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O Brasil alcançou um marco histórico na saúde pública ao eliminar a transmissão vertical do HIV, que ocorre da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação. O resultado é fruto do fortalecimento das políticas públicas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento gratuito oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o Ministério da Saúde, a conquista foi possível graças à ampliação do pré-natal qualificado, ao acesso universal a testes rápidos e ao tratamento antirretroviral eficaz para gestantes vivendo com HIV. Com a carga viral controlada, o risco de transmissão para o bebê torna-se praticamente nulo.
Avanços no cuidado materno-infantil
Nos últimos anos, o SUS intensificou estratégias como:
- Testagem obrigatória para HIV durante o pré-natal
- Início imediato do tratamento para gestantes diagnosticadas
- Acompanhamento contínuo após o parto
- Substituição do aleitamento materno quando indicado, com fornecimento de fórmula infantil
Essas medidas colocam o Brasil entre os países que cumprem os critérios internacionais para a eliminação da transmissão vertical.
Impacto na saúde pública
Além de proteger recém-nascidos, o avanço contribui para a redução da mortalidade associada ao HIV, reforçando o compromisso do país com metas globais de controle da infecção. Especialistas destacam que o modelo brasileiro é referência por garantir acesso gratuito e integral ao tratamento, independentemente da condição social.
Desafio contínuo
Apesar da conquista, autoridades alertam que o trabalho deve continuar. A manutenção do resultado depende de investimentos constantes no SUS, combate ao estigma, ampliação do acesso à informação e busca ativa de gestantes que ainda chegam tardiamente ao pré-natal.
O marco reafirma o papel do SUS como um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo e evidencia que políticas baseadas em ciência e acesso universal salvam vidas.
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