Quais são os poderes dos presidentes da Câmara e do Senado?

Política
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Decididas a cada dois anos, as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal acumulam atribuições que vão desde funções administrativas e rotineiras das próprias Casas até decisões que podem influenciar os rumos do País.

A escolha dos novos chefes das duas Casas legislativas, depois de quatro anos de Arthur Lira (PP-AL) presidindo a Câmara, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o Senado, ocorre neste sábado, 1º de fevereiro.

À frente do Congresso Nacional, os novos presidentes terão influência direta sobre temas de interesse do Executivo, podendo decidir, por exemplo, quais pautas entrarão na ordem do dia, além de estarem na linha sucessória da própria Presidência da República.Também como atribuição dos presidentes das Casas, mas com ineditismo devido à proporção que o assunto tomou, é deles o poder de direcionamento sobre as emendas de comissão, um tipo de emenda parlamentar não impositiva em que as comissões temáticas da Câmara e do Senado indicam coletivamente os valores dos repasses.

O montante destinado às emendas parlamentares cresce de forma quase contínua desde 2015, e em 2024 bateu recorde com quase R$ 45 bilhões empenhados, o que faz com que os presidentes do Legislativo federal também controlem uma parte expressiva do orçamento do País. Veja as atribuições de cada cargo:

Presidente da Câmara dos Deputados

Votações de projetos de lei: À frente da principal Casa propositora de projetos de lei, o presidente da Câmara é quem define quais desses textos serão votados pelos deputados no plenário e quando. Isso, na prática, dá a ele o poder de ditar o ritmo com que as propostas - caras ao governo ou a opositores - tramitem pela Casa.

Mecanismos regimentais, como adiar sessões na iminência de não conseguir apoio suficiente em alguma votação de seu interesse, ou convocar sessões extraordinárias, também aumentam o poder do presidente da Câmara, mesmo caso de seu par no Senado.

Pedidos de impeachment: Também é prerrogativa do presidente da Câmara aceitar pedidos de impeachment contra o presidente da República. Cabe a ele analisar se o pedido cumpre requisitos legais para ser admitido, e assim iniciar o trâmite que passa pela avaliação dos deputados e pela decisão dos senadores.

Comissões especiais e investigações: O chefe da Câmara também pode criar comissões para assuntos especiais e decidir sobre a prorrogação de prazo das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), que têm poder para investigar o Executivo. Segundo o regimento interno, só podem funcionar cinco comissões deste tipo simultaneamente, e cabe ao presidente decidir quais delas serão mantidas e quais serão encerradas.

Também é do presidente da Casa, que chefia a Mesa Diretora, a decisão sobre enviar ou não pedidos de cassação de deputados para o Conselho de Ética.

Linha sucessória: Depois do vice-presidente da República, é o chefe da Câmara quem assume a cadeira caso o presidente da República se ausente do País. Fica com ele, portanto, a responsabilidade de assinar os despachos do Poder Executivo quando a dupla eleita está ausente.

Já se a cadeira ficar vaga nos dois últimos anos do mandato, o presidente da Câmara assume interinamente, até que o Senado convoque eleições indiretas para eleger um novo presidente para cumprir o tempo que resta.

Presidente do Senado

Cargo duplo: Além de comandar o Senado, o presidente também acumula o cargo de chefe do Congresso Nacional, presidindo as sessões nas quais as duas Casas se reúnem. É dele, portanto, a decisão sobre quais projetos de lei serão pautados nas sessões do Congresso, além da mesma função no Senado, que na maior parte das vezes opera como "casa revisora" dos textos remetidos pela Câmara.

Segurança nacional: Também é o presidente do Senado que pode convocar sessões extraordinárias do Congresso para tratar de temas graves de segurança nacional, como para deliberar eventuais intervenções federais, decretação de estado de defesa ou autorizar estado de sítio no País.

Vetos ao Executivo e Orçamento: São nas sessões conjuntas das duas Casas que temas como as leis orçamentárias (Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual e Plano Plurianual) e os vetos presidenciais são discutidos.

Quando o presidente da República veta trechos de uma lei, a decisão sobre quando a derrubada ou não desses vetos será votada pelo Congresso fica a cargo do presidente do Senado.

Desempate e sessões secretas: Nas sessões do Senado, o presidente é quem vota por último para decidir casos em que há empate, nas votações públicas, além de ser o único com poder de tornar uma sessão secreta, ou seja, fechada ao público, inclusive aos servidores da própria Casa.

Terceiro na linha sucessória: Depois do presidente da Câmara, é o chefe do Senado quem assume a cadeira presidencial caso os outros líderes estejam fora do País. Será ele que, em 2027, dará posse em sessão solene do Congresso Nacional ao presidente da República que vencer as eleições do ano que vem.

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O grupo de ataque liderado pelo USS Gerald R. Ford, o maior porta-aviões do mundo, entrou nesta terça-feira na área de responsabilidade do Comando Sul dos Estados Unidos (Southcom), que abrange a América Latina e o Caribe, segundo comunicado da Marinha americana. A movimentação ocorre após ordem do secretário de Guerra, Pete Hegseth, para apoiar a "diretriz presidencial de desmantelar organizações criminosas transnacionais e combater o narcoterrorismo em defesa da pátria".

A chegada do porta-aviões ocorre em meio à escalada de tensões entre Washington e o governo de Nicolás Maduro, acusado por autoridades dos EUA de envolvimento com redes de narcotráfico, acusação negada por Caracas.

De acordo com o texto, "a presença reforçada das forças dos EUA no Comando Sul aumentará a capacidade de detectar, monitorar e interromper atores e atividades ilícitas que comprometem a segurança e a prosperidade do território norte-americano e da região hemisférica", afirmou o porta-voz do Pentágono Sean Parnell.

Ele acrescentou que as forças "ampliarão as capacidades existentes para interromper o tráfico de entorpecentes e degradar e desmantelar organizações criminosas transnacionais".

Com mais de 4 mil marinheiros e dezenas de aeronaves táticas a bordo, o grupo reforçará as tropas já posicionadas na região, incluindo o grupo anfíbio do navio Iwo Jima e unidades expedicionárias de fuzileiros navais.

O comandante do Southcom, almirante Alvin Holsey, declarou que "por meio de um compromisso inabalável e do uso preciso de nossas forças, estamos prontos para combater as ameaças transnacionais que buscam desestabilizar nossa região".

Segundo ele, o envio do Gerald R. Ford representa "um passo crítico para proteger a segurança do Hemisfério Ocidental e a segurança da pátria americana".

O principal promotor público de Istambul apresentou uma acusação abrangente contra o prefeito preso da cidade, Ekrem Imamoglu, acusando-o de 142 crimes relacionados à corrupção e ao crime organizado, buscando uma sentença total de prisão superior a 2.000 anos.

Imamoglu, uma figura proeminente da oposição amplamente vista como um rival chave do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, foi preso em março junto com vários funcionários municipais acusados de liderar uma organização criminosa, aceitar subornos, extorsão e manipulação de licitações. Ele negou veementemente todas as acusações.

Sua prisão desencadeou a maior onda de manifestações públicas na Turquia em mais de uma década.

O promotor-chefe Akin Gurlek disse que a acusação tem 3.900 páginas e nomeia 402 suspeitos, incluindo Imamoglu como o principal suspeito, segundo relatos da mídia turca.

Uma data para o julgamento deve ser definida assim que o tribunal aceitar formalmente a acusação. Se condenado por todas as acusações, ele pode ser sentenciado a 2.352 anos de prisão. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

A Tailândia disse que pausou indefinidamente a implementação de um cessar-fogo mediado pelos EUA até que o Camboja se desculpe por uma explosão de mina terrestre que feriu quatro soldados tailandeses na fronteira entre os dois países na segunda-feira.

O primeiro-ministro tailandês, Anutin Charnvirakul, visitou as tropas feridas na fronteira hoje, enquanto o exército da Tailândia acusava o Camboja de colocar novas minas em violação ao acordo de trégua assinado no mês passado entre os dois países.

Disputas territoriais entre os vizinhos do Sudeste Asiático levaram a cinco dias de combate no final de julho, que mataram dezenas de soldados e civis.

O exército tailandês disse que um soldado perdeu o pé direito após pisar em uma mina terrestre ontem, enquanto os outros três sofreram ferimentos leves. O Camboja negou responsabilidade.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Tailândia, Nikorndej Balankura, alegou que o incidente mostrou "a total falta de sinceridade do Camboja".

A situação não deve escalar se o Camboja fizer um esforço sincero para atender às condições, acrescentou Nikorndej.

*Com informações do Associated Press.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação da Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.