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O consumo de alimentos ultraprocessados continua elevado no Brasil e já acende um alerta entre médicos e nutricionistas. Produtos como refrigerantes, biscoitos recheados, embutidos, salgadinhos, macarrão instantâneo e refeições prontas seguem presentes no dia a dia da população, apesar dos alertas sobre os impactos negativos à saúde.
Dados recentes mostram que esses alimentos representam uma parcela significativa da ingestão calórica dos brasileiros, especialmente entre crianças, adolescentes e jovens adultos. Práticos e baratos, os ultraprocessados se tornaram rotina, mas carregam altos níveis de sódio, açúcar, gorduras saturadas e aditivos químicos, associados ao aumento de doenças crônicas.
Riscos à saúde vão além do ganho de peso
Segundo especialistas, o problema não se resume apenas ao sobrepeso e à obesidade. O consumo frequente de ultraprocessados está relacionado a um maior risco de diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer e distúrbios metabólicos.
Outro fator de preocupação é o impacto desses produtos no organismo a longo prazo. A baixa presença de fibras, vitaminas e minerais compromete o funcionamento do intestino, a imunidade e até a saúde mental. Estudos recentes também apontam associação entre dietas ricas em ultraprocessados e maior incidência de ansiedade e depressão.
Crianças e adolescentes estão entre os mais afetados
Entre os públicos mais vulneráveis estão crianças e adolescentes, fortemente expostos à publicidade de alimentos industrializados e ao consumo rápido fora de casa. Para médicos, a formação de hábitos alimentares nessa fase pode determinar problemas de saúde ao longo de toda a vida adulta.
“O excesso de ultraprocessados na infância cria uma dependência por sabores artificiais e dificulta a aceitação de alimentos naturais”, alertam nutricionistas.
Por que o consumo segue alto
Especialistas apontam diversos fatores para a manutenção desse padrão alimentar:
- Rotina acelerada e falta de tempo para cozinhar
- Preços mais baixos em comparação a alimentos frescos
- Forte marketing da indústria alimentícia
- Facilidade de acesso em mercados, escolas e aplicativos de entrega
Mesmo com campanhas de conscientização, a mudança de hábito ainda encontra barreiras sociais e econômicas.
Caminhos para reduzir o consumo
Médicos e nutricionistas reforçam que não é necessário eliminar totalmente os ultraprocessados, mas reduzir a frequência e priorizar alimentos in natura ou minimamente processados. Preparações simples, planejamento das refeições e leitura de rótulos são estratégias fundamentais.
Entre as principais recomendações estão:
- Priorizar frutas, legumes, verduras e grãos naturais
- Reduzir alimentos com muitos ingredientes e nomes desconhecidos
- Evitar produtos com alto teor de sódio, açúcar e gorduras
- Incentivar a alimentação caseira sempre que possível
Para especialistas, combater o excesso de ultraprocessados é uma das principais frentes de prevenção em saúde pública. A alimentação, reforçam, é um dos pilares mais importantes para garantir qualidade de vida e reduzir a sobrecarga do sistema de saúde nos próximos anos.
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