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O Brasil avançou em 2025 nas estratégias de diagnóstico precoce do câncer de mama e do câncer do colo do útero, duas das doenças que mais afetam mulheres no país. Novas diretrizes e a ampliação do acesso a exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS) buscam reduzir a mortalidade e aumentar as chances de cura por meio da detecção em estágios iniciais.
De acordo com especialistas, o diagnóstico precoce é o principal fator para melhorar o prognóstico das pacientes. Quando identificado no início, o câncer de mama pode ter taxas de cura superiores a 90%, enquanto o câncer do colo do útero é considerado amplamente evitável quando monitorado regularmente.
Mais acesso a exames e rastreamento
Entre as principais medidas adotadas estão a ampliação da oferta de mamografias, a reorganização das filas de exames e o fortalecimento da atenção básica para identificar sinais de alerta mais rapidamente. Unidades de saúde passaram a intensificar a busca ativa de mulheres dentro da faixa etária prioritária, reduzindo a dependência da procura espontânea.
No caso do câncer do colo do útero, o SUS também vem reforçando a realização do exame citopatológico (Papanicolau) e ampliando o uso do teste de HPV, considerado mais sensível para identificar lesões precursoras da doença.
Câncer de mama: diagnóstico ainda é um desafio
O câncer de mama segue como o tipo mais comum entre mulheres no Brasil. Embora a mamografia seja um exame consolidado, médicos alertam que muitas pacientes ainda chegam ao sistema de saúde com a doença em estágio avançado, seja por falta de acesso, desinformação ou medo do diagnóstico.
As novas estratégias incluem campanhas educativas, horários estendidos para exames e integração entre atenção primária e serviços especializados, reduzindo o tempo entre a suspeita clínica e o início do tratamento.
Colo do útero: prevenção salva vidas
No caso do câncer do colo do útero, a combinação entre vacinação contra o HPV e exames periódicos é considerada essencial. Autoridades de saúde reforçam que a ampliação do diagnóstico precoce também depende do aumento da cobertura vacinal entre adolescentes, especialmente meninas e meninos antes do início da vida sexual.
Especialistas destacam que a doença pode levar anos para se desenvolver, o que torna o rastreamento regular uma ferramenta decisiva para interromper sua progressão.
Impacto na saúde pública
Segundo o Ministério da Saúde, a ampliação do diagnóstico precoce pode reduzir significativamente a sobrecarga do sistema de saúde, ao evitar tratamentos mais complexos e custosos em fases avançadas da doença. Além disso, contribui para melhorar a qualidade de vida das pacientes e reduzir desigualdades regionais no acesso à prevenção.
Para médicos e gestores, o desafio agora é manter a continuidade das ações e garantir que a informação chegue às mulheres de todas as regiões do país. O consenso é claro: quanto mais cedo o câncer é identificado, maiores são as chances de cura e sobrevivência.
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