Em outra categoria

A Caixa Econômica Federal reportou lucro líquido recorrente de R$ 3,682 bilhões no segundo trimestre de 2025, segundo balanço divulgado pelo banco nesta quarta-feira. O montante representa alta de 12,0% na comparação com o mesmo período de 2024. A carteira de crédito atingiu R$ 1,294 trilhão, alta anual de 10,1%. Já a carteira de crédito imobiliário, a mais representativa para o banco público, cresceu 11,7%, para R$ 875,5 bilhões.

A margem financeira bruta, que reflete os ganhos com operações que rendem juros, somou R$ 16,358 bilhões - 5,7% maior ante igual período do ano passado. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) recorrente da Caixa ficou em 11,86%, 2,32 pontos porcentuais maior do que o observado no segundo trimestre de 2024. O patrimônio líquido era de R$ 147,524 bilhões no encerramento do trimestre, um crescimento de 8,9% em um ano.

Pelo critério contábil, a Caixa teve ROE de 12,41%, 2,34 pontos maior que 12 meses antes. Os ativos totais fecharam o segundo trimestre em R$ 3,673 trilhões, alta de 7,9% no comparativo anual. Já os ativos da Caixa somaram R$ 2,120 trilhões no segundo trimestre, salto anual de 11,0%

O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou falhas na gestão do programa Bolsa Família e recomendou ao governo federal, entre diversos pontos, que estabeleça o "apetite a risco", que é o nível de erro tolerável entre incluir famílias indevidas ou excluir famílias elegíveis.

Entre os achados, o TCU apontou que a ausência de parâmetros claros para o nível de erro aceitável compromete a priorização de controles e pode resultar tanto em exclusão indevida de vulneráveis quanto em tolerância excessiva a fraudes e pagamentos irregulares.

A fiscalização atende às etapas de formulação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), servindo ao Congresso Nacional para aferir a execução e o cumprimento de metas de programas federais. A auditoria também identificou fragilidades na execução descentralizada. Municípios relataram falta de pessoal, alta rotatividade de entrevistadores sociais e oferta limitada de capacitação, associadas a apoio técnico restrito do governo federal.

Mais de 90% dos municípios não atingiram o índice mínimo de verificações domiciliares entre 2019 e 2023, e foram observados métodos diversos e não padronizados de conferência dos cadastros, comprometendo a qualidade dos dados e a focalização dos benefícios.

Outro ponto destacado foi o impacto do Benefício Complementar, que garante valor mínimo de R$ 600 por família independentemente do número de integrantes. Segundo o TCU, esse desenho reduz a eficiência e gera distorções: o programa poderia economizar até 9,1% do orçamento ou ampliar em 7,2% a redução da pobreza com pagamentos proporcionais ao tamanho familiar.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou "injustificada" a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa de juros Selic em 15% ao ano. "Não existe crescimento sustentável com juros estratosféricos. Não existe inovação, reindustrialização, crédito acessível. O que existe é a paralisia nos investimentos produtivos com sequelas para toda a sociedade", afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Para o executivo, "já passou do momento de uma política monetária mais favorável". Alban considera essencial que o BC inicie o ciclo de cortes da Selic já a partir da próxima reunião do Copom, em novembro. "Em paralelo à redução da Selic a ser feita pelo Copom, é fundamental que se construa um pacto de toda a sociedade em torno da agenda do ajuste das contas públicas, baseado na redução das despesas, de forma a melhorar a sintonia entre as políticas fiscal e monetária e, com isso, assegurar a redução expressiva e sustentada dos juros", afirma o dirigente.

A CNI destaca que, além dos problemas causados pela elevada taxa de juros, o setor produtivo enfrenta cenário adverso e de perda de competitividade em razão dos aumentos das alíquotas do IOF sobre operações de crédito e câmbio e o tarifaço imposto pelos Estados Unidos às exportações do Brasil.