Justiça manda X remover post de Bolsonaro com montagem de Boulos e aplica multa de R$ 1 mil

Política
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A Justiça de São Paulo determinou que a plataforma X (antigo Twitter) remova uma publicação em até cinco dias que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez em 5 de maio usando a foto do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Caso não cumpra a decisão, publicada nesta terça-feira, 14, a plataforma será multada em R$ 1 mil por dia que a publicação permanecer no ar, com o limite de R$ 30 mil. O X foi procurado pelo Estadão, mas ainda não retornou.

Na postagem, Bolsonaro publica uma reportagem veiculada pelo site Metrópoles sobre dados de fugas em presídios. Na legenda, o ex-presidente escreve "maior mentiroso da história do Brasil em sua rotina diária". A foto que ilustra a matéria original, no entanto, é de um presídio, e não de Lula com Boulos.

A ação foi protocolada pelo pré-candidato à Prefeitura de São Paulo na quinta-feira, 9. Boulos alega danos morais em razão de disseminação de desinformação. Na liminar (decisão provisória), a juíza Giselle Valle Monteiro da Rocha entendeu que o ato de adulterar a reportagem foi compatível a uma fake news.

Além da exclusão imediata da postagem, Boulos pediu uma indenização no valor de R$ 1 por visualização e de R$ 2 por compartilhamento da postagem, que não foram atendidas.

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O Irã criticou a reunião do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU), avaliando que o encontro representou uma interferência injustificada no engajamento construtivo em andamento entre o país e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). "(A reunião) serve apenas a um propósito: continuar a política fracassada e ilegal de pressão máxima contra o Irã", disse o embaixador do Irã nas Nações Unidas, Sa'eed Iravani, em uma declaração divulgada nesta quinta-feira, 13.

O Conselho de Segurança realizou, na quarta-feira, uma reunião privada sobre o Irã, solicitada pela. França, Grécia, Panamá, República da Coreia, Reino Unido e EUA. Os países citaram apreensão sobre o aumento da produção de urânio altamente enriquecido pelo Irã.

"As questões levantadas para esta reunião são puramente técnicas e se enquadram exclusivamente no mandato da AIEA. Essas questões foram discutidas na semana passada no conselho de governadores da AIEA em Viena. Não há base legítima para o envolvimento do Conselho de Segurança", avaliou o representante iraniano em documento.

Iravani elogiou a postura de membros do Conselho que aderem a uma abordagem imparcial e baseada em princípios e em fatos, rejeitando qualquer tentativa de explorar este órgão para fins políticos.

"As atividades nucleares do Irã são inteiramente pacíficas", afirmou Iravani, acrescentando que o país não violou o Plano de Ação Conjunto Global (Jcpoa, na sigla em inglês), que impôs restrições ao programa nuclear iraniano.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que concorda com a proposta de cessar-fogo, mas que o acordo deve levar a uma paz duradoura e eliminar as "causas raízes do conflito". A declaração foi realizada em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 13.

"Precisamos conversar com os EUA sobre quem controlará o acordo. O cessar-fogo em si é certo e nós o apoiaremos, mas há questões a serem discutidas", mencionou Putin, ao ressaltar ser "impossível" não levar em consideração os interesses russos para as negociações.

Na ocasião, Putin disse que "talvez" ele e o presidente norte-americano, Donald Trump, precisem fazer uma ligação por telefone para discutir mais detalhes do acordo. "Agradeço Trump por dar tanta atenção para o acordo com a Ucrânia", afirmou.

Segundo o Kremlin, tropas ucranianas estão em total isolamento em Kursk e a atual proposta do cessar-fogo não deixa claro como a situação se desdobrará na região e em outros locais.

O presidente russo disse que, caso os EUA e a Rússia concordem em estabelecer uma cooperação energética, um gasoduto para a Europa pode ser fornecido.

"Será benéfico para a Europa, graças ao gás russo barato", defendeu Putin.

A Rússia e a Bielorrússia consideraram as ações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no contexto do conflito com a Ucrânia como "hostis e desestabilizadoras", segundo uma declaração em conjunta dos países lida pelo presidente bielorrusso Alexander Lukashenko, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 13, ao lado do presidente russo, Vladimir Putin. "A Rússia e a Bielorrússia estão prontas para tomar medidas militares e diplomáticas em resposta às ações da Otan", menciona o comunicado. De acordo com o informativo, planos para implantar mísseis americanos na Europa desestabilizam a situação.