Trump assina ordem que dá à Casa Branca controle sobre agências independentes

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O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva nesta terça-feira, 18, que dá aos seus indicados políticos um controle de longo alcance sobre as agências federais que, durante décadas, operaram independentemente da influência da Casa Branca.

A ordem exige que os órgãos independentes apresentem as principais regulamentações ao escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca para análise. O escritório é dirigido por Russell Vought, um aliado de Trump.

Vought escreverá "padrões de desempenho e objetivos de gerenciamento" para os chefes de agências independentes e fornecerá atualizações para Trump sobre os cumprimentos desses requisitos. Vought também analisará e ajustará os orçamentos das agências.

"Para que o governo federal seja realmente responsável perante o povo americano, os funcionários que exercem um vasto poder executivo devem ser supervisionados e controlados pelo presidente eleito pelo povo", diz a ordem.

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O deputado federal Gilson Marques (Novo-SC) saiu em defesa dos sapatênis durante uma sessão na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, 5, em meio a uma discussão com a deputada Duda Salabert (PDT-MG).

Durante o bate-boca, a parlamentar chamou Gilson de representante do "bolsonarismo de sapatênis". A troca de farpas ocorreu durante a votação de um projeto de lei que cria medidas de educação contra desastres climáticos.

O embate começou após o partido Novo defender a retirada do termo "justiça climática" do texto do projeto. Marques argumentou que a proposta colocaria nas mãos do governo, por meio das diretrizes do Ministério da Educação (MEC), o poder de definir o ensino do conceito.

"Isso é só uma deixa, uma desculpa para colocar nas crianças, nas escolas, o que o governo quer. O que ele deseja que isso seja e, no fim das contas, é só colocar mais poder na caneta para ter mais atribuições e tirar mais dinheiro da população, com a justificativa de que está promovendo algo que ninguém sabe o que é: justiça climática", declarou o deputado.

Em resposta, Duda Salabert, autora da proposta, rebateu afirmando que a educação está no centro das gestões e dos problemas climáticos.

"Olha que vergonha, o partido Novo, que é um 'bolsonarismo de sapatênis', quer retirar do texto a justiça climática. Não há justiça social sem justiça climática. Então, nós orientamos, sim, a manutenção do texto e deixamos claro o nosso repúdio a esse partido nanico chamado partido Novo", disse a deputada.

Em seguida, Marques afirmou ter o direito de "usar qualquer calçado que desejar", assim como, segundo ele, a parlamentar tem liberdade para fazer suas escolhas estéticas.

"A deputada que me antecedeu, a Duda, que é do partido do [Carlos] Lupi, escândalo dos roubos dos aposentados, criticou a escolha de alguns membros do Novo que supostamente usam sapatênis. Logo a Duda, que todos conhecem as escolhas estéticas que utiliza. Basta olhar as vestimentas dela para saber o quanto é positivo e o quanto é negativo. Eu quero usar qualquer calçado que eu desejar, assim como ela pode usar qualquer roupa que desejar", afirmou.

Após a sessão, o parlamentar defendeu o calçado nas redes sociais e afirmou ter sido vítima de "sapatênisfobia".

Em nova resposta, Duda Salabert afirmou que a fala foi mal interpretada por Gilson Marques.

"É uma metáfora, todo mundo sabe. Estou querendo dizer que o partido Novo é bolsonarista, só que com uma roupagem diferente, uma embalagem diferente, mais gourmet - um sapatênis. Foi uma ironia. Só que os deputados do partido Novo não entenderam a metáfora, não entenderam o sarcasmo e levaram a frase ao pé da letra, achando que eu estava criticando as pessoas que usam sapatênis", rebateu a deputada.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) aceitou, por unanimidade, nesta quinta-feira, 6, o recurso apresentado pela defesa do influenciador Pablo Marçal (PRTB) e rejeitou uma ação que o tornava inelegível no âmbito de um processo ligado a abuso de poder político e econômico nas eleições municipais de 2024. Apesar da decisão, o coach ainda responde a outra ação que o mantém inelegível.

O processo analisado pelo TRE-SP refere-se a uma ação protocolada pelo PSB e pela coligação de Guilherme Boulos (PSOL), que na época era adversário político de Marçal nas eleições.

Procurado por meio de sua assessoria, Pablo Marçal não se manifestou.

Na ação, Marçal foi acusado de prometer gravação de vídeos em apoio a candidatos a vereador em troca de doações para sua campanha.

"Você conhece alguém que queira ser vereador e é candidato? Essa pessoa vai fazer o que? Ela vai mandar um Pix para a minha campanha, de doação, Pix de R$ 5 mil. Fez essa doação, eu mando o vídeo. Clicou aqui no formulário, cadastra, a equipe vai entrar em contato", disse em vídeo publicado em setembro de 2024.

Em fevereiro deste ano, Marçal foi condenado em primeira instância, ficando inelegível por oito anos por abuso de poder político e econômico, uso indevido dos meios de comunicação social e captação ilícita de recursos.

Com o envio do recurso, o juiz Cláudio Langroiva Pereira afirmou que o vídeo em que Marçal pediu o Pix contém conteúdo ilícito, mas é insuficiente para justificar a condenação. Ele também considerou que a defesa comprovou a devolução dos valores para quem havia enviado.

"Embora o vídeo da campanha contenha a proposta ilícita, os elementos probatórios carregados aos autos não foram suficientes para demonstrar a amplitude da divulgação e o volume de recursos efetivamente movimentados em decorrência direta da oferta ou seu impacto concreto na campanha eleitoral de forma desequilibrada", declarou o magistrado na decisão.

Apesar da absorção do recurso, Marçal continua inelegível pois, em outra ação, também movida pelo PSB, ele é apontado como criador de um esquema de "cortes" de vídeos nas redes sociais.

Nesse caso, o PSB acusa Marçal de pagar apoiadores para publicar vídeos nas redes sociais, com promessa de brindes e prêmios em dinheiro.

Nesta ação, a defesa também apresentou recurso, mas o juiz aceitou parcialmente, rejeitando a condenação por captação ilícita de recursos e abuso de poder econômico, porém manteve a acusação de uso indevido dos meios de comunicação social e a inelegibilidade.

Após essa etapa, o processo foi suspenso por pedido de vista do juiz Régis de Castilho e será retomado no dia 4 de dezembro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a morte do ex-deputado e histórico dirigente petista Paulo Frateschi. Ele morreu nesta quinta-feira, 6, esfaqueado pelo próprio filho, de acordo com a Polícia Militar de São Paulo. Ele foi socorrido e levado para o Hospital das Clínicas em parada cardiorrespiratória, mas não resistiu aos ferimentos.

Em uma publicação no X (antigo Twitter), Lula afirma que perde um "grande e leal companheiro", com quem compartilhou "décadas de lutas por um Brasil mais justo".

"Paulo Frateschi sempre uniu sua simpatia e sua capacidade agregadora a uma grande coragem. Desafiou com bravura o autoritarismo. Foi perseguido pela ditadura militar. Mas venceu. Ajudou o Brasil a reconquistar a sua democracia. E atuou na fundação e consolidação do Partido dos Trabalhadores, do qual foi um grande dirigente", escreveu o presidente.

Segundo Lula, "Paulo fará muita falta a todos nós que tivemos o privilégio de andar lado a lado com ele".

"Sua lembrança e seus exemplos de dedicação e compromisso com a construção de um país melhor para todos sempre iluminarão nossas mentes e corações. À querida Yolanda, sua esposa, e a todos seus amigos e familiares, eu e Janja deixamos um abraço carinhoso e solidário nesse momento tão doloroso", disse.

Amigo pessoal de Lula, Paulo Frateschi, de 75 anos, foi preso e torturado na ditadura militar, em 1969. Foi vereador e deputado estadual em São Paulo, entre 1983 e 1987, presidiu o diretório paulista do partido e participou da organização das caravanas do presidente Lula, em uma série de viagens pelo País, em 2018.

Quando Lula deixou a prisão, em 2019, o presidente chegou a passar alguns dias na casa de Frateschi em Paraty, no Rio de Janeiro. Em uma das viagens da caravana petista com Lula, em São Miguel do Oeste (SC), o ex-deputado levou uma pedrada na orelha esquerda ao tentar proteger o presidente.