STJ nega transferir advogado condenado por homicídio para sala com frigobar, escrivaninha e TV

Política
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O ministro Herman Benjamin, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), rejeitou um habeas corpus do advogado Carlos Geraldo de Albuquerque Nogueira para cumprir pena em regime domiciliar ou em uma sala equipada com frigobar, escrivaninha, livros e televisão.

 

O advogado foi condenado a 20 anos e seis meses de prisão, em regime inicial fechado, pelo assassinato de um homem a pauladas, em fevereiro 2021, em Manaus. Por ser um crime doloso contra a vida, ele foi julgado no Tribunal do Júri. Os jurados concluíram que o homicídio foi agravado porque teve motivação fútil.

 

Carlos Geraldo de Albuquerque Nogueira está detido no Centro de Detenção Provisória de Manaus II, em uma sala de Estado-Maior, como estabelece o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

 

Ao dar entrada no habeas corpus, a defesa argumentou que o alojamento não tem "janela, frigobar, água gelada, escrivaninha, livros, televisão e instrumentos para exercer sua profissão". O advogado pediu transferência para a sala de Estado-Maior da seccional da OAB no Amazonas.

 

O pedido foi negado primeiro por um desembargador do Amazonas. Na sequência, o habeas corpus subiu para o Superior Tribunal de Justiça.

 

O ministro Herman Benjamin não chegou a analisar o mérito do pedido. Ele usou um argumento processual para negar o HC. Afirmou que não houve julgamento colegiado no Tribunal de Justiça do Amazonas e, por isso, o STJ não poderia julgar o caso. Seria, na avaliação do ministro, pular uma instância.

 

"A decisão combatida foi proferida monocraticamente pelo desembargador relator na origem. Não há, pois, deliberação colegiada sobre a matéria trazida na presente impetração, o que inviabiliza o seu conhecimento pelo Superior Tribunal de Justiça", diz a decisão.

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O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou neste domingo, 16, que o país não está mais enriquecendo urânio em nenhum local do seu território.

Trata-se da resposta mais direta até agora do governo iraniano em relação ao seu programa nuclear, após Israel e os Estados Unidos bombardearem supostos locais de enriquecimento de urânio em junho.

"Não há enriquecimento nuclear não declarado no Irã. Todas as nossas instalações estão sob as salvaguardas e monitoramento da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)", disse Araghchi.

"Temos esse direito e continuamos a exercê-lo e esperamos que a comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, reconheça nossos direitos e entenda que este é um direito inalienável do Irã."

A Ucrânia está trabalhando para retomar trocas de prisioneiros com a Rússia, afirmou neste domingo, 16, o presidente Volodimir Zelenski. O acordo poderia levar de volta 1.200 prisioneiros ucranianos.

"Contamos com a retomada das trocas de prisioneiros de guerra. Muitas reuniões, negociações e telefonemas estão acontecendo neste momento para garantir isso", escreveu o líder ucraniano em sua conta no X.

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De acordo com Umerov, as partes concordaram em ativar os acordos de troca de prisioneiros intermediados em Istambul para liberar 1.200 ucranianos.

Moscou ainda não comentou sobre a alegação.

*Com informações da Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

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Espera-se que o Conselho de Segurança vote uma proposta dos EUA para um mandato da ONU para uma força internacional de estabilização em Gaza, apesar da oposição da Rússia, China e alguns países árabes.

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