STJ nega transferir advogado condenado por homicídio para sala com frigobar, escrivaninha e TV

Política
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O ministro Herman Benjamin, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), rejeitou um habeas corpus do advogado Carlos Geraldo de Albuquerque Nogueira para cumprir pena em regime domiciliar ou em uma sala equipada com frigobar, escrivaninha, livros e televisão.

 

O advogado foi condenado a 20 anos e seis meses de prisão, em regime inicial fechado, pelo assassinato de um homem a pauladas, em fevereiro 2021, em Manaus. Por ser um crime doloso contra a vida, ele foi julgado no Tribunal do Júri. Os jurados concluíram que o homicídio foi agravado porque teve motivação fútil.

 

Carlos Geraldo de Albuquerque Nogueira está detido no Centro de Detenção Provisória de Manaus II, em uma sala de Estado-Maior, como estabelece o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

 

Ao dar entrada no habeas corpus, a defesa argumentou que o alojamento não tem "janela, frigobar, água gelada, escrivaninha, livros, televisão e instrumentos para exercer sua profissão". O advogado pediu transferência para a sala de Estado-Maior da seccional da OAB no Amazonas.

 

O pedido foi negado primeiro por um desembargador do Amazonas. Na sequência, o habeas corpus subiu para o Superior Tribunal de Justiça.

 

O ministro Herman Benjamin não chegou a analisar o mérito do pedido. Ele usou um argumento processual para negar o HC. Afirmou que não houve julgamento colegiado no Tribunal de Justiça do Amazonas e, por isso, o STJ não poderia julgar o caso. Seria, na avaliação do ministro, pular uma instância.

 

"A decisão combatida foi proferida monocraticamente pelo desembargador relator na origem. Não há, pois, deliberação colegiada sobre a matéria trazida na presente impetração, o que inviabiliza o seu conhecimento pelo Superior Tribunal de Justiça", diz a decisão.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que pode deixar a cidade de Chicago "segura" em quatro semanas ao falar da atuação da Guarda Nacional no país. O comentário é mais um capítulo da disputa entre Trump e os dirigentes municipais e estaduais sobre o envio das tropas ao Estado de Illinois.

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Líderes do continente europeu afirmaram ter feito "progresso" para encerrar a guerra entre a Rússia e a Ucrânia após uma reunião virtual da "Coalizão dos Dispostos" nesta terça-feira, 25. O encontro acontece na esteira de outra rodada de negociações entre os Estados Unidos e oficiais dos dois países.

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"O plano de paz original de 28 pontos, que foi elaborado pelos Estados Unidos, foi aprimorado, com contribuições adicionais de ambos os lados, e restam apenas alguns pontos de desacordo", escreveu o republicano na Truth Social.

Trump também informou que direcionou seu enviado especial Steve Witkoff para se encontrar com Putin em Moscou e, ao mesmo tempo, o secretário do Exército americano, Dan Driscoll, se reunirá com os ucranianos.

"Serei informado sobre todo o progresso feito, junto com o vice-presidente JD Vance, o secretário de Estado Marco Rubio, o secretário de Guerra Pete Hegseth e a chefe de gabinete da Casa Branca Susie Wiles", acrescentou ele em postagem.