Próximo ao Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele, a dermatologista Dra. Patrícia Fabrini explica como identificar lesões suspeitas, prevenir e tratar a doença com métodos modernos e eficazes Com a chegada do verão e a proximidade do Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele, em 24 de novembro, a Dra. Patrícia Fabrini, dermatologista com mais de 20 anos de carreira, reforça a importância da detecção precoce e da prevenção dessa doença tão comum e frequentemente evitável. A médica orienta sobre os sinais que merecem atenção, como as alterações nas pintas, e explica o papel fundamental do uso diário de protetor solar. Além disso, detalha como tecnologias modernas, como dermatoscopia e biópsia, auxiliam no diagnóstico preciso e nas opções de tratamento, que têm avançado nos últimos anos.
A Dra. Patrícia Fabrini chama atenção para a detecção precoce do câncer de pele, uma doença comum, especialmente no Brasil, onde a exposição solar é intensa. Ela explica que as lesões suspeitas apresentam características específicas: "Qualquer pinta que mude de cor, sangre ou não cicatrize deve ser avaliada por um dermatologista", alerta Fabrini.
Existem três tipos principais de câncer de pele: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma, cada um com suas peculiaridades. "O melanoma é o mais perigoso entre eles, com alta chance de metástase se não tratado. O espinocelular também pode ser grave, enquanto o basocelular costuma ser localizado, mas todos requerem atenção médica", explica a dermatologista.
Para identificar lesões suspeitas, Fabrini orienta o uso do método ABCDE, uma ferramenta prática para diferenciar manchas comuns de potenciais melanomas. Cada letra representa um sinal de alerta: A para assimetria, B para bordas irregulares, C para cores variadas, D para diâmetro maior que 5 milímetros e E para evolução rápida da lesão. "Lesões com uma combinação desses sinais devem ser avaliadas o quanto antes", orienta.
A exposição ao sol sem proteção é o principal fator de risco para o câncer de pele, afirma Fabrini. "O uso de protetor solar é fundamental, aplicando cerca de três dedos de produto no rosto e em áreas expostas como braços e colo, com fator de proteção mínimo de 30, e reaplicação ao longo do dia." Ela também reforça a importância de evitar o sol nos horários de maior radiação, entre 10h e 16h.
A dermatoscopia e a biópsia são os principais métodos para identificar o câncer de pele. "A dermatoscopia permite uma visualização aumentada das lesões, facilitando a identificação de alterações suspeitas", explica a dermatologista. Em caso de dúvida, a biópsia é recomendada, um exame seguro e pouco invasivo que oferece alta precisão no diagnóstico.
O tratamento inicial do câncer de pele envolve a remoção cirúrgica da lesão. Em casos de melanoma, tratamentos avançados como imunobiológicos ajudam a controlar o avanço da doença. "Esses medicamentos modernos podem conter a evolução do melanoma, que é altamente inflamatório e maligno", destaca.
A especialista enfatiza a importância do autoexame da pele, que deve ser feito com regularidade, especialmente antes do banho, e com ajuda de outra pessoa para verificar áreas de difícil visualização, como as costas.
Apesar de o uso de telas digitais como celulares e computadores estar associado a outras condições de pele, como o melasma, Fabrini afirma que não há comprovação de que a luz azul dessas fontes cause câncer de pele.
Como detectar o câncer de pele de forma precoce e quais os principais cuidados
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