PT e PSOL pedem impeachment de Tarcísio após governador associar PCC a Boulos

Política
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A bancada do PT/PCdoB/PV e do PSOL/Rede na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) protocolaram nesta quarta-feira, 30, um pedido de impeachment contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O pedido foi apresentado após o governador insinuar, durante as eleições do último domingo, 27, que a facção criminosa PCC pediu votos para o candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL).

Segundo o pedido, a gravidade da situação não pode ser "minimizada" e que o governador, sabendo dessa informação, deveria encaminhar as provas para a Justiça Eleitoral.

"Não serão aceitas desculpas relacionadas à possibilidade de não ter havido impacto na eleição, ou à ausência de atividade no cargo, uma vez que foi justamente por exercer a função que tudo aconteceu: a descoberta da correspondência, a credibilidade como fonte de informação e a responsabilidade de supervisionar os subordinados que não cumpriram suas obrigações", diz o pedido.

Os partidos acusam o governador de cometer crime de responsabilidade, já que ele impediu o livre exercício do voto, faltou com decoro para seu cargo e que ele se ausentou da tomada de responsabilidades, afirma o documento. "A informação que deveria ter sido tratada com diligência, com remessa aos órgãos competentes para cabal apuração e adoção das medidas cabíveis, terminou por ser apropriada como peça de campanha do candidato do Sr. Governador, com explícita aptidão para interferir no resultado".

As siglas pedem, então, que um processo de impeachment seja aberto contra o governador. "Tendo em vista os elementos de fato que são notórios, divulgados pela imprensa e que não foram objeto de qualquer contradição por parte do Sr. Governador, é caso de ser a presente representação recebida, determinando-se as medidas necessárias à instrução, elaboração de ampla defesa, e, finalmente, com a aplicação das penalidades preconizadas pela legislação em vigor, notadamente pelo impeachment do Governador", finaliza o pedido.

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Em jantar com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ontem na Flórida, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, defendeu a resolução de questões tarifárias com diálogo. Trump afirmou que aplicaria tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e do México se não fosse interrompido o que chamou de fluxo de drogas e migrantes pelas fronteiras norte e sul.

Embora Trump tenha chamado Trudeau de "fraco" e "desonesto" em seu primeiro mandato, as relações entre os dois países continuam entre as mais próximas do mundo. Trudeau é o primeiro líder do G7 a visitar Trump desde a eleição.

O jantar contou com a presença de Howard Lutnick, indicado de Trump para secretário de Comércio, Doug Burgum, escolhido para o Departamento do Interior, Mike Waltz, futuro conselheiro de Segurança Nacional, além de suas esposas. Também participaram o senador eleito David McCormick e sua esposa Dina Powell, além de Dominic LeBlanc, ministro da Segurança Pública do Canadá, e Katie Telford, chefe de gabinete de Trudeau.

Trudeau disse mais cedo nesta sexta-feira que resolveria a questão das tarifas conversando com Trump. A presidente mexicana Claudia Sheinbaum disse na quinta-feira, 29, após falar com Trump, que está confiante de que uma guerra tarifária com os Estados Unidos será evitada.

"Vamos trabalhar juntos para atender a algumas das preocupações", Trudeau disse aos repórteres na Ilha do Príncipe Eduardo. "Mas, no final das contas, é por meio de muitas conversas realmente construtivas com o presidente Trump que eu terei, que continuaremos no caminho certo para todos os canadenses."

Trudeau afirmou que Trump foi eleito prometendo reduzir o custo dos alimentos, mas agora está falando em aumentar em 25% o preço de diversos produtos, incluindo batatas da Ilha do Príncipe Eduardo. "É importante entender que, quando Donald Trump faz declarações como essa, ele planeja cumpri-las. Não há dúvidas quanto a isso", disse Trudeau. "Nosso papel é apontar que ele não apenas prejudicaria os canadenses, que trabalham tão bem com os Estados Unidos, mas também aumentaria os preços para os cidadãos americanos e prejudicaria a indústria e os negócios americanos", acrescentou.

Essas tarifas poderiam desestabilizar o acordo comercial norte-americano renegociado durante o primeiro mandato de Trump. Trudeau lembrou que o tratado foi um "ganha-ganha" para ambos os países e acredita que a cooperação pode ser mantida. O Canadá já está examinando possíveis tarifas retaliatórias contra determinados itens dos EUA caso Trump leve adiante sua ameaça de impor tarifas abrangentes sobre produtos canadenses, segundo um alto funcionário.

O presidente eleito do Uruguai, Yamandú Orsi, fez nesta sexta-feira, 29, sua primeira viagem ao Brasil e se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília. Orsi manifestou apoio ao Brasil no embate com a França, após anúncios de boicote à carne produzida no Mercosul, que abriu uma crise entre os dois países.

"Felicitamos Lula pelas declarações e definições apresentadas sobre a necessidade de articulação com a Europa e toda a nossa solidariedade ao Brasil por tudo o que ocorreu ao longo deste tempo", disse Orsi, em breve pronunciamento no Palácio do Planalto.

O Uruguai tem a pecuária como uma atividade-chave de sua economia e também é um exportador de proteína animal. A crise diplomática ocorre em meio a discussões finais para um acordo de livre-comércio do bloco com a União Europeia.

Representante da esquerda, o uruguaio fez sua primeira viagem ao exterior após ser eleito, no domingo, e disse que a reunião ocorreu entre amigos, dadas as relações de afinidade entre o PT e a Frente Ampla, partido de Orsi e de José "Pepe" Mujica, ex-presidente uruguaio que foi o principal cabo eleitoral na campanha presidencial.

A comitiva foi formada por nomes já indicados para compor a equipe do futuro governo: Gabriel Odonne, ministro de Economia e Finanças, Alejandro Sánchez, secretário da Presidência, Camilo Cejas e Álvaro Padron, ambos assessores especiais.

Cúpula

O presidente eleito afirmou ainda que trouxe a Lula saudações do ex-presidente Mujica e do atual, Luis Lacalle Pou. Eles devem se encontrar na semana que vem, quando o brasileiro planeja participar da cúpula do Mercosul, em Montevidéu, na quinta e na sexta-feira.

A presidência do bloco é exercida pelo Uruguai, que passará o comando à Argentina de Javier Milei, que agora divide a bandeira conservadora no Mercosul com o presidente paraguaio, Santiago Peña.

União Europeia

O encontro ocorrerá sob expectativas e incertezas a respeito da conclusão das negociações de um tratado de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Orsi afirmou ontem que o mundo está muito agitado e cada vez mais imprevisível. Ele indicou ainda que o bloco sul-americano não deve "perder oportunidades" de acordos como esse.

No governo de Lacalle Pou, de centro-direita, o Uruguai tem exposto uma visão crítica do Mercosul, a respeito de barreiras internas ao comércio, além pressionar para que o bloco avance em uma negociação comercial com a China - mesmo que cada país possa tocar as conversas individualmente com os chineses. Isso contraria os princípios do bloco e sofre forte oposição do governo brasileiro.

Expansão

"Estamos otimistas com a possibilidade de continuar estreitando laços com outras regiões e, fundamentalmente, com a Europa. É claro que fez parte da conversa a análise do Mercosul como proposta e as dificuldades que historicamente tivemos, mas sempre nos posicionando, seguindo uma linha de trabalho que o Uruguai vem concretizando, ser protagonistas neste Mercosul e não perder a oportunidade em um mundo que é tão imprevisível e tão mutável", disse.

De acordo com o futuro presidente do Uruguai, de 57 anos, que assumirá o poder em março do ano que vem, o mundo de hoje exige atenção. "As relações entre os países da região têm de ser mais fortes do que nunca, além, é claro, da relação entre governos ou partidos que chegam ao poder", afirmou Orsi.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, voou para a Flórida nesta sexta-feira, 29, para jantar com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump no clube Mar-a-Lago, após Trump ameaçar impor tarifas abrangentes sobre produtos canadenses.

Trump afirmou que aplicaria tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e do México se não fosse interrompido o que chamou de fluxo de drogas e migrantes pelas fronteiras norte e sul.

Embora Trump tenha chamado Trudeau de "fraco" e "desonesto" em seu primeiro mandato, as relações entre os dois países continuam entre as mais próximas do mundo. Trudeau é o primeiro líder do G-7 a visitar Trump desde a eleição de 4 de novembro.

O jantar contou com a presença de Howard Lutnick, indicado de Trump para secretário de Comércio, Doug Burgum, escolhido para o Departamento do Interior, Mike Waltz, futuro conselheiro de segurança nacional, além de suas esposas. Também participaram o senador eleito David McCormick e sua esposa Dina Powell, além de Dominic LeBlanc, ministro da Segurança Pública do Canadá, e Katie Telford, chefe de gabinete de Trudeau.

Trudeau disse mais cedo nesta sexta-feira que resolveria a questão das tarifas conversando com Trump. A presidente mexicana Claudia Sheinbaum disse na quinta-feira, 29, após falar com Trump, que está confiante de que uma guerra tarifária com os Estados Unidos será evitada.

"Vamos trabalhar juntos para atender a algumas das preocupações", Trudeau disse aos repórteres na Ilha do Príncipe Eduardo. "Mas, no final das contas, é por meio de muitas conversas realmente construtivas com o presidente Trump que eu terei, que continuaremos no caminho certo para todos os canadenses."

Trudeau afirmou que Trump foi eleito prometendo reduzir o custo dos alimentos, mas agora está falando em aumentar em 25% o preço de diversos produtos, incluindo batatas da Ilha do Príncipe Eduardo. "É importante entender que, quando Donald Trump faz declarações como essa, ele planeja cumpri-las. Não há dúvidas quanto a isso", disse Trudeau.

"Nosso papel é apontar que ele não apenas prejudicaria os canadenses, que trabalham tão bem com os Estados Unidos, mas também aumentaria os preços para os cidadãos americanos e prejudicaria a indústria e os negócios americanos", acrescentou.

Essas tarifas poderiam desestabilizar o acordo comercial norte-americano renegociado durante o primeiro mandato de Trump. Trudeau lembrou que o tratado foi um "ganha-ganha" para ambos os países e acredita que a cooperação pode ser mantida.

Trump ameaçou impor tarifas de 25% ao criticar o aumento de migração e o tráfico de fentanil, embora os números na fronteira canadense sejam muito menores em comparação à fronteira sul. A Patrulha de Fronteira dos EUA fez 56.530 prisões na fronteira mexicana apenas em outubro e 23.721 na canadense entre outubro de 2023 e setembro de 2024.

Trump também criticou o fentanil vindo do México e do Canadá, embora as apreensões na fronteira canadense sejam poucas em comparação à fronteira sul. Agentes alfandegários dos EUA apreenderam 43 libras de fentanil na fronteira canadense no último ano fiscal, contra 21.100 libras na fronteira mexicana.

Autoridades canadenses consideram injusta a comparação com o México, mas estão prontas para reforçar a segurança na fronteira.

Quando Trump impôs tarifas mais altas em seu primeiro mandato, outros países reagiram com tarifas retaliatórias. O Canadá, por exemplo, anunciou bilhões em novos impostos contra os EUA em 2018 em resposta às tarifas sobre aço e alumínio canadenses.

O Canadá já está examinando possíveis tarifas retaliatórias contra determinados itens dos EUA caso Trump leve adiante sua ameaça de impor tarifas abrangentes sobre produtos canadenses, segundo um alto funcionário.

Um representante do governo afirmou que o Canadá está se preparando para todas as eventualidades e já começou a pensar em quais itens poderiam ser alvo de retaliação. Ele ressaltou que nenhuma decisão foi tomada.

O comércio entre os dois países é significativo: cerca de US$ 2,7 bilhões em bens e serviços cruzam a fronteira diariamente. O Canadá é o principal destino de exportação de 36 estados americanos. Cerca de 60% das importações americanas de petróleo bruto vêm do Canadá, assim como 85% da eletricidade importada./AP