'Só depois que eu estiver morto', diz Bolsonaro de Tarcísio e lideranças da direita para 2026

Política
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira, 7, que não há nomes à direita, senão o dele, para a disputa à Presidência da República de 2026. "Só depois que eu estiver morto. Antes de eu morto, politicamente não tem nome", disse Bolsonaro. Para o ex-presidente, a direita "não tem dono", mas sim "um líder", posto ocupado por ele de forma "incontestável".

O ex-presidente desautorizou o nome de seu ex-ministro da Infraestrutura, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Para Bolsonaro, seu aliado não é um nome viável para a próxima disputa presidencial, pois é um "líder maior" somente no Estado de São Paulo. "É um grande líder no Estado, verdade... Ninguém vai me provocar", disse o ex-presidente.

A declaração do ex-presidente de que segue sendo o líder "incontestável" da direita ocorre na esteira das eleições 2024. A autoridade do ex-presidente como cabo eleitoral foi desafiada por nomes como o do empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB), que terminou a disputa pela Prefeitura de São Paulo em terceiro lugar e ameaçou a candidatura de Ricardo Nunes (MDB), nome apoiado pelo partido de Bolsonaro.

O aval do ex-presidente também foi colocado à prova em Goiânia, onde seu candidato, o ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL), foi derrotado por Sandro Mabel (União Brasil), ex-deputado federal que obteve o apoio do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). Caiado é cotado como postulante ao Planalto em 2026.

Bolsonaro se coloca no páreo para a sucessão presidencial, mas acumula duas penas de inelegibilidade do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e não pode disputar cargos eletivos até 2030. O ex-presidente espera a aprovação de uma anistia do Congresso para participar do pleito.

Em junho de 2023, o TSE condenou Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, pela reunião com embaixadores na qual o então presidente atacou, sem apresentar provas, as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral do País. Três meses depois, em outubro, o ex-chefe do Executivo foi condenado pela Justiça Eleitoral mais uma vez, por abuso de poder político durante o feriado de Dia da Independência em 2022. Os ministros concluíram que ele usou a data cívica para fazer campanha.

Bolsonaro acumula duas penas por inelegibilidade, mas não há soma no tempo das condenações. O prazo segue até 2030, oito anos após 2022.

Em 29 de outubro, Bolsonaro afirmou que a viabilidade eleitoral de um líder de direita senão ele é uma "utopia", pois não há integrantes desse campo político que saibam "a linguagem do povo" como ele. "Já tentaram várias vezes e não conseguiram. Esses caras juntam quantas pessoas no aeroporto num bate-papo?", afirmou Bolsonaro.

Além de Tarcísio e de Caiado, o nome do governador mineiro Romeu Zema (Novo) também é cotado para a próxima eleição presidencial.

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A partir de 12 de outubro, turistas que entrarem em Portugal, Espanha, França, Itália ou outros 25 países na Europa podem não ter mais seus passaportes carimbados. Parte do continente vai substituir o tradicional selo por um sistema eletrônico.

O objetivo, segundo a União Europeia, é agilizar o controle de fronteiras e aumentar a segurança. O registro de entrada no país será feito por meio de dados biométricos, com reconhecimento facial e impressões digitais.

Sem acarretar custos extras ao viajante, a mudança será gradual e está prevista para ser concluída até abril de 2026.

Países europeus que vão trocar carimbo por sistema eletrônico:

Áustria

Bélgica

Bulgária

Croácia

República Tcheca

Dinamarca

Estônia

Finlândia

França

Alemanha

Grécia

Hungria

Islândia

Itália

Letônia

Liechtenstein

Lituânia

Luxemburgo

Malta

Holanda

Noruega

Polônia

Portugal

Romênia

Eslováquia

Eslovênia

Espanha

Suécia

Suíça

O Hamas condenou a visita do enviado especial dos Estados Unidos ao Oriente Médio, Steve Witkoff, a centros de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Segundo o grupo, a visita foi uma "peça teatral previamente preparada para enganar a opinião pública, embelezar a imagem da ocupação e conceder-lhe uma cobertura política".

A chamada Fundação Humanitária de Gaza, supervisionada por Israel e visitada por Witkoff, é descrita pelo Hamas como uma entidade "criada para completar os capítulos de assassinato e genocídio". Para o grupo, os EUA têm responsabilidade direta na crise humanitária. "O governo americano é um parceiro completo no crime de fome e genocídio que ocorre diante dos olhos e ouvidos do mundo inteiro", escreveu.

O Hamas ainda exigiu que Washington retire seu apoio a Israel, defendam um cessar-fogo e promovam a "retirada do exército de ocupação israelense e o levantamento do cerco injusto ao nosso povo". O grupo afirma que o atual alinhamento dos EUA às ações israelenses aprofundam a "catástrofe humanitária" e perpetuam o conflito na região.

As Forças Armadas da Ucrânia afirmaram hoje que realizaram ataques bem-sucedidos contra "infraestruturas críticas" da Rússia, incluindo duas refinarias de petróleo, em resposta aos recentes bombardeios russos contra cidades ucranianas. Segundo comunicado divulgado pelo Comando Militar por meio do Telegram, foram atingidas as refinarias de Riazã e Novokuibyshevsk, duas das maiores do país, segundo a estatal que as administra, além de um depósito de combustível na região de Voronej.

De acordo com o comunicado, "foi confirmado o impacto em empresas da indústria de refino de petróleo do país ocupante Rússia". Além disso, drones ucranianos atacaram com sucesso "a base de combustíveis e lubrificantes 'Anna Naftoprodukt' na região de Voronej".

As forças ucranianas também disseram ter danificado uma fábrica militar na região de Penza. Segundo o texto, "foi atingida a empresa Elektroprylad, que se especializa na produção de sistemas de telecomunicações protegidos, equipamentos criptográficos e placas de circuito para equipamentos militares".

O ataque, segundo Kiev, foi uma retaliação direta aos "recentes ataques terroristas da Rússia contra cidades ucranianas, que resultaram em civis mortos e feridos". O texto afirma que explosões e incêndios foram registrados nos locais atingidos e que informações mais detalhadas sobre as consequências dos ataques estão sendo apuradas.

Os militares ucranianos prometeram manter os ataques até um cessar-fogo completo da "agressão armada da Federação Russa contra a Ucrânia".