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Exército de Israel mata seis pessoas no Líbano no maior ataque desde trégua

Internacional
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Israel realizou uma série de ataques aéreos em vários pontos do Líbano neste sábado, 22, em retaliação a uma ofensiva com foguetes, matando seis pessoas na maior troca de fogo desde que a trégua com o grupo militante Hezbollah, que começou há quase quatro meses.

A iniciativa causou preocupações sobre a manutenção do cessar-fogo, dias após Israel reiniciar sua guerra contra o Hamas, em Gaza. Em um comunicado, o Hezbollah negou ser responsável pelo ataque no norte israelense, que teria motivado a ofensiva israelense, dizendo estar comprometido com a trégua.

O primeiro-ministro do Líbano, Nawaf Salam, pediu às forças militares do país para tomarem todas as medidas necessárias no sul, onde os ataques israelenses se concentraram, mas disse que o país não quer voltar à guerra.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira, 24, ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que não pretende indicar um sucessor e só passará o "bastão" depois de morto. Ele disse ainda que, mesmo inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pode registrar sua candidatura a presidente na eleição de 2026 e deixar que a Justiça Eleitoral defina se ele pode ou não se candidatar.

Segundo Bolsonaro, a estratégia depende de ele não ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso da tentativa de golpe até o início do processo eleitoral em agosto do próximo ano. A Primeira Turma do STF decide nesta terça-feira, 25, se aceita a denúncia contra o ex-presidente. A tendência é que o julgamento que decidirá se Bolsonaro é culpado ou não seja concluído ainda em 2025.

"Eu só passo o bastão, já falei, Tarcísio, depois de morto. Você sabe disso", disse Bolsonaro em entrevista ao podcast Inteligência Ltda. O governador de São Paulo é apontado por aliados do ex-presidente como o nome mais competitivo na ausência de Bolsonaro para enfrentar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Tarcísio, porém, diz que será candidato à reeleição como governador.

Bolsonaro reclamou da velocidade com que a denúncia da tentativa de golpe tramita no STF. A Procuradoria-Geral da República denunciou o ex-presidente e outras 33 pessoas em 18 de fevereiro. "O certo é eu não ser julgado [até a eleição de 2026] e respeitar os prazos, aos 48 minutos do segundo tempo eu entro com meu registro de candidatura e o TSE em duas semanas decide", disse Bolsonaro.

Tanto ele como Tarcísio negaram que a presença conjunta no podcast signifique que o ex-presidente escolheu o governador como seu herdeiro político. O chefe do Executivo paulista disse que as pessoas interpretam errado sua "proximidade" e "apoio" e que ele estará junto de Bolsonaro "independente de qualquer interesse".

"A gente vai estar junto com Bolsonaro até debaixo d'água. Meu papel é ajudar o presidente até o fim e ajudar o grupo aqui em São Paulo. Não tem passagem de bastão coisa nenhuma. Meu candidato a presidente da República é Jair Bolsonaro e eu sou candidato à reeleição em São Paulo", declarou Tarcísio.

Na entrevista, Bolsonaro voltou a afirmar que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) será candidato ao Senado por São Paulo - ele também é cotado como candidato a presidente se o pai continuar inelegível - e que a segunda vaga de senador será escolhida por Tarcísio.

O governador desconversou sobre quem será o indicado e disse que é preciso analisar a viabilidade dos postulantes. Apesar disso, a articulação mais avançada é o lançamento do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL-SP), como candidato.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reiterou a sua fala de que a Justiça Eleitoral brasileira é "garantidora da democracia", mas que é também é possível "aumentar segurança". "Isso não quer dizer que aquilo que é falado ou se busca que é aumentar a segurança do pleito ou de inibir determinadas dúvidas não tenha que ser pensado ou visto. Uma coisa não exclui a outra", disse.

A declaração foi feita ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, durante entrevista ao podcast Inteligência Ltda. nesta segunda-feira, 24. Tarcísio garantiu que sempre será "leal" ao capitão reformado e que possui o papel de ajudá-lo "até o fim" em São Paulo.

"As pessoas interpretam errado. Não entendem a proximidade, a lealdade e a amizade. Não tem passagem de bastão nenhuma", disse o governador. "Simples. Meu candidato a presidente é Bolsonaro, eu vou concorrer à reeleição."

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) considera que não há mais saída para que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), será condenado. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decide nesta terça-feira, 25, se torna Bolsonaro réu no caso da tentativa de golpe de Estado - ele também é investigado no caso das joias, que foi revelado pelo Estadão, e da falsificação dos cartões de vacina.

"Eu já não acredito mais que exista saída, não só para Jair Bolsonaro, mas para todas as pessoas simples que estão sendo condenadas a até 17 anos de cadeia por conta do 8 de Janeiro. Você pode botar o Ruy Barbosa para advogar a favor do Bolsonaro, que ele não vai se livrar de uma condenação", disse Eduardo Bolsonaro, que participou por videoconferência do podcast Inteligência Ltda nesta segunda-feira, 24. Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), estavam presencialmente no estúdio.

Eduardo se licenciou do mandato para morar nos Estados Unidos e se dedicar integralmente a convencer autoridades americanas a punirem o ministro do STF, Alexandre de Moraes, trabalhar pela anistia dos condenados pelo 8 de Janeiro.

"Com isso em mente, eu sigo o exemplo do Trump: ele já sabia desse jogo de cartas marcadas e apostou tudo na política. Levar a voz dele ao maior número de pessoas possível. Se o Bolsonaro perder o capital político dele, já era, o Alexandre de Moraes vai trancafiar ele na cadeia e jogar a chave fora", disse o deputado licenciado. "O meu principal objetivo hoje é brecar um psicopata chamado Alexandre de Moraes", concluiu.

No programa, Bolsonaro voltou a reclamar da delação do tenente-coronel Mauro Cid, uma dos elementos da denúncia da PGR contra ele, e disse que ela é ilegal porque Moraes ameaçou seu ex-ajudante de ordens. Ele afirmou ainda que neste primeiro momento sua defesa vai focar em aspectos técnico do processo e argumentar que a ação deveria começar a tramitar em primeira instância ou, se mantida no STF, julgada pelo plenário e não pela Primeira Turma.

O julgamento de terça-feira analisará a abertura de ações penais contra oito dos 34 denunciados pela PGR. A denúncia foi fatiada em "núcleos" de julgamento.

O primeiro desses "núcleos" a ser julgado inclui o ex-presidente e políticos próximos a Bolsonaro, além de militares de alta patente. São eles Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens da Presidência).

Se a denúncia for aceita, a ação penal também será julgada pela Primeira Turma do STF. Em dezembro de 2023, uma mudança no Regimento Interno da Corte conferiu às Turmas a atribuição de julgar ações penais originárias, ou seja, processos que não chegaram à Corte após tramitarem em instâncias inferiores, tendo origem no próprio STF - este é o caso do inquérito do golpe.

Jair Bolsonaro foi denunciado por cinco crimes que, somados, podem render 43 anos de prisão, se consideradas as penas máximas e os agravantes de cada crime. A PGR pede que o ex-presidente seja condenado por organização criminosa (pena de 3 a 8 anos, podendo chegar a 17 com agravantes citados na denúncia), abolição violenta do Estado Democrático de Direito (pena de 4 a 8 anos), golpe de Estado (pena de 4 a 12 anos), dano qualificado com uso de violência e grave ameaça (pena de 6 meses a 3 anos) e deterioração de patrimônio tombado (pena de 1 a 3 anos).