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Novo medicamento é aprovado no Brasil para tratar hipertensão resistente

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Um novo avanço na medicina promete beneficiar milhões de brasileiros que convivem com a hipertensão resistente — aquela que não responde adequadamente aos tratamentos tradicionais. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou recentemente um novo medicamento desenvolvido especificamente para pacientes que, mesmo utilizando três ou mais fármacos, não conseguem manter a pressão arterial sob controle.

O que é hipertensão resistente?

A condição afeta cerca de 10% dos pacientes hipertensos, segundo especialistas. Ela ocorre quando a pressão permanece elevada apesar do uso combinado de diferentes classes de remédios, como diuréticos, betabloqueadores e inibidores da ECA. Esses pacientes têm risco muito maior de desenvolver infarto, AVC, aneurismas e insuficiência renal.

Como funciona o novo remédio

O medicamento aprovado utiliza uma nova classe terapêutica capaz de atuar em múltiplos mecanismos que regulam a pressão arterial. Diferente dos remédios tradicionais, ele age diretamente em vias envolvidas no controle do tônus vascular e da retenção de sódio, garantindo efeito mais potente e duradouro.

Resultados de estudos clínicos mostraram que:

  • Pacientes reduziram, em média, 15 a 20 mmHg na pressão sistólica.
  • Houve melhor controle mesmo em casos graves e refratários.
  • A taxa de efeitos colaterais foi considerada baixa e bem tolerada.

Quem poderá usá-lo

O medicamento será indicado para adultos com diagnóstico confirmado de hipertensão resistente e deverá ser prescrito por cardiologistas ou nefrologistas. Como a doença envolve múltiplos fatores, o tratamento continuará associado a mudanças no estilo de vida, como redução de sal, perda de peso, prática de exercícios e cessação do tabagismo.

Impacto no sistema de saúde

Especialistas afirmam que a chegada dessa nova opção terapêutica pode reduzir o número de internações por crises hipertensivas e diminuir complicações a longo prazo. A expectativa é que o medicamento esteja disponível no mercado brasileiro nos próximos meses, inicialmente na rede privada. O Ministério da Saúde avalia sua incorporação ao SUS.

Um passo importante na prevenção de complicações graves

Com mais de 30 milhões de hipertensos no país, a novidade representa esperança para um grupo que, até então, tinha poucas alternativas eficazes. A aprovação reforça a importância do diagnóstico precoce, do acompanhamento contínuo e da inovação no combate às doenças cardiovasculares — responsáveis por quase um terço das mortes no Brasil.

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