STJ nega transferir advogado condenado por homicídio para sala com frigobar, escrivaninha e TV

Política
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O ministro Herman Benjamin, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), rejeitou um habeas corpus do advogado Carlos Geraldo de Albuquerque Nogueira para cumprir pena em regime domiciliar ou em uma sala equipada com frigobar, escrivaninha, livros e televisão.

 

O advogado foi condenado a 20 anos e seis meses de prisão, em regime inicial fechado, pelo assassinato de um homem a pauladas, em fevereiro 2021, em Manaus. Por ser um crime doloso contra a vida, ele foi julgado no Tribunal do Júri. Os jurados concluíram que o homicídio foi agravado porque teve motivação fútil.

 

Carlos Geraldo de Albuquerque Nogueira está detido no Centro de Detenção Provisória de Manaus II, em uma sala de Estado-Maior, como estabelece o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

 

Ao dar entrada no habeas corpus, a defesa argumentou que o alojamento não tem "janela, frigobar, água gelada, escrivaninha, livros, televisão e instrumentos para exercer sua profissão". O advogado pediu transferência para a sala de Estado-Maior da seccional da OAB no Amazonas.

 

O pedido foi negado primeiro por um desembargador do Amazonas. Na sequência, o habeas corpus subiu para o Superior Tribunal de Justiça.

 

O ministro Herman Benjamin não chegou a analisar o mérito do pedido. Ele usou um argumento processual para negar o HC. Afirmou que não houve julgamento colegiado no Tribunal de Justiça do Amazonas e, por isso, o STJ não poderia julgar o caso. Seria, na avaliação do ministro, pular uma instância.

 

"A decisão combatida foi proferida monocraticamente pelo desembargador relator na origem. Não há, pois, deliberação colegiada sobre a matéria trazida na presente impetração, o que inviabiliza o seu conhecimento pelo Superior Tribunal de Justiça", diz a decisão.

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O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, se encontrou com o assessor presidencial russo Nikolai Patrushev em Nova Délhi para impulsionar a cooperação marítima bilateral.

"Foi um prazer receber o Sr. Nikolai Patrushev", escreveu Modi na rede X nesta terça-feira, 18. "Tivemos discussões produtivas sobre cooperação no setor marítimo, incluindo novas oportunidades de colaboração em conectividade, desenvolvimento de competências, construção naval e economia azul", acrescentou.

A aprovação do presidente dos EUA, Donald Trump, caiu para 38%, a mais baixa desde seu retorno ao poder, com os americanos insatisfeitos com sua gestão do alto custo de vida e a investigação sobre o falecido criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein, segundo uma pesquisa da Reuters/Ipsos divulgada nesta terça-feira, 18.

A pesquisa de quatro dias, que foi concluída na segunda-feira, 17, ocorre enquanto a influência de Trump sobre o Partido Republicano mostra sinais de enfraquecimento.

A Câmara e o Senado dos EUA aprovaram nesta terça uma medida para forçar a liberação de arquivos do Departamento de Justiça sobre Epstein - uma ação que Trump se opôs por meses. O presidente reverteu sua posição no domingo.

A pesquisa mostrou a aprovação geral de Trump caindo dois pontos porcentuais desde uma pesquisa da Reuters/Ipsos realizada no início de novembro.

Trump começou seu segundo mandato com 47% dos americanos aprovando sua gestão. O declínio de nove pontos desde janeiro deixa sua popularidade geral próxima aos níveis mais baixos vistos durante seu primeiro mandato e também perto das classificações mais fracas obtidas por seu antecessor democrata na Casa Branca, Joe Biden. A aprovação de Biden caiu para 35%, enquanto a popularidade do primeiro mandato de Trump caiu para 33%.

Este ano, o presidente tem sido particularmente perseguido pela ideia de que não está fazendo o suficiente para ajudar as famílias com despesas diárias, uma questão que também atingiu duramente a administração de Biden.

A pesquisa da Reuters/Ipsos, que foi conduzida online, entrevistou 1.017 adultos nos EUA e teve uma margem de erro de cerca de 3 pontos porcentuais.

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira, 18, por 427 votos a 1 o projeto de lei para obrigar o Departamento de Justiça a divulgar todos os arquivos relacionados à investigação sobre o caso Jeffrey Epstein, após meses de pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da bancada republicana para barrar a votação.

O deputado republicano Clay Higgins, da Louisiana, foi o único voto contrário. A lei agora será votada no Senado.

Quando um pequeno grupo bipartidário de deputados apresentou uma petição em julho para contornar o controle do presidente da Câmara, Mike Johnson, sobre quais projetos de lei são votados no plenário, a iniciativa parecia fadada ao fracasso, especialmente porque Trump instava seus apoiadores a considerarem o assunto uma "farsa". Mas tanto Trump quanto Johnson fracassaram em suas tentativas de impedir a votação.

Agora, o presidente cedeu ao crescente apoio ao projeto de lei e até afirmou que os republicanos deveriam votar a favor. Sua aprovação na Câmara aumenta ainda mais a pressão sobre o Senado para que o analise.

Na segunda-feira, Trump disse que assinaria o projeto de lei se ele fosse aprovado por ambas as casas do Congresso, acrescentando: "Deixem o Senado analisá-lo".

A votação desta terça reforça as exigências para que o Departamento de Justiça divulgue os arquivos do caso de Epstein, um financista influente que se suicidou em uma prisão de Manhattan enquanto aguardava julgamento em 2019, acusado de abuso sexual e tráfico de menores.

Uma investigação independente conduzida pelo Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes divulgou milhares de páginas de e-mails e outros documentos do espólio de Epstein, mostrando suas conexões com líderes globais, figurões de Wall Street, figuras políticas influentes e o próprio Trump.

Contudo, não está claro como o Senado lidará com o projeto de lei. O líder da maioria no Senado, John Thune, republicano da Dakota do Sul, já havia se mostrado cauteloso ao ser questionado sobre a legislação e, em vez disso, afirmou confiar no Departamento de Justiça para divulgar informações sobre a investigação de Epstein.

Mas o que o Departamento de Justiça divulgou até agora sob o governo Trump já era, em sua maioria, público. O projeto de lei iria além, obrigando a divulgação, em até 30 dias, de todos os arquivos e comunicações relacionados a Epstein, bem como qualquer informação sobre a investigação de sua morte em uma prisão federal. Fonte: Associated Press.

Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado