'Abin paralela': quem são os 35 indiciados e os crimes imputados a eles pela Polícia Federal

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A Polícia Federal indiciou 35 pessoas no relatório final da investigação sobre a "Abin paralela", estrutura que teria sido criada na gestão do deputado federal Alexandre Ramagem (PL) à frente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A estrutura teria sido utilizada para espionagem política e ataque às urnas eletrônicas.

O relatório aponta que Bolsonaro foi o principal destinatário das informações produzidas pelas ações clandestinas de espionagem. O ex-presidente não foi formalmente indiciado, porque já responde por organização criminosa em outro processo, mas é apontado como líder das ações de arapongagem. Procurada, a defesa de Bolsonaro não se manifestou.

Entre os indiciados estão o próprio Ramagem, o vereador Carlos Bolsonaro, servidores da Abin e integrantes que continuam em funções de comando no órgão durante o governo Lula, como o diretor-geral da agência, Luiz Fernando Corrêa, que teria atuado para embaraçar a investigação sobre o caso.

Veja abaixo a lista dos indiciados e os crimes atribuídos a eles pela Polícia Federal:

Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro: integrar organização criminosa

Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin: peculato-desvio, interceptação de comunicações telemáticas sem autorização judicial, violação do sigilo funcional qualificada, prevaricação com corrupção passiva privilegiada.

Felipe Arlotta Freitas, policial federal que atou como coordenador-geral de Contrainteligência da Abin: integrar organização criminosa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, peculato-desvio e prevaricação.

Henrique César Zordan, policial federal cedido à Abin e assessor direto de Ramagem: integrar organização criminosa, falsidade ideológica e fraude processual, prevaricação, e peculato-desvio.

Alexandre Ramalho Ferreira, policial federal cedido à Abin, onde foi lotado no gabinete de Ramagem: integrar organização criminosa e prevaricação.

Luiz Felipe Barros Felix, policial federal cedido à Abin: integrar organização criminosa, violação de sigilo funcional e prevaricação.

Carlos Magno de Deus Rodrigues, policial federal cedido à Abin, onde chefiou a Coordenação de Análise e Integridade Corporativa e depois a Coordenação de Análise de Redes Criminosas Transnacionais: integrar organização criminosa, violação de sigilo funcional, prevaricação e peculato-desvio.

Marcelo Bormevet, policial federal que atuou como coordenador geral do Centro de Inteligência da Abin: integrar organização criminosa, interceptação de comunicações de informática ou telemática sem autorização judicial, prevaricação, violação de sigilo funcional e peculato-desvio.

Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército cedido à Abin: integrar organização criminosa, interceptação de comunicações de informática ou telemática sem autorização judicial, prevaricação, peculato-desvio e violação de sigilo funcional.

Frank Márcio, diretor-adjunto da Abin na gestão Ramagem: integrar organização criminosa, interceptação de comunicações de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei, prevaricação, peculato-desvio.

Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho, diretor do Departamento de Inteligência Estratégia, depois transformado em Centro de Inteligência Nacional, e ex-diretor adjunto da Abin: integrar organização criminosa, prevaricação, impedir ou embaraçar investigação, prevaricação com corrupção passiva privilegiada.

Paulo Maurício Pinto, ex-diretor do Departamento de Operações de Inteligência da Abin e ex-secretário de Planejamento e Gestão do órgão: integrar organização criminosa, realizar interceptação de comunicações sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei, peculato-desvio, prevaricação, violação de sigilo funcional.

Eriton Lincoln Pompeu, oficial de Inteligência da Abin: integrar organização criminosa, interceptação de comunicações sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei, peculato-desvio.

Paulo Magno de Melo Rodrigues Alves, oficial de Inteligência da Abin que ocupou posições de chefia no Departamento de Operações de Inteligência: integrar organização criminosa, realizar interceptação de comunicações sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei, peculato-desvio, prevaricação, violação de sigilo funcional.

Marcelo Furtado, oficial de Inteligência da Abin que atuou no Departamento de Operações de Inteligência: integrar organização criminosa, realizar interceptação de comunicações sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei, peculato-desvio e prevaricação.

Luiz Gustavo da Silva Mota, oficial de Inteligência da Abin: integrar organização criminosa, realizar interceptação de comunicações sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei, prevaricação, peculato-desvio; obteve atenuante de confissão espontânea.

Alexandre de Oliveira Pasiani, coordenador de Meios Técnicos da Abin: falsidade ideológica.

José Matheus Salles Barros, assessor de Carlos Bolsonaro, Alexandre Ramagem e da Presidência da República durante governo Bolsonaro: integrar organização criminosa e peculato-desvio.

Mateus de Carvalho Sposito: ex-assessor da Presidência da República da Secretaria de Comunicação: organização criminosa e peculato-desvio.

Richards Dyer Pozzer, apontado como responsável pela difusão e produção de campanhas de desinformação: integrar organização criminosa, tentar abolir, mediante violência ou grave ameaça, o Estado Democrático de Direito, tentar depor por meio de violência ou grave ameaça o governo legitimamente constituído, embaraçamento de investigação.

Daniel Ribeiro Lemos, analista político legislativo recentemente nomeado para gabinete da liderança do PL: integrar organização criminosa, impedir ou embaraçar investigação, peculato-desvio.

Rogério Beraldo de Almeida, responsável pelo perfil "DallasGinghinniReturn": integrar organização criminosa.

Alan Oleskovicz, oficial de Inteligência da Abin: prevaricação e peculato-desvio.

Ricardo Wright Minussi, assessor parlamentar no Senado: prevaricação.

Rodrigo Augusto de Carvalho Costa, delegado da Polícia Federal: participação em violação de sigilo funcional.

Lucio de Andrade Vaz Parente, servidor da Abin: corrupção passiva.

Alexandre do Nascimento Cantalice, ex-diretor do Departamento de Operações de Inteligência da Abin: prevaricação e falso testemunho.

Victor Felismino Carneiro, ex-diretor-adjunto da Abin: prevaricação, corrupção passiva, violação de sigilo funcional.

Bruno de Aguiar Faria, ex-diretor substituto do Departamento de Operações de Inteligência da Abin: violação de sigilo funcional.

Eduardo Arthur Izycki, oficial de Inteligência da Abin e indiciado por: fraude em licitação ou contrato e violação de sigilo funcional.

Rodrigo Colli, oficial de Inteligência da Abin e indiciado por: fraude em licitação ou contrato e violação de sigilo funcional.

Luiz Fernando Corrêa, atual diretor-geral da Abin: impedir ou embaraçar investigação, prevaricação e coação no curso do processo.

Alessandro Moretti, diretor-adjunto da Abin demitido por Lula em 2024: impedir ou embaraçar investigação, prevaricação e coação no curso do processo.

Luiz Carlos Nóbrega Nelson, chefe de gabinete da Abin: impedir ou embaraçar investigação, prevaricação e coação no curso do processo.

José Fernando Chuy, corregedor da Abin: impedir ou embaraçar investigação, prevaricação e coação no curso do processo.

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O ministro da Defesa da China, Dong Jun, condenou a hegemonia e a intimidação estrangeiras durante uma reunião com seu homólogo iraniano na quarta-feira, 25, embora Pequim tenha dado poucos sinais de que estaria disposta a fazer mais para ajudar Teerã caso o conflito com Israel volte a se intensificar.

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Teerã e Pequim são parceiros próximos e, embora a China tenha criticado duramente o ataque dos EUA ao Irã, Pequim tem mostrado pouco apetite para se envolver diretamente no conflito. Questionado nesta quinta-feira (26) sobre se a China estaria disposta a oferecer mais ajuda a Teerã, um porta-voz do ministério da Defesa chinês evitou se comprometer.

"A China está disposta a trabalhar com todas as partes para desempenhar um papel construtivo na preservação da paz e da estabilidade no Oriente Médio", disse o porta-voz em uma coletiva de imprensa. Fonte: Dow Jones Newswires*.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Um barco afundado do século XVIII foi descoberto por acaso perto das majestosas muralhas de pedra da cidade medieval de Dubrovnik, na Croácia.

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Um importante porto comercial no Mar Adriático na época medieval, Dubrovnik foi declarado patrimônio histórico protegido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Atrai grandes multidões de turistas, especialmente durante o verão, e também é conhecida como local de filmagem da série Game of Thrones da HBO.

Os restos do barco no antigo porto de Dubrovnik foram protegidos para exames adicionais.

"Ainda não podemos falar sobre o tipo de embarcação ou suas dimensões, mas podemos dizer com certeza, com base nos resultados da análise de radiocarbono, que ela era do final do século XVIII", disse a arqueóloga marinha Irena Radic Rossi.

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*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.

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"Relatórios sugerem que o ônibus saiu da rodovia e caiu em um rio raso", disse Richard Tyldsley, gerente geral da Bluestar Bus, empresa responsável pelo ônibus. "Nosso motorista e pelo menos dois dos passageiros confirmaram ferimentos, e estamos aguardando mais atualizações sobre o status dos outros a bordo."

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*Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado pela equipe editorial do Estadão. Saiba mais em nossa Política de IA.