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O dólar avançou ante pares globais, ainda perto da estabilidade, conforme o mercado acompanhou uma série de declarações de diretores do Federal Reserve (Fed). A libra, enquanto isso, se desvalorizou com a queda no PIB e de olho na decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE, em inglês) na próxima semana.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em alta marginal de 0,05%, a 98,399 pontos, com perdas semanais de 0,6%. Por volta das 17h50 (de Brasília), o dólar avançava a 155,87 ienes, enquanto o euro caía a US$ 1,1745 e a libra recuava a US$ 1,3370.
Operando perto da estabilidade, o dólar sofre pressão não apenas do corte nos juros, mas também da sazonalidade de fim de ano, aponta o ING. Já para o Nordea, a moeda deve se desvalorizar em 2026, impactada por incertezas políticas. "Os riscos não precisam virar realidade para prejudicar o dólar. A mera perspectiva de influência política sobre o Fed já pode ser suficiente para corroer a confiança", apontam os especialistas.
Nesta sexta-feira, 12, a presidente do Fed de Cleveland, Beth Hammack, afirmou que a desvalorização do dólar não é um abandono da moeda, mas que acontece conforme a expectativa de investidores. Hammack, assim como Jeffrey Schmid, destacou os riscos da inflação para a economia dos Estados Unidos. Já Austan Goolsbee criticou o corte de juros da última quarta-feira, afirmando que seria mais "prudente" esperar por mais informações, enquanto Anna Paulson pontuou que os dados estão desatualizados, tornando a tomada de decisões difícil.
No Reino Unido, a libra esterlina caiu pressionada por contração inesperada da atividade econômica em outubro pelo segundo mês seguido, deixando em segundo plano a alta acima do esperado da produção industrial. Na análise do Deutsche Bank, é cada vez mais provável que o PIB real britânico fique estagnado no fim do trimestre, enquanto o BBH avalia que "o BoE tem espaço para flexibilizar ainda mais sua política monetária e a libra esterlina pode continuar a ter um desempenho inferior".
O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) e o Banco Central Europeu (BCE) também divulgam decisão de política monetária na próxima semana.
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