O governo federal aprovou o novo Plano Clima, uma iniciativa que vai orientar as políticas públicas do país no combate ao aquecimento global e na adaptação aos impactos das mudanças climáticas até 2035. A medida foi anunciada nos últimos dias e representa um dos principais instrumentos estratégicos para o enfrentamento da crise ambiental no Brasil nesta década.

O plano estabelece diretrizes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e fortalecer a resiliência dos setores mais afetados pelo clima, como agricultura, energia, transporte e recursos hídricos. Entre os objetivos estão também a promoção de energia limpa e a integração de ações climáticas com desenvolvimento econômico sustentável em diferentes regiões do país.

Autoridades ambientais afirmam que uma das prioridades é garantir maior segurança hídrica, melhorar a gestão do uso do solo e ampliar ações de prevenção e combate a desmatamento e incêndios florestais — desafios que se tornaram mais urgentes em meio às altas temperaturas que marcaram 2025.

Especialistas ressaltam que o plano vem em um momento em que a comunidade internacional intensifica a mobilização climática: este ano, esteve em foco global a necessidade de manter o aumento da temperatura média do planeta abaixo de 1,5 °C, como previsto no Acordo de Paris, mesmo com 2025 entre os anos mais quentes já registrados globalmente.

A expectativa é que o Plano Clima sirva como referência para políticas estaduais e municipais, além de orientar parcerias com o setor privado e a sociedade civil para ampliar investimentos em energias renováveis, economia verde e proteção de biomas brasileiros.

Os próximos passos envolvem a publicação de regulamentações específicas e a definição de metas quantitativas para cada setor, com participação de especialistas, ONGs e representantes comunitários, numa tentativa de construir um compromisso de longo prazo com a sustentabilidade ambiental e a adaptação às mudanças climáticas.