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A economista-chefe do BNP Paribas e ex-diretora de Assuntos Internacionais do Banco Central (BC), Fernanda Guardado, disse nesta quinta-feira, 27, esperar que a autarquia comece a cortar a Selic em março, em 0,25 ponto porcentual, e leve a taxa a 12% no fim do ano. Guardado informou sua previsão ao participar do 4º Seminário Macrolab de Conjuntura, organizado pela FGV-SP.

De acordo com ela, em março o BC terá mais claramente a visão de como a série de estímulos que vem sendo dado à economia está se comportando. "E o BC pode usar um argumento elegante de que ele está ajustando o nível de condições financeiras, porque caso ele realmente não entregue o corte em janeiro, deixe para março, a taxa de juro real ex ante acaba subindo um pouquinho, as expectativas de inflação caem, a taxa esperada em 12 meses sobe um pouco, e o BC pode dizer: olha, esse 10 está virando 11, então eu vou ajustar aqui", ponderou a economista do BNP Pariba.

Guardado argumentou que é mais fácil dizer onde o ciclo começa do que dizer onde o ciclo termina. "O cenário que a gente tem é um início de corte de 0,25 ponto porcentual em março, seguido de dois movimentos de 0,50, terminando no ano em 12%. Só que esse 12% é uma média de dois cenários, um negativo e um positivo, que vão depender de como vai ser a reação do mercado ao cenário eleitoral e de quanto o real anda, por um lado ou por outro, porque o real é uma peça-chave na determinação da inflação corrente", disse.

Para a economista, o BC pode ser forçado a parar antes, caso esteja tendo um cenário muito negativo no Brasil ou pode-se criar um espaço para ir adiante, principalmente, se houver um plano crível de quem quer que seja eleito, para endereçar os problemas diversos da economia brasileira.

O Grupo Refit, antiga refinaria de Manguinhos, esclarece que os débitos tributários apontados pela Secretaria da Fazenda de São Paulo, que serviram como base para a operação Poço de Lobato, deflagrada nesta manhã de quinta-feira, 27, estão sendo questionados pela companhia judicialmente.

A empresa reitera que é "exatamente como fazem inúmeras empresas brasileiras que divergem de uma cobrança tributária, incluindo a própria Petrobras, maior devedora do Estado do Rio de Janeiro".

"Trata-se, portanto, de uma disputa jurídica legítima e não de qualquer tentativa de ocultar receitas ou fraudar o recolhimento de tributos. Todos os tributos estão devidamente declarados, não havendo que se falar em sonegação", afirma.

A megaoperação foi realizada para cumprimento de mandados de busca e apreensão contra 190 alvos ligados ao Grupo Refit e dezenas de empresas do setor de combustíveis.

Na mesma nota, a refinaria também critica o que chama de "influência indevida" do setor de distribuição de combustíveis e classifica como "lamentável" que autoridades tenham sido levadas a erro pelo cartel das distribuidoras personificado no Instituto Combustível Legal.

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira, 27, um recuo de 1,8% em seu plano de negócios (PN) para os próximos cinco anos. No período de 2026-2030, a estatal prevê US$ 109 bilhões de investimentos totais (Capex). A informação foi adiantada pela Broadcast no início da noite. Para 2026, o Capex informado em US$ 19,4 bi, contra US$ 19,6 bi previstos no atual plano.

Este é o segundo plano apresentado pela companhia sob o comando de Magda

Chambriard.

No horizonte do PN 2026-30, a Petrobras prevê US$ 91 bilhões em projetos da Carteira em Implantação e US$ 18 bilhões na Carteira em Avaliação, "composta por oportunidades com menor grau de maturidade", diz o documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta.

Do total de investimentos do novo plano, US$ 78 bilhões serão voltados ao setor de Exploração e Produção (E&P), US$ 1 bilhão a mais do que o plano vigente entre 2025-2029.

No entanto, o investimento em implantação de projetos da área caiu para US$ 69 bilhões ante US$ 76 bilhões do atual plano. Já o investimento em Refino, Transporte e Comercialização (RTC) foi mantido em US$ 20 bilhões.

De acordo com o documento, as medidas para otimizar custos devem gerar uma redução média anual de 8,5% ou US$ 12 bilhões em economia nos gastos operacionais gerenciáveis entre 2025 e 2030.