Xuxa é internada em São Paulo e passa por cirurgia no joelho

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A apresentadora Xuxa Meneghel foi internada nesta terça-feira, 21, no hospital Vila Nova Star, em São Paulo, para realizar uma cirurgia no joelho. Segundo a assessoria de imprensa da artista, o procedimento realizado foi uma artroscopia de joelho que já estava agendada.

 

Xuxa, que se prepara para embarcar em uma nova turnê, optou pela cirurgia para ter tempo hábil de recuperação até o segundo semestre - quando os shows de A Última Nave se iniciam. "Ela está se prevenindo", afirmou Tatiana Maranhão, assessora da apresentadora.

 

Em comunicado, o hospital informou que a cirurgia foi concluída com sucesso e que Xuxa deve receber alta na tarde desta quarta-feira, 22.

 

"O Hospital Vila Nova Star, da Rede D'Or, informa que a apresentadora Xuxa Meneghel foi submetida nesta terça-feira (21) a uma artroscopia de joelho, que já estava previamente programada. O procedimento durou cerca de 20 minutos, sem intercorrências. A paciente encontra-se bem, caminhando e se alimentando normalmente".

 

No segundo semestre de 2025, Xuxa volta aos palcos com sua turnê A Última Nave. Para celebrar os 40 anos de carreira, a apresentadora percorrerá o Brasil com apresentações das canções que marcaram a infância de muitas pessoas.

Em outra categoria

O ministro da Educação, Camilo Santana, avaliou que não houve intercorrências graves durante a aplicação do segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo, 16.

Santana anunciou duas mudanças para o Enem a partir de 2026. A prova passará a ser uma avaliadora do Ensino Médio no País.

Além disso, o Ministério da Educação elabora estudos para viabilizar as aplicações do exame em países do Mercosul.

Segundo o ministro da Educação, o uso do Enem como avaliador do Ensino Médio não substituirá a aplicação bianual do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

De acordo com Manuel Palacios, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), a disponibilização da prova em países do Mercosul considera até a possibilidade de aplicação do exame em formato digital.

Tanto Santana como Palacios reforçaram que a proposta ainda está sendo estudada.

Até o encerramento da entrevista, o Ministério da Educação não havia consolidado os dados de presença do segundo dia de provas.

Segundo informações preliminares, o índice permaneceu próximo ao do primeiro dia do Enem, que registrou 27% de abstenção.

As provas do segundo dia de Enem começaram às 13h30 e se encerraram às 18h30. Na semana passada, a prova aplicada foi de Humanidades.

Neste fim de semana, os candidatos responderam questões sobre Ciências da Natureza e Matemática.

O exame foi aplicado em mais de 1.800 municípios, com 11 mil locais de prova e 164 mil salas, mobilizando mais de 300 mil pessoas.

O Ministério da Saúde prepara medidas em quatro frentes contra médicos que têm postado conteúdos "antivacina" nas redes sociais e faturado com a venda de cursos, consultas e tratamentos sem comprovação científica, conforme revelou o Estadão. Entre as ações, está a representação criminal na Justiça contra esses profissionais.

Pela manhã, o ministro Alexandre Padilha já havia ido às redes sociais anunciar que, em conjunto com a Advocacia-Geral da União (AGU), adotaria "medidas cabíveis" contra a difusão do que esses médicos chamam de "síndrome pós-spike" ou "spikeopatia", em relação a vacina de RNA mensageiro (mRNA), usada durante a pandemia de covid-19.

Em conversa com o Estadão, Padilha afirmou que a conduta desse profissionais é a "mistura do negacionismo com a ganância" e que a partir desta segunda-feira, 17, a pasta iniciará os procedimentos legais.

"Primeiro, ao lado da AGU, vamos entrar com uma representação junto ao Conselho Regional de Medicina. Segundo, entraremos com ação civil pública, porque esses profissionais afrontam o direito à saúde por propagar desinformação. Isso pode levar a indenizações por ferir direitos coletivos", afirmou Padilha.

E completou: "Terceiro, vamos entrar com ação criminal em face da venda de tratamentos falsos, a partir do que é considerado crimes de saúde pública. Quarto, a AGU já está analisando notificação extrajudicial junto às plataformas digitais, para retirar de imediato conteúdos de venda de cursos, venda de materiais, propagação de informação mentirosa sobre vacinas e sobre saúde."

Entenda o caso

Conforme mostrou o Estadão Verifica, médicos que somam mais de 1,6 milhão de seguidores nas redes sociais afirmam ter descoberto em um estudo uma intoxicação por vacinas de mRNA com sintomas a longo prazo.

Eles vendem a ideia de que seria possível tratar a "spikeopatia" com um protocolo não comprovado cientificamente.

Os cursos divulgados por eles custam até R$ 685, e uma consulta particular chega a R$ 3,2 mil.

A existência da "spikeopatia", porém, não é comprovada pela comunidade científica até o momento, e nem mesmo por eles.

A proteína spike está presente na superfície do vírus SARS-CoV-2, e vacinas contra a covid-19 promovem sua produção para gerar a resposta imunológica no organismo. É uma maneira de "ensinar" o sistema imunológico a identificar uma parte do vírus e se preparar para combatê-lo.

A teoria dos médicos sugere que a proteína spike induzida pelas vacinas de mRNA teria efeitos nocivos semelhantes ao da covid longa, uma condição crônica reconhecida pela ciência e que pode acometer pessoas infectadas pelo vírus.

A hipótese é defendida pelo imunologista Roberto Zeballos, o infectologista Francisco Cardoso e o neurologista Paulo Porto de Melo em um estudo que publicaram na revista IDCases, em junho deste ano.

Ela serve de premissa para o tratamento que sugerem no trabalho. O estudo foi contestado e retirado de publicação - isso acontece quando há falhas graves ou evidências de má conduta.

Os três foram procurados pela reportagem do Estadão, mas somente Cardoso e Zeballos responderam.

Cardoso argumentou que o estudo jamais se propôs a criar protocolos, fazer recomendações populacionais, estabelecer nexos causais ou substituir ensaios clínicos.

No entanto, o estudo afirma que a "síndrome pós-spike" é uma condição associada à proteína spike, originada tanto da infecção pelo vírus da covid quanto pelas vacinas de mRNA, sem que haja qualquer evidência científica que comprove a afirmação.

Zeballos disse que o propósito do estudo não era o de estabelecer um protocolo oficial, mas inspirar colegas a fazer ensaios clínicos para comprovar a eficácia do tratamento.

Porém, como mostra esta reportagem, há recomendações de uso na rede social do médico.

Brasil faz investimentos

Padilha afirmou que o governo brasileiro está investindo R$ 150 milhões na construção de duas plataformas de pesquisa e produção de vacinas mRNA. Uma, na Fiocruz, no Rio de Janeiro, e outra no Butantan, em São Paulo.

Ele entende que essa tecnologia, desenvolvida durante a pandemia de covid-19, dará ao País agilidade para produção de vacinas em casos de novas pandemias e epidemias.

"Deter essa tecnologia é importante para se preparar para futuras pandemias ou epidemias. Um vírus respiratório pode desenvolver uma mutação como aconteceu com o covid-19 e rapidamente ter um surto. A vacina de RNA mensageira permite rapidamente adaptá-la contra aquele vírus", explicou o ministro.

Segundo Padilha, o governo também está investindo R$ 60 milhões para atrair pesquisadores de outros países, que possam desenvolver pesquisas na área. Ele disse que o governo norte-americano, sob Donald Trump, interrompeu contratos com empresas na área, o que abre uma oportunidade para o Brasil.

O ministro também afirmou que a revelação do Estadão acontece durante a COP30, em Belém, que discutiu neste fim de semana como o negacionismo climático e o negacionismo na área de saúde tem tido impactos sobre a saúde pública.

"Derrotar o negacionismo e inovar para proteger e vacinar as populações mais vulneráveis é uma das ações do Plano de Ação Belém de Adaptação dos Sistemas de Saúde pra enfrentar as mudanças climáticas", afirmou Padilha.

A cidade de Belém, que sedia da Conferência das Nações Unidas para Mudanças do Clima, a COP30, foi responsável por 0,5% das emissões de carbono do Estado do Pará, que somou 277,7 milhões de toneladas de CO2 equivalente em 2024, segundo dados do próprio governo estadual enviados ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

As emissões do Estado estão divididas assim:

•Mudança de Uso da Terra e Floresta: 74,01%;

•Agropecuária: 19,85%;

•Energia: 4,43%;

•Resíduos: 1,27%;

•Processos Industriais: 0,45%.

As duas principais causas de emissões de carbono no Estado anfitrião da COP30 são o desmatamento e o agronegócio, sobre isso, o governo afirmou que tem concentrado os esforços nesses dois pontos.

"As políticas públicas do governo estão focadas em reduzir o desmatamento, recuperar áreas degradadas, incentivar a bioeconomia e promover uma produção agropecuária mais sustentável, pois é aqui que está o principal desafio e também a maior oportunidade de transformação", disse a Secretaria de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) à reportagem.

Mesmo que os setores de energia e resíduos não sejam tão relevantes no Estado, na capital paraense são os principais gargalos. Embora a COP30 tenha servido de impulso, menos de 20% da população da capital paraense tem acesso à rede de esgoto.

Desde 1º de setembro, a Águas do Pará, controlada pela Aegea, opera o saneamento em Belém, Ananindeua e Marituba.

A concessão foi antecipada em alguns meses para promover melhorias diante do aumento da demanda durante a COP30. Enquanto isso, ainda é comum identificar vazamentos de esgoto pelas ruas da cidade, mesmo em regiões mais nobres.

Belém é a quarta pior colocada entre as 27 capitais brasileiras no Ranking do Saneamento 2025, elaborado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a GO Associados. Apenas Rio Branco (AC), Macapá (AP) e Porto Velho (RO) têm desempenho inferior.

O resultado da capital paraense é impactado principalmente pelo esgoto, cuja cobertura é de 19,88%, segundo o edital de concessão. No abastecimento de água, porém, o índice é mais alto, chegando a cerca de 95%.

"O objetivo é que a COP30 deixe um legado positivo e, mais do que neutralizar as emissões da conferência, a ideia é impulsionar mudanças permanentes no uso dos recursos do solo e da floresta e na forma como o mundo encara o desenvolvimento sustentável a partir da floresta Amazônica", completou a Semas.

Certificação e redução

Na sexta-feira, 14, o Governo do Pará iniciou a certificação internacional de redução de emissões de carbono. Este entregou ao padrão internacional ART Trees, o Documento de Registro (TRD) e o Relatório de Monitoramento (TMR), que comprovam a redução de 38 milhões de toneladas de CO2 no ano de 2023.

Ao formalizar a entrega dos documentos, o governador Helder Barbalho disse que o Estado chega à certificação com resultados mensuráveis no combate ao desmatamento. "Estamos apresentando ao mundo resultados reais de redução de emissões e a capacidade de chegar rapidamente a mais de 300 milhões de toneladas de CO2 evitadas. Esse processo reforça a credibilidade da nossa operação, envia uma mensagem clara ao mercado e demonstra que o Pará está preparado para liderar um programa de carbono de alta integridade", afirmou.

Com 86 milhões de hectares de florestas, o Pará representa 17,7% da cobertura florestal brasileira. Em 2023, foram evitadas 38 milhões de toneladas de CO2 em comparação à média histórica do período 2018-2022. A projeção do governo estadual para o ciclo 2023-2027 é de aproximadamente 260 milhões de toneladas de emissões reduzidas ou evitadas.