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IA já auxilia diagnósticos médicos no Brasil e transforma a rotina de hospitais

IA já auxilia diagnósticos médicos no Brasil e transforma a rotina de hospitais

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A inteligência artificial (IA) já deixou o campo experimental e passou a integrar, de forma crescente, a rotina de hospitais e clínicas no Brasil. Sistemas baseados em algoritmos avançados vêm sendo utilizados como apoio ao diagnóstico médico, ajudando profissionais a identificar doenças com mais rapidez, precisão e segurança.

Atualmente, a tecnologia é aplicada principalmente em áreas como radiologia, oncologia, cardiologia e exames laboratoriais, onde a análise de grandes volumes de dados é essencial. Softwares treinados com milhares de imagens médicas conseguem detectar padrões que indicam tumores, fraturas, alterações cardíacas e lesões precoces, muitas vezes antes mesmo de sintomas clínicos se manifestarem.

Apoio ao médico, não substituição

Especialistas reforçam que a IA atua como ferramenta de suporte, e não como substituta do profissional de saúde. O papel final de interpretação e decisão continua sendo do médico, que utiliza a tecnologia para ganhar agilidade e reduzir a margem de erro.

Em exames de imagem, por exemplo, a IA pode sinalizar áreas suspeitas em mamografias, tomografias e ressonâncias magnéticas, funcionando como um “segundo olhar”. Isso tem impacto direto no diagnóstico precoce, especialmente em doenças como câncer de mama, pulmão e próstata.

Avanço no sistema público e privado

Tanto a rede privada quanto o Sistema Único de Saúde (SUS) já contam com projetos-piloto e aplicações consolidadas de IA. Em algumas regiões, a tecnologia tem sido usada para priorizar atendimentos, organizar filas de exames e acelerar laudos, reduzindo o tempo de espera dos pacientes.

Segundo gestores da saúde, a automação de etapas burocráticas também libera médicos e enfermeiros para o atendimento direto, melhorando a eficiência do sistema como um todo.

Regulação e segurança em foco

Com o crescimento do uso da IA, cresce também a preocupação com ética, privacidade de dados e confiabilidade dos algoritmos. No Brasil, a Anvisa é responsável por autorizar softwares médicos que utilizam inteligência artificial, avaliando critérios de segurança, eficácia e qualidade.

Especialistas alertam que os sistemas precisam ser constantemente atualizados e treinados com dados diversos, para evitar vieses e erros que possam comprometer o diagnóstico — especialmente em um país com grande diversidade populacional como o Brasil.

O futuro da medicina digital

Pesquisadores acreditam que o uso da IA na saúde tende a se expandir ainda mais nos próximos anos, incluindo triagem de pacientes, monitoramento remoto, medicina personalizada e apoio à decisão clínica. A expectativa é que a tecnologia ajude a tornar o atendimento mais rápido, acessível e preciso, sem abrir mão do olhar humano.

Para médicos, o desafio não está em resistir à inovação, mas em aprender a utilizá-la de forma responsável. A inteligência artificial, afirmam, não substitui a sensibilidade médica — mas pode ser uma aliada poderosa na missão de salvar vidas.

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