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Burnout cresce entre professores e profissionais da saúde em 2025 e acende alerta em setores essenciais

Burnout cresce entre professores e profissionais da saúde em 2025 e acende alerta em setores essenciais

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O desgaste emocional e físico está atingindo níveis preocupantes entre profissionais de duas das áreas mais exigentes do país: educação e saúde. Em 2025, especialistas e instituições de pesquisa identificam um aumento significativo dos casos de síndrome de burnout — esgotamento extremo ligado ao trabalho — entre professores e profissionais da saúde, destacando a necessidade de ações imediatas de prevenção e suporte.

Segundo psicólogos e psiquiatras, a soma de jornadas intensas, falta de recursos, sobrecarga de tarefas e pressões por resultados tem levado muitos trabalhadores a um estado de exaustão que vai além do estresse comum. A síndrome, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como um problema ocupacional, pode impactar não apenas a saúde mental, mas também a física e a qualidade do atendimento ou ensino.

Professores: sobrecarga, falta de apoio e abandono da carreira

Entre os docentes, o burnout tem sido alimentado por grandes turmas, acúmulo de funções administrativas, falta de infraestrutura e a expectativa por desempenho contínuo. Educadores relatam:

  • Cansaço persistente
  • Dificuldade de concentração
  • Irritabilidade
  • Perda de motivação

Além do impacto no bem-estar, muitos relatam queda na qualidade das aulas e aumento do desejo de deixar a carreira. Pesquisas recentes indicam que mais da metade dos professores já considera reduzir sua carga de trabalho ou mesmo migrar de área nos próximos anos, impulsionados pela exaustão emocional.

Profissionais da saúde: pressão constante e consequências emocionais

No setor de saúde, o burnout atinge médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares que enfrentam longas jornadas, falta de equipes completas e situações de urgência intensas. A pandemia de Covid-19 agravou o cenário, e muitos profissionais ainda lidam com consequências emocionais deixadas durante a crise sanitária.

Os sintomas são semelhantes aos observados na educação, porém com um peso adicional:

  • Sensação de ineficácia no trabalho
  • Reações negativas a pacientes
  • Dificuldade para dormir
  • Sintomas físicos como dores musculares e dores de cabeça

Especialistas afirmam que, no ambiente hospitalar, a tensão crônica pode aumentar o risco de erros médicos e afetar a qualidade do cuidado.

Por que o burnout está crescendo?

Segundo profissionais de saúde mental, vários fatores contribuem para a elevação dos casos em 2025:

  • Exigências maiores de produtividade
  • Acúmulo de tarefas burocráticas
  • Salários defasados e insegurança profissional
  • Baixa oferta de suporte emocional nas instituições
  • Pressão por resultados em contextos competitivos

A falta de pausas efetivas, o trabalho em tempo integral sem intervalo adequado e a expectativa de resposta imediata também são mencionados como gatilhos comuns.

O que dizem as pesquisas e especialistas

Estudos recentes apontam que o burnout não afeta apenas o indivíduo: ele tem impacto organizacional e social, com redução de desempenho, aumento do absenteísmo e maiores custos para os sistemas de saúde e educação.

Para a psicóloga Maria Helena Souza, o reconhecimento do problema é apenas o primeiro passo:

“Burnout não é fraqueza nem preguiça. É uma resposta do corpo e da mente a condições de trabalho insustentáveis. Precisamos de políticas públicas, rotinas de cuidado e mudanças profundas na cultura de trabalho.”

Prevenção e suporte: caminhos possíveis

Especialistas recomendam algumas medidas para reduzir o risco de burnout:

  • Programas de apoio psicológico nas instituições
  • Políticas de redução de carga de trabalho
  • Pausas e descanso adequados
  • Ações de prevenção e saúde ocupacional
  • Reconhecimento do trabalho e incentivo profissional

Empresas e órgãos públicos começam a se movimentar, oferecendo cursos, grupos de apoio e incluindo a saúde mental em programas de bem-estar no trabalho.

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