Tarcísio volta rejeitar disputa pela presidência e afirma que seu candidato em 2026 é Bolsonaro

Política
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que o seu candidato à Presidência da República em 2026 é o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL). "Foi a pessoa que me abriu as portas", disse o republicano em um vídeo compartilhado nas redes sociais após a divulgação de que, nos bastidores, ele tem dito que aceitaria disputar a Presidência.

Tarcísio compartilhou um trecho de uma entrevista à Revista Oeste em que exalta sua relação com o ex-presidente e questiona os motivos que levaram Bolsonaro à inelegibilidade.

"Eu tenho uma admiração e uma amizade profunda com o presidente Bolsonaro. Foi a pessoa que me abriu as portas. Bolsonaro é o detentor do capital político, então a direita tá com Bolsonaro. É o grande líder da direita né, é a grande referência, construiu esse capital", afirmou Tarcísio.

Segundo o governador paulista, ele tem interesse em se manter na gestão estadual e torce para que o ex-presidente possa retornar a Brasília. "O que que me daria conforto hoje? A gente tem um projeto muito bacana para São Paulo [...] Então, eu ficaria muito feliz de estar trabalhando aqui em São Paulo por essa continuidade. E uma coisa que me ajudaria muito, ter o Bolsonaro lá de novo em Brasília porque seria outra coisa", disse o republicano.

Nos bastidores, como publicado pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Tarcísio teria admitido em uma conversa em Nova York que deve ser o candidato à presidência no próximo pleito. Tarcísio nega.

Com Bolsonaro inelegível, o nome do chefe do Executivo estadual é ventilado como um dos possíveis substitutos da direita. Um levantamento divulgado nesta terça-feira, 18, pelo Instituto Paraná Pesquisas sobre as intenções de voto para a eleição presidencial de 2026 mostrou empate técnico entre Tarcísio e Lula em um eventual segundo turno. Caso a disputa fosse entre Bolsonaro e o petista, Lula perderia. O levantamento foi contratado pelo PL.

Apesar de estar presente entre as intenções de votos dos eleitores, Bolsonaro está inelegível até 2030. No vídeo publicado, Tarcísio questiona o processo. "Os motivos que afastaram Bolsonaro do cenário político, da inelegibilidade, são absolutamente patéticos, não tem nada importante, não tem. Procuraram questões muito simplórias e sem sentido para afastar uma grande liderança do jogo democrático", disse o governador.

Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral após ser condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas. Desde então, parlamentares e aliados do ex-presidente têm se movimentado para reduzir o prazo de inelegibilidade, abrindo espaço para uma possível candidatura.

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O secretário de Estados dos EUA, Marco Rubio, disse nesta terça, 11, que a Ucrânia deu um passo positivo ao aceitar o cessar-fogo de 30 dias proposto pelos americanos e espera que os russos retribuam. "A bola agora está no campo da Rússia em relação à paz na Ucrânia".

Rubio declarou à jornalistas que o único jeito de sair da guerra é com uma negociação e que o cessar-fogo "é um início para as discussões de como acabar com a guerra de forma permanente".

Em coletivo junto ao secretário de Estado, o assessor de segurança nacional dos EUA, Mike Waltz, afirmou que irá falar com seu homólogo russo nos próximos dia.

Sobre prazos para assinatura de um acordo, Waltz e Rubio disseram que querem realizá-lo o mais cedo possível.

O Hamas anunciou nesta terça-feira, 11, o início das negociações com Israel e um representante dos Estados Unidos para a segunda fase de um cessar-fogo na Faixa de Gaza. "Esperamos que esta rodada traga avanços significativos para o início da próxima fase das negociações, pavimentando o caminho para o fim da agressão, a retirada da ocupação de Gaza e a conclusão de um acordo de troca de prisioneiros", afirmou o grupo.

O Hamas também declarou que o governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, é responsável "politicamente, legalmente, humanitariamente e moralmente" pelo apoio irrestrito ao governo de ocupação extremista de Israel, que, segundo o grupo, comete crimes de assassinato e deslocamento forçado contra o povo palestino.

Em um comunicado, o movimento exigiu que a comunidade internacional, junto a organizações humanitárias e de direitos humanos, pressione Israel para interromper as "graves violações" que, segundo o Hamas, podem "ameaçar" a segurança e a estabilidade na região e no mundo.

O primeiro-ministro da província canadense de Ontário, Doug Ford, alertou nesta terça, 11, sobre uma possível "recessão Trump" e afirmou que não "hesitará" em interromper as exportações de energia elétrica para os Estados Unidos, caso o republicano continue a "prejudicar famílias canadenses".

Em entrevista à CNBC, Ford declarou: "Se entrarmos em uma recessão, ela será chamada de recessão Trump". Ao ser questionado sobre a possibilidade de paralisar as exportações de eletricidade, ele acrescentou: "Essa é a última coisa que eu quero fazer. Eu quero enviar mais eletricidade para os EUA, para nossos aliados mais próximos ou nossos melhores vizinhos do mundo. Quero enviar mais eletricidade."

No entanto, Ford destacou que a energia é uma "ferramenta em nosso arsenal" no contexto da guerra comercial promovida por Trump. "À medida que ele Trump continua prejudicando as famílias canadenses, as famílias de Ontário, eu não hesitarei em fazer isso. Essa é a última coisa que eu quero fazer", completou.

As declarações de Ford ocorreram após Trump anunciar uma tarifa adicional de 25% sobre o aço e alumínio canadenses, elevando a taxa para 50%, em resposta à sobretaxa de 25% imposta por Ontário sobre a eletricidade exportada para os EUA.