'Abin paralela' tentou estabelecer vínculo de Moraes com delegado que prendeu Queiroz

Política
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi alvo de agentes da "Abin paralela", que tentaram estabelecer uma relação entre ele e o delegado Osvaldo Nico, atual número 2 da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. O pedido para a elaboração de um dossiê ligando os dois ocorreu no mesmo dia em que Nico prendeu o ex-assessor Fabrício Queiroz, pivô do caso da 'rachadinha' no gabinete do então deputado estadual e hoje senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), - caso revelado pelo Estadão em dezembro de 2018.

Segundo a PF, o ex-presidente, que não foi indiciado por já responder pelo crime em outra ação, foi o principal beneficiado pelo esquema. Procurada, a defesa de Jair Bolsonaro ainda não se manifestou.

Queiroz foi preso em Atibaia (SP) em 18 de junho de 2020 na casa de Frederick Wassef, que à época atuava como advogado de Jair Bolsonaro (PL). Naquele dia, o então presidente da República defendeu Queiroz durante uma transmissão nas redes sociais e disse que a prisão foi "espetaculosa".

"Considerando a correlação temporal entre o desvio da atividade de inteligência para produção de dossiê e a 'live', todas em 18/06/2020. Tratava-se de ação destinada à produção de desinformação com o fito de neutralizar a investigação que envolvia o núcleo familiar, em verdadeira ação de contrainteligência", afirma o relatório da Polícia Federal cujo sigilo foi levantado por Moraes nesta quarta-feira, 18.

O dossiê foi solicitado por Marcelo Bormevet, ex-coordenador do Centro de Inteligência da Abin, ao militar do Exército Giancarlo Rodrigues, que estava cedido à agência. O documento produzido contém uma notícia publicada pela revista Veja em 2016 sobre uma operação policial contra torcidas organizadas. Moraes, à época secretário de Segurança Pública de São Paulo, aparece em uma foto ao lado de Nico, que participou da operação como delegado da Polícia Civil.

A PF afirma também que Rodrigues encaminhou outros dossiês sobre Moraes a Bormevet. Ele teria utilizado "sistema clandestino", pago em euro ou dólar, para realizar o monitoramento. O conteúdo dos demais dossiês não foi detalhado no relatório. Ao menos parte deles foi produzida em 2021, na mesma época em que o ministro do STF incluiu Bolsonaro no inquérito das fake news.

O relatório da Polícia Federal aponta também que Bormevet e Giancarlo trocaram mensagens pregando violência contra Moraes após o ministro afastar ,em agosto de 2021, o delegado responsável por investigar ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Tá ficando foda isso. Esse careca tá merecendo algo a mais", escreve o número de celular atribuído a Rodrigues no relatório. "Só 7.62", responde Bormevet, citando o calibre de um famoso modelo de fuzil. "Head shot", acrescenta o primeiro.

Em outra conversa, em 2022, Bormevet encaminha uma petição que reunia assinaturas pelo impeachment de Moraes. Após Rodrigues perguntar do que se tratava, o primeiro diz que ela era "melância". "Kkkkkkkk realmente acho que sou. Sou verde por fora e tenho a p….. vermelha", rebate o militar.

Marcelo Bormevet e Giancarlo Rodrigues foram indiciados pela PF pelos crimes de integrar organização criminosa, interceptação de comunicações de informática ou telemática sem autorização judicial, prevaricação, violação de sigilo funcional e peculato-desvio.

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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, endossou os comentários do presidente americano, Donald Trump, e disse que os ataques contra o Irã "foram históricos e de sucesso" e, por isso, os americanos devem celebrar, em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 26.

"Os ataques nos dão a chance de ter paz, um acordo e evitar que Teerã tenha armas nucleares", afirmou. Na ocasião, Hegseth atacou a imprensa e disse que a mídia quer "minar" os feitos americanos, bem como o "quão especial os EUA são por serem os únicos capazes de fazerem isso ofensiva".

"Trump criou as condições para encerrar a guerra entre Irã e Israel", defendeu, ao acrescentar que a conquista do republicano na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) - com maiores investimentos em defesa - é "histórico e uma 'mudança no jogo'".

Em um retorno à política nuclear da Guerra Fria, o Reino Unido vai adquirir um esquadrão de jatos dos EUA capazes de carregar bombas atômicas. Serão 12 caças-bombardeiros F-35A, que permitirão aos britânicos retomarem a capacidade de lançar armas nucleares do ar. O anúncio foi feito nesta quarta, 25, pelo governo britânico na cúpula da Otan.

O reforço do poder aéreo, igualando os franceses, facilitará eventuais ações britânicas em caso de crise. O Reino Unido também anunciou que se juntaria à missão nuclear aérea da Otan, com aeronaves equipadas com bombas americanas B61 armazenadas na Europa.

Sete membros da Otan, incluindo Alemanha e Itália, têm aeronaves de dupla capacidade que podem transportar ogivas nucleares americanas. O Reino Unido já opera jatos F-35B, mas eles não estão equipados para lançar armas atômicas. "Pela primeira vez em muitos anos, temos de nos preparar para a possibilidade de o Reino Unido ficar sob ameaça direta, em um cenário de guerra", afirmou o governo britânico, em documento justificando a compra.

A decisão de adicionar uma capacidade nuclear aérea à dissuasão do Reino Unido no mar foi antecipada em uma revisão estratégica de defesa, publicada este mês, liderada por George Robertson, ex-secretário-geral da Otan. O relatório identificou a Rússia como uma ameaça grave e pediu que Londres construísse até uma dúzia de submarinos de ataque e investisse bilhões de libras em armas.

Ameaças

Após décadas de relativa paz na Europa, o exército britânico é atualmente menor do que em qualquer outro momento desde a era napoleônica. O governo está investindo em uma campanha de recrutamento e prometeu usar recursos do orçamento para gastos militares.

"Em uma era de incerteza, não podemos mais considerar a paz como garantida, e é por isso que meu governo está investindo em segurança, garantindo que nossas forças armadas tenham o equipamento necessário", disse o premiê britânico, Keir Starmer.

Com o governo sob forte pressão financeira interna e a população britânica enfrentando pressões contínuas do custo de vida, alguns críticos questionaram como compromissos com gastos militares serão pagos e se eles virão às custas de outras prioridades.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, declarou vitória sobre Israel e disse que seu país "deu um tapa na cara da América". A declaração ocorreu nesta quinta-feira, 26, em sua primeira manifestação pública desde que o cessar-fogo entre os dois países entrou em vigor.

Khamenei falou em vídeo transmitido pela televisão estatal iraniana, na primeira aparição desde o dia 19, parecendo mais cansado do que há apenas uma semana.

Na mensagem, o aiatolá disse que os EUA só intervieram na guerra porque "sentiram que, se não interviessem, o regime sionista seria completamente destruído". Ele acrescentou que os EUA "não obtiveram ganhos com" a guerra.

"A República Islâmica foi vitoriosa e, em retaliação, deu um tapa na cara da América", afirmou, em aparente referência a um ataque iraniano com mísseis a uma base americana no Catar na segunda-feira (23), que não causou vítimas.

Khamenei, de 86 anos, não é visto em público desde que se abrigou em um local secreto após o início da guerra, no dia 13, quando Israel atacou instalações nucleares iranianas e alvejou altos comandantes militares e cientistas.

Após os EUA atacarem três centrais nucleares do Irã, no fim de semana, o presidente americano, Donald Trump, intermediou um acordo de cessar-fogo que entrou em vigor na terça-feira (24). Fonte: Associated Press*.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast