Morre aos 91 anos Carlos Miranda, 'O Vigilante Rodoviário', sucesso na TV nos anos 1960 e 70

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Morreu em São Paulo, aos 91 anos, o ator e policial Carlos Miranda, protagonista do seriado O Vigilante Rodoviário, lançado em 1961 pela TV Tupi e exibido também pela Globo em 1972. A notícia foi confirmada pela Polícia Militar de São Paulo.

 

"Com profunda tristeza, recebemos nesta manhã a notícia do falecimento do ten.-cel. PM Carlos Miranda, o eterno Vigilante Rodoviário. Símbolo de uma geração, ele foi o primeiro super-herói brasileiro de uma série de TV, deixando uma marca indelével em todos os que o acompanharam. Sua criatividade, competência e dedicação o transformaram em um ícone, que mais tarde se tornou um Policial Rodoviário", diz o comunicado. O sepultamento está marcado para hoje, 18, às 10h, no Mausoléu da Polícia Militar, no Cemitério do Araçá.

 

O SERIADO

 

Em 2016, com 82 anos, Carlos Miranda participou da Mostra de Cinema de Ouro Preto, na qual foi alvo de tietagem e pedidos de selfie.

 

O seriado foi criado e dirigido pelo cineasta Ary Fernandes (1931-2010). No programa, Carlos Miranda era o inspetor Carlos e fazia a vigilância das rodovias de São Paulo junto ao seu fiel companheiro, o cão Lobo. Após o enorme sucesso da série na TV, o ator prestou concurso e entrou para a Polícia Militar de São Paulo, atingindo a patente de tenente-coronel.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Termina nesta quarta-feira, 22, o prazo que os brasileiros têm para solicitar a cidadania espanhola com base na com base na Lei de Memória Democrática, conhecida como a Lei dos Netos. A legislação permite que filhos, netos - e até bisnetos e trinetos - de cidadãos espanhóis tenham sua cidadania reconhecida sem precisar sair do país de origem.

A lei foi sancionada em 2022 com vigência de dois anos e, posteriormente, prorrogada por mais um ano. Conhecida como Lei dos Netos, ela concede o direito da cidadania originalmente a filhos e netos de espanhóis. Na prática, bisnetos e trinetos também estão conseguindo o reconhecimento por meio do "efeito cascata". Ou seja, com algum de seus avós ou pais sendo reconhecido como espanhol, o bisneto passa a ser considerado filho ou neto de espanhol, se encaixando também na lei.

Devido ao prazo de análise dos pedidos por parte dos consulados, que estão levando cerca de dois a três anos serem concluídos, os bisnetos não precisam esperar sair a cidadania de seus pais ou avós para solicitar a sua. Apenas com o número de protocolo do antecessor anexado, é possível dar entrada no pedido, que será condicionado ao reconhecimento do pai ou avô (filho ou neto do espanhol que migrou para o Brasil).

A lei também abarca filhos e filhas de mulheres espanholas que perderam a nacionalidade por se casarem com estrangeiros antes da entrada em vigor da Constituição de 1978, depois do fim da ditadura na Espanha. A Lei da Memória Democrática também eliminou a necessidade de comprovar vínculos culturais ou conhecimento da língua espanhola, além de permitir que descendentes de espanhóis já maiores de idade possam reaver a cidadania, algo que antes não era permitido pela legislação da Espanha.

Quem pode adquirir a nacionalidade espanhola graças à 'Lei dos Netos'?

. Os nascidos fora da Espanha de pai ou mãe, avô ou avó, originalmente espanhóis;

. Filhos e filhas nascidos no exterior de mulheres espanholas que perderam a nacionalidade por matrimônio com estrangeiros antes da entrada em vigor da Constituição de 1978;

. Os filhos maiores de idade daqueles que adquiriram a nacionalidade espanhola pela Lei da Memória Histórica, também conhecida como Lei dos Netos.

Como solicitar nacionalidade espanhola?

Para solicitar o documento na Espanha, é preciso, primeiro, descobrir o local de nascimento do ascendente - o que pode ser feito com ajuda de sites de pesquisa de árvore genealógica. Sabendo a cidade de origem, é possível pedir o documento:

. pelo site do Ministério da Justiça da Espanha (clique aqui para acessar), se estiver digitalizado (o que é raro);

. enviando e-mail ao registro civil da cidade onde o ascendente nasceu, se a certidão de nascimento não estiver digitalizada;

. ou na igreja onde o descendente foi batizado, nos casos da certidão de batismo (que pode substituir a certidão nascimento, já que muitos livros de registro civil foram queimados durante a Guerra Civil Espanhola).

Alguns registros civis ou igrejas enviam os documentos da Espanha ao Brasil; outros enviam apenas para endereços espanhóis. Nessa etapa, é possível contratar o serviço de profissionais ou assessorias especializadas, que encontram os documentos na Espanha e os enviam para o Brasil.

O processo de pedido da cidadania espanhola é simples, mas conseguir o documento que comprova o nascimento do antepassado tem sido a parte mais trabalhosa. Além do documento espanhol, é preciso levar ao consulado documentos pessoais e certidões da linhagem de descendentes, que podem ser solicitadas nos cartórios brasileiros, e formulários preenchidos (todos descritos neste link).

Após comparecer ao agendamento consular, outros documentos podem ser solicitados pelo Consulado no Brasil por meio de um segundo agendamento ou envio pelos Correios.

Quais são os outros caminhos para solicitar a cidadania espanhola?

A Lei de Nacionalidade Tradicional abarca filhos de espanhóis nascidos na Espanha, permitindo o pedido da cidadania por netos apenas até os 21 anos de idade. Outra opção é a cidadania por residência legal na Espanha: brasileiros têm uma vantagem nessa modalidade, podendo solicitar a cidadania depois de dois anos de residência legal (em vez dos dez exigidos para outras nacionalidades). Esse tempo cai para um ano em caso de casamento com cidadão espanhol ou em caso de vínculo direto com ascendentes espanhóis.

Como será depois desta quarta, 22 de outubro?

Com o fim da norma, voltam a valer as regras gerais do Código Civil espanhol. Isso significa que apenas os filhos de espanhóis de origem continuarão a ter direito automático à cidadania. Já netos e bisnetos terão de atender a critérios mais rígidos, como o de comprovar residência legal na Espanha por determinado período.

O influenciador Mateus Natan da Silva, de 27 anos, que cria conteúdo na internet sobre detectorismo, como é chamada a prática de usar detectores de metal para procurar objetos em locais como na areia e no mar, conseguiu localizar um iPhone soterrado na praia central de Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

O aparelho foi devolvido à verdadeira dona intacto e funcionando, segundo relato do próprio Mateus.

O caso aconteceu no dia 18 de setembro, mas foi publicado nas redes sociais do "caçador de tesouros" no último dia 10 de outubro. A publicação viralizou e, até esta terça-feira, 21, já acumulava mais de 80 mil curtidas no Instagram.

Na publicação, Mateus mostra o momento em que encontra o iPhone na praia. No início, o detector identificou alguns sinais que indicavam a presença de algum objeto. O influenciador, então, cavou algumas vezes e se surpreendeu ao localizar o celular.

"Era de manhã, em uma hora de maré baixa, então dei muita sorte", conta Mateus em vídeo enviado à reportagem.

O influenciador relata que levou o aparelho para casa, higienizou com água corrente para tirar a areia e o sal, lavou com álcool isopropílico para evitar corrosões e deixou o celular imerso em arroz por dois dias para secagem. Ele conectou o telefone a um carregador e notou que o aparelho continuava funcionando.

Sem encontrar um contato de emergência, Mateus retirou o chip do iPhone e o introduziu em outro celular para ter acesso ao número de telefone do aparelho. Com esse dado, ele simulou uma transferência via Pix no banco e localizou o nome de Isadora Alchieri, que era a dona.

Com a ajuda de seus seguidores, ele conseguiu entrar em contato com Isadora e informar o paradeiro do celular perdido. Ele publicou uma mensagem enviada por Isadora agradecendo.

"Eu chorei tanto... Eu estava de tênis e calça, entrei no mar para encontrar esse celular. Fiquei sem até quinta-feira e tive que comprar outro. Achei que jamais iria encontrá-lo, e está aí o querido, funcionando", disse Isadora em uma mensagem de voz enviada ao rapaz.

Mateus explica que Isadora teria perdido o celular em uma terça-feira e ele o localizou na sexta. "Ou seja, ele ficou, no mínimo, dois dias submerso embaixo d'água", disse.

Com mais de 500 mil seguidores no Instagram, Mateus se apresenta como um "caçador de tesouros" e afirma também ajudar pessoas a encontrar seus pertences perdidos, tanto por meio de rastreamento terrestre como de mergulho.

Ele tem a meta de arrecadar R$ 1 milhão com a venda dos tesouros encontrados, além de dinheiro localizado. Em sua última atualização, publicada em agosto, ele havia conseguido juntar pouco mais de R$ 21,5 mil.

"É um trabalho muito gratificante. Além de limpar as praias, também conseguimos devolver os bens perdidos. O hobby do detectorismo é incrível e, por isso, eu amo praticá-lo."

O Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR) enviou, nesta terça-feira, 21, um pedido ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, para anular a participação do ministro Luís Roberto Barroso no julgamento que trata da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. O documento foi assinado pelos advogados Ives Gandra da Silva Martins e Thiago Rafael Vieira.

Barroso votou a favor da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. Segundo o IBDR, o voto de Barroso deve ser desconsiderado por violar o devido processo legal. A entidade alega que a condução do processo foi irregular, pois o caso deveria ter sido distribuído por sorteio e não encaminhado a um magistrado que já havia se manifestado publicamente sobre o tema em julgamento.

O instituto afirmou ainda reconhecer a "idoneidade inquestionável" de Barroso, mas criticou o fato de ele ter "entregado seu voto horas antes de sua aposentadoria, com nítido intuito de impedir que um novo ministro, que deverá por longos anos exercer a magistratura na Corte, vote em questão desta magnitude".

Para o IBDR, essa atitude compromete a imparcialidade, sendo este um princípio fundamental no exercício da função judicial que o ex-ministro se encontrava.

"A intenção do ministro fere o atributo da imparcialidade, com nítida tentativa de impedir que o seu sucessor participe do julgamento", escreveu os advogados. Segundo a entidade, esse fator seria "suficiente para que seu voto não seja considerado na referida ADPF", pontou a IBDR.

A instituição também ressaltou que o tema é de alta relevância nacional, uma vez que dezenas de projetos de lei sobre o aborto estão atualmente em tramitação no Congresso Nacional. "É um voto proferido por quem não mais está na Corte, impedindo claramente que quem venha a ser aprovado declare sua posição", afirmou.

Caso o ministro Fachin não acate o pedido de anulação do voto, o IBDR solicitou, como alternativa, que a Corte se pronuncie sobre a aplicação do artigo 2º do Código Civil. A entidade quer saber se esse artigo se aplica a todos os direitos ou se há exceção para o direito à vida.

O artigo citado estabelece que a personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida, mas que a lei protege, desde a concepção, os direitos do embrião.