Tarcísio pressiona Hugo Motta: projeto de anistia a golpistas do 8/1 em pauta

Política
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou na manhã desta segunda-feira, 7, que tem conversado com o presidente da Câmara, Hugo Motta, para que a Câmara dos Deputados dê andamento ao projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023. Na ocasião, os prédios dos Três Poderes foram invadidos e depredados, enquanto os manifestantes exigiam a derrubada do governo e uma intervenção militar.

 

"Conversei com Hugo Motta na sexta-feira sobre isso. E vou voltar a conversar com ele agora, após a manifestação. Acho que é uma coisa que tem que ser construída e podemos ter o envolvimento de todos nesse processo. Então, é um objetivo a ser alcançado. Eu acho que a manifestação foi uma manifestação que dá impulso e dá força para esse pleito de anistia", disse Tarcísio em vento sobre a expansão das obras da Linha 4-Amarela do Metrô, em Taboão da Serra.

 

No último domingo, o governador de São Paulo participou, ao lado de outros governadores de direita, do ato na Avenida Paulista em que houve um pedido de anistia aos golpistas. Na ocasião, o governador comparou o pedido dos bolsonaristas com outros momentos da história, como, por exemplo, a anistia durante a ditadura militar.

 

Até a tarde desta segunda-feira, 197 deputados federais já haviam se colocado como favoráveis ao projeto, segundo o Placar da Anistia do Estadão. Enquanto isso, outros 127 se disseram. Os demais 189 parlamentares ou não responderam ou não se manifestaram. São necessários 257 votos para que o PL da Anistia seja aprovado na Câmara. Se isso acontecer, uma nova batalha será travada no Senado, onde a aprovação parece hoje mais difícil.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quarta, 25, que autoridades americanas e do Irã se reunirão na semana que vem para discutir o programa nuclear iraniano. Ao mesmo tempo, ele alegou que um novo acordo com Teerã não será mais necessário, devido à extensão dos danos dos ataques de EUA e Israel às instalações nucleares iranianas.

A guerra de quase duas semanas entre Israel e Irã teve como objetivo impedir os iranianos de desenvolverem armas atômicas. No entanto, uma análise de inteligência americana, divulgada esta semana, afirma que o objetivo não foi alcançado.

Ao anunciar a reunião durante a cúpula da Otan, em Haia (Holanda), sem dar detalhes, Trump argumentou que os ataques americanos foram um golpe devastador para as ambições de Teerã e os comparou às bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, no fim da 2.ª Guerra, insistindo na ideia de que os bombardeios fizeram o programa nuclear retroceder décadas, contrariando a própria agência de inteligência americana.

"Não quero usar o exemplo de Hiroshima, não quero usar o exemplo de Nagasaki, mas foi essencialmente a mesma coisa. Aquilo acabou com aquela guerra. Isto acabou com esta guerra", disse o americano.

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Parte dos assessores de Trump foi a público reforçar o argumento do presidente. O diretor da CIA, John Ratcliffe, afirmou que um conjunto de informações confiáveis indicava um severo dano ao programa iraniano. "Várias instalações teriam de ser reconstruídas ao longo dos anos", disse.

Em declaração semelhante, a diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, afirmou que novos dados atestavam a destruição de Natanz, Fordow e Isfahan - instalações atacadas pelos EUA.

Ao lado de Trump em Haia, o secretário de Estado, Marco Rubio, foi o único a citar uma referência específica sobre como os ataques haviam atrasado o progresso iraniano por anos, e não meses. Segundo ele, há evidências de que uma "instalação de conversão" - essencial para converter combustível nuclear de um gás para a forma necessária para produzir uma arma nuclear - foi destruída.

O governo de Israel procurou defender a tese com uma declaração de sua comissão de energia atômica, afirmando que o ataque à central de Fordow "a tornou inoperante".

Mesmo o Irã confirmou ontem que as três instalações sofreram sérios danos. "Com certeza", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, em entrevista à TV Al-Jazeera, sem entrar em detalhes.

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Baghaei sugeriu que o Irã pode não bloquear permanentemente os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), observando que um projeto de lei pendente no Parlamento iraniano propõe apenas a suspensão, e não o fim absoluto, das interações de Teerã com a agência. O porta-voz insistiu, no entanto, que o Irã tem o direito de desenvolver um programa de energia nuclear. "O Irã está determinado a preservar esse direito sob quaisquer circunstâncias", disse.

Diplomatas americanos e iranianos se encontraram repetidamente nos últimos meses para tentar negociar o futuro do programa nuclear, mas Teerã cancelou uma rodada de negociações depois que Israel lançou ataques contra o país, no dia 13. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Rede de Repressão a Crimes Financeiros (FinCEN, na sigla em inglês) do Departamento do Tesouro dos EUA identificou três instituições financeiras sediadas no México em relação à lavagem de dinheiro relacionada ao tráfico ilícito de opioides. Com isso, o departamento proibiu certas transferências de fundos pelas instituições.

Foram citados o CIBanco, o Intercam Banco e a Vector Casa de Bolsa. "Essas ordens são as primeiras ações da FinCEN em conformidade com a Lei de Sanções ao Fentanil e a Lei FEND Off Fentanil, que fornecem ao Tesouro autoridades adicionais para combater a lavagem de dinheiro associada ao tráfico de fentanil e outros opioides sintéticos, inclusive por cartéis", diz o comunicado publicado pelo Tesouro americano.

"O CIBanco e o Intercam, bancos comerciais com mais de US$ 7 e US$ 4 bilhões em ativos totais, respectivamente, e a Vector, uma corretora que administra quase US$ 11 bilhões em ativos, desempenharam coletivamente um papel vital e de longa data na lavagem de milhões de dólares em nome de cartéis sediados no México e na facilitação de pagamentos para a aquisição de precursores químicos necessários para produzir fentanil", segundo o comunicado.

A Intercam negou, em comunicado, qualquer envolvimento em práticas ilícitas, "particularmente lavagem de dinheiro". O banco afirmou que opera há 30 anos em conformidade com as regulamentações mexicanas e internacionais e continua operando normalmente. O Vector Casa de Bolsa também rejeitou as alegações dos EUA.

*Com Dow Jones Newswires

A Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA, na sigla em inglês) afirmou nesta quarta-feira, por meio de um conjunto de informações confiáveis, que o programa nuclear do Irã foi gravemente danificado pelos recentes ataques direcionados dos EUA.

"Isso inclui novas informações de uma fonte/método historicamente confiável e preciso de que várias instalações nucleares importantes iranianas foram destruídas e teriam de ser reconstruídas ao longo dos anos", pontuou a agência.

A CIA também disse que, quando possível, fornecerá atualizações e informações ao público americano, dada a importância nacional do assunto e em "todas as tentativas de oferecer transparência".