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O Ministério da Saúde anunciou recentemente uma medida considerada um avanço significativo na proteção infantil: gestantes a partir da 28ª semana de gravidez passam a ter acesso, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), à vacina destinada a reduzir os riscos de bronquiolite e outras infecções respiratórias graves em recém-nascidos.
A iniciativa integra uma estratégia ampliada de prevenção, especialmente durante períodos em que vírus respiratórios costumam circular com maior intensidade.
Por que a bronquiolite preocupa?
A bronquiolite é uma infecção causada, principalmente, pelo vírus sincicial respiratório (VSR).
Esse vírus afeta as vias respiratórias inferiores e é uma das principais causas de internação em bebês menores de 2 anos, sobretudo nos primeiros meses de vida, quando o sistema imunológico ainda é imaturo.
Para muitos recém-nascidos, mesmo um quadro moderado pode evoluir rapidamente para falta de ar, desidratação e necessidade de oxigênio suplementar.
Como a vacinação das gestantes protege o bebê
Quando a vacina é aplicada na gestante, seus anticorpos são transferidos ao bebê ainda no útero, conferindo proteção imediata após o nascimento. É o que os especialistas chamam de imunização passiva, essencial para doenças que afetam severamente os primeiros meses de vida — período em que o próprio bebê ainda não pode receber algumas vacinas diretamente.
Com essa estratégia, estudos indicam uma redução expressiva nas hospitalizações por bronquiolite e quadros graves de VSR.
Quem pode receber a vacina?
A nova diretriz do Ministério da Saúde define que:
- gestantes a partir da 28ª semana estão aptas a receber a imunização;
- a vacinação é gratuita pelo SUS;
- profissionais de saúde recomendam que a gestante esteja com o pré-natal em dia e informe ao médico qualquer condição prévia.
A ampliação da cobertura ocorre como parte de uma política de reforço à saúde materno-infantil, que também inclui campanhas de atualização vacinal para adultos e crianças.
Impacto esperado no sistema de saúde
O governo prevê que a medida ajude a reduzir a lotação hospitalar durante os meses de maior circulação do VSR, diminuindo a demanda por leitos pediátricos e de terapia intensiva.
Especialistas celebram a mudança como um passo essencial, já que os surtos de VSR costumam pressionar o sistema de saúde, especialmente em regiões com menor oferta de serviços pediátricos especializados.
Um avanço na proteção dos primeiros meses de vida
Além de reduzir a mortalidade e as complicações respiratórias em bebês, a vacinação das gestantes representa uma estratégia eficiente e segura para evitar que recém-nascidos enfrentem quadros respiratórios graves logo no início da vida.
A orientação para gestantes é clara: procurar a unidade de saúde mais próxima e incluir a vacina no calendário de pré-natal. Quanto maior a adesão, maior será a proteção coletiva.
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