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PT defende criação de Ministério da Segurança Pública e líderes articulam debate para 2026

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O PT decidiu, em reunião do Diretório Nacional neste sábado, 6, manter posição em defesa da criação de um ministério exclusivo da Segurança Pública, desmembrado do ministério da Justiça.

O tema foi alvo de divergências dentro do partido durante esta semana, mas, segundo o presidente do PT, Edinho Silva, agora há uma posição consensual depois da reunião.

"Essa é uma posição de consenso no partido - a importância da criação do ministério da Segurança Pública. Não significa que é uma posição do governo", afirmou.

O PT tinha retirado da resolução do partido um trecho em que pedia pela criação dessa pasta na sexta-feira, 5. Neste sábado, 6, porém, recuou novamente.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse que há duas teses dentro do partido sobre o tema da segurança pública.

"Há duas visões: uma que acha que o tema da segurança terá grande peso na eleição e outra visão de que acho que esse tema não devemos trazer para o nosso colo. Mas acho que precisamos ter todo o cuidado necessário com esse tema", afirmou.

Para Guimarães, que também é presidente o Grupo de Trabalho Eleitoral do PT, haveria uma repercussão positiva se a criação do ministério da Segurança Pública estivesse no programa de governo para a reeleição.

"Se indicarmos no nosso programa de governo que vai ser consolidada agora, acho que repercute positivamente", disse. "É uma pauta para 2026."

Ao abordar a crise na segurança, com o avanço das facções criminosas, a primeira versão do texto petista, obtida pelo Estadão, apresentava um trecho que contemplava a maioria da cúpula do partido.

"O Brasil precisa de um Ministério da Segurança Pública e de uma política nacional articulada, com foco em inteligência, combate aos paraísos financeiros do crime organizado, e proteção das comunidades", dizia o documento.

O titular da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e secretários da pasta são contra a divisão do ministério, sob o argumento de que isso enfraqueceria até mesmo o combate ao crime organizado. Em uma nova configuração, a Polícia Federal, por exemplo, não ficaria mais subordinada ao Ministério da Justiça.

A reunião do Diretório Nacional terminou neste sábado, 6, ainda aguardando últimos ajustes para divulgar a resolução final do encontro. "São quatro textos, vão juntar para ficar um só", disse Edinho Silva.

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