Trump assina ordem que dá à Casa Branca controle sobre agências independentes

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O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva nesta terça-feira, 18, que dá aos seus indicados políticos um controle de longo alcance sobre as agências federais que, durante décadas, operaram independentemente da influência da Casa Branca.

A ordem exige que os órgãos independentes apresentem as principais regulamentações ao escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca para análise. O escritório é dirigido por Russell Vought, um aliado de Trump.

Vought escreverá "padrões de desempenho e objetivos de gerenciamento" para os chefes de agências independentes e fornecerá atualizações para Trump sobre os cumprimentos desses requisitos. Vought também analisará e ajustará os orçamentos das agências.

"Para que o governo federal seja realmente responsável perante o povo americano, os funcionários que exercem um vasto poder executivo devem ser supervisionados e controlados pelo presidente eleito pelo povo", diz a ordem.

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, integrante das Forças Especiais do Exército conhecidas como "kids pretos", a cursar uma pós-graduação em personal training. O militar está preso preventivamente e integra o núcleo 3 da ação penal da trama golpista julgada pela Corte.

A autorização concedida pelo ministro nesta quarta-feira, 5, permite que o curso seja realizado à distância. "Verifico não haver óbice à autorização para que o requerente possa cursar pós-graduação em Personal Training, oferecida pela faculdade UniCesumar, em virtude do referido curso ser oferecido na modalidade de ensino à distância (EAD), compatível, portanto, com a prisão do requerente", afirmou.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia se manifestado favorável ao pedido, com a ressalva de que fossem seguidos os protocolos do estabelecimento penal. No mesmo despacho, o ministro também autorizou o recebimento de visitas virtuais e presenciais, solicitadas pela defesa do tenente-coronel. Ele ressalta que devem ser atendidas as normas regulamentares do 7.º Batalhão de Polícia do Exército de Manaus, onde o réu está preso.

Hélio Ferreira Lima responde por tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. O julgamento do núcleo 3, que ele integra, está marcado para ocorrer entre 11 e 19 de novembro.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira, 7, para rejeitar o recurso do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) no processo da trama golpista e manter a condenação dele a 27 anos e 3 meses de prisão.

Bolsonaro só deve ser preso para cumprir a sentença quando o processo atingir o chamado "trânsito em julgado", ou seja, após o fim de todos os recursos, ou se o STF considerar que os recursos da defesa são "protelatórios".

A Primeira Turma do STF começou a analisar nesta sexta, no plenário virtual, os primeiros recursos de Bolsonaro e de outros seis réus do núcleo crucial do plano de golpe. Apenas o tenente-coronel Mauro Cid, que fechou acordo de colaboração premiada, abriu mão de recorrer.

Na modalidade virtual, o julgamento fica aberto por uma semana para os ministros registrarem os votos no site do STF. Não há debate em tempo real, nem presencial nem por videoconferência.

Como relator, Alexandre de Moraes foi o primeiro a apresentar o voto.

Também vão participar do julgamento os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino. Todos votaram para condenar Bolsonaro.

O ministro Luiz Fux, que deu o único voto a favor do ex-presidente no processo da trama golpista, em setembro, pediu transferência para a Segunda Turma e não vai participar da decisão sobre os recursos.

As defesas entraram no STF com os "embargos de declaração" - modalidade de recurso usada para questionar detalhes da decisão, como omissões, contradições ou erros materiais, mas que, via de regra, não tem o alcance de modificar o mérito do julgamento.

Os advogados ainda têm a opção de impor "embargos infringentes" - estes sim podem pedir a absolvição. Nesse caso, no entanto, os recursos seriam meramente formais. Isso porque, pela jurisprudência do STF, os embargos infringentes só são possíveis se houver divergência de dois votos na turma, o que não ocorreu.

Se os ministros considerarem que os recursos estão sendo usados pelas defesas para atrasar o desfecho do processo, o STF pode determinar o início da execução das penas antes do trânsito em julgado da ação. Uma decisão nesse sentido não seria inédita. Foi o que ocorreu, por exemplo, com o ex-presidente Fernando Collor.

Em abril, após rejeitar os embargos de declaração e infringentes da defesa de Collor, o ministro Alexandre de Moraes, que também era o relator daquele processo, determinou a prisão do ex-presidente, antes da publicação da decisão final do STF, por considerar que a defesa estava tentando impedir deliberadamente o trânsito em julgado do processo.

Bolsonaro está em prisão domiciliar, mas por outro processo, o que investiga a tentativa de obstrução do julgamento da trama golpista.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos editou Portaria, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 7, para estabelecer o valor mensal do auxílio-alimentação a ser pago aos servidores públicos federais a partir de 1º de dezembro. Segundo o texto, o valor mensal passará a ser de R$ 1.175,00 para todos os servidores da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.

Conforme o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) informou na quinta-feira, o governo assinou com os servidores um termo de compromisso que trata do reajuste dos benefícios.

Entre eles, o auxílio-alimentação, que teve reajuste de 17,5% a partir de dezembro, com nova correção prevista para abril de 2026.