Pablo Marçal admite que vídeo com Trump foi gravado antes da posse

Política
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O ex-candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) admitiu que o vídeo divulgado por ele ao lado de Donald Trump foi gravado anteriormente à posse do presidente dos Estados Unidos, realizada na última segunda-feira, 20. Segundo o próprio Marçal, em entrevista ao O Globo, a cena foi capturada no dia 4 de janeiro, durante uma estadia de dois dias no resort Mar-a-Lago, propriedade de Trump localizada na Flórida.

O local, com 5,8 mil metros quadrados, serviu de palco para três supostos encontros com o republicano. A gravação mostrava Marçal pedindo ao então presidente eleito dos EUA para "salvar o Brasil".

"Sim, foi em Mar-a-Lago. Eu segurei o vídeo [até a posse] para valorizar. Eu sou um investidor", disse Marçal ao jornal, por telefone dos Estados Unidos.

A estratégia de divulgação do vídeo foi deliberada, conforme explicou o ex-coach. "Deixei para soltar os vídeos depois da posse porque os bolsonaristas ficam malucos. Eles querem me por como inimigo da direita", afirmou.

Na ocasião, a assessoria de imprensa de Marçal não informou quando e onde o rápido encontro ocorreu. O ex-coach, segundo a equipe dele, pretendia encontrar Trump para "discutir iniciativas voltadas ao empreendedorismo, valores cristãos e o fortalecimento das economias de ambas as nações."

A posse de Trump foi vista por lideranças da direita brasileira como oportunidade para capitalizar politicamente de olho nas eleições de 2026. No entanto, nenhum dos parlamentares que fizeram parte da comitiva da oposição nos eventos de posse de Donald Trump conseguiu se aproximar do presidente.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e um dos filhos do ex-presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), não conseguiram entrar no Capitólio para a posse, e assistiram ao evento em um estádio utilizado para jogos de basquete e hóquei.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também afirmou ter tentado encontros com Trump e Elon Musk, dono do X, sem sucesso.

Segundo Marçal, sua passagem pelo resort incluiu momentos com Trump em eventos pagos, onde o americano fazia presença VIP entre os hóspedes. Marçal mencionou ainda ter participado do lançamento de um filme do advogado John Eastman, figura conhecida pela tentativa de reverter a vitória de Joe Biden em 2020.

"Eu vou soltar novos vídeos. Eu tenho vídeo do Trump falando que sou um cara de sorte", afirmou, prometendo revelar gradualmente os registros em suas redes sociais.

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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, alertou que uma vitória russa sobre a Ucrânia acabaria com a força dissuasiva da maior aliança militar do mundo, e que sua credibilidade poderia custar trilhões para ser restaurada.

"Se a Ucrânia perder, para restaurar a dissuasão do resto da Otan novamente, será um preço muito, muito mais alto do que o que estamos contemplando neste momento em termos de aumentar nossos gastos e aumentar nossa produção industrial", disse Rutte em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial. O secretário acrescentou que é preciso "mudar a trajetória" do conflito, e afirmou que o Ocidente não pode permitir que um país invada outro para "colonizá-lo".

A ansiedade na Europa aumenta com promessas do presidente dos EUA, Donald Trump, de tentar encerrar o conflito em negociações com o líder russo, Vladimir Putin. Rutte, no entanto, demonstra certa cautela com a tentativa de resolver a situação às pressas.

"Se fizermos um mau acordo, isso significaria apenas que veremos o presidente da Rússia cumprimentando os líderes da Coreia do Norte, Irã e China e não podemos aceitar isso", disse. "Isso seria geopoliticamente um grande, grande erro". Fonte: Associated Press.

O governo da Rússia minimizou nesta quinta-feira, 23, as ameaças feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quarta-feira, 22, ao líder russo, Vladimir Putin. Em um post na sua rede Truth Social, o republicano ameaçou a Rússia com tarifas e novas sanções, caso não haja uma solução em até 100 dias para a guerra na Ucrânia.

Segundo o porta-voz de Putin, Dmitri Peskov, não há nada de particularmente novo nas declarações. "Está claro desde o primeiro mandato de Trump que ele gosta de sanções, mas acompanhamos de perto as suas declarações", disse. "Continuamos prontos para o diálogo, diálogo em pé de igualdade e respeito mútuo."

Em uma postagem em sua rede social Truth Social nesta quarta-feira, 22, Trump afirmou que a economia russa está com problemas e faria um "grande favor" a Vladimir Putin ao acabar com a guerra.

"Se não chegarmos a um 'acordo' em breve, não tenho outra escolha senão aplicar altos níveis de impostos, tarifas e sanções a tudo o que for vendido pela Rússia aos Estados Unidos e a vários outros países participantes. Vamos acabar com esta guerra, que nunca teria começado se eu fosse presidente", escreveu.

Antes de sua posse na segunda-feira, Trump havia prometido acabar com a guerra na Ucrânia antes mesmo de assumir o cargo, aumentando a perspectiva de que poderia forçar Kiev a fazer concessões a Moscou.

Mas há poucos indícios de que ameaças econômicas possam fazer Putin ceder. Além de pequenas quantidades de fertilizantes, rações para animais e maquinário, a Rússia atualmente exporta quase nada para os EUA. Segundo a Bloomberg, os EUA importaram cerca de US$ 4,6 bilhões em bens da Rússia em 2023, o que representa menos de 0,2% do total das importações.

Além disso, o país já é uma das nações mais sancionadas do mundo. Os EUA já impuseram diversas sanções contra Moscou devido à guerra durante o governo Biden, mas outras são anteriores e algumas foram impostas durante o primeiro mandato de Trump. E até agora tiveram pouco ou nenhum efeito coercitivo.

Na entrevista coletiva de terça-feira, o presidente dos EUA não comentou se pretende dar continuidade à política do seu antecessor de enviar armas à Ucrânia para combater a invasão russa.

"Estamos examinando isso", declarou. "Estamos conversando com (o presidente ucraniano Volodmir) Zelenski, vamos conversar com o presidente Putin muito em breve", disse ele. (Com agências internacionais).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira, 23, que é preciso derrubar os preços do petróleo e fez uma relação entre o valor da commodity e a guerra entre russos e ucranianos. "Se os preços do petróleo caírem, a guerra da Rússia contra Ucrânia acabará rapidamente", afirmou Trump, em fala exibida virtualmente para líderes reunidos no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.

E acrescentou: "O petróleo, taxas de juros precisam cair."

Trump afirmou ainda que transformará os EUA na capital mundial da criptomoeda.

O republicano disse que a mensagem que quer dar para os empresários é para que venham produzir nos EUA e receberão impostos mais baixos do globo.