Gesto de braço estendido de Musk gera controvérsia entre extremistas de direita e críticos

Internacional
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Um gesto de braço estendido feito por Elon Musk durante um discurso ontem na Capital One Arena, relacionado por usuários de redes sociais a uma saudação nazista, gerou controvérsia. Apesar de a intenção de Musk não estar clara, extremistas de direita comemoraram o gesto, enquanto especialistas e organizações de direitos humanos pediram cautela ao interpretá-lo.

"Eu só quero agradecer a vocês por terem tornado isso possível", disse Musk, referindo-se à vitória de Donald Trump na eleição presidencial. Após bater a mão no peito, ele estendeu o braço para frente e para cima com a palma voltada para baixo, repetindo o gesto em outra direção. "Meu coração está com vocês", completou.

A semelhança com a saudação nazista levantou críticas e suspeitas. Musk, porém, não negou explicitamente as acusações e ironizou as interpretações em postagens no X: "O ataque do tipo todo mundo é Hitler está tão desgastado".

O gesto foi celebrado por figuras nacionalistas, como Keith Woods, que comentou: "Talvez a agenda woke realmente esteja morta". Woke é um termo político de origem afro-americana, refere-se a uma percepção e consciência das questões relativas à justiça social e racial.

A Liga Antidifamação (ADL) classificou o gesto como "desajeitado" e pediu prudência antes de conclusões precipitadas. Jared Holt, analista do Instituto para o Diálogo Estratégico, também destacou a falta de clareza na intenção de Musk: "Tenho dúvidas de que foi intencional. Seria um ato de auto-sabotagem que realmente não faria muito sentido". Holt sugeriu que o gesto pode ter sido um agradecimento à plateia, considerando a declaração de Musk de que seu "coração estava com a plateia".

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O ex-presidente da República Jair Bolsonaro chegou no meio do período da tarde deste domingo, 14, ao Condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico, onde cumpre prisão domiciliar. Ele passou a manhã no hospital DF Star, na Asa Sul.

Bolsonaro realizou a remoção de lesões dermatológicas e recebeu reposição de ferro por via endovenosa.

Segundo o boletim, exames laboratoriais evidenciaram que ele apresenta um quadro de anemia por deficiência de ferro.

Uma tomografia de tórax também detectou imagens residuais de um quadro de pneumonia recente por broncoaspiração.

Ele deixou à unidade médica escoltado por policiais e não interagiu verbalmente com apoiadores no local, apenas deu sorrisos discretos.

É a primeira saída do ex-presidente após a condenação por tentativa de golpe de Estado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro estava acompanhado por dois de seus filhos, os vereadores Carlos e Renan Bolsonaro, que atuam nas Câmaras do Rio de Janeiro e de Balneário Camboriú (SC), respectivamente. Nenhum dos três conversou com a imprensa.

A saída foi tumultuada por gritos de apoiadores. Eles chamaram o ex-presidente de "mito" e entoaram: "Volta presidente".

O deslocamento até o hospital foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Bolsonaro foi escoltado por policiais penais do Distrito Federal.

Ele chegou ao DF Star por volta das 8 horas da manhã e o procedimento estava agendado para as 10 horas.

Conforme a autorização recebida, Bolsonaro terá que entregar um atestado médico relatando os detalhes dos procedimentos em até 48 horas.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai ouvir na segunda-feira, 15, Antônio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS", apontado como um dos principais operadores das fraudes. A informação vem após o Supremo Tribunal Federal (STF) desobrigar a presença do 'Careca' no colegiado, e foi confirmada pelo presidente da comissão, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), em vídeo divulgado neste domingo, 14, em suas redes sociais.

"Apesar da decisão do ministro do STF André Mendonça de tornar facultativa, ou seja, voluntária, a ida dos dois principais envolvidos no escândalo do INSS à CPMI nesta segunda-feira, dia 15, está mantida a oitiva do senhor Antônio Carlos Camilo Antunes, o 'careca'. "Nós estamos em contato com a defesa, que confirmou o desejo de que ele fale e exponha o posicionamento em relação a todas as suspeitas que estão sendo levantadas pela Polícia Federal e também divulgadas pela imprensa. É um passo muito importante para o esclarecimento de todo esse escândalo e crime organizado que tomou conta da previdência social em nosso País", afirmou Viana, no vídeo.

A investigação da Polícia Federal aponta o "Careca do INSS" como um dos principais operadores do esquema fraudulento de descontos associativos em aposentadorias.

Na sexta-feira, 12, Camilo Antunes e Maurício Camisotti, outro suspeito de ser sócio oculto de uma das associações envolvidas no esquema, foram presos em uma nova fase da Operação Sem Desconto.

O boletim médico do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, divulgado no período da tarde deste domingo, 14, pelo hospital DF Star, afirma que Bolsonaro recebeu alta, mas deve seguir com tratamentos para hipertensão arterial, refluxo gastro-esofágico e medidas preventivas de broncoaspiração.

O ex-presidente passou a manhã no hospital. Inicialmente a informação era de que Bolsonaro iria retirar lesões da pele.

Além da remoção das lesões, porém, o boletim informa que o ex-presidente recebeu reposição de ferro por via endovenosa, porque exames laboratoriais evidenciaram que ele apresenta um quadro de anemia por deficiência de ferro.

Uma tomografia de tórax também detectou imagens residuais de um quadro de pneumonia recente por broncoaspiração.

O médico de Bolsonaro, Claudio Birolini, disse que o ex-presidente está "bastante fragilizado" com toda a situação.

Na quinta-feira, Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes. "Ele é um senhor de 70 anos, que passou por diversas intervenções cirúrgicas. Ele está bastante fragilizado por essa situação toda", afirmou.

Soluços

De acordo com Birolini, o ex-presidente mantém quadro de soluços e tem se alimentado "menos que gostaríamos". "Seguiremos acompanhando Bolsonaro de perto, tanto de vista do pós-operatório, como questões intestinais, pneumonias que ele vem tendo."

O médico falou a jornalistas na porta do hospital, enquanto Bolsonaro esperava a poucos metros, sem se manifestar. Ao redor, manifestantes chamavam o ex-presidente de "mito" e pediam a volta de Bolsonaro ao poder.

Lesões de pele removidas

Ainda segundo o boletim, quanto ao procedimento dermatológico, foram removidas oito lesões de pele, localizadas no tronco e no membro superior direito. Elas foram encaminhadas para exame.

O resultado anatomopatológico delas deve ser informado nos próximos dias.

Escolta por policiais penais

O deslocamento até o hospital foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Bolsonaro foi escoltado por policiais penais do Distrito Federal. Ele chegou ao DF Star por volta das 8 horas da manhã e saiu por volta de 14 horas.

O procedimento estava agendado para 10 horas.

Conforme a autorização recebida, Bolsonaro terá que entregar um atestado médico relatando os detalhes dos procedimentos em até 48 horas.