Funcionária de lotérica dá golpe e fica com bilhete premiado da Mega-Sena que era de cliente

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Uma funcionária de uma casa lotérica em Taguatinga, no Distrito Federal, é acusada de furtar um bilhete premiado da Mega-Sena que valia R$ 34 mil. Segundo a polícia, ela confessou o crime e vai responder por furto mediante fraude, que pode ser punido com até oito anos de prisão. A vítima conseguiu o dinheiro, que não havia sido sacado pela acusada.

Em depoimento, a funcionária confirmou ter enganado a cliente, e disse já ter feito isso com outra pessoa que tinha um bilhete premiado, este de R$ 400. A funcionária foi demitida e será indiciada.

No dia 13 de janeiro, uma cliente foi à casa lotérica e apresentou à funcionária um bilhete da Mega-Sena com cinco números sorteados. O prêmio da quina, nessa ocasião, era de R$ 34 mil.

A funcionária conferiu o bilhete e mentiu, dizendo que não eram aqueles os números premiados. Convenceu a cliente e ficou com o bilhete, que fingiu jogar fora. Em vez disso, ela guardou o bilhete no bolso da calça.

A cliente foi embora e, em casa, conferiu os números novamente - mesmo sem o bilhete, ela havia guardado os números que havia jogado. Confirmou que cinco dos números haviam sido sorteados e foi à polícia. Denunciou o caso à 17ª DP, em Taguatinga, que iniciou a investigação.

Em outra categoria

Nesse domingo, 16, Sandra Regina, conhecida como Sandrão, revelou ao Domingo Espetacular a realidade por trás de seu encarceramento em Tremembé, que foi retratado na série de nome homônimo, da Amazon Prime. Ela afirmou que entrará na justiça contra a série por "distorcer os fatos".

Ela foi condenada a 27 anos por extorsão mediante sequestro, pelo sequestro e morte do filho de uma vizinha. Na entrevista, seu advogado falou do motivo do pedido de suspensão de Tremembé: "Estamos pedindo para suspender a série porque ela distorce a verdade dos fatos. Foi provado no processo que ela estava em outro local [durante a morte da vítima]. Quando a série retrata ela colocando o jovem ajoelhado e dando a arma para um menor de idade para fazer o disparo, agravou a penalidade." "Me denominaram uma coisa que não sou, um monstro [...] Não consigo mais ir em nenhum lugar sem alguém me reconhecer", disse Sandrão.

Sobre sua vida dentro do presídio e seus relacionamentos com Elize Matsunaga e com Suzane von Richthofen, explicou. "Era matar ou morrer. Eu nunca abaixei a cabeça, nem dentro da comunidade onde eu cresci, muito menos dentro do presídio", começou. Perguntada pelo apresentador Roberto Cabrini sobre ter se apaixonado por ambas, ela respondeu que sim, mas que se arrepende de muitas coisas. "Fizeram uma ficção baseada na minha vida real. O 'Sandrão' foi criado dentro da unidade prisional."

"Tremembé fez eu 'virar gente'. Porque é totalmente disciplinado, você tem regras e tem que cumprir. Quem está em Tremembé não quer sair de Tremembé, lá você trabalha, você estuda, você se alimenta, você vive em paz", relembrou, sobre a vida no cárcere.

"A gente sempre jogava xadrez junto, por bom comportamento. Podíamos ouvir música, e fomos nos aproximando", disse, sobre o romance com Suzane von Richthofen. "Vivemos uma história. Se em algum momento teve alguma manipulação, eu não vejo. O tempo em que estive com ela, fui feliz", comentou.

Sandrão revelou que ela e Suzane tinham planos para viverem juntas após o encarceramento, mas que se perguntava sobre a "mente de Suzane": "É difícil analisar a Suzane que todo mundo viu, que eu vi na televisão, e a Suzane que está na sua frente."

Perguntada por Cabrini se havia conversado com Suzane sobre seu crime, disse: "Ela se arrependia, [dizia] que sofria por isso, que não deveria ter sido como foi. Acho que ela amava a mãe dela de verdade". Entretanto, declarou que, entre Suzane e Elize, a segunda tinha mais "arrependimentos". "Em algumas conversas, dava para ver que ela se arrependia. Se você se envolve com uma pessoa e vê que ela pode estourar, você não quer 'dar mancada'", completou.

Mais uma Prova de Fogo foi realizada na tarde do último domingo, 16, em A Fazenda 17. O momento, exibido no RecordPlus, irá ao ar na TV aberta na edição desta segunda-feira, 17. Tàmires Assîs levou a melhor e garantiu os poderes do Lampião, que podem alterar o rumo da próxima formação de roça ao vivo.

Momentos antes da prova, Adriane Galisteu apareceu para revelar ao público qual é o Poder Laranja desta semana: Hoje é você que decide, entre os dois últimos peões do Resta Um, quem deverá ser salvo.

A disputa começou após um sorteio que definiu quem participaria da prova, originalmente planejada para contar com nove peões. Foram chamados Creo Kellab, Toninho Tornado, Dudu Camargo, Duda Wendling, Rayane Figliuzzi, Maria Caporusso, Kathy Maravilha, Carol Lekker e Tamires.

Mas duas mudanças ocorreram: como Maria participou do lampião anterior, ela cedeu seu lugar a Wallas Arrais; já Creo, incomodado por dores no joelho, também abriu mão e passou a vaga para Walério Araújo. Os grupos foram organizados em três baterias, conforme orientação de Galisteu.

A dinâmica exigia equilíbrio e resistência. Os peões precisavam atravessar uma estrutura marcada por uma espécie de massa instável, e quem afundasse seguia automaticamente para a Baia.

Na primeira bateria, Rayane garantiu a ida à final, enquanto Dudu caiu e foi enviado para a Baia. Duda desistiu. Na segunda, Tàmires avançou após Carol afundar e Wallas abandonar a atividade. Por fim, Kathy conseguiu a última vaga na decisão, deixando Toninho e Walério na Baia ao perderem o equilíbrio.

Na final, Kathy desistiu e Tàmires manteve a constância que apresentou nas etapas anteriores. Rayane ainda tentou seguir na disputa, mas acabou afundando, e Tàmires levou o Lampião da semana.

Com as quedas durante a prova, a Baia ficou formada por Dudu Camargo, Carol Lekker, Toninho Tornado e Kathy Maravilha. Agora, eles correm maior risco de aparecer na formação da próxima berlinda.

Não é exagero dizer que o Brasil parou para acompanhar os desdobramentos do sequestro de Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, por seu ex-namorado, Lindemberg Fernandes Alves, na época com 22. A jovem foi mantida em cárcere privado no apartamento em que morava com a família, em Santo André, na Grande São Paulo, de 13 a 18 de outubro de 2008. O sequestro terminou de forma trágica: Eloá morreu no hospital, após ter sido baleada na cabeça, e sua amiga, Nayara Rodrigues, foi atingida por um tiro no rosto.

Ainda há o que ser desdobrado sobre o tema. Ao menos é o que acreditam Cris Ghattas e Veronica Stumpf, diretora e produtora do documentário Caso Eloá: Refém ao Vivo, que estreou no streaming da Netflix.

O projeto ficou em desenvolvimento por dois anos, a partir de uma ideia original do roteirista Ricky Hiraoka. Em 1h25, o filme revisita os principais momentos do sequestro, com análises de alguns dos envolvidos: a família de Eloá, alguns agentes da polícia que participaram das negociações e profissionais da imprensa que entrevistaram Lindemberg para a televisão.

"Eloá foi assassinada em um momento em que o Brasil ainda não reconhecia o feminicídio. Lindemberg não foi julgado como feminicida", pontua Stumpf, em entrevista ao Estadão. "Revisitar essa história deu voz para essa menina que foi tão negligenciada, de várias formas, durante todo o processo: pela polícia, pela imprensa e pela própria sociedade que viu ali um grande reality show."

"Quando comecei a revisitar as informações do caso, em 2023, a gente estava em um recorde de casos de feminicídio no Brasil e hoje continuamos com o mesmo dado", complementa Cris Ghattas.

De acordo com o Mapa da Segurança Pública de 2025, o Brasil faz quatro vítimas de feminicídio por dia.

"Como documentarista, acredito que é por meio do impacto e da emoção que a gente tem oportunidade de se rever como sociedade", segue a diretora. "É a história de uma garota que lutou pela vida até o último segundo, pelo seu direito de dizer não. Mas também é uma história com a camada midiática, a camada governamental, de preparo da polícia. É a nossa oportunidade de, com distanciamento, rever nossos princípios e limites."

Embora repasse as 100 horas de sequestro, e mergulhe nos altos e baixos das negociações conduzidas pela polícia - inclusive pelo momento em que, por um erro, Nayara retorna ao cativeiro -, o documentário também se propõe a falar um pouco mais sobre quem era Eloá. Trechos inéditos de seu diário ajudam a compor a figura da adolescente que temia pela segurança, pedia ajuda a Deus e também fazia planos para o futuro - que envolviam se casar com Lindemberg.

Complexidade

"Nós queríamos evitar o exagero de atenção ao assassino", pontua a diretora. "Tentamos trazer uma amplitude de visões, porque é uma história complexa que precisa disso. Estamos, sim, contando a história de um crime, mas de forma humana. A gente não precisa da parte sádica."

Para Veronica, responsável pelas negociações para conseguir os materiais de arquivo com a família, faltava um olhar para a dor da saudade que permanece. "Eu sempre achei que a família é muito sentida pela forma como o caso foi tratado", opina. "Essa menina praticamente foi culpada pela própria morte. Meu compromisso com a família de Eloá sempre foi o de dar voz a ela."

Estrela do momento

O momento em que Sonia Abrão faz uma entrevista ao vivo com Lindemberg no programa A Tarde É Sua, da RedeTV!, é considerado crucial para se entender a mudança nas negociações do sequestrador com a polícia. O contato direto da imprensa com o criminoso o teria feito se sentir "a estrela" do momento.

Lindemberg passou a ignorar os contatos das autoridades e a falar apenas por meio de programas de televisão. As negociações, que já não avançavam, ficaram ainda mais estagnadas.

Cris Ghattas e Veronica Stumpf analisam o documentário como uma oportunidade de observar o quanto a cobertura midiática e o entendimento público se transformaram a partir do caso Eloá.

Para a produtora, houve uma curva de aprendizado em relação à imprensa, mas ela também pondera que as coberturas com viés considerado sensacionalista não existem em um vácuo: "É impossível falar disso sem falar da sociedade. Não haveria imprensa sensacionalista se não houvesse um público que consome. O objetivo do documentário é fazer a gente rever por que se consome tanto isso de forma tão irresponsável e sem autocrítica. Seria muito pretensioso da minha parte achar que um documentário pode resolver todos os problemas, mas eu espero contribuir um pouco para essa reflexão", torce.

Para a diretora, no entanto, o grande legado está regulamentado; hoje, a atuação da imprensa em casos de sequestro em andamento é limitada para não prejudicar o curso das negociações. "Não adianta a gente só apontar para um lado, todos nós aprendemos. Durante as entrevistas, tivemos muitos momentos de autocrítica, de revelações que ficaram indigestas. A imprensa questionou o seu papel. As pessoas têm direito à informação, mas qual é o limite disso?", reflete Ghattas.

"Para mim, o que mais chocou foi ver que, depois de tantos anos, a sociedade ainda continua culpando a mulher pela própria morte e pela violência que ela sofre", pontua Stumpf. "Ao revisitar o caso Eloá, ainda escutamos, algumas vezes de maneira sutil, 'mas aquela menina tão jovem já namorava...'. Para mim, é muito triste identificar que nós mulheres ainda somos culpadas pelo nosso próprio infortúnio", finaliza.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.