'Eu não consegui enfrentar o nervosismo e o medo', diz João Fonseca após eliminação

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Visivelmente abatido, João Fonseca admitiu na noite desta terça-feira que o nervosismo e o medo sabotaram sua performance em sua estreia no Rio Open. "Eu não consegui ser eu mesmo dentro de quadra", afirmou o jovem tenista, eliminado logo na primeira rodada do torneio pelo francês Alexandre Müller, por 6/1 e 7/6 (7/4).

"Sabia que o nervosismo ia bater em algum momento e eu teria que enfrentar esse nervosismo, o medo de jogar diante de tanta gente. Tentei de todas as formas, com todas as minhas forças enfrentar o momento, mas não consegui. Faz parte do esporte. Esses momentos de pressão vão chegar, mas vou seguir evoluindo, aprendendo com essa experiência para ficar mais forte no futuro", disse Fonseca.

O tenista de apenas 18 anos era a grande esperança da torcida brasileira no Rio Open, que começou na segunda-feira. Fonseca vinha ganhando os holofotes desde que faturou dois títulos em sequência entre o fim de 2024 e o início deste ano. As expectativas aumentaram quando ele derrubou o russo Andrey Rublev, então número nove do mundo, logo em sua estreia num Grand Slam, no Aberto da Austrália. E, na semana passada, o carioca "furou" de vez a bolha do tênis ao conquistar seu primeiro troféu de nível ATP em Buenos Aires, no último domingo.

A estreia diante da torcida, contudo, não foi como a torcida esperava. Fonseca abusou dos erros no primeiro set, chegou a equilibrar o confronto no segundo, mas não jogou bem o suficiente para buscar o empate e forçar a terceira parcial.

"Não consegui jogar o meu jogo, não consegui ser do jeito alegre e feliz que costumo ser. Não conseguir jogar com o público. Acho que essa foi a minha frustração de hoje. Não conseguir ser eu mesmo dentro de quadra", analisou Fonseca, que negou qualquer problema físico. "Eu estava 100% fisicamente. Fiz duas boas noites de sono, descansei bem, zerado de dor. Hoje não teve nada a ver com físico, foi mais a parte mental mesmo."

Sem esconder a dor pela derrota precoce, Fonseca afirmou que precisará de algumas horas para digerir o resultado. "De hoje para amanhã vou ficar, obviamente, triste e bravo comigo mesmo", disse o brasileiro, que exaltou o apoio da torcida. "Só tenho a agradecer ao carinho de toda a torcida do povo brasileiro por terem me apoiado hoje no Rio Open. Estou triste por não poder fazer mais um jogo com o melhor público do mundo."

Apesar do abatimento, Fonseca garantiu que a derrota não afetará seu ânimo para os próximos desafios no circuito. "Tem muita coisa pela frente, um dia atrás do outro. Amanhã vou descansar e na quinta vou partir para os treinos novamente. Tem torneio pela frente e anos de tênis pela frente. No tênis, é assim: você vai perder mais do que ganhar."

Por fim, o tenista da casa disse que vai extrair lições da dolorosa eliminação. "Vivendo e aprendendo. Vamos seguindo para melhorar como tenista e também como pessoa. Quero seguir inspirando mais pessoas a acompanhar o tênis e ajudar o Brasil a evoluir no esporte."

Depois da queda na capital fluminense, Fonseca vai voltar às quadras somente em março para as disputas dos Masters 1000 de Indian Wells e de Miami, ambos nos Estados Unidos. O primeiro começará no dia 5 do próximo mês. A competição na Flórida terá início no dia 19.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.