PT e PSOL pedem impeachment de Tarcísio após governador associar PCC a Boulos

Política
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A bancada do PT/PCdoB/PV e do PSOL/Rede na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) protocolaram nesta quarta-feira, 30, um pedido de impeachment contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O pedido foi apresentado após o governador insinuar, durante as eleições do último domingo, 27, que a facção criminosa PCC pediu votos para o candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL).

Segundo o pedido, a gravidade da situação não pode ser "minimizada" e que o governador, sabendo dessa informação, deveria encaminhar as provas para a Justiça Eleitoral.

"Não serão aceitas desculpas relacionadas à possibilidade de não ter havido impacto na eleição, ou à ausência de atividade no cargo, uma vez que foi justamente por exercer a função que tudo aconteceu: a descoberta da correspondência, a credibilidade como fonte de informação e a responsabilidade de supervisionar os subordinados que não cumpriram suas obrigações", diz o pedido.

Os partidos acusam o governador de cometer crime de responsabilidade, já que ele impediu o livre exercício do voto, faltou com decoro para seu cargo e que ele se ausentou da tomada de responsabilidades, afirma o documento. "A informação que deveria ter sido tratada com diligência, com remessa aos órgãos competentes para cabal apuração e adoção das medidas cabíveis, terminou por ser apropriada como peça de campanha do candidato do Sr. Governador, com explícita aptidão para interferir no resultado".

As siglas pedem, então, que um processo de impeachment seja aberto contra o governador. "Tendo em vista os elementos de fato que são notórios, divulgados pela imprensa e que não foram objeto de qualquer contradição por parte do Sr. Governador, é caso de ser a presente representação recebida, determinando-se as medidas necessárias à instrução, elaboração de ampla defesa, e, finalmente, com a aplicação das penalidades preconizadas pela legislação em vigor, notadamente pelo impeachment do Governador", finaliza o pedido.

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O governo do México anunciou planos para construir o "Coatlicue", apresentado como "o supercomputador do povo do México e o mais poderoso da América Latina". O projeto, que terá investimento público de 6 bilhões de pesos mexicanos (US$ 327 milhões), começará a ser erguido em janeiro de 2026 e deve levar 24 meses para ser concluído.

A presidente Claudia Sheinbaum afirmou que a iniciativa colocará o país na vanguarda regional do processamento de dados. "Estamos muito entusiasmados com o supercomputador Coatlicue, que vai iniciar sua construção no próximo ano. Estamos definindo a localização e ele vai permitir que o México entre com tudo no uso da inteligência artificial (IA) e processamento de dados, que hoje não temos capacidade de fazer", disse.

Segundo o chefe da Agência de Transformação Digital e Telecomunicações, José Antonio Peña Merino, Coatlicue contará com 14.480 GPUs e poderá realizar trilhões de operações por segundo, em desempenho "sete vezes mais do que o maior supercomputador da região, que atualmente está no Brasil". Ele afirmou que o equipamento permitirá avanços em áreas como saúde, clima, energia e mobilidade.

O governo destaca que a supermáquina oferecerá soluções para previsões meteorológicas e de desastres naturais, planejamento de colheitas, exploração de gás e petróleo, planejamento do consumo de energia e o processamento de grandes volumes de dados para prevenir "atos de corrupção e de evasão fiscal".

O presidente Donald Trump fez um pronunciamento, na noite desta quarta-feira, 26, sobre o "ato de terror" onde dois soldados da Guarda Nacional americana foram baleados à queima-roupa em um ataque próximo à Casa Branca. Ele confirmou que o homem responsável pelo atentado é um afegão que chegou ao país em setembro de 2021, segundo informações do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.

Trump chamou os afegãos que entraram nos EUA durante a administração do presidente Joe Biden de "aliens". O termo, apesar de ser um sinônimo para "imigrante" na legislação específica do país sobre o tema e em outros contextos legais, no uso geral, é considerado ofensivo.

"Ele (o suspeito detido) foi trazido para cá durante a administração Biden, num daqueles voos infames que todos comentavam", afirmou. Trump se referia a retirada das tropas americanas no Afeganistão, que aconteceu entre fevereiro de 2020 e agosto de 2021. Na época, civis afegãos também deixaram a capital temendo uma retaliação do regime Taleban.

O republicano aproveitou a oportunidade para criticar seu antecessor, chamando-o de "desastroso" e classificando-o como "o pior presidente da história do país", disparou. "O governo anterior permitiu a entrada de 20 milhões de imigrantes desconhecidos 'não verificados', vindos de todas as partes do mundo".

"Devemos tomar as medidas necessárias para garantir a retirada de qualquer 'alien' (imigrante) de qualquer país que não pertença ou que não traga benefícios para o nosso país", continuou. "Se eles não amam nosso país, não queremos eles aqui", completou.

Durante o pronunciamento, Trump informou, ainda, que mais 500 soldados da Guarda Nacional serão enviados à capital, com o objetivo de "Make America Totally Safe Again", num trocadilho com a MAGA.

Bombeiros continuam, nesta quinta-feira, 27, o combate ao incêndio em um complexo de prédios residenciais em Hong Kong. A tragédia já deixou, ao menos, 55 pessoas mortas, além de 71 feridas. Outras 279 seguiam desaparecidas até à 0h da madrugada de hoje (horário local) e cerca de 900 pessoas precisaram ser deslocadas para abrigos temporários durante a noite. Segundo a força, a operação de combate ao fogo pode durar, pelo menos, até o final desta quinta.

O fogo atingiu sete dos oito edifícios do complexo com prédios de 31 andares; em quatro deles as chamas já estão controladas. O fogo começou em andaimes de bambu erguidos para uma reforma que se espalham rapidamente já ao redor dos prédios.

As autoridades suspeitam que alguns materiais nas paredes externas dos edifícios não atendiam aos padrões de resistência ao fogo, permitindo a propagação rápida das chamas. A polícia também informou ter encontrado isopor altamente inflamável fixado nas janelas de cada andar, próximo ao hall do elevador da única torre que não foi atingida.

Na quarta, 26, três homens foram detidos por homicídio culposo. Na quinta, a polícia realizou buscas no escritório da Prestige Construction & Engineering Company, responsável pelas reformas, no complexo e apreendeu caixas de documentos como prova, de acordo com a mídia local. Ainda nesta quinta, as autoridades devem realizar inspeções em todos os conjuntos habitacionais da cidade que estão em reforma para garantir que os andaimes e os materiais de construção atendam aos padrões de segurança.

O complexo residencial tinha cerca de 4,8 mil moradores, entre eles muitos idosos. Construído na década de 1980, o prédio passava por uma grande reforma.

O líder chinês Xi Jinping expressou condolências ao bombeiro falecido e manifestou solidariedade às famílias das vítimas, segundo a emissora estatal CCTV. Ele também pediu esforços para minimizar o número de vítimas e os prejuízos.

Esse foi o incêndio mais mortal a atingir o território honconguês em décadas. Em novembro de 1996, 41 pessoas morreram em um prédio comercial em Kowloon em um incêndio que durou cerca de 20 horas. (Com informações de agências internacionais)