Polícia apreende adolescentes suspeitos de participar de assalto em que vice-cônsul baleada

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A Polícia Civil de São Paulo apreendeu nesta segunda, 23, dois adolescentes suspeitos de participar da tentativa de assalto que terminou com a vice-cônsul da Colômbia, Claudia Ortiz Vaca, baleada no último dia 14, na capital paulista. Ela passava ao lado de onde aconteceu o roubo, na Avenida Nove de Julho, nos Jardins. Claudia foi atingida depois de um policial militar de folga intervir e disparar contra o trio que tentava levar o celular da passageira de um táxi.

A identidade e a idade dos adolescentes não foram informadas. A Secretaria da Segurança Pública do Estado disse que a dupla detida estava envolvida com o assalto, mas não confirmou se eles estavam na cena do crime ou deram suporte remotamente. Um dos rapazes que abordou o taxi, Bruno Narbutis Borin, de 19 anos, já está detido.

A defesa dos suspeitos informou, na ocasião, que o trio não estava armado e que os disparos que atingiram a vice-cônsul colombiana não partiram dos rapazes. A reportagem procurou os advogados de defesa dos suspeitos nesta segunda para comentar sobre a apreensão dos dois adolescentes, e aguarda retorno.

De acordo com a pasta, a dupla foi capturada depois de um trabalho de investigação do 78° Distrito Policial (Jardins). "Ambos possuem diversos registros por atos infracionais análogos a roubos e furtos", informou. Os dois jovens foram encaminhados à Fundação Casa.

Relembre o caso

Os três são suspeitos de participar de uma tentativa de assalto contra uma passageira de um táxi parado no semáforo na Nove de Julho, na manhã do dia 14.

O trio chegou a quebrar o vidro do veículo para praticar o assalto. Um PM de folga presenciou a cena, interveio e atirou contra os suspeitos, que conseguiram escapar. Horas depois, Bruno foi detido.

Um dos disparos atingiu Claudia, que passava pela calçada no momento da perseguição. Câmeras de monitoramento da rua registraram o momento em que ela é baleada.

A vice-cônsul precisou ser hospitalizada e foi levada para o Hospital Albert Einstein, onde passou por uma cirurgia. Até a última atualização do Consulado da Colômbia, o estado de saúde da vítima era estável.

Questionado sobre se Cláudia já recebeu alta médica, o hospital informou que atualizações sobre o estado de saúde da mulher são de responsabilidade do consulado, que não respondeu aos contatos da reportagem.

O policial de folga disse à polícia, em depoimento, que não sabia precisar quantos disparos havia dado. Ele informou que a diplomata colombiana esbarrou em um dos ladrões e caiu no chão. A secretaria, em nota, informou que a PM abriu inquérito Policial Militar (IPM), que segue em andamento.

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As controversas de uma suposta diferença de tratamento de Adriane Galisteu, então namorada de Ayrton Senna, e Xuxa, ex-namorada do piloto, durante o velório do atleta foram abordadas na nova série documental Meu Ayrton por Adriane Galisteu, que estreou na HBO Max na quinta, 6. O momento foi relembrado no segundo episódio.

"Eu não troquei de roupa. Eu passei a noite com a mesma roupa", narrou a apresentadora sobre a ocasião. "E eu lembro de achar todo mundo muito elegante. Eu estava muito mal vestido, estava com roupa de quem estava em um velório à noite inteira."

Adriane diz que, durante o velório, sentiu falta de abraços e de "chorar no ombro de alguém". "Era tudo muito contido, uma coisa distante, tudo muito silencioso", disse.

À época, a cerimônia foi organizada com adesivos que davam acesso a determinados pontos da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde ocorreu o velório. A apresentadora não recebeu o adesivo que dava acesso ao lugar ao lado da família do piloto e próximo ao caixão.

A mãe do atleta, tempos depois, deixou que Adriane se aproximasse do caixão, mas a apresentadora não estava junto à família de Senna. Xuxa, porém, permaneceu ao lado dos pais do piloto.

"Estava todo mundo sofrendo muito e eu não queria competir a minha dor com ninguém, mas uma dor genuína e profunda era da mãe que tinha perdido um filho. Mãe não se pode julgar", comentou Adriane na série.

A apresentadora narrou ter se encontrado com a mãe de Senna, Neyde, após a cerimônia ao ir buscar seus pertences no apartamento em que vivia com o piloto em São Paulo. Na saída do prédio, as duas se abraçaram e choraram.

Meu Ayrton por Adriane Galisteu chegou a convidar a família do piloto e Xuxa para uma participação na série. Os convites foram recusados, sob a alegação de "compromissos contratuais". O documentário aborda esse e outros momentos do namoro entre a apresentadora e Senna. A produção chegou após controvérsias de Senna, série da Netflix que deu pouco tempo de tela para a personagem de Adriane.

"Eu comecei a perceber uma força das pessoas na rua, de uma geração que não acompanhou a minha história, uma geração mais jovem, que queria saber mais da vida dele", comentou Adriane em entrevista por telefone ao Estadão.

Katy Perry lançará nesta quinta-feira, 6, às 21h, sua nova música Bandaids. O teaser, publicado em suas redes sociais, mostra trechos do videoclipe da cantora americana. No estilo da franquia de Premonição, Katy aparece em diversas situações "perigosas", incluindo o famoso acidente do caminhão de toras. Há várias quedas, explosões e estilhaços.

Na Genius, plataforma que registra informações técnicas sobre música, os produtores Sean Cook, Justin Tranter, Russ Chell, Eren Cannatta e a própria cantora assinam a obra.

O clipe de Bandaids chega cerca de um ano após o lançamento de 143, seu sétimo álbum de estúdio de setembro de 2024. O álbum foi pano de fundo para a Lifetimes Tour, que chegou ao Brasil para o festival The Town e mais dois shows solo em Curitiba e Brasília neste ano.

Quando lança 'Bandaids', novo single de Katy Perry?

Data do lançamento: 6 de novembro de 2025

Horário: 21 horas

Onde posso dar pré-save: Spotify, Deezer, YouTube Music, Apple Music, Tidal e Amazon Music.

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

Olga de Dios, conhecida por abordar temas como a diversidade, a igualdade de gênero e o consumo sustentável em seus livros infantis - Mostro Rosa é o mais popular no Brasil - , está no País para promover sua nova obra, Caderno de Artista, publicado pelo selo Boitatá, da Boitempo.

No livro interativo, ela propõe que os pequenos leitores sejam coparticipantes da obra, desenhando, recortando e pintando junto com a ilustradora. "Caderno de Artista é um trabalho diferente. Os meus livros anteriores eram álbuns ilustrados, que contam uma história, com poucos textos e muitas ilustrações. Neste caso, não. Caderno de Artista é completamente diferente. A proposta é que todas e todos podemos participar", explicou a artista em uma conversa com o Estadão.

No livro, Olga conduz o leitor por uma série de atividades, que vão desde arrancar uma página até continuar um desenho ou fazer e responder perguntas com desenhos. "Podemos vê-lo como um caderno que você pode colorir, mas pode ir muito além. Vejo o livro como um trabalho de refletir, uma ferramenta de reflexão", completou.

Uma das reflexões que Olga traz no livro é que a criança pode errar, que o erro pode resultar em um trabalho artístico. "Quando não sei por onde começar e tenho medo de errar, volto alguns passos, pego impulso e dou um salto no escuro. Esse salto pode ser uma mancha, um rabisco, um erro, a partir do qual começar. Quando se começa por um erro, o medo de errar já desaparece", escreve ela no livro encorajando as crianças.

Defesa da diversidade

Olga de Dios é a criadora de obras que ganharam uma boa receptividade entre o público brasileiro, como Monstro Rosa, Pássaro Amarelo e Rã de Três Olhos, todos publicados pela Boitatá.

Em seu trabalho, Olga defende algumas bandeiras. A principal delas, a da diversidade. "Com o meu trabalho, proponho questões e debates que fazem parte da nossa sociedade, que estão entre nós, que são atuais. O meu tema principal, com o qual eu comecei como autora, é a defesa da diversidade como algo enriquecedor", disse.

"Eu tenho claro que quanto mais referências as crianças tiverem, mais liberdade elas vão ter para escolher. Então, creio que é preciso parar muitas vezes esses discursos de ódio e esses discursos fascistas que querem censurar e limitar as expressões. Defender uma educação em diversidade, defender uma educação em liberdade, é uma questão de direitos humanos", ressaltou a artista.

Olga de Dios em São Paulo

Esta é a segunda visita de Olga ao Brasil. A ilustradora esteve por aqui em agosto do ano passado e retorna agora para uma série de atividades, que inclui oficinas de desenho com crianças e conversas com adultos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.

"Estou muito surpresa [com a receptividade que tem recebido dos brasileiros]. Agradavelmente surpresa. Primeiro porque as pessoas são muito afetuosas e carinhosas. E depois porque elas me demonstram e me confirmam que a minha expressão artística é capaz de me conectar com muitas pessoas no mundo", afirmou.

A artista participa nesta quinta-feira, 6, de uma oficina de desenho para crianças no Galpão ZL (Rua Serra da Juruoca, 112, Jardim Lapena), a partir das 15h. Na sexta-feira, 7, a partir das 14, Olga conversa sobre política e literatura infantil na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, e no sábado, 8, a partir das 9h, conduz mais uma oficina de desenho baseada no Caderno de Artista, na Casa Tombada (Rua Min. Godói, 333, Perdizes).

Caderno de Artista

Autora: Olga de Dios

Editora: Boitatá (112 págs.; R$ 93 - Trad.: Monica Stahel)