Rússia ataca com mísseis cidade ucraniana no Domingo de Ramos; 21 mortes são confirmadas

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A Rússia realizou um ataque com mísseis balísticos na cidade de Sumy, na Ucrânia, durante as celebrações do Domingo de Ramos. Até o momento, o governo ucraniano confirmou 21 mortes.

No X, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou o ataque russo a uma região civil em um momento de celebração religiosa e enviou condolências às famílias das vítimas. "Uma operação de resgate está em andamento. Todos os serviços necessários estão trabalhando no local", afirmou.

Na publicação, Zelensky ainda ressaltou que o mundo deve responder com firmeza a esse tipo de ataque. "Os Estados Unidos, a Europa, todos no mundo que desejam que esta guerra e esses assassinatos acabem. A Rússia quer exatamente esse tipo de terror e está prolongando esta guerra. Sem pressão sobre a Rússia, a paz é impossível", enfatizou o presidente ucraniano, que também disse ser preciso uma ação voltada à Rússia digna de um terrorista.

A vice-presidente da Comissão Europeia, Kaja Kallas, também condenou o ataque no X e prestou solidariedade aos ucranianos. "Esse é um exemplo horrível da Rússia intensificando ataques enquanto a Ucrânia aceitou um cessar-fogo incondicional. Meus pensamentos estão com o povo ucraniano hoje", disse.

(Com agências internacionais)

Em outra categoria

A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 9, a convocação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a prestar esclarecimentos sobre a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a ex-presidente argentina Cristina Kirchner em julho. Duas moções de repúdio também foram acatadas pelo colegiado.

"Ao priorizar o contato com uma figura condenada por corrupção e ignorar deliberadamente o governo em exercício da Argentina, o presidente da República optou por um gesto ideológico e revanchista", disse o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), autor do requerimento, ao pontuar que Lula e Mauro Vieira não se encontraram com Javier Milei, o atual presidente.

O parlamentar ainda afirmou que a visita caracteriza um "desrespeito ao sistema judiciário argentino" e "um gesto político e ideológico que não apenas enfraquece o combate à corrupção em âmbito regional, como compromete a credibilidade institucional do Brasil".

Kirchner foi condenada a seis anos de prisão por corrupção em junho deste ano e perdeu os direitos políticos. Lula visitou Kirchner quando foi à Cúpula do Mercosul, em 3 de julho na Argentina. O encontro durou cerca de 50 minutos e precisou de aval do judiciário local.

O presidente defendeu Cristina Kirchner, afirmando "saber o que é ser vítima de perseguição judicial". Para Van Hattem, "tal declaração, além de ignorar a legitimidade do processo judicial conduzido pelas instituições argentinas, relativiza a gravidade dos crimes pelos quais Kirchner foi condenada e contribui para desinformar a opinião pública sobre os fatos".

Ao pedir explicações de Mauro Vieira, o deputado afirmou que o gesto demonstra que a diplomacia brasileira foi usada para propaganda partidária, "defendendo uma narrativa revisionista da esquerda latino-americana".

De acordo com ele, o objetivo do Itamaraty deveria ser o de "representar os interesses permanentes do Estado, e não de governos, partidos ou lideranças circunstanciais. O Itamaraty deve pautar-se pela sobriedade, neutralidade, legalidade e foco no interesse nacional, jamais por solidariedades seletivas motivadas por afinidades ideológicas".

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, culpabilizou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em coletiva de imprensa com jornalistas nesta quinta-feira, 10, Alckmin voltou a falar que o Brasil não é um problema para os americanos, pois tem superávit comercial em bens e serviços.

"O clã Bolsonaro trabalhou contra o interesse do País e do povo brasileiro. Agora a gente vê que esse clã, mesmo fora do governo, continua trabalhando contra o interesse brasileiro. Antes, era um atentado contra a democracia, mas agora é um atentado contra a economia", disse Alckmin, que ainda acusou Bolsonaro de negacionismo durante a pandemia de covid-19 e de acumular déficits primários.

Segundo Alckmin, a atitude de Trump foi um "equívoco" e deve ser "corrigida" e a tarifa americana prejudica a geração de empregos. O vice-presidente declarou que Lula está criando um grupo de trabalho emergencial para cuidar das reações contra a tarifa anunciada por Trump.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se encontrou nesta quinta-feira, 10, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para um almoço num restaurante em Brasília. O republicano publicou um vídeo ao lado do capitão reformado na rede social X. "Sempre bom estar ao seu lado, presidente", afirmou.

A reunião ocorreu após Tarcísio culpar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros prometida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O chefe do Executivo paulista e o ex-presidente fizeram fotos e vídeos com apoiadores no restaurante.

"Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado. Tiveram tempo para prestigiar ditaduras, defender a censura e agredir o maior investidor direto no Brasil. Outros países buscaram a negociação", disse Tarcísio no X na noite desta quarta, 9.

"Não adianta se esconder atrás do Bolsonaro. A responsabilidade é de quem governa. Narrativas não resolverão o problema", completou.

Nesta quinta, em agenda pela manhã, após receber críticas, Tarcísio ponderou que o Brasil precisa "deixar de lado as questões ideológicas, o revanchismo e as narrativas" para negociar com os Estados Unidos.