32 minutos em campo foram o suficiente para o camisa 10 sofrer nova lesão muscular na coxa esquerda, que deve afastá-lo dos gramados por, ao menos, mais um mês. O novo episódio faz com que, desde a Copa do Mundo de 2022, o atacante não tenha 30 partidas disputadas, somando passagens por Paris Saint-Germain, Al-Hilal, seleção brasileira e Santos.

Pelo PSG, clube que deixou em 2023, Neymar entrou em campo em oito oportunidades e quatro com a camisa da seleção brasileira. Pelo Al-Hilal, foram sete partidas entre 2023 e 2024. O Santos, em 2025, é o clube que o camisa 10 mais defendeu nos últimos anos, com nove jogos disputados.

Desde o Mundial no Catar, Neymar soma 28 jogos, seja como titular ou iniciando jogo no banco de reservas. Nesse período, foram nove gols e 13 assistências - média de 0,78 participação em gol. O maior problema do camisa 10 se deu na Arábia Saudita, quando ficou afastado 369 dias dos gramados, após uma ruptura do ligamento no joelho.

Antes e após essa lesão, Neymar entrou em rota de colisão com Jorge Jesus, técnico do Al-Hilal. Quando foi contratado, no início da temporada 2023/2024, o português não o utilizou desde o primeiro. Do outro lado, o atacante foi convocado pelo técnico Fernando Diniz para os duelos da seleção brasileira nas Eliminatórias, antes mesmo de estrear na Arábia Saudita. Em um destes jogos, diante da Bolívia, jogou os 90 minutos, marcou dois gols e superou Pelé como o maior artilheiro da equipe nacional.

Pelo Al-Hilal, Neymar conseguiu disputar cinco partidas em 2023, antes de sofrer lesão ligamentar do joelho em partida do Brasil contra o Uruguai, em outubro daquele ano. Em seu retorno, no ano seguinte, não foi inscrito pelo Al-Hilal para a disputa do Campeonato Saudita e pôde disputar dois jogos da Liga dos Campeões Asiática, antes de sofrer nova lesão na coxa.

"É um jogador que não deixa dúvidas a ninguém, de top mundial. Mas a verdade é que fisicamente não tem conseguido acompanhar a equipe. Não é fácil", afirmou Jesus, em janeiro de 2025. Pouco tempo depois, sem ser utilizado pelo treinador português, Neymar chegou a um acordo com Marcelo Teixeira e o Santos para um contrato de seis meses, até junho deste ano.

Mas, além do problema no joelho e da lesão na coxa no Al-Hilal, Neymar ainda precisou passar por cirurgia no tornozelo direito, que o tirou de 130 dias no Paris Saint-Germain. Na volta ao Brasil, duas novas lesões encurtam o número de partidas disputadas pelo atacante com a camisa santista.

NOVO PROBLEMA NO SANTOS

A lesão contra o Atlético-MG, nesta quarta-feira, é a segunda do atacante desde seu retorno ao Santos. Depois de ser peça importante na reta final do Paulistão, auxiliando a equipe de Pedro Caixinha a chegar à semifinal, teve um edema na coxa esquerda que o afastou dos gramados por 42 dias. Nesse retorno, somou 45 minutos contra o Fluminense (derrota por 1 a 0) vindo da reserva, e 32 minutos, como titular, diante do Atlético.

O desempenho do atacante frustra o Santos, que prioriza a condição física de Neymar desde que assinou contrato até junho, no início desta temporada. Depois de entrar gradualmente nas partidas do Paulistão, passou por um plano de recuperação física em função de um edema na coxa esquerda. Inicialmente, esperava que ele estivesse à disposição do técnico português a partir da primeira rodada do Brasileirão, mas só pode retornar na terceira rodada, no Maracanã, contra o Fluminense.

Na volta, apenas 45 minutos não foram "suficientes" para salvar o cargo de Caixinha, demitido no dia seguinte da derrota para o Fluminense. Contra o Atlético-MG, o departamento médico do clube deu o aval para que César Sampaio escalasse o camisa 10 - que utilizou o número 100 na partida, em alusão a seu 100º jogo na Vila Belmiro - desde o primeiro minuto.

"Ainda é muito precoce dar uma posição, não tem diagnóstico, isso será feito amanhã (quinta-feira). É uma perda importantíssima. É uma lesão no mesmo local (músculo da coxa esquerda). Vamos orar bastante para que ele não fique ausente muito tempo", disse o técnico interino Cesar Sampaio.

O clube confirmou que o atleta sentiu uma lesão no músculo posterior da coxa esquerda e que ele passará por exames de imagem para definir a gravidade. O problema é na mesma região que o afastou por quase dois meses dos gramados recentemente, após retornar de recuperação pós-cirurgia no ligamento do joelho O edema na coxa esquerda não era de maior gravidade, mas havia o risco de ruptura no músculo.

Neymar reclamou do incômodo após o primeiro gol do Santos, marcado por Zé Ivaldo, aos 24 minutos. Ainda tentou continuar em campo, mas sucumbiu três minutos depois, no lance em que o argentino Barreal marcou o segundo gol da partida. Na comemoração, Neymar se ajoelhou, chorou e precisou ser ajudado por Gil. Ele acabou saindo, aos 32 minutos do primeiro tempo, para entrada de Rollheiser.

 

Depois de dois jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro volta a campo para se reabilitar. Nesta quinta-feira, às 21h30, recebe o Bahia no Mineirão, em Belo Horizonte (MG), em duelo que finaliza a quarta rodada. Os adversários seguem invictos, mas ainda não venceram.

 

O Cruzeiro estreou bem na competição ao superar o Mirassol por 2 a 1 no Mineirão. Entretanto, nos dois jogos fora de casa não venceu. Perdeu para o Internacional, por 3 a 0, e empatou com o São Paulo, por 1 a 1, somando quatro pontos na zona intermediária da tabela. A motivação agora é manter os 100% de aproveitamento como mandante.

 

O técnico Leonardo Jardim pode ter o retorno do atacante Juan Dinenno, que não joga desde agosto por conta de lesão no joelho. Naturalmente, ele deve iniciar no banco e, se entrar, apenas nos minutos finais.

 

O meia Japa também faz transição física, mas ainda segue fora. O atacante Yannick Bolasie não treinou na quarta-feira e é dúvida por conta de uma inflamação no joelho. Por outro lado, o zagueiro Jonathan Jesus, que cumpriu suspensão por expulsão, pode voltar ao time titular.

 

Jardim admitiu que ainda está se adaptando à pressão constante no futebol brasileiro, mas elogiou a resposta do elenco. "No Brasil, estou me adaptando, é pressão todo dia. O futebol brasileiro vive dessa emoção à flor da pele, logo na quarta rodada. Mas os jogadores tiveram atitude dentro do campo, é o que profissionais devem fazer. Não se joga falando."

 

O Bahia não perdeu, mas também não venceu até agora. O time empatou por 1 a 1 com o Corinthians, em casa, depois com o Santos, por 2 a 2, fora, e por fim com o Mirassol, por 1 a 1, novamente em casa. Assim, tem três pontos e busca a primeira vitória.

 

O técnico Rogério Ceni tem desfalques certos e precisará mudar a escalação. Os zagueiros Kanu e Gabriel Xavier estão fora por lesões musculares. O lateral-esquerdo Iago Borduchi e o meia Michel Araújo fazem transição e o atacante Lucho Rodríguez se recupera de cansaço muscular.

 

Com isso, a defesa será formada por David Duarte e Ramos Mingo. O treinador também pode promover entradas de Rezende, Erick e Cauly para iniciar com um time mais descansado, mas isso não está confirmado.

 

Ceni deu uma bronca no elenco após mau início diante do Mirassol e pediu melhora. "A postura que entramos foi determinante para o empate. Não podemos nos dar ao luxo de entrar tão fora de foco como entramos nos primeiros 20, 25 minutos. Precisamos corrigir para buscar nossa primeira vitória."

 

FICHA TÉCNICA

 

CRUZEIRO X BAHIA

 

CRUZEIRO - Cássio; Fagner, Fabrício Bruno, Jonathan Jesus e Kaiki Bruno; Lucas Romero, Lucas Silva, Christian e Matheus Pereira; Kaio Jorge e Wanderson. Técnico: Leonardo Jardim.

 

BAHIA - Ronaldo; Santiago Arias, David Duarte, Ramos Mingo e Luciano Juba; Caio Alexandre, Jean Lucas e Everton Ribeiro; Cauly (Ademir), Erick Pulga e Willian José. Técnico: Rogério Ceni.

 

ÁRBITRO - Flavio Rodrigues de Souza (SP).

 

HORÁRIO - 21h30.

 

LOCAL - Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

O técnico interino do Santos, Cesar Sampaio, não escondeu a apreensão ao ser questionado sobre a nova lesão de Neymar, sofrida, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro, durante o primeiro tempo da vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-MG pelo Campeonato Brasileiro.

 

"Infelizmente, ainda é muito precoce dar uma posição, não tem diagnóstico, isso será feito amanhã (quinta-feira). É uma perda importantíssima. É uma lesão no mesmo local (músculo da coxa esquerda). Vamos orar bastante para que ele não fique ausente muito tempo", disse Cesar Sampaio, em entrevista coletiva.

 

Neymar, que deixou o campo chorando, ficou de fora do time do Santos por mais de 40 dias. Se o tempo de recuperação da lesão for semelhante, o jogador já é dúvida para integrar a seleção brasileira nos próximos jogos em junho, diante de Equador e Paraguai, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo.

 

Pelo Santos, Neymar já vai ficar de fora do clássico de domingo, às 16 horas, diante do São Paulo, no MorumBis, pela quinta rodada do Brasileirão, competição na qual o time de Vila Belmiro ocupa a 12ª colocação, com quatro pontos ganhos.

Abel Ferreira afirmou que existe um "dano colateral muito grande" por ter se tornado o primeiro técnico da história do Palmeiras a ganhar dois jogos no Beira-Rio. Depois da vitória sobre o Inter, nesta quarta-feira, pelo Campeonato Brasileiro, o treinador citou Pep Guardiola e Carlo Ancelotti para justificar as recentes derrotas do time alviverde, vice-campeão paulista e que em 2024 falhou nas Copas e no Brasileirão.

 

"As pessoas colocam todas as expectativas na sua mão e esperam que eu ganhe sempre, todos os anos, a mesma quantidade de títulos. Nem Guardiola e Ancelotti ganham, os melhores do mundo. Eu também não vou ganhar", disse o treinador português.

 

Apesar do desabafo, o treinador disse não se preocupar com a pressão incessante por vitórias, com a qual se habituou, já que completará cinco anos de Palmeiras em outubro. "Mas parece que o Palmeiras e o Abel têm que ganhar todas", ironizou. "Isto não me preocupa, preocupa saber que eu trabalho com qualidade, que ajudo meus jogadores. Não é porque ganhamos aqui que somos melhores agora do que quando perdemos a final contra o Corinthians."

 

O português afirmou se orgulhar de manter o time competitivo, ainda que as taças não venham em profusão como antes. "O Palmeiras está sempre competindo. Ano passado, competimos na Copa do Brasil e fomos eliminados pelo campeão. Competimos na Libertadores e fomos eliminados pelo campeão. Fomos até a última rodada e perdemos o campeonato em casa para o Botafogo. O Palmeiras está lá, vamos ser verdadeiros."

 

Vice-líder do Brasileirão, com os mesmos 10 pontos do Flamengo, mas em desvantagem por causa do saldo de gols, o Palmeiras emendou a quinta vitória seguida na temporada, a terceira no Brasileirão. Trata-se do melhor momento do time em 2025.

 

A equipe volta a jogar no domingo, quando encara o Fortaleza às 18h30, no Castelão, pela quinta rodada do Brasileirão.

O título do Campeonato Paulista faz parte do passado. A derrota para o Fluminense, por 2 a 0, a segunda consecutiva no Campeonato Brasileiro, nesta quarta-feira, na Neo Química Arena, deixa a situação quase insustentável para o técnico Ramón Díaz no Corinthians. Outro resultado que não seja uma vitória sobre o Sport, sábado, de novo em Itaquera, deverá decretar a demissão do treinador argentino.

 

Depois do bom desempenho no segundo turno do Brasileirão no ano passado, a equipe se sagrou campeã paulista, mas fracassou na Libertadores e vai mal na sul-americana e no Nacional.

 

"O importante neste momento é o time não perder a calma e mantenha a confiança. Abaixar a guarda não seria bom para ninguém. Vamos fazer com que a equipe recupere o espírito de anteriormente", disse Ramón ainda mostrando otimismo para a sequência dos jogos.

 

Aparentemente desconfortável na entrevista coletiva, Ramón viu filho e assistente, Emiliano, revelar que o time sentiu a derrota para o Palmeiras. "O golpe no clássico foi duro para nós. Oscilações no rendimento da equipe são normais, mas não estamos acostumados a perder dois jogos seguidos. Este grupo precisa e vai reagir rápido."

Com Bruno Henrique, um de seus principais jogadores, indiciado por manipulação de resultados, Filipe Luís foi assertivo no quanto é contra as casas de apostas em lugares de destaque no futebol. Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 16, após a vitória por 6 a 0 sobre o Juventude no Brasileirão, o técnico do Flamengo disse que, no futuro, não vê os clubes sendo patrocinados por essas plataformas, como era com o cigarro nos tempos antigos, e revelou que já recusou propostas do tipo pelo "dano" que causa nas pessoas.

 

Antes de fazer qualquer análise sobre o placar elástico que conquistou no Maracanã, ele foi questionado sobre a investigação pela qual o atacante está passando, suspeito de ter forçado cartões amarelos para beneficiar familiares em apostas. Para o ex-treinador, o fato de 18 de 20 clubes do Campeonato Brasileiro exibirem as 'bets' em seus uniformes é muito semelhante à da Fórmula 1 nos anos 1980 e 1990, quando gigantes do tabaco 'pintavam' os carros da categoria.

 

"Todos os carros tinham patrocínios de cigarros", relembrou Filipe Luís na coletiva, revelando, em seguida, que poderia ser patrocinado por casas de apostas, caso quisesse. "Eu já recebi várias propostas, mas eu sei o vício que causa em umas pessoas. É uma droga", afirmou o técnico, projetando que esse cenário não deve continuar no futuro. "Daqui a 20 anos vamos olhar e pensar como todos os clubes tinham patrocínio de casas de apostas", disse o treinador.

 

"Nós não temos noção do dano. Do dano que está causando em muitas pessoas", continuou Filipe Luís, evocando ainda um vídeo publicado por Diego Ribas no Instagram, do qual se disse completamente de acordo. "Não incentivo as pessoas a participarem desse mundo pela dependência química que ela traz em todas as áreas da vida. E a casa de aposta traz algo a mais, a ilusão do benefício financeiro. O final disso é terrível", disse o antigo meio-campista na postagem citada.

 

O Flamengo alertou seus jogadores sobre apostas esportivas 20 dias antes de Bruno Henrique ser indiciado por, supostamente, ter forçado cartões amarelos em jogos previamente combinados com familiares, que teriam tido retorno financeiro. Filipe Luís reforçou essa atitude do clube e contou que a prática já é antiga na Europa. "Desde 2015, 2016, falavam sobre nossa conduta, e o Flamengo fez isso esse ano. Os jogadores estão cada vez mais instruídos."

 

Falando sobre o atacante, o comandante rubro-negro pediu que seja respeitada a presunção de inocência e revelou que ele não está afetado por toda a situação. "Está normal, absolutamente normal. A única coisa que pedimos é a presunção de inocência. Uma pessoa que tem o direito de se defender das acusações."

 

Em campo, ele garante que conta com Bruno Henrique pelo retorno técnico. Antes da volta de Pedro, que marcou dois gols contra o Juventude, ele atuou como centroavante em diversos jogos e foi decisivo nos títulos recentes da Copa do Brasil, Supercopa do Brasil e Campeonato Carioca. "Enquanto ele estiver disponível, é um jogador muito importante", concluiu Filipe Luís.

Finanças

As Melhores

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Diplomatas americanos e europeus se reuniram nesta quinta-feira, 17,em Paris para discutir um possível acordo de cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia. As reuniões incluirão o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o enviado Steve Witkoff, assim como o presidente da França, Emmanuel Macron, e autoridades ucranianas.

Segundo um comunicado do Departamento de Estado dos EUA, Rubio e Witkoff terão conversas para promover o objetivo do presidente Trump de encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia.

As reuniões ocorrem em um momento em que crescem as preocupações sobre a prontidão de Trump em se aproximar da Rússia, buscando intermediar um cessar-fogo na Ucrânia, e outras medidas de seu governo, desde tarifas sobre alguns de seus parceiros mais próximos até a retórica sobre a Otan e a Groenlândia.

O assessor presidencial ucraniano, Andrei Yermak, o ministro das Relações Exteriores, Andrei Sybiha, e o ministro da Defesa, Rustem Umerov, também chegaram a Paris nesta quinta-feira para participar das conversas.

Yermak descreveu os encontros como "uma série de reuniões bilaterais e multilaterais com representantes dos estados da coalizão dos dispostos que são capazes de garantir a segurança". A delegação ucraniana também se reunirá com autoridades americanas, disse Yermak.

Coalizão

Cerca de 30 países, liderados pelo Reino Unido e pela França, vêm discutindo uma possível coalizão para policiar qualquer futuro acordo de paz com a Rússia. O sucesso da operação da coalizão depende do apoio dos EUA com poder aéreo e assistência militar, mas o governo Trump não se comprometeu publicamente a fornecer qualquer ajuda.

O Secretário de Relações Exteriores britânico, David Lammy, também participa das discussões sobre a Ucrânia, juntamente com o assessor de política externa do governo alemão e o diretor político do Ministério das Relações Exteriores.

Macron terá reuniões separadas com Rubio e Witkoff. O presidente francês planeja discutir também o impacto das políticas tarifárias de Trump e os conflitos no Oriente Médio, "numa lógica de desescalada na região", afirmou o gabinete de Macron.

Ofensiva russa

Autoridades do governo ucraniano e analistas militares afirmaram que as forças russas estão se preparando para lançar uma nova ofensiva militar nas próximas semanas para maximizar a pressão sobre Kiev e fortalecer a posição de negociação do Kremlin em um possível cessar-fogo.

Várias rodadas de negociações foram realizadas na Arábia Saudita entre representantes de Washington e Moscou. Na semana passada, Witkoff se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin.

Moscou se recusou efetivamente a aceitar um cessar-fogo abrangente que Trump impulsionou e que a Ucrânia endossou. A Rússia o condicionou à interrupção dos esforços de mobilização da Ucrânia e do fornecimento de armas ocidentais, exigências rejeitadas pela Ucrânia.

De acordo com o jornal americano The Washington Post, a Rússia deve anunciar o fim do cessar-fogo energético com Kiev.

Embora o cessar-fogo limitado que começou no mês passado tenha abrangido apenas a infraestrutura energética, a medida foi descrita pela equipe de negociação de Trump como um passo importante rumo a uma trégua total. No entanto, a pausa foi criticada por sua imprecisão e pelas contradições entre Rússia, Ucrânia e Estados Unidos em aspectos-chave - incluindo a data em que entrou em vigor e o que foi abordado.

O Kremlin afirma que o cessar-fogo parcial - ao qual se refere como uma moratória temporária sobre ataques à infraestrutura energética - começou em 18 de março. Mas a Ucrânia afirma que a pausa começou uma semana depois, em 25 de março.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que a "moratória" está prestes a expirar e acusou a Ucrânia de não cumpri-la. Ele acrescentou que o presidente russo, Vladimir Putin, tomará uma decisão nos próximos dias. (Com agências internacionais).

 

A União Europeia reformulou nesta quarta-feira, 16, sua lista de países considerados "seguros", uma medida que serve para limitar a possibilidade de asilo para cidadãos de sete países e acelerar suas deportações. A relação é composta por Kosovo, Bangladesh, Colômbia, Egito, Índia, Marrocos e Tunísia.

 

Em princípio, cidadãos dos sete países não terão prioridade em pedidos de asilo e poderão ser deportados mais facilmente. A iniciativa também abre caminho para que o bloco mantenha os imigrantes de nacionalidades com poucas chances de obter asilo aguardarem o trâmite em centros fora da UE, um modelo similar à parceria entre Itália e Albânia, que virou alvo de contestações na Justiça.

 

Dos países da lista, Kosovo é o único que não é reconhecido por cinco membros da UE - Espanha, Romênia, Eslováquia, Grécia e Chipre. Os sete listados ontem estão entre os países que registraram mais pedidos de asilo nos últimos anos.

 

Em 2024, os colombianos foram a quarta nacionalidade com mais solicitações, em sua maioria para a Espanha. Cidadãos de Bangladesh ficaram em sexto lugar em pedidos de asilo e lideraram as travessias clandestinas pelo Mediterrâneo Central. Egito e Marrocos completam o ranking de pedidos (9.ª e 10.ª posições, respectivamente) e servem como ponte para a Europa.

 

Emergência

 

O comissário europeu para a Migração, Magnus Brunner, declarou que vários Estados da UE "enfrentam um acúmulo significativo de pedidos de asilo". "Tudo o que pudermos fazer para tornar as decisões mais rápidas é essencial", disse.

 

A UE já havia apresentado uma lista semelhante em 2015, mas ela foi abandonada em razão de divergência sobre a inclusão da Turquia. Vários países adotaram suas próprias listas e nunca houve consenso para uma unificação.

 

A ONG EuroMed Rights criticou a lista da UE, que considerou "perigosa" devido ao histórico de Marrocos, Egito e Tunísia. Segundo a ONG, esses países "são conhecidos por violações dos direitos humanos". "Dizer que são seguros é perigoso", afirmou a ONG no X.

 

A decisão ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento Europeu e pelos 27 países do bloco. Ontem, um porta-voz da Comissão Europeia disse que a lista será "dinâmica" e os países do bloco também poderão criar suas próprias relações. A França, por exemplo, também considera Mongólia, Sérvia e Cabo Verde como países seguros.

 

Pressão

 

Vários governos do bloco pressionavam a Comissão Europeia a reduzir o número de chegadas e facilitar as deportações. Em março, um projeto de reforma do sistema de imigração foi apresentado, abrindo caminho para que os países-membros estabeleçam centros de acolhimento fora da Europa.

 

Além disso, a UE propôs o reconhecimento mútuo dentro do bloco das decisões relacionadas ao assunto. Sendo assim, uma medida tomada na Áustria sobre a deportação de uma pessoa deve ser implementada na Espanha e em Portugal. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia, mulher do ex-presidente Ollanta Humala, desembarcou no Brasil nesta quarta-feira, 16, após receber asilo diplomático do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Na terça-feira, 15, ela e o marido foram condenados a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro, em um desdobramento da Lava Jato no Peru.

 

O ex-presidente peruano foi à audiência no tribunal e saiu de lá preso. Nadine não compareceu. Em vez disso, ela se dirigiu à Embaixada do Brasil em Lima com seu filho, Samir Humala Heredia, de 14 anos. O pai foi presidente do Peru entre 2011 e 2016. De centro-esquerda, ele tinha boas relações com Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT).

 

Segundo o Ministério Público peruano, Humala e Nadine teriam recebido propinas da Odebrecht (atualmente Novonor), que era responsável por grandes obras públicas no Peru. Além disso, o casal também teria recebido dinheiro para financiar campanhas eleitorais enviado pela ditadura venezuelana.

 

Fuga

 

Logo após a condenação, Nadine deu entrada na Embaixada do Brasil em Lima com pedido de asilo diplomático. Lula teria aceitado e obteve um salvo-conduto da presidente do Peru, Dina Boluarte, para que a ex-primeira-dama deixasse o Peru.

 

A negociação foi tão rápida que se especulou que ambos os governos haviam acertado a medida antes do pedido ser feito. Tanto que um avião da FAB já estava em Lima para levar Nadine a Brasília.

 

A presidente peruana é uma camaleoa da política local. Ela era vice de Pedro Castillo, um professor socialista e líder sindical religioso, que era contra a descriminalização do aborto, o casamento gay e os diretos LGBT+. Ele tentou um autogolpe para evitar o impeachment e acabou destituído, com menos de um ano no cargo.

 

Boluarte, então, deu uma guinada à direita para se sustentar no Congresso, adotando posições conservadoras. Ela não explicou porque concedeu o salvo-conduto a Nadine, condenada por corrupção.

 

Precedente

 

Na terça-feira, 15, a chancelaria do Peru disse apenas que o Brasil aceitou o pedido com base na Convenção sobre Asilo Diplomático, de 1954, da qual ambos os países são signatários. A advogada e ex-deputada Rosa Bartra, no entanto, questiona a validade do argumento.

 

O Artigo 3.º da convenção, lembra Bartra, veta o asilo para pessoas processadas ou condenadas por crimes comuns - ela também criticou o tribunal peruano por mandar Humala para a prisão antes da leitura da sentença, marcada para o dia 29. Analistas, porém, acreditam que o salvo-conduto não teria razões ideológicas.

 

"Foi uma bofetada de Lula no Judiciário peruano", disse o constitucionalista Carlos Torres Caro, à emissora RPP. "Nas entrelinhas, o que ele está dizendo é que, no Peru, se viola os direitos fundamentais. E isso é inaceitável." De acordo com ele, a decisão cria um precedente que a própria Boluarte poderia usar quando ela deixar a presidência, em 2026.

 

Escândalos

 

A presidente peruana é alvo de investigações criminais em dois escândalos: o "Rolexgate" (por receber relógios e presentes de luxo sem declarar) e o "Cofre Presidencial" (desvio de recursos de programas sociais). "Há mais de 20 funcionários públicos de alto escalão que poderiam se beneficiar do precedente. Não ficaria surpreso se Boluarte estivesse preparando seu próprio terreno", disse Torres Caro.

 

Nadine desembarcou na Base Aérea de Brasília no fim da manhã e teve reuniões com autoridades brasileiras para regularizar seu status legal. Na ocasião, ela requereu refúgio, para poder impedir temporariamente a extradição - o asilo diplomático serviu para que ela entrasse na embaixada e negociasse o salvo-conduto.

 

Com o pedido de refúgio, o caso será deliberado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que delibera sobre os casos e a quem Nadine deve demonstrar um "fundado temor de perseguição", sob pena de ter o status negado.

 

Tratamento

 

A ex-primeira-dama também deverá informar ao governo sobre seus planos de permanência no País - ainda não se sabe, por exemplo, onde ela pretende morar. Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, será o advogado de Nadine no Brasil. Ele disse ontem à agência Reuters que ela chegou à noite em São Paulo, onde será submetida ao tratamento de um câncer. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A chegada da Páscoa movimenta mercados, confeitarias e, claro, os corações dos chocólatras de plantão. Os ovos de chocolate, símbolos da data, ganham versões cada vez mais criativas — recheados, gourmetizados, gigantes — e nem sempre amigáveis à saúde. Mas será que é possível aproveitar a Páscoa sem comprometer o bem-estar?

Segundo nutricionistas, a resposta é sim — desde que com equilíbrio. “O chocolate, especialmente o meio amargo ou amargo, pode oferecer benefícios à saúde se consumido com moderação. Ele contém antioxidantes e pode até ajudar no humor por estimular a liberação de serotonina”, explica a nutricionista funcional Camila Ribeiro.

O problema está no excesso

O grande desafio da Páscoa está nos excessos. Uma única fatia de ovo de chocolate recheado pode conter mais calorias e açúcar do que o recomendado para um dia inteiro. O consumo elevado pode causar desde picos glicêmicos até desconfortos gastrointestinais, especialmente em crianças.

“O açúcar em grandes quantidades sobrecarrega o fígado, altera o metabolismo e aumenta o risco de doenças crônicas como diabetes e obesidade”, alerta o endocrinologista Dr. Marcos Albuquerque.

Como manter o equilíbrio?

Para quem quer curtir a Páscoa sem culpa, especialistas sugerem algumas estratégias simples:

  • Opte por chocolates com maior teor de cacau (acima de 60%), que contêm menos açúcar e mais flavonoides antioxidantes;

  • Fique atento ao tamanho das porções. Dividir o ovo em pequenas partes ao longo dos dias é melhor do que consumir tudo de uma vez;

  • Evite chocolates com recheios ultraprocessados, como cremes artificiais ou com muitos aditivos químicos;

  • Incentive as crianças à moderação, substituindo parte dos doces por atividades lúdicas ou presentes simbólicos;

  • Inclua frutas no cardápio da Páscoa, como alternativa doce e nutritiva.

Saúde emocional também importa

A Páscoa é um momento de renovação e encontro. O chocolate, muitas vezes, está associado ao afeto e às memórias afetivas. “Proibir totalmente pode gerar mais ansiedade do que benefícios. O importante é ensinar escolhas conscientes, especialmente às crianças”, afirma Camila.

Portanto, a melhor dica é: saboreie, compartilhe e não transforme o prazer da Páscoa em culpa. Afinal, saúde também é equilíbrio — e isso vale até na hora de abrir o ovo de chocolate.

Considerada multifatorial, a saúde mental encontra na alimentação saudável um dos pilares para o seu bom desempenho e bem-estar. Tudo o que comemos, impacta na química cerebral e alguns alimentos influenciam desde a produção de neurotransmissores – como a serotonina – até os níveis de inflamação e de estresse oxidativo. É o que explica a nutricionista Dra. Aline Maldonado e o psicólogo Paulo Henrique Nunes, ambos consultados pela Josapar – detentora das marcas Tio João e Meu Biju – para esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto.

Segundo os especialistas, alimentação e saúde mental devem caminhar de mãos dadas, pois ao garantir uma dieta equilibrada, com nutrientes essenciais e bons hábitos diários, maior será o bem-estar e o bom humor. Em contrapartida, dietas ricas em alimentos ultraprocessados, açúcar refinado e gorduras saturadas podem aumentar os níveis de inflamação no corpo e no cérebro, afetando a clareza mental, a regulação emocional e cognitiva.

“Para que o organismo se mantenha em equilíbrio, se faz necessário estar nutrido, principalmente com vitaminas e nutrientes essenciais encontrados na alimentação natural e saudável. A falta ou o excesso de alimentos, exacerbam alguns sintomas emocionais, como as crises de ansiedade e irritabilidade, especialmente em longos períodos de privação de comida. Temos o consenso de garantir ao menos três refeições diárias, com diversidade de alimentos, balanceando a quantidade de acordo com a indicação calórica individual de cada pessoa. A máxima de ‘descascar mais e desembalar menos’ é o caminho a ser seguido”, orienta o psicólogo.

Nutrientes e alimentos essenciais para a boa saúde mental

A respeito dos nutrientes que contribuem para o bem-estar mental, Dra. Aline explica que os mais relevantes são o ômega-3, triptofano, magnésio, vitaminas do complexo B e antioxidantes como a vitamina C, E, selênio e zinco, que podem ser facilmente consumidos pelos que priorizam a alimentação natural e variada.

“É aquele básico que funciona, começando pelo tradicional arroz e feijão, alimentos que se complementam e fornecem nutrientes como o triptofano, um precursor da serotonina, vitaminas no complexo B e magnésio. Já o ômega-3 pode ser encontrado em peixes de água fria, como a sardinha e o atum, além de alimentos como a linhaça e a chia. Abacate e espinafre são também fontes de magnésio, assim como carnes e ovos são fontes de vitaminas do complexo B; enquanto as frutas cítricas, castanhas e sementes complementam a carga de antioxidantes necessária”, detalha a nutricionista.

Além dos nutrientes essenciais, Dra. Aline recomenda a adoção de alguns hábitos que podem também impactar na saúde mental. “Precisamos ter atenção à hidratação, que afeta o funcionamento cerebral e contribui para a fadiga e a irritabilidade. Da mesma maneira, comer com atenção plena, saboreando os alimentos, ajuda a reconhecer os sinais de fome e saciedade. Para evitar oscilações de humor, é interessante que se estabeleçam horários regulares para as refeições, pois isso ajuda a manter os níveis de glicose estáveis”.

Comida afetiva e saúde mental

Também conhecida como comfort food, a comida afetiva tem um papel significativo na relação entre alimentação e saúde mental. Paulo Henrique Nunes explica que além dos nutrientes, esses alimentos estão ligados a memórias, emoções e sensações de acolhimento, e devem fazer parte da dieta, com a devida moderação. Segundo ele, mais importante do que impor restrições alimentares, é ter consciência da qualidade do que comemos e o autocontrole para evitar excessos.

“Alimentos doces e ricos em carboidratos trazem lembranças de pessoas e da infância, pois além da sensação imediata de prazer, em virtude do sistema de recompensa cerebral, são carregados de significados da nossa história de vida. Brigadeiros e coxinhas das festas infantis, bolo de vó, hot dog e pizza que lembram encontros sociais, trazem sentimentos de alegria, afeto, e proporcionam um efeito calmante ao liberar a dopamina. Apesar desse alívio temporário, é importante dosá-los e equilibrá-los com ingredientes mais nutritivos no dia a dia. Comer é um ato de cuidado e conexão”, conclui o psicólogo.         

Um novo relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) mostra que a prevalência de autismo cresceu no país, chegando a 1 a cada 31 crianças entre 4 e 8 anos. A pesquisa utiliza os dados mais recentes do monitoramento nacional, de 2022. 

Na edição anterior, com informações de 2020, a prevalência era de 1 a cada 36 crianças. O número tem crescido sucessivamente: em 2018, por exemplo, era 1 diagnóstico a cada 44. O levantamento é um dos principais sobre o número de casos do transtorno no público infantil nos EUA e no mundo

É cada vez mais comum ouvir falar sobre o aumento de diagnósticos de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), tanto entre adultos quanto entre crianças. De acordo com dados da Answer ThePublic, o termo “autismo” e “autismo e TDAH” são pesquisados cerca de 6.600 vezes por mês, o que revela uma crescente busca por informações e suporte sobre essa condição. Décadas atrás, no entanto, o TEA era pouco compreendido, o que levava a diagnósticos errados ou à ausência deles.

Receber um diagnóstico de autismo pode ser um momento desafiador para muitas famílias, mas é apenas o ponto de partida de um percurso que pode ser transformador com o apoio adequado. 

“Quando descobri o autismo do meu filho, senti um abismo imenso e percebi o quanto eu estava despreparada. Debater a questão era algo muito difícil tanto para as escolas, quanto para as famílias e para a sociedade em geral. Tudo é muito complexo, pouco aprofundado, sem contar o emocional. A mãe nunca espera esse tipo de diagnóstico”, pontua Ingrid Monte. 

Com terapias personalizadas, é possível ajudar a criança a desenvolver seu pleno potencial e alcançar uma vida com mais autonomia e independência.

“O mês de abril, conhecido como Abril Azul, é dedicado à conscientização mundial sobre o autismo e reforça a importância de discutirmos esse tema. É fundamental promover a inclusão e o acesso a informações que ajudem pais, cuidadores e a sociedade a compreender melhor o TEA”, explica a Head de Marketing da Genial Care, Érika Mello. 

 

O que é o TEA?

 

O Autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a maneira como uma pessoa percebe e interage com o mundo ao seu redor. Suas principais características incluem dificuldades na comunicação, interação social e padrões de comportamento restritos e repetitivos. Como o espectro é amplo e impacta diversas áreas, cada pessoa manifesta a condição de maneira única, o que torna o acompanhamento personalizado e multidisciplinar essencial.

Para as famílias, o diagnóstico pode gerar muitas emoções, como insegurança e ansiedade, especialmente sobre o futuro da criança. De acordo com um estudo da Genial Care em parceria com a Tismoo.me, 79% dos cuidadores de crianças com autismo expressam grande preocupação com o que está por vir após o diagnóstico. 

“As apreensões podem ser relacionadas tanto ao futuro dessa criança, principalmente em relação à independência e autonomia, quanto de modo mais imediato quais terapias realizar, visto a quantidade de informação que hoje existe a disposição. É relevante, assim sendo, que a família tenha profissionais de confiança que trabalhem com práticas baseadas em evidências para melhor suporte e direcionamento nesse momento inicial.” destaca a Diretora Clínica da Genial Care, Alice Tufolo.

 

A importância da intervenção precoce

 

A intervenção precoce é um dos maiores aliados para o desenvolvimento das crianças com sinais de atraso no desenvolvimento, pois a primeira infância é o momento em que há uma maior plasticidade neuronal - capacidade do cérebro em criar novas conexões . Ela permite que profissionais capacitados, juntamente com a família, estimulem a criança a conquistar habilidades essenciais, prevenindo dificuldades futuras.

O Ministério da Saúde classifica a intervenção como precoce quando ocorre na primeira infância (de 0 a 6 anos). Nesse período, o cérebro infantil apresenta alta neuroplasticidade, o que facilita a aprendizagem e o desenvolvimento quando os estímulos são adequados.

Estudos, como os publicados no Journal of Autism and Developmental Disorders, mostram que intervenções precoces podem melhorar em até 40% os resultados cognitivos e adaptativos. Crianças que recebem os cuidados e estímulos certos desde cedo têm mais chances de desenvolver habilidades fundamentais, como comunicação, interação social e independência.

“Intervenção comportamental, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia e suporte educacional são fundamentais para o desenvolvimento das crianças com TEA. Essas terapias ajudam na construção de habilidades essenciais para a independência e inclusão social. Quando as intervenções são adiadas ou inexistem, as crianças podem enfrentar barreiras significativas em áreas como educação, emprego e relacionamentos”, afirma a Diretora Clínica da Genial Care, Alice Tufolo.

Alice reforça que, embora a intervenção precoce seja crucial, nunca é tarde para buscar apoio. “Desenvolvemos o potencial único de cada criança, por meio de inteligência clínica, para oferecer terapias personalizadas com resultados visíveis. Nossos especialistas caminham lado a lado com as famílias, escutando suas necessidades e fortalecendo a participação da cuidadora no desenvolvimento da criança.”, complementa.

 

Como escolher a clínica certa?

 

A escolha do suporte certo para a criança deve considerar alguns aspectos fundamentais que garantem intervenções eficazes e duradouras. Diante das diversas opções disponíveis, os pais e cuidadores precisam avaliar critérios essenciais antes de iniciar o tratamento especializado, como:

 

  • Base científica: as metodologias escolhidas devem ser comprovadas por pesquisas científicas, como práticas baseadas na Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e Terapia Ocupacional;
  • Profissionais capacitados: profissionais com graduação superior e qualificados que garantem um acompanhamento completo e eficaz;

  • Envolvimento familiar: programas que orientam os pais favorecem o progresso da criança tanto em casa quanto em outros ambientes;
  • Flexibilidade e acessibilidade: o suporte deve se adaptar à rotina da família, facilitando a adesão à intervenção. 

    Terapias multidisciplinares: uma abordagem integrada

     

    A intervenção multidisciplinar, que envolve diferentes áreas da saúde, como Psicologia baseada na ABA, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, é essencial para melhorar a qualidade de vida e a autonomia das crianças com TEA. Essa abordagem permite um tratamento integrado que potencializa as habilidades e o bem-estar da criança, além de beneficiar toda a família.

    Práticas baseadas na  Análise do Comportamento Aplicada (ABA) são altamente eficazes  e  recomendadas pela Organização Mundial da Saúde para pessoas com desenvolvimento atípico. Essa técnica modifica comportamentos e desenvolve habilidades por meio de reforços positivos e estratégias individualizadas. A Fonoaudiologia, por sua vez, foca no desenvolvimento da comunicação e da linguagem, enquanto a Terapia Ocupacional trabalha habilidades motoras e de percepção corporal, impactando diretamente as atividades diárias da criança.

    “Quando essas terapias são integradas e adaptadas às necessidades individuais, os progressos são impressionantes. Não apenas transformam a vida da criança, mas também proporcionam alívio e esperança para as famílias”, afirma a Orientadora e Terapeuta Ocupacional da Genial Care, Alessandra Peres.

    Para Alessandra, investir em soluções personalizadas é essencial para garantir uma intervenção mais eficaz e menos desgastante. “A intervenção no  TEA tem avançado no Brasil e no mundo, mas ainda há muitos desafios a serem superados. A integração de terapias e o uso de tecnologias que apoiam terapeutas e cuidadores podem transformar o cenário, promovendo o desenvolvimento das crianças e melhorando sua qualidade de vida. A busca pelo tratamento certo, respaldado por profissionais qualificados e uma abordagem individualizada, é fundamental para garantir o sucesso na jornada de cada criança com TEA”, finaliza.

Neste domingo de Páscoa, 20 de abril, a cidade de São Paulo será palco de uma celebração que promete emocionar e inspirar: o musical "DYNAMIS", promovido pela HFC Sampa. O espetáculo acontecerá na Igreja Campo de Colheita, localizada na Rua Luiz Gatti, 379, no bairro da Água Branca, com sessões às 10h e às 18h.

Com entrada gratuita mediante inscrição prévia, "DYNAMIS" é descrito pelos organizadores como uma experiência "sobrenatural", cuidadosamente preparada para transmitir a mensagem transformadora da Páscoa. A produção envolve música, teatro e dança, criando uma atmosfera imersiva que busca tocar o coração dos espectadores.

"Estamos preparando este momento com muito amor, dedicação e consagração para que você seja profundamente impactado pelo poder de Deus", afirma a equipe da HFC Sampa. A proposta é oferecer uma vivência única, que vai além do entretenimento, proporcionando reflexão e renovação espiritual.

Para garantir sua participação, é necessário realizar a inscrição antecipadamente, pois as vagas são limitadas. Mais informações e reservas estão disponíveis na página oficial do evento no Eventbrite.

Em meio às diversas opções culturais da cidade, "DYNAMIS" se destaca como uma oportunidade de celebrar a Páscoa de forma profunda e significativa, unindo arte e espiritualidade em um espetáculo memorável.

A Páscoa é muito mais do que ovos de chocolate e coelhinhos sorridentes em vitrines coloridas. A data, que este ano será celebrada em 20 de abril, carrega consigo séculos de história, tradição religiosa, manifestações culturais e também, claro, mudanças significativas trazidas pela sociedade contemporânea.

Originada de antigas festividades judaicas — mais especificamente o Pessach, que comemora a libertação dos hebreus da escravidão no Egito — a Páscoa ganhou novos contornos com o cristianismo, passando a simbolizar a ressurreição de Jesus Cristo. Ao longo dos séculos, o período pascal se transformou em uma das mais importantes celebrações religiosas do mundo ocidental.

Mas para além da fé, a Páscoa se consolidou como um fenômeno cultural. Em muitas cidades brasileiras, o feriado é marcado por procissões, encenações da Paixão de Cristo e rituais familiares, que misturam elementos religiosos e seculares. Em Nova Jerusalém, Pernambuco, o maior teatro ao ar livre do mundo recebe milhares de espectadores todos os anos para assistir à encenação da vida e morte de Cristo.

Do sagrado ao simbólico

Se para os cristãos a ressurreição é o cerne da celebração, para o imaginário popular, o coelho e os ovos de chocolate roubam a cena. O coelho, símbolo de fertilidade, e os ovos, representando vida nova, têm origens em festivais pagãos da primavera europeia, apropriados mais tarde pelas tradições cristãs e, enfim, pelo mercado.

"A simbologia da Páscoa atravessa culturas, religiões e séculos. É uma data que fala de renascimento, esperança e transformação — conceitos universais", explica a antropóloga e professora da USP, Maria Helena Vidal.

Tradições em mutação

Com o passar do tempo, a Páscoa também foi sendo apropriada pelo mercado. Hoje, a data movimenta bilhões no setor de alimentos, principalmente no ramo da confeitaria e do chocolate. As marcas investem em lançamentos cada vez mais criativos e sofisticados, como ovos recheados, versões gourmet e até experiências sensoriais.

Mas nem tudo é consumo. Em comunidades do interior do Brasil, rituais como a malhação de Judas, que ocorre no Sábado de Aleluia, mantêm viva a memória popular e o senso de coletividade. "É uma forma de catarse coletiva, um momento em que a comunidade se reúne para encenar, rir e refletir", comenta o historiador cultural João Rocha.

Uma celebração plural

Em tempos de redes sociais, a Páscoa também ganha novos contornos. Celebrações são transmitidas online, receitas viram virais e o espírito da data se reinventa nas plataformas digitais. Para muitos, a Páscoa de hoje se tornou mais um momento de encontro, seja espiritual, familiar ou simplesmente afetivo.

Entre o sagrado, o simbólico e o comercial, a Páscoa segue sendo uma celebração plural, que continua a se transformar conforme mudam os tempos — mas sem perder o seu significado essencial: o de renovação.

Rostos e histórias de moradores de Campos do Jordão ganham vida pelas ruas da cidade com a exposição “Floresta de Retratos”, do renomado fotógrafo Márcio Scavone. A mostra transforma a cidade mais alta do Brasil em uma galeria a céu aberto, com 150 fotografias instaladas nas árvores do Parque Bambuí e em diversos pontos do município.

Criada em 2024 para celebrar os 150 anos de Campos do Jordão, a exposição propõe uma fusão entre retrato e paisagem, destacando o pertencimento e a identidade local. A estreia aconteceu no Palácio da Boa Vista, em outubro do ano passado e agora a mostra ganha uma nova fase, ao ar livre e acessível, espalhada por diversos espaços públicos da cidade, como o Capivari, Abernéssia e Jaguaribe, além do Parque Bambuí, um dos pontos turísticos de maior referência na região.

As fotografias foram feitas no estúdio do artista em Campos do Jordão. Para criar uma integração visual entre o retrato e a natureza, Scavone desenvolveu um fundo com textura de árvores, simulando a continuidade entre os personagens e a paisagem. Além dos retratos, ele também fotografou 150 árvores da cidade, buscando a melhor combinação entre a foto e o tronco em cada instalação. As imagens foram impressas em tecido de algodão, resistentes ao tempo e às variações climáticas, permitindo a exibição em espaços ao ar livre.

Segundo Scavone, o propósito da exposição é gerar conexão entre pessoas e natureza, revelando o pertencimento dos moradores ao território: “A ideia sempre foi unir ser humano e natureza em um mesmo plano. Existe uma poesia visual nesse encontro entre o retrato e a paisagem de Campos do Jordão. A ‘Floresta de Retratos’ quer mostrar a beleza dessa integração, em que cada pessoa se vê parte da cidade, se reconhece nas árvores, nas ruas, no ambiente. É um convite ao olhar e ao reconhecimento de quem vive aqui”.

Já para Sidney Isidro, presidente do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), a proposta reforça o papel de Campos do Jordão como referência em cultura e experiências turísticas. “É significativo ver uma exposição romper os limites dos museus e ocupar as ruas e avenidas da cidade. Isso transforma a relação das pessoas com a arte e com o território. A iniciativa do Scavone contribui para consolidar Campos do Jordão como um centro de turismo, cultura e lazer. Valorizar o trabalho dele é valorizar também o papel da cidade como lugar de criação e pertencimento”, reforça.

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