EUA e Japão intensificam sanções contra Rússia e supostos apoiadores

Internacional
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O governo dos Estados Unidos intensificou as sanções contra a Rússia, com medidas direcionadas a navios que transportam petróleo, além de prestadores de serviços de seguro marítimo localizados em território russo. As medidas atingiram várias unidades da Gazprom Neft e a Surgutneftegas. Os anúncios deram impulso aos preços do petróleo, com o contrato do Brent chegando a superar US$ 80 o barril mais cedo nesta sexta-feira, 10.

Faltando 10 dias para o fim da atual administração, o Departamento do Tesouro dos EUA informou que as medidas abrangentes visam cumprir o compromisso do G7 de reduzir as receitas russas provenientes da energia, incluindo o bloqueio de dois grandes produtores de petróleo russos.

A Gazprom Neft é uma empresa petrolífera verticalmente integrada cujas atividades principais incluem a exploração, produção e venda de petróleo. A Surgutneftegas também atua na exploração, produção e venda de petróleo, diz o comunicado.

As sanções também contemplam um "número sem precedentes de navios transportadores de petróleo, muitos dos quais fazem parte da "frota paralela" de comerciantes sem transparência de petróleo russo", disse o Tesouro em comunicado.

O comunicado informa ainda que o Reino Unido também está tomando medidas hoje, juntando-se ao Tesouro nas sanções a dois grandes produtores de petróleo russos.

"Os Estados Unidos estão tomando medidas abrangentes contra a principal fonte de receitas da Rússia para financiar a sua guerra brutal e ilegal contra a Ucrânia", disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen, segundo o comunicado. "Esta ação baseia-se e fortalece o nosso foco desde o início da guerra na perturbação das receitas energéticas do Kremlin, incluindo através do limite máximo de preços do G7+ lançado em 2022".

O Departamento de Estado também anunciou bloqueio a dois projetos ativos de gás natural liquefeito, um grande projeto petrolífero russo e entidades de países terceiros que apoiam as exportações de energia da Rússia. O governo também mirou prestadores de serviços de campos petrolíferos baseados na Rússia e altos funcionários da Corporação Estatal de Energia Atômica Rosatom.

As determinações incluem a possibilidade de imposição de sanções a qualquer pessoa que opere ou tenha operado no setor energético da economia da Federação Russa.

Japão

O Gabinete do Japão também aprovou sanções adicionais contra a Rússia, incluindo o congelamento dos bens de dezenas de indivíduos e a proibição de exportações para dezenas de organizações na Rússia e em vários outros países que supostamente a ajudaram a escapar de sanções.

O secretário-chefe do Gabinete, Yoshimasa Hayashi, disse que a aprovação das sanções adicionais mostra o compromisso do Japão com os esforços do G7 para fazer pressão à Rússia em meio a guerra com a Ucrânia.

De acordo com uma declaração conjunta dos ministérios das Relações Exteriores, do Comércio e das Finanças do Japão, 11 indivíduos, 29 organizações e três bancos russos, bem como um executivo de uma empresa comercial norte-coreana e um banco georgiano, foram adicionados a uma lista de congelamento de ativos. (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)

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A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República reformou seu entendimento anterior e permitiu que a ministra da Cultura, Margareth Menezes, fosse paga com recursos públicos pelos shows que fez durante o carnaval deste ano - ela saiu de férias para se dedicar às atividades privadas.

Como revelou o Estadão em março de 2024, a CEP havia decidido que a ministra só poderia fazer shows pagos com dinheiro privado. A comissão chegou a liberar os shows pagos com verba pública já contratados na época, mas vedou as "apresentações futuras" custeadas desta forma.

Margareth Menezes recebeu pelo menos R$ 640 mil das prefeituras de Salvador (BA) e Fortaleza (CE) pelos shows que fez nas cidades em 2025. A informação foi publicada pelo Metrópoles e confirmada pelo Estadão. O salário de ministros de Estado, desde 1.º de fevereiro, está em R$ 46.366,19. Antes de ir faturar na folia deste ano, a ministra fez nova consulta à Comissão de Ética, pedindo esclarecimentos sobre as decisões de 2024.

ESTADOS E MUNICÍPIOS

O colegiado, controlado por aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entendeu que só há impedimento no caso de verba federal. Cachês pagos por Estados e municípios estão liberados. "A simples participação em eventos que, indiretamente, sejam beneficiados por patrocínios estaduais ou municipais não configura, por si só, conduta antiética, desde que a negociação tenha sido conduzida de maneira autônoma e transparente, sem interferência da autoridade pública", escreveu o presidente do colegiado, Manoel Neto.

A equipe da ministra reiterou que a Comissão de Ética só proibiu o recebimento de verba federal, mas que pagamentos feitos por municípios ou Estados estão autorizados. Disse ainda que, durante o carnaval, a ministra "exerceu sua profissão de cantora fora do horário de trabalho, garantindo que suas apresentações não interferissem nas responsabilidades do seu cargo, seguindo todos os preceitos legais".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado, 15, que articula com senadores para barrar a indicação feita por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Superior Tribunal Militar (STM). No sábado passado, dia 8, Lula indicou a advogada Verônica Abdalla Sterman para ser ministra do STM, tribunal responsável por julgar crimes militares. Antes de assumir o cargo, porém, ela precisa passar por sabatina e aprovação no Senado.

"Eu tenho conversado com senadores. O voto é secreto. É hora de dar um chega para lá. Não queremos esse tipo de gente dentro do Superior Tribunal Militar", afirmou Bolsonaro em entrevista à rádio 93 FM Exclusiva, do Rio de Janeiro.

Caso seja admitida para o cargo, Verônica Abdalla Sterman assumirá uma cadeira destinada à advocacia, que será aberta em abril com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, atual vice-presidente da Corte.

Ao justificar sua articulação, Bolsonaro afirmou que Verônica é "da mesma linha" da presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha. Na quarta-feira, 12, ao tomar posse como presidente do STM, a magistrada disse que vê crimes militares na conduta do ex-presidente, que é capitão reformado e foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

"A (mulher) que está lá (no STM) no momento, ela assumiu a presidência e no mesmo dia falou que eu tinha que perder a patente de capitão e tirar os meus proventos", criticou Bolsonaro. "Eu não sou réu, não estou sendo acusado de crime militar nenhum. E essa mulher que está sendo indicada para lá agora é da mesma linha dessa presidente", disse.

O presidente reeleito da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), André do Prado (PL), afirmou neste sábado, 15, que discussões sobre uma eventual candidatura dele a governador ou vice-governador só acontecerão em 2026. "Neste momento, nosso foco é a reeleição do governador Tarcísio, que deve ser candidato à reeleição. As demais vagas serão debatidas no momento oportuno", disse.

Conforme já adiantou o Broadcast Político, a prioridade do governo de São Paulo em parceria com a Alesp será a aprovação da privatização das travessias hídricas do Estado, ou seja, as balsas. A concessão patrocinada permitirá investimentos de R$ 1 bilhão ao longo do contrato de 20 anos.

Com leilão previsto para o segundo trimestre de 2025, a iniciativa faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado (PPI-SP). A concessão englobará a operação, manutenção e gestão de 14 linhas aquaviárias, distribuídas em diferentes regiões.

"O governo quer privatizar essas travessias para melhorar a eficiência do serviço", afirmou o presidente. "Esse projeto será analisado pelas comissões e, após aprovação, seguirá para o Colégio de Líderes e, finalmente, para votação em plenário."

Em relação ao fato de Tarcísio ter se tornado o governador que mais vetou projetos da Alesp desde o governador José Serra (PSDB), Prado afirmou que isso só ocorreu por a Casa ter aprovado "muitos projetos".

"Tivemos um número expressivo de projetos aprovados nos últimos dois anos", disse o presidente da assembleia legislativa estadual. "Foram 206 projetos de iniciativa do Legislativo, dos quais mais de 90 foram sancionados - ou seja, quase 50%", assinalou.